man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
The KVB - Overload
Os londrinos The KVB construiram na última meia década um firme reputação que permite afirmar, com toda a segurança, que são, atualmente, uma das melhores bandas a apostar na herança do krautrock e do garage rock, aliados com o pós punk britânico dos anos oitenta. Formados pela dupla Nicholas Wood e Kat Day, os The KVB deram nas vistas em dois mil e dezoito com o registo Only Now Forever, criaram semelhante impacto no ano seguinte com o EP Submersion, em dois mil e vinte e um confirmaram expetativas com o disco Unity e no verão do ano passado enriqueceram ainda mais o seu catálogo à custa de Artefacts (Reimaginings From The Original Psychedelic Era), um álbum que chegou aos escaparates a doze de maio com a chancela da Cleopatra Records, uma etiqueta independente sedeada em Los Angeles. Agora, quase um ano após esse registo, a dupla prepara-se para regressar aos formato longa duração com Tremors, um alinhamento de dez canções que irá ver a luz do dia a cinco de abril, com a chancela da Invada Records.
Gravado entre Bristol e Manchester com a ajuda do produtor James Trevascus, Tremors deverá, de acordo com o próprio projeto, aprofundar os conceitos de distopia e apocalipse, que estiveram sempre presentes no ideário lírico dos The KVB, mas de um modo mais pessimista e profundo, abordando também os conceitos de perda, resistência, lamento e aceitação de mudanças inevitáveis.
Labyrinths foi o primeiro single revelado do alinhamento de Tremors. Era um verdadeiro tratado de indie punk rock progressivo, enérgico e abrasivo, com um travo geral denso, agressivo e sujo. Agora, com Overload, o segundo single retirado do alinhamento de Tremors, somos invadidos por uma sonoridade que mantém intacto o adn The KVB, mas que procura sustento na herança do melhor punk rock oitocentista, enquanto versa sobre alguns dos dilemas que o processo criativo provoca na mente dos artistas e na dependência em que vivem continuamente pela busca de novas abordagens sonoras e pelo medo de falhar.
E por falar em sonoras, Overload é, nesse aspeto, um inebriante tratado de punk rock progressivo, que exala uma energia ímpar, ampliada por um perfil melódico com um subtil travo a melancolia, uma canção forte, imponente e impulsiva, sustentada por guitarras acústicas, sintetizadores pulsantes e uma bateria impetuosa, num resultado final que espreita perigosamente uma sonoridade muito próxima da pura lisergia. Confere...