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Local Natives - Alpharetta

Sexta-feira, 19.04.24

Quase um ano depois do excelente disco Time Will Wait For No One, os Local Natives de Taylor Rice estão de regresso ao formato longa duração em dois mil e vinte e quatro, à boleia de But I’ll Wait For You, um alinhamento de dez canções que, de acordo com a própria banda, é uma espécie de segundo tomo ou de continuação do conteúdo do antecessor, algo que o título do disco de algum modo faz prever. But I’ll Wait For You terá a chancela da Loma Vista Recordings, vai ver a luz do dia a dezanove de abril e será o sexto da carreira da banda californiana.

Local Natives share new single, "Alpharetta" | The Line of Best Fit

April, o oitavo tema do alinhamento de But I’ll Wait For You, foi o primeiro single retirado do álbum e que divulgámos por cá no início deste mês de abril. Era, como certamente se recordam, um oásis de vigor e cor, feito com variadas emanações sumptuosas e encaixes musicais sublimes, um modus operandi que se mantém de modo menos majestoso, mais igualmente impressivo, em Alpharetta, o mais recente single retirado do disco e a canção que abre o seu alinhamento.

Alpharetta é uma típica composição de abertura de disco, com um perfil bastante acolhedor e sonoramente introdutória em relação ao conteúdo sonoro do restante alinhamento. Os diversos entalhes acústicos e sintéticos que vão surgindo numa melodia suportada por cordas singelas, assim como o jogo vocal que se estabelece entre Taylor Rice e Ryan Hahn, demonstram a perícia cada vez maior dos Local Natives em exalar minúcia, criatividade e diversidade estilística, sem deixar que as canções percam o perfil charmoso, pueril e classicista que faz já parte do adn sonoro do projeto e não resvalem para um caos desnecessário, sendo as diversas interseções e nuances que se vão escutando, controladas e calculadas milimetricamente.

Em suma, e como já é hbitual nos Local Natives, Alpharetta é um tema pleno de complexidade e com uma riqueza ímpar, caraterísticas que comprovam o modo inteligente e criativo como os Local Natives idealizam e concretizam colagens simbióticas de diferentes puzzles com tonalidades diferentes, de modo a obter um resultado final sólido e homogéneo. Confere Alpharetta e o vídeo do tema realizado por Jonathan Chu...

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publicado por stipe07 às 17:00

DIIV - Everyone Out

Quinta-feira, 18.04.24

Meia década depois de Deceiver, os DIIV de Zachary Cole-Smith, Andrew Bailey, Colin Caulfield e Ben Newman estão de regresso aos discos com Frog In Boiling Water, o quarto compêndio de originais da carreira da banda nova-iorquina que se estreou em dois mil e doze com o extraordinário álbum Doused. Com Chris Coady nos créditos da produção, Frog In Boiling Water terá dez canções e irá ver a luz do dia a vinte e quatro de maio, com a chancela da Fantasy.

DIIV - Music Farm

Há precisamente dois meses conferimos na nossa redação, Brown Paper Bag, o primeiro single retirado do alinhamento de Frog In Boiling Water, uma composição imponente e rugosa, que se ia arrastanto à boleia de um baixo encorpado que acamava cascatas de guitarras intensas, abrasivas e sujas. Agora chega a vez de escutarmos Everyone Out, o quinto tema do alinhamento de Frog In Boiling Water.

Everyone Out é uma composição com um perfil sonoro menos ruidoso que o primeiro tema revelado do disco. Diversos arranjos acústicos das guitarras, com uma crueza e um imediatismo irrepreensíveis, acamam um trecho melódico algo hipnótico, que vai recebendo diversos detalhes e arranjos, quase sempre com origem em cordas ou em subtis nuances sintéticas, num resultado final de elevado travo lo fi, que oferece ao ouvinte um perfil mais intimista e emotivo do que o usual nas propostas dos DIIV, mas que não deixa, por isso, de ser, como sempre, tremendamente criativo, vibrante e acolhedor. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:39

Porches - Rag

Quarta-feira, 17.04.24

Aaron Maine é a mente que lidera o projeto Porches, sedeado em Pleasantville, nos subúrbios de Nova Iorque, com quase uma década de vida. Porches tem já um interessante catálogo de discos, inaugurado em dois mil e dezasseis com o registo Pool, ao qual se sucederam The House, em dois mil e dezoito, Ricky Music, em dois mil e vinte e, mais recentemente, All Day Gentle Hold, em dois mil e vinte um.

Porches retorna com novo single; veja clipe de "Rag" - A Rádio Rock - 89,1  FM - SP

Rag é o primeiro sinal de vida desde All Day Gentle Hold, um disco ainda sem sucessor anunciado, mas uma realidade que se poderá concretizar ainda em dois mil e vinte e quatro, por causa desta nova canção do projeto. Rag são pouco mais de dois minutos de indie rock cru e intenso, com um perfil noventista bastante vincado, como é habitual nas propostas sonoras dos Porches. A canção tem um início algo minimalista, mas rapidamente resvala para um perfil sonoro contundente, assente numa bateria vigorosa e em guitarras repletas de distorções. Confere Rag e o vídeo do tema assinado por Nick Harwood...

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publicado por stipe07 às 16:41

Lionlimb – Dream Of You (feat. Angel Olsen)

Terça-feira, 16.04.24

Amigos desde os tempos de escola, Stewart Bronaugh e Joshua Jaeger são o núcleo duro do projeto Lionlimb, que se estreou em dois mil e dezasseis com um disco intitulado Shoo. Dois anos depois chegou aos escaparates Tape Recorder e em dois mil e vinte e um Spiral Groove, um registo que já tem sucessor. Trata-se de um alinhamento de dez canções intitulado Limbo, que conta com a participação especial vocal de Angel Olsen em alguns temas e que irá ver a luz do dia a vinte e quatro de maio, com a chancela da Bayonet.

Hurricane, a segunda composição do alinhamento, foi o primeiro single retirado de Limbo, um álbum produzido pelo próprio Stewart Bronaugh e gravado em Nova Iorque, cidade onde a dupla está sedeada, com a ajuda do produtor Robin Eaton. Era uma canção sobre o desafio constante em que cada um de nós vive, pela busca de algo que nos leve além das fragilidades inerentes à nossa condição humana e que também versa sobre as despedidas constantes e a eterna insatisfação em que todos vivemos.

Agora chega a vez de escutarmos Dream Of You, um dos temas que conta com a participação especial vocal de Angel Olsen e a quinta canção do alinhamento do disco. Sonoramente, Dream Of You é uma composição particularmente lisérgica, que navega, através de uma percussão firme, diversas sintetizações densas e guitarras ziguezaguantes, nas águas turvas e profundas daquela dream pop de forte pendor psicadélico. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:33

TOLEDO – Popped Heart EP

Segunda-feira, 15.04.24

How It Ends foi o maravilhoso disco que a dupla nova iorquina TOLEDO, formada por Dan Alvarez e Jordan Dunn-Pilz, lançou em dois mil e vinte e dois, um registo que teve direito a uma reedição de luxo na primavera do ano passado e que, além do alinhamento original de doze músicas, continha mais alguns inéditos e demos de várias canções que faziam parte do álbum. A dupla ainda não anunciou um novo registo de originais dos TOLEDO em formato longa duração, mas está de volta com um EP de quatro canções intituado Popped Heart.

Em pouco mais de dezito minutos, os TOLEDO oferecem-nos em Popped Heart uma luminosa, efusiante e emotiva coleção de canções pop que, como In Yr Head (1818) tão bem demonstra,  contêm um forte pendor eletrónico feito de sintetizações cósmicas e de uma batida vigorosa, nuances que sustentam cinco melodias felizes e cativantes, que vão sendo adornadas por diversos arranjos metálicos percussivos e pelo já habitual registo vocal da dupla, de elevado pendor etéreo, ecoante e adocicado. 

Jesus Bathroom é outra curiosa canção deste EP, um tema com fortes reminiscências na melhor pop setentista e que reluz no modo como sobrevive e deslumbra através de sintetizações vibrantes e uma bateria e um baixo vigorosos, enquanto Lindo Lindo, uma composição com um perfil eminentemente jazzístico, aposta num groove e numa irreverência que Say! de certo modo mantém, mas através de um perfil mais etéreo e lo fi.

EP colorido, tocante e charmoso, Popped Heart contém, como seria de esperar, um forte pendor temperamental, enquanto recria, com minúcia e mestria, um ambiente muito peculiar, feito com cor, sonho e sensualidade, catapultando os TOLEDO para um patamar qualitativo sólido, inteligente e feito de um irrepreensível bom gosto. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 15:59

Gruff Rhys – Sadness Sets Me Free

Domingo, 14.04.24

Enquanto os míticos Super Furry Animals permanecem numa pausa mais ou menos indefinida, Gruffydd Maredudd Bowen Rhys, nascido em dezoito de julho de mil novecentos e setenta no País de Gales, continua a cimentar a sua bem sucedida carreira a solo com álbuns onde vai testando progressivamente novas fórmulas um pouco diferentes do rock alternativo com toques de psicadelia da banda de onde é originário.

Gruff Rhys: Sadness Sets Me Free review – an irresistible mix of melancholy  and joy | Gruff Rhys | The Guardian

Esta demanda de Gruff Rhys em nome próprio, teve início em dois mil e quatro com Yr Atal Genhedlaeth, um disco divertido e cantado inteiramente no idioma galês. Dois anos depois, com Candylion, o músico atingiu ainda maior notoriedade, num trabalho que contou com a participação especial do grupo de post rock Explosions in The Sky, além da produção impecável de Mario Caldato Jr, que já trabalhou com os Beastie Boys e os Planet Hemp, entre outros. Em dois mil e onze, com Hotel Shampoo, Gruff apostou em composições certinhas feitas a partir de uma instrumentação bastante cuidada, que exalava uma pop pura e descontraída por quase todos os poros.

Três anos depois, em dois mil e catorze, o galês regressou com American Interior, a banda sonora de um filme onde Rhys era o ator principal e embarcava numa viagem musical pela América repetindo a aventura do explorador e seu antepassado, John Evans, no século dezoito. Em dois mil e dezoito, Babelsberg ampliou até um superior nível qualitativo a visão incomum de Rhys relativamente aqueles que o músico considerava ser os grandes eixos orientadores de uma pop alicerçada num salutar experimentalismo e onde não existem limites para a simbiose entre diferentes estilos musicais e, no ano seguinte, com Pang!, o músico galês viajou da psicadelia folk ao funk, passando pela tropicalia e o jazz, num verdadeiro festim sonoro global. O seu último exercício criativo tinha sido Seeking New Gods, há três anos, um trabalho que já tem um sucessor intitulado Sadness Sets Me Free, feito com dez canções que têm a chancela da Rough Trade.

Sadness Sets Me Free é o oitavo trabalho do músico e nele o autor gravita em redor de dois grandes universos sonoros distintos. Assim, se algumas das canções do álbum são eminentemente charmosas e encharcadas numa soul com um travo tremendamente jazzístico, feitas com guitarras repletas de nuances e um piano sempre insinuante, outras olham para o indie rock de cariz experimental e psicadélico com elevada gula.

Em relação ao primeiro universo, há que destacar o tema homónimo que abre logo o disco, mas também Bad Friend, composição com um travo jazzístico delicioso e onde o piano domina os acontecimentos. Depois, a bateria acompanha exemplarmente o andamento melódico que as teclas conferem à canção e, numa vasta miríade de arranjos de cordas e de sopros e de diversas interseções, entre as quais se destaca o violino, fica completa a trama que abastece Bad Friend, uma composição que brinca sobre o conceito do bom amigo. Silver Lining (Lead Balloons) é, à boa maneira do autor, outra composição intensa, de forte pendor classicista e sinfónico, que fala, de modo algo patético (I left my dreams in a rental car) sobre a necessidade que todos temos, muitas vezes, de aceitar a realidade tal como é e partir em frente, em vez de continuar a alimentar, desnecessariamente, sonhos ou desejos impossíveis. Cordas, sopros e uma percurssão frenética e repleta de nuances, sustentam a destreza melódica de uma composição intensa, animada, reluzente e majestosa. Os violinos de I Tender My Resignation e a exuberância do piano de forte pendor experimental que conduz Peace Signs são outros exemplos a destacar desta forma eminentemente clássica e polida de Rhys compor e criar.

Em relação ao segundo perfil estilístico do disco, é excelente exemplo dessa permissa mais orgânica e rugosa Celestial Candyfloss, uma composição intensa, que fala sobre a busca do amor e da aceitação e com um forte pendor classicista e sinfónico, conferido por uma secção de cordas vibrante e onde vão deambulando diversos elementos percurssivos, orgânicos e sintéticos, com um piano a abrilhantar a destreza melódica de uma canção que nos oferece uma curiosa viagem no tempo, porque nunca deixa de ter, por incrível que pareça, um travo de contemporaneidade em toda uma amálgama que foi eficazmente idealizada e minuciosamente plasmada. Os devaneios percussivos que deambulam por They Sold My Home To Build a Skyscraper e a majestosidade que sustenta o enlace entre cordas acústicas e eletrificadas e o piano em I'll Keep Singing, oferecem-nos esta tonalidade mais crua, minimalista e lo fi de Sadness Sets Me Free, um verdadeiro festim sonoro global, uma viagem à volta do mundo, mas também uma viagem no tempo, eclética e de forte cariz identitário.

Seja qual for o perfil interpretativo de Sadness Sets Me Free, ao oitavo álbum Gruff Rhys oferece-nos mais um marco intenso e flamejante na sua trajetória individual, à boleia de pouco mais de quarenta minutos que transportam, como não podia deixar de ser, um infinito catálogo de sons e díspares referências que parecem alinhar-se apenas na cabeça e nos inventos nada óbvios do autor. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 14:34

Still Corners – Dream Talk

Sexta-feira, 12.04.24

Quase três após o excelente disco The Last Exit, que foi o quinto da carreira, a dupla britânica Still Corners está de regresso, em dois mil e vinte e quatro, com um novo álbum intitulado Dream Talk. Este novo trabalho do projeto formado por Greg Hughes e Tessa Murray, viu a luz do dia a cinco de abril, com a chancela da Wrecking Light Records, a própria etiqueta da banda.

Still Corners 'Dream Talk' Album Review - TotalNtertainment

Com origem em Terras de Sua Majestade, mas há já alguns anos sedeados nos Estados Unidos, os Still Corners têm pautado a sua carreira por calcorrear um percurso sonoro balizado por uma pop leve e sonhadora, íntima da natureza etérea e onde os sintetizadores são reis, mas também uma pop que pisca muitas vezes o olho aquele rock alternativo em que as guitarras eléctricas e acústicas marcam indubitavelmente uma forte presença.

Dream Talk não foge a estas permissas, em dez músicas que em pouco mais de meia hora proporcionam ao ouvinte uma aconchegante e nostálgica viagem por um universo estilístico, filosófico e sonoro, muito próprio, pleno de charme, enquanto marca, com segurança, mais um patamar evolutivo contundente no adn da banda, que de algum modo já descrevi acima.

Se no antecessor The Last Exit a folk era o sustento fundamental da base das canções, desta vez os Still Corners, sem renegarem a importância das cordas acústicas, ofereceram o papel principal aquela soul que procura recriar o ambiente nativo tipicamente americano, logo bem patente em Today Is The Day, a lindíssima canção que abre o disco e que versa sobre a importância de sabermos aproveitar o momento, já que a mudança permanente é uma das poucas certezas que temos nesta vida. Today Is The Day é um charmoso e insinuante tratado de dream pop leve e sonhadora, com um travo muito luminoso e sedutor, repleto de cordas reluzentes, trespassadas por diversas sintetizações lisérgicas, um modus operandi que vai sendo aprimorado no restante alinhamento do disco.

The Dream, uma das canções centrais do disco, é feliz na recriação exímia da moldura sonora que a dupla quiz induzir a Dream Talk. Trata-se de uma composição que, apontando timidamente para ambientes dançantes e contendo um efeito sintetizado retro, impressiona principalmente na saudável rugosidade orgânica que o baixo e a guitarra eletrificada oferecem à canção, que tem em ponto de mira um indisfarçável ambiente de romantismo e sensualidade. A partir daí, no travo pop oitocentista de Secret Love, no clima retro pop luxuriante de Faded Love, na luminosidade algo psicadélica do orgão que se insinua em Lose More Slowly, no requinte da insinuante guitarra que conduz Let´s Make Up, ou na abordagem mais intima e etérea de Crystal Blue, encontramos os grandes instantes de um álbum claramente primaveril e feliz, como estes tempos exigem e que sai airosamente do risco que contém, ao mesmo tempo que se define numa nova proposta instrumental, indo, propositadamente, ou não, ao encontro de um movimento atual que procura resgatar de forma renovada as principais marcas e particularidades sonoras de décadas anteriores, mas sem deixar de acrescentar e incuir a esse referencial retro toques de modernidade. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 16:44

Foreign Fields – Faultlines

Quinta-feira, 11.04.24

Eric Hillman e Brian Holl são os Foreign Fields, uma dupla norte americana, natural de Nashville, que se tem notabilizado desde dois mil e doze, quando se estrearam com o registo Anywhere But Where Am I, uma consistente coleção de treze canções construídas com fino recorte e indesmentível bom gosto. Take Cover, o segundo longa duração do projeto, lançado no final de dois mil e dezasseis, assumiu-se como o lógico passo em frente desse glorioso percurso inicial, um disco assente em canções bastante emotivas e incisivo a expôr os dilemas e as agruras da vida comum à maioria dos mortais, mas também as alegrias e as recompensas que a existência terrena nos pode proporcionar.

Foreign Fields, Lush Ambient Indie Rock Duo Shares "Damages" ; Signs to  Nettwerk - Nettwerk Music Group

No início de de dois mil e vinte, The Beauty Of Survival, o terceiro álbum da dupla, misturado por Joe Visciano, foi dissecado por cá com minúcia, mas ainda não está anunciado sucessor. Seja com for, é bem possível que essa novidade esteja para breve, porque os Foreign Fields têm divulgado alguns temas novos, sendo o mais recente Faultlines, uma banda sonora perfeita para elevar o ego e induzir a tua alma de boas vibrações.

Canção com uma indesmentível aúrea de beleza e esplendor e um verdadeiro oásis de poesia comovente, Faultlines está adornada por uma interpretação instrumental rica em detalhes e onde a folk mais clássica e luminosa, profundamente orgânica e sensorial, feita de pianos e cordas efervescentes, é quem mais dita a sua lei. Uma belíssima novidade dos Foreign Fields, que de algum modo nos indica o caminho rumo à luz nestes tempos de escuridão. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:50

+/- {Plus/Minus} – Borrowed Time

Quarta-feira, 10.04.24

Dez anos depois de Jumping The Tracks, a dupla norte-americana +/- {Plus/Minus} de James Baluyut e Patrick Ramos está de regresso aos discos em dois mil e vinte e quatro à boleia de Further Afield, um alinhamento de dez canções que vai ver a luz do dia a trinta e um de maio, com a chancela da Ernest Jenning Record Company.

Plus Minus) announce first new album in a decade, Further Afield - Treble

Borrowed Time é o primeiro single divulgado deste novo catálogo de canções do projeto sedeado em Nova Iorque. Como já é norma nas propostas sonoras dos +/- {Plus/Minus}, é uma canção que agrega elementos tecnológicos, com a tradicional instrumentação assente na tríade guitarra, baixo e bateria, num resultado final que nos embarca numa viagem contundente rumo a um indie eletrorock de elevado perfil lo fi e psicadélico, uma demanda que nota-se claramente que foi cuidadosamente planeada e cuidada.

De facto, Borrowed Time impressiona pelo improviso e pelo imprevisto. Ao longo de mais de três minutos repletos de diversas nuances e variações rítmicas, o ouvinte sente uma permanente sensação de inquietude porque nunca sabe que instrumento ou som poderão surgir a qualquer instante. Guitarras com distorções com elevado timbre metálico, perdem, de repente, a primazia para teclados encharcados em efeitos cósmicos e vice-versa, enquanto somos enleados com uma amálgama sinfónica algo incomum, mas prodigiosa. Confere Borrowed Time e o artwork e o alinhamento de Further Afield...

Intentionally Left Blank
Borrowed Time
Gondolier
Driving Aimlessly (Redux)
Where I Hope We Get Lost
The Pull From Both Sides
Calling Off The Rescue
Contempt
Redrawn
It Is Over Now

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publicado por stipe07 às 16:57

Lo Moon – I Wish You Way More Than Luck

Terça-feira, 09.04.24

Pouco mais de um ano depois do extraordinário álbum A Modern Life, a revigorante indie pop psicadélica dos norte-americanos Lo Moon de Matt Lowell está de regresso à boleia de I Wish You Way More Than Luck, um álbum com dez canções, produzido por Mike Davis (Ratboys, Pool Kids, Great Grandpa), misturado por Alan Moulder e que chegou aos escaparates com a chancela do consórcio Thirty Tigers / The Orchard.

Lo Moon announce the forthcoming album, I Wish You Way More Than Luck | The  Line of Best Fit

Os Lo Moon são exímios no modo como criam canções com enorme essência pop, ao mesmo tempo que olham com gula para a melhor herança dos anos oitenta do século passado, com bandas como os Talk Talk a saltarem logo do nosso imaginário sonoro assim que escutamos alguma das suas criações que, no caso de I Wish You More Than Luck, falam daquilo que vamos deixando para trás ao longo da nossa vida, amigos, familiares, locais, amantes e a importância que a aceitação dessas evidências acaba por definir, quase sempre, o perfil sentimental da nossa jornada existencial.

Em canções como Evidence, que se debruça sobre a vontade que todos devemos ter de aprender com os nossos erros, começando por contemplar a inocência das primeiras relações amorosas e a jornada existencial que nesse instante das nossas vidas todos iniciamos e o modo como a mesma pode fazer de nós melhores companheiros e pessoas, está bem patente a filosofia estilística de um disco que, de facto, pretende estabelecer um forte contacto íntimo com o ouvinte e criar laços. Water mantém esse cunho de intimidade e de busca de identificação, mas é Borrowed Hills que, não renegando o perfil sonoro e estilistico dos temas anteriores, quem se assume como composição central do disco. Não será à toa que abre o seu alinhamento, servindo, assim, de montra para a filosofia subjacente ao conteúdo de I Wish You More Than Luck, álbum também muito marcado pela questão do pós pandemia e do modo como todos precisamos de encontrar novos horizontes e caminhos, num mundo em que se adivinha um futuro muito incerto e algo obscuro para todos nós.

A partir daí, no rock vibrante e impulsivo de Waiting a Lifetime, na reconfortante luminosidade de When The Kids Are Gone, na simplicidade folk de Day Old News e na insinuante grandiosidade de Mary In The Woods, somos afagados por pouco mais de quarenta minutos que, num misto de intimidade e majestosidade, na delicadeza das cordas, no toque suave do piano e em diversos efeitos cósmicos planantes, criam no nosso âmago uma intensa sensação de nostalgia, também conduzida pela falsete adocicado de Lowell, mostrando, com elevado grau de impressionismo, o modo astuto como este projeto natural de Los Angeles consegue, uma vez mais, mexer com as nossas emoções. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 16:23







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