man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
EELS – If I’m Gonna Go Anywhere
Quase três anos depois do excelente registo Extreme Witchcraft, os Eels de E. (Mark Oliver Everett), Kool G Murder e P-Boo, estão de regresso aos discos em dois mil e vinte e quatro com Eels Time!, o décimo quinto registo da carreira do grupo norte-americano, um alinhamento de doze canções que irá ver a luz do dia a sete de junho com a chancela do consórcio E Works e PIAS Recordings.
Gravado em Los Feliz, na Califórnia, e Dublin, na Irlanda, com a colaboração do músico e ator Tyson Ritter, Eels Time! irá conter alguns dos temas mais introspetivos e pessoais que Mark Oliver Everett escreveu e compôs na sua carreira, muito à imagem do que criou no disco End Times, em dois mil e dez, algo que estava bem patente em Time, o primeiro single retirado do álbum e que divulgámos no início do mês de março.
No entanto, não é só de intimidade e acusticidade que irá viver Eels Time!, tendo em conta Goldy, o segundo single retirado do registo e terceira canção no seu alinhamento e um dos temas escritos a meias com Ritter, canção que divulgámos no início do passado mês de abril e que apostava em territórios sonoros mais eletrificados e, de certo modo, mais angulosos.
Esta abrangência sonora bem patente nos dois primeiros singles não desmente a expetativa inicial relativamente a Eels Time! e que foi descrita acima, porque um evidente espírito predominantemente acústico foi permissa essencial da construção da base melódica dessas duas canções, mesmo de Goldy, algo que se mantém em If I'm Gonna Go Anywhere, o terceiro single retirado do alinhamento do disco. Trata-se de uma composição que, à semelhança de Goldy, foi escrita a meias com Ritter e que impressiona pelo inedetismo de um entalhe sintetizado que se vai insinuando por cordas acomodadas com sobriedade e por um registo percussivo bem vincado, criando um clima planante e algo psicadélico, com um elevado travo experimentalista, a fazer lembrar a sonoridade predominante dos primeiros discos da banda, nomeadamente o Beautiful Freak, de mil novecentos e noventa e seis.
If I'm Gonna Go Anywhere é, sem dúvida, mais uma belíssima amostra de um disco que deverá estar recheado de composições felizes e empolgantes, que irão manter bem viva a aúrea de um grupo essencial no momento de contar a história do melhor rock alternativo das últimas três décadas. Confere...