man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Sharon Van Etten – Every Time The Sun Comes Up (Alternate Version)
Está a comemorar por estes dias dez anos de lançamento o registo Are We There, assinado pela norte-americana Sharon Van Etten, uma das vozes mais queridas da atualidade, uma mulher apaixonada, persistente e impulsiva e que, nos seus discos, com uma mão na indie folk e a outra no rock alternativo, letra após letra, verso após verso, foi-se abrindo connosco ao longo de quase duas décadas, enquanto discutia consigo mesma, colocando-nos na primeira fila de uma vida, a sua, que vem acontecendo mesmo ali, diante de nós.
Um dos momentos maiores de Are We There, que foi, à época, o terceiro disco da autora, é, sem dúvida, Every Time The Sun Comes Up, a canção que encerrava o alinhamento do disco. O tema acaba de ser revisto com uma versão alternativa, lançada em formato EP, que inclui além do original e desta nova roupagem, uma versão ao vivo gravada num concerto de Sharon em Sidney, na Austrália.
O original Every Time The Sun Comes Up é uma extraordinária balada, de forte pendor acústico, com uma leveza sonora ímpar, que explora uma narrativa muito pessoal e íntima e algo dolorosa e que comprova a excepcional capacidade que esta cantora e compositora natural de Belleville, nos arredores de Nova Jersey, tem de confidenciar connosco com sublime generosidade, desafiando-nos, desse modo, a perdermo-nos nos confins da sua alma, nos seus desejos, memórias, perdas, medos e anseios.
Dez anos depois, a nova versão do tema mantém a filosofia estilística do original, mas induz-lhe novos arranjos que a autora tem experimentado ao vivo e que conferem à canção um perfil mais ruidoso. Os mesmos incluem alguns elementos sintéticos e diversos detalhes de cordas eletrificados, nuances que ampliam o travo hipnótico e um certo sentimento de urgência que se vai sentindo ao longo da canção, que dá uma espécie de salto conceptual sonoro da folk para o rock. Confere a versão alternativa e o original...
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Maxïmo Park – Your Own Worst Enemy
Chegará no próximo dia vinte e sete de setembro aos escaparates, com a chancela da Lower Third Records, Stream Of Life, o oitavo álbum dos ingleses Maxïmo Park, de Paul Smith, uma das bandas mais interessantes do cenário indie atual e que quando surgiu foi considerada um novo fenómeno fundamental para o ressurgimento da herança post punk da década de oitenta.E na verdade, os Maxïmo Park têm vindo, de disco para disco, a demonstrar um crescendo de maturidade e uma capacidade inata para apresentar novas propostas diversificadas sem se afastar do ADN que carateriza este coletivo de Newcastle.
Your Own Worst Enemy é o primeiro single retirado do alinhamento de Stream Of Life, um trabalho produzido por Ben Allen e Burke Reid e que, de acordo com o próprio Paul Smith, se irá debruçar essencialmente sobre temas tão indutores como o amor e a atualidade política, mas também sobre outras ideias e sentimentos. Esta primeira amostra do álbum é uma empolgante composição, assente em guitarras efusiantes, um baixo trmendamente vigoroso e algumas sintetizações assertivas, tendo também no típico timbre amargurado de Paul e na sua interpretação emotiva um dos seus maiores trunfos. Confere...
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DIIV – Frog In Boiling Water
Meia década depois de Deceiver, os DIIV de Zachary Cole-Smith, Andrew Bailey, Colin Caulfield e Ben Newman estão de regresso aos discos com Frog In Boiling Water, o quarto compêndio de originais da carreira da banda nova-iorquina que se estreou em dois mil e doze com o extraordinário álbum Doused. Com Chris Coady nos créditos da produção, Frog In Boiling Water tem dez canções e viu a luz do dia muito recentemente, com a chancela da Fantasy.
Banda com pouco mais de uma década de existência, os DIIV imprimiram desde o início no seu adn alguns atributos essenciais que, assentes num garage rock que dialoga incansavelmente com o surf rock e que incorpora, nessa trama, doses indiscretas de uma pop suja e nostálgica, nos têm conduzido a um amigável confronto entre o rock alternativo de cariz mais lo fi com aquela pop particularmente luminosa e com um travo a maresia muito peculiar.
Frog In Boiling Water não renega totalmente esta essência, porque a marca das guitarras está bem presente, mas oferece aos DIIV uma apreciável guinada conceptual, já que os coloca na senda daquele rock com elevado travo shoegaze, feito de cordas sujas e tremendamente abrasivas, acamadas por um baixo imponente, mas discreto. A voz de Zachary sempre ecoante e um registo percussivo geralmente arrastado e simultaneamente hipnótico, são outros atributos transversais a todo o registo, com os sintetizadores a conferirem a toda a trama os indispensáveis adornos, além de ajudarem as canções a terem a alma e a filosofia desejadas.
De facto, logo no modo como em In Amber a guitarra inicial é cercada por outra repleta de riffs incandescentes e abrasivos, percebe-se o passo em diante que os DIIV dão com Frog In Boiling Water que, ao invés de envergonhar o catálogo do grupo, engrandece-o. De facto, rapidamente nota-se que este disco amplifica ainda mais a faceta oitocentista que instigou sempre o quarteto no momento de compor e de criar. Instrumentalmente nota-se um superior cuidado com os detalhes e a busca constante de majestosidade e têmpera são uma constante. Conceitos como densidade, nostalgia, crueza e hipnotismo, assaltam a nossa mente canção após canção, sempre com elevada essência pop e um acerto melódico que nunca vacila.
Brown Paper Bag, um incrível oásis de complacência e de infinitude cavernosa feitas de punhos cerrados à sombra de uma guitarra com uma distorção intrigante e um registo melódico impetuoso, o perfil tremendamente nostálgico de Raining On Your Pillow, uma canção que impressiona pelo modo como um timbre metálico da guitarra cria um contraste imensurável com o discreto perfil sintético que acama o tema, a mescla feliz entre um grunge rugoso e um shoegaze intenso de forte cariz lo fi no tema homónimo, uma canção que ironiza sobre o modo como o nosso mundo poderá estar prestes a implodir devido ao seu próprio peso, a nebulosa pujança de Reflected, o portento de indie krautrock repleto de nostalgia e crueza que é Somber The Drums e, a rematar de modo grandioso Frog In Boiling Water, o vigoroso clima melancólico que exala da intrincada e tremendamente detalhística monumentalidade que sustenta Fender On The Freeway, completam o ciclo de um disco homogéneo e em que sombra, rugosidade e monumentalidade se misturam entre si com intensidade e requinte superiores, através da crueza orgânica das guitarras, repletas de efeitos e distorções inebriantes e de um salutar experimentalismo percurssivo em que baixo e bateria atingem, juntos, um patamar interpretativo particularmente turtuoso, enquanto todos juntos obedecem à vontade de Zachary de se expôr, uma vez mais, sem receios e assim afugentar definitivamente todos os fantasmas interiores que o vão consumindo e que carecem constantemente de exorcização.
Frog In Boiling Water é, em suma, um incondicional atestado de segurança, de vigor e de superior capacidade criativa dos DIIV, que conceberam um lugar mágico que, mesmo sendo abastadamente ruidoso e sonoramente atiçador, não deixa de conter um toque de lustro de forte pendor introspetivo e que nos provoca um saudável torpor, devido à sua atmosfera densa e pastosa, mas também libertadora e esotérica. Acaba por ser um compêndio de canções que não nos deixa iguais e indiferentes após a sua audição, desde que dedicada, também por causa do seu perfil intenso e catalisador. Espero que aprecies a sugestão...
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Aaron Thomas – Human Patterns
Natural de Adelaide, na Austrália, Aaron Thomas está de regresso aos discos com Human Patterns, um álbum produzido pelo próprio autor, que o misturou com Tom Barnes e que era aguardado com enorme expetativa na nossa redação, contando nos créditos com a contribuição dos músicos Django Rowe, Tori Phillips, Kyrie Anderson, Kiah Gossner, Alex Taylor, Jason McMahon, Tom White e Gemma Phillips.
O amor, o fim de algumas amizades, eventos familiares e a contemporaneidade, são temas centrais de Human Patterns, um compêndio com doze canções envolventes, que tanto conseguem mexer com a nossa intimidade, como nos encorajar a enfrentar os dias com um sorriso renovado, enquanto planam nas asas de uma indie folk psicadélica de elevado calibre.
Aaron Thomas é um exímio compositor e um multi-instrumentista de elevado calibre. Ele tomou as rédeas da maior parte das guitarras e da bateria que se escutam no registo, fazendo-o com subtil beleza e comprovando que a simplicidade melódica pode coexistir com densidade sonora, sem colocar em causa conceitos como luminosidade, radiofonia, majestosidade e, principalmente, melancolia.
E, realmente, é de melancolia, mas não só, que se deve falar quando se escuta com devoção Human Patterns, algo que o disco merece. O seu alinhamento apela constantemente à nossa memória e atiça o desejo de revivermos, com ela, eventos felizes e de querer muito ter a oportunidade de consertar outros que correram menos bem.
Logo a abrir o registo o modo como, em Walk On Water, uma guitarra distorcida trespassa o banjo e os violinos coloca-nos em sentido, enquanto nos esclarece relativamente ao modus operandi sonoro que sustenta Human Patters. Depois, o faustoso travo classicista de Money, uma daquelas canções que nos mostram como vozes e cordas conseguem coabitar com superior beleza, principalmente se os sopros forem o indutor principal dos arranjos e a arrojada Before I Met You, ou Mouth Of The City, dois temas sustentados melodicamente por uma vibrante viola acústica e que aumentam de tensão à medida que recebem novos instrumentos, são belos exemplos que atestam esta capacidade comunicativa constante que o álbum transporta no seu âmago, plasmando o seu efeito atrativo muito pronunciado e simultaneamente animado e festivo, diga-se.
A subtil delicadeza enleante de Like A Stone, a simplicidade encantadora que embala Long Lost A Friend e o modo como Your Light nos impele, quase que de modo instintivo, a ir em frente sem receios, abrilhantam ainda mais um registo assinado por um cantautor que merece, de pleno direito, figurar no leque restrito dos melhores artistas que atualmente misturam com fino recorte folk, blues, rock e country. De facto, não falta a Aaron Thomas experiência e maturidade suficientes para navegar confortavelmente nas águas agitadas que misturam tudo aquilo que é, por definição, a força da indie folk mais pura e genuína, plasmada num disco que é, por direito próprio, um forte candidato ao pódio dos melhores do ano dentro do espetro sonoro em que se insere. Confere...
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Orcas - Riptide
Thomas Meluch aka Benoît Pioulard e Rafael Anton Irisarri são a dupla que dá vida ao projeto norte-americano Orcas, que baseia a sua sonoridade em elementos melódicos clássicos, etéreos e na eletrónica de cariz mais acústico e ambiental. A dezanove de julho vão regressar aos discos com um alinhamento de dez canções intitulado How to Color A Thousand Mistakes e que terá a chancela da insuspeita Morr Music.
How to Color A Thousand Mistakes sucede ao registo Yearling que viu a luz do dia em dois mil e catorze e Riptide é o single de apresentação do disco. Muito do mercado alternativo atual tem tendência a rejeitar o que supostamente é demasiado contemplativo e pouco feliz, apesar de melodicamente belo, porque o que satisfaz e aconchega os ouvidos é o que soa mais imediato e pouco complicado de absorver. Se segues esta tendência e consomes música segundo esta permissa, então Riptide não é a canção ideal para ti, porque tem a capacidade quase inata de nos levar à busca do isolamento, enquanto nos remete para algo introspetivo, mas indubitavelmente belo e frágil.
De facto, sintetizações charmosas, um baixo vigoroso e com uma densidade pulsante e alguns efeitos planantes com uma epicidade ímpar, são nuances que fazem de Riptide um belo tratado de dream pop, que calcorreia territórios eminentemente esotéricos e sintéticos, mas que também não deixa de conter um certo travo aquele indie rock mais contemplativo, melancólico e atmosférico, mas mesmo assim incisivo, encarnando uma sonoridade que vai ao encontro daquilo que são hoje importantes premissas de quem acompanha as novidades deste espetro sonoro e que, num período de algum marasmo, deveria ser uma estética com maior acolhimento junto do público. Confere Riptide e o artwork e a tracklist de How to Color A Thousand Mistakes...
1. Sidereal
2. Wrong Way to Fall
3. Riptide
4. Heaven’s Despite
5. Next Life
6. Swells
7. Fare
8. Without Learning
9. Bruise
10. Umbra
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GRMLN – Blank Stares
O projeto GRMLN, encabeçado pelo artista Yoodoo Park, nascido em Quioto, no Japão, mas a residir em Orange County, no sul da Califórnia, está de regresso aos discos em dois mil e vinte e quatro com um registo intitulado New World, que irá ver a luz do dia a vinte e sete de junho próximo, com a chancela da Carpark Records.
Temos dado conta dos singles que têm sido retirados do alinhamento de New World. Essa demanda começou em meados de fevereiro com Yoko, uma canção fervorosa e emocionalmente intensa. Depois, nos últimos dias de março, conferimos Yr Friend, a quarta composição do alinhamento de New World, um tema rápido e incisivo no modo como replicava uma espécie de indie surf punk rock, numa espécie de mescla entre as heranças de bandas como os Wavves ou os The Strokes. Pouco tempo depois escutámos Apocalypse, a canção que encerra o alinhamento de onze canções de New World, um tema rugoso e imponente e agora chega a vez de conferirmos Blank Stares, a sexta composição do catálogo de New World.
Ao contrário das outras canções que apostavam num registo mais direcionado para o indie rock, Blank Stares pisca o olho à eletrónica, já que coloca todas as fichas numa linha melódica conferida por um grave teclado vibrante, que vai depois recebendo, além de uma guitarra levemente distorcida, diversas sintetizações planantes e alguns detalhes cósmicos, com o registo vocal modificado de Park, a oferecer ao tema, que acaba por exalar um certo minimalismo pueril, um charme e um travo pop indesmentíveis. Confere...
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DIIV - Raining On Your Pillow
Meia década depois de Deceiver, os DIIV de Zachary Cole-Smith, Andrew Bailey, Colin Caulfield e Ben Newman estão de regresso aos discos com Frog In Boiling Water, o quarto compêndio de originais da carreira da banda nova-iorquina que se estreou em dois mil e doze com o extraordinário álbum Doused. Com Chris Coady nos créditos da produção, Frog In Boiling Water tem dez canções e acaba de ver a luz do dia hoje mesmo, com a chancela da Fantasy.
Dentro de dias vamo-nos debruçar exaustivamente sobre o conteúdo de Frog In Boiling Water mas, para já, temos para partilhar o tema Raining On Your Pillow, que também já foi extraído deste novo disco da banda de Brooklyn, em Nova Iorque, em formato single. Conceitos como densidade, nostalgia, crueza e hipnotismo, continuam a assaltar a nossa mente cada vez que ouvimos uma nova canção deste registo e Raining On Your Pillow não foge à regra.
Importa desde logo dizer que Raining On Your Pillow oferece-nos quase quatro minutos de indie rock que exala um elevado travo oitocentista. Isso acontece porque, quer ao nível dos arranjos, muitos de origem sintética, quer no que diz respeito ao edifício melódico, assente numa linha de guitarra abrasiva, acamada por um baixo vigoroso, o tema não descura uma elevada essência pop, conferida quer pelos tais sons sintéticos, quase sempre flashantes a algo cavernosos, mas também pelo timbre ecoante da voz de Zachary. O resultado final é um oásis de imponência e de rugosidade, comprovando o cada vez maior apuro melódico dos DIIV, claramente fruto do estado de maturidade criativa em que o projeto se encontra e que pode muito bem vir a ter o seu pico de forma em Frog In Boiling Water. Confere...
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Porches - Joker
Aaron Maine é a mente que lidera o projeto Porches, sedeado em Pleasantville, nos subúrbios de Nova Iorque, com quase uma década de vida. Porches tem já um interessante catálogo de discos, inaugurado em dois mil e dezasseis com o registo Pool, ao qual se sucederam The House, em dois mil e dezoito, Ricky Music, em dois mil e vinte e, mais recentemente, All Day Gentle Hold, em dois mil e vinte um.
Há pouco mais de um mês a nossa redação partilhou uma canção intitulada Rag, o primeiro sinal de vida desde All Day Gentle Hold, novidade que parecia anunciar um disco novo de Porches para breve. Essa previsão confirmar-se agora com o anúncio de um novo álbum do projeto, um registo de originais intitulado Shirt, que irá chegar aos escaparates a dezanove de setembro com a chancela da Domino Recordings.
Joker, a oitava composição do alinhamento de Shirt, é o segundo single retirado do registo, porque Rag também consta do seu conteúdo. Assim, se Rag assentava num indie rock cru e intenso, com um perfil noventista bastante vincado, Joker aposta numa filosofia estilística com um curioso travo folk, sendo uma canção mais melancólica e contemplativa do que a antecessora. O dedilhar de uma guitarra é o principal sustento de uma composição que também contém algumas sintetizações atmosféricas joviais e que acabam por oferecer a Joker o tal travo pop, referido acima. Confere Joker, o vídeo do tema protagonizado pelo próprio Aaron Maine e dirigido por Nick Harwood e o artwork e a tracklist de Shirt...

01 Return of the Goat
02 Sally
03 Bread Believer
04 Precious
05 Rag
06 School
07 Itch
08 Joker
09 Crying at the End
10 Voices in My Head
11 USA
12 Music
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Wilderado – Talker
Com origem em Tulsa, no Oklahoma, os norte-americanos Wilderado de Max Rainer, Tyler Wimpee e Justin Kila, são um dos nomes mais excitantes da nova vaga do indie folk alternativo do lado de lá do atlântico e estão de regresso aos holofotes com um novo disco intitulado Talker, que irá ver a luz do dia a vinte de setembro, com a chancela da Bright Antenna Records.
Depois de termos conferido há algumas semanas um excitante e delicioso par de composições intituladas Sometimes e Tomorrow, os primeiros avanços do novo disco do projeto, agora chega a vez de escutarmos o tema homónimo do álbum e a canção que abre o seu alinhamento de doze canções.
Talker é um tema que assenta a sua melodia numa crua guitarra eletrificada, mas encharcada em emotividade, que é depois acompanhada por uma distorção planante e um registo percussivo lento, mas bem vincado e cheio de charme, com algumas sintetizações quase impercetíveis a adornarem um verdadeiro oásis de indie rock intimista, pleno de alma e de um sentimento que nos enche de emoção e de luz. Confere Talker e a tracklist de Talker...
Talker
Bad Luck
Simple
Higher than Most
Coming to Town
In Between
Longstanding Misunderstanding
Sometimes
Tomorrow
Themselves
Waiting on You
What Were You Waiting For
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Los Campesinos! – Feast Of Tongues
Sete anos depois de Sick Scenes, disco gravado em dois mil e dezassete, em pouco mais de um mês, na localidade de Fridão, nos arredores de Amarante, que tinha canções tão extraordinárias como A Slow, Slow Death, The Fall Of Home, ou Flucloxacillin e que foi cuidadosamente dissecado pela nossa redação, os galeses Los Campesinos!, estão finalmente de regresso ao mesmo formato com All Hell, um alinhamento de quinze canções que irá chegar aos escaparates a dezanove de julho com a chancela da Heart Swells, a própria etiqueta da banda hoje formada por Gareth Paisey, Neil Turner, Tom Bromley, Kim Paisey, Rob Taylor, Jason Adelinia e Matt Fidler.
Feast Of Tongues, a sexta canção deste novo registo de originais do coletivo de Cardiff, é o primeiro single retirado do seu alinhamento. Feast Of Tongues sobrevive à sombra de um clima sonoro que proporciona ao ouvinte uma hipnótica tensão crescente, deixando-o sempre com dúvidas sobre que direção sonora poderá a canção tomar nos seus quase cinco minutos. Assim, depois de um início assente num subtil jogo entre baixo e vozes, que vai recebendo diversos entalhes acústicos e eletrificados, conferidos por sopros e cordas das mais variadas proveniências e que atingem o seu auge aos três minutos e meio, nesse momento somos sacudidos por cascatas de guitarras distorcidas, que encarnam um impactante jogo colorido de referências que, da indie mais genuína, à pop mais emotiva, passando pelo rock progressivo, impressiona pelo modo como nos oferece aquela irreverência e espontaneidade típicas dos Los Campesinos! e com superior mestria. Confere Feast Of Tongues e o artwork e a tracklist de All Hell...
The Coin-Op Guillotine
Holy Smoke (2005)
A Psychic Wound
I. Spit; or, a Bite Mark in the Shape of the Sunflower State
Long Throes
Feast Of Tongues
The Order Of The Seasons
II. Music for Aerial Toll House
To Hell In A Handjob
Clown Blood/Orpheus’ Bobbing Head
kms
III. Surfing a Contrail
Moonstruck
0898 HEARTACHE
Adult Acne Stigmata