man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
GRMLN – Yr Friend
O projeto GRMLN, encabeçado pelo artista Yoodoo Park, nascido em Quioto, no Japão, mas a residir em Orange County, no sul da Califórnia, está de regresso aos discos em dois mil e vinte e quatro com um registo intitulado New World, que irá ver a luz do dia a vinte e sete de junho próximo, com a chancela da Carpark Records.
Em meados de fevereiro divulgámos Yoko, o primeiro single revelado do alinhamento de New World, uma canção fervorosa e emocionalmente intensa. Agora chega a vez de conferirmos Yr Friend, a quarta composição do alinhamento de New World. Trata-se de uma canção rápida e incisiva no modo como replica uma espécie de indie surf punk rock, assente em guitarras abrasivas e uma bateria intensa, numa espécie de mescla entre as heranças de bandas como os Wavves ou os The Strokes. Confere...
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Efterklang – Getting Reminders (Feat. Zach Condon)
Dois anos depois do EP Plexiglass, os dinamarqueses Efterklang estão de regresso à ribalta com uma nova canção intitulada Getting Reminders, um lançamento em formato single com a chancela da City Slang, que já editou o referido EP, depois de o grupo ter lançado três discos na britânica 4AD.
Getting Reminders, composição que ainda não traz atrelado o anúncio de um novo disco da banda formada por Mads Brauer, Casper Clausen e Rasmus Stolberg, conta com a contribuição especial de Zach Condon O líder do projeto Beirut toca trompete, ajudando decisivamente a burilar um portento sonoro em que a insinuante acusticidade orgânica de um violão, se articula com a voz imponente de Casper, o trompete de Condon e algumas texturas eletrónicas particularmente intrincadas e quase impercetíveis, num resultado final elegante e com uma beleza sonora inquietante. Confere...
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Lionlimb - Hurricane
Amigos desde os tempos de escola, Stewart Bronaugh e Joshua Jaeger são o núcleo duro do projeto Lionlimb, que se estreou em dois mil e dezasseis com um disco intitulado Shoo. Dois anos chegou aos escaparates Tape Recorder e em dois mil e vinte e um Spiral Groove, um registo que já tem sucessor. Trata-se de um alinhamento de dez canções intitulado Limbo, que conta com a participação especial vocal de Angel Olsen em alguns temas e que irá ver a luz do dia a vinte e quatro de maio, com a chancela da Bayonet.
Hurricane, a segunda composição do alinhamento, é o primeiro single retirado de Limbo, um álbum produzido pelo próprio Stewart Bronaugh e gravado em Nova Iorque, cidade onde a dupla está sedeada, com a ajuda do produtor Robin Eaton. Hurricane é uma canção sobre o desafio constante em que cada um de nós vive, pela busca de algo que nos leve além das fragilidades inerentes à nossa condição humana. Também versa sobre as despedidas constantes e a eterna insatisfação em que todos vivemos. Sonoramente, Hurricane é um frenético tratado de indie pop rock, com sintetizações etéreas a acamarem um registo percussivo vigoroso e guitarras ziguezagueantes de forte pendor lo fi, num resultado final bastante imersivo e de forte travo psicadélico. Confere Hurricane e o artwork e a tracklist de Limbo...
Sun
Hurricane
Underwater
Hiss
Dream Of You (Feat. Angel Olsen)
Runaway
Two Kinds of Tears
Nowhere to Hide
Til It’s Gone
You Belong To Me
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Man Man – Iguana
O texano Ryan Kattner, que já criou música com o pseudonimo Honus Honus, vive em Filadélfia e que também é mundialmente famoso por estar casado com a célebre atriz Constance Wu, é o líder do projeto sonoro Man Man, que já conta com vinte anos de carreira e que se prepara para regressar aos discos com um trabalho intitulado Carrot On Strings, um alinhamento de onze canções que vai suceder ao registo Dream Hunting In The Valley Of The In-Between, de dois mil e vinte e que irá ver a luz do dia a sete de junho, com a chancela da Sub Pop Records.
É nas asas de um curioso e labiríntico indie rock psicadélico experimental, de forte pendor setentista, que navega Iguana, o primeiro single divulgado do alinhamento de Carrot On Strings e a canção que abre o disco. Iguana inicia com uma hipnótica linha melódica abrasiva sintética, que começa por ser trespassada por uma batida seca encharcada com um groove irrepreensível e que nos obriga automaticamente a abanar a anca. Depois, com a ajuda das guitarras e de diversos sopros, Ryan enlea-nos com uma amálgama sinfónica recheada de elementos e detalhes que, do jazz ao eletro, nos instigam com uma vibe psicadélica incomum, mas prodigiosa, num resultado final que nos embarca numa viagem contundente rumo a uma indie lo fi e psicadélica, que nota-se claramente que foi cuidadosamente pleaneada e cuidada. Confere Iguana e o artwork e a tracklist de Carrot On Strings...
Iguana
Cryptoad
Tastes Like Metal
Mongolian Spot
Blooodungeon
Carrots On Strings
Mulholland Drive
Pack Your Bags
Alibi
Cherry Cowboy
Odyssey
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Warpaint – Underneath
A comemorar vinte anos de carreira, as Warpaint de Theresa Wayman, Emily Kokal, Jenny Lee Lindberg e Stella Mozgawa, resolveram marcar a efeméride com o lançamento de um single de sete polegadas, que contém duas novas composições do quarteto. O single estará disponível muito em breve, apenas em formato digital e em vinil, sendo a primeira amostra do projeto de Los Angeles em dois anos, depois do lançamento do excelente disco Radiate Like This, em dois mil e vinte e dois.
Richard Ramirez Jr.
As duas canções deste novo single das Warpaint chamam-se Common Blue e Underneath e já tínhamos dado aqui conta do conteúdo da primeira à pouco mais de um mês. Agora, chega a vez de nos debruçarmos sobre o contéudo sonoro de Underneath. Trata-se de uma composição com um perfil instrumental eminentemente acústico, em oposição a Common Blue, tema que apresentava um modus operandi mais dançante, enquanto exalava uma ímpar psicadelia.
Underneath começa ao som de uma violão, que começa por acomodar a voz clemente de Theresa, começando, pouco depois, um desfile bem sucedido de diversas interseções de elementos percussivos, muitos deles quase ocultos, num resultado final pleno de intimidade, proximidade e charme, que exala também uma simplicidade tal, que não é mais do que uma demonstração óbvia de uma clara sapiência melódica. Confere...
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Elbow - Audio Vertigo
Dois anos depois de Flying Dream 1, os Elbow já têm nos escaparates Audio Vertigo, o décimo registo de originais do grupo formado por Guy Garvey, Craig Potter, Mark Potter e Pete Turner. O novo álbum da banda britânica viu recentemente a luz do dia com a chancela do consórcio Polydor / Geffen e, como não podia deixar de ser, é um notável e majestoso marco discográfico na carreira de uma das bandas fundamentais do cenário indie britânico deste milénio.
É bastante interessante a capacidade inventiva dos Elbow e a forma como conseguem, com uma regularidade ao alcance de poucos, apresentar novas propostas sonoras que apresentam, em simultâneo, uma saudável coerência que tipifica um ADN muito específico e um elevado grau de inedetismo, fugindo sempre, disco após disco, à redundância e à repetição de fórmulas, mesmo que bem sucedidas, como aconteceu quase sempre nas já quase três décadas de carreira do grupo.
Assim sendo, basta escutar-se uma única vez Audio Vertigo para se perceber que conceitos como epicidade, majestosidade e charme estão, como sempre, presentes, mas adornados, desta vez e com um curioso sabor a um certo hedonismo, por uma aposta ainda mais declarada no jazz, na pop sintetizada e em detalhes com berço africano e brasileiro, territórios sonoros que, sem fugir ao clássico rock, parecem ser, cada vez mais, algo de gula por parte de Garvey, que apresenta aqui os seus poemas mais negros e ironicos dos últimos tempos e de Craig Potter, o responsável maior pelo ideário instrumental dos discos deste grupo natural de Manchester.
De facto, logo em Things I’ve Been Telling Myself For Years, o trombone, a bateria seca, o coro gospel e o travo blues da guitarra dão à canção uma identidade jazzística indesmentível que, mais adiante, se amplifica para uma tonalidade algo psicadélica em Very Heaven, principalmente no modo como o baixo e a bateria se deixam enlear por uma guitarra eletrificada mas com um intenso perfil jam. Depois, em Her To The Earth, o teclado introdutório abre alas para uma batida com um groove bastante marcado por parte de uma bateria que se deixa enlear por um piano insolente, num resultado final pleno de sagacidade e altivez.
Pelo meio, o curioso travo oitocentista da explosiva e enérgica Balu, uma canção pop na verdadeira acepção da palavra, que oscila entre um refrão vigoroso e imponente e secções melódicas intermédias repletas de efeitos e detalhes, dos quais se destacam diversos instrumentos de sopro, num resultado final recheado de astúcia e virtuosismo, a intensa e vibrante Lover's Leap, composição instrumentalmente riquíssima feita de saxofones e trompetes faustosos e uma bateria e um baixo impulsivos e que até contém um curioso travo inicial latino e as intensas, progressivas e rugosas The Picture e Good Blood Mexico City, oferecem a Audio Vertigo aquela faceta roqueira intensa e vigorosa que foi também sempre imagem de marca dos Elbow, deixando para From The River todas as despesas no que concerne aquele perfil interpretativo mais reflexivo, etéreo e cósmico que também não é nada estranho à banda.
Em suma, depois de em dois mil e vinte e dois, em Flying Dream 1, este quarteto britânico nos ter oferecido um dos discos mais refinados, envolventes e íntimos da sua discografia, um verdadeiro deleite melódico, que brilhava canção após canção, no modo como nos ofereceu composições irrepreensíveis ao nível da beleza e do aconchego, em Audio Vertigo o quarteto solta as rédeas, deixa-se inspirar por alguns dos conceitos que vão definindo o melhor rock contemporâneo, sem perder identidade e de modo sedutor, adulto, certamente minuciosamente arquitetado e alvo de um trabalho de produção irrepreensível, criam um álbum que vai ser, claramente, um dos grandes marcos discográficos de dois mil e vinte e quatro. Espero que aprecies a sugestão...
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Tokyo Police Club – Just A Scratch vs Catch Me If You Can
Sedeados em Toronto, os canadianos Tokyo Police Club de Graham Wright, Dave Monks, Greg Alsope e Josh Hook, anunciaram no início deste ano o fim das hostilidades, mas isso não significa que tenham encerrado o processo criativo, porque acabam de revelar dois inéditos e novas datas para a extensa digressão de despedida que têm planeada e que vai ocorrer do lado de lá do Atlântico, durante dois mil e vinte e quatro.
Just A Scratch e Catch Me If You Can são as duas novas canções dos Tokyo Police Club, ambas gravadas nos estúdios Taurus Recording, em Toronto, com a ajuda do produtor Jesse Turnbull. Ambas apostam num indie rock direto, cru e efusiante. No entanto, se Just A Scratch coloca todas as fichas naquelas guitarras que têm em declarado ponto de mira um irrepreensível travo noventista, em que surf punk e garage rock se confundem, sem apelo nem agravo, já Catch Me If You Can aposta numa tonalidade eminentemente pop, com teclados e alguns arranjos sintéticos a conferirem ao tema uma notável abrangência e sagacidade. Confere...
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TOLEDO – In Yr Head (1818)
How It Ends foi o maravilhoso disco que a dupla nova iorquina TOLEDO, formada por Dan Alvarez e Jordan Dunn-Pilz, lançou em dois mil e vinte e dois, um registo que teve direito a uma reedição de luxo na primavera do ano passado e que, além do alinhamento original de doze músicas, continha mais alguns inéditos e demos de várias canções que faziam parte do álbum.
A dupla ainda não anunciou um novo registo de originais dos TOLEDO em formato longa duração, mas depois de em dezembro último nos ter brindado com um single intitulado Jesus Bathroom, agora volta à carga com o anúncio de um EP intitulado Popped Heart, ainda sem o alinhamento completo divulgado, mas com data de lançamento já anunciada para doze de abril próximo.
In Yr Head (1818) é o primeiro avanço revelado de Popped Heart. É uma luminosa, efusiante e emotiva canção pop, com um forte pendor eletrónico assente em sintetizações cósmicas e uma batida vigorosa, nuances que sustentam uma melodia feliz e cativante, que vai sendo adornada por diversos arranjos metálicos percussivos e pelo já habitual registo vocal da dupla, de elevado pendor etéreo, ecoante e adocicado. In Yr Head (1818) são quase cinco minutos coloridos, tocantes e charmosos. Confere In Yr Head (1818) e o extraordinário artwork de Popped Heart...
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Hazel English – Jesse
Artista debaixo dos holofotes da crítica mais atenta desde que lançou há pouco mais de meia década o EP Give In / Never Going Home, Hazel English estreou-se nos discos em dois mil e vinte com Wake Up!, um buliçoso alinhamento de dez composições que nos ofereceram uma bagagem nostálgica tremendamente impressiva, já que, ao escutarmos o registo, parecia que embarcavamos numa máquina do tempo rumo à melhor pop que se fazia há mais ou menos meio século e que ainda hoje influencia fortemente alguns dos melhores nomes da indie contemporânea.
Na primavera dois mil e vinte e três, e já depois de no final de dois mil e vinte e um nos ter brindado com um inédito intitulado Nine Stories, que foi grande destaque de um EP chamado Summer Nights, lançado no verão do ano seguinte, a cantora australiana a residir atualmente em Oakland, nos Estados Unidos, voltou à carga com uma belíssima cover de Slide, um icónico tema dos anos noventa assinado pelos míticos Goo Goo Dolls de Johnny Rzeznik, Robby Takac, George Tutuska e Mike Malinin.
No outono, Hazel English deliciou-nos com uma novidade intitulada Heartbreaker, que ainda não trazia atrelado o anúncio de um novo disco da artista e que contava nos créditos de produção com Jackson Phillips aka Day Wave, seu colaborador de longa data. No entanto, parece que esse segundo registo de originais da cantora de Oakland será mesmo uma realidade em dois mil e vinte e quatro, porque ela continua bastante ativa e a revelar novas composições, ao mesmo tempo que mantém profícua esta parceria com Day Wave.
Assim, depois de no início deste inverno Hazel English nos ter brindado com um tratado filosófico sobre desencontros amorosos e sobre a necessidade de saber seguir em frente quando uma relação termina, à boleia de Real Life, agora, quase no início da primavera, volta à carga com Day Wave para nos brindar com Jesse, um belíssimo tratado de indie rock com um forte travo chillwave. Jesse assenta em guitarras com um timbre metálico ziguezaguenta intenso, algumas sintetizações subtilmente charmosos e um registo vocal ecoante e sentimentalmente intenso, nuances que materializam pouco mais de dois minutos de puro deleite pop. Confere...
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The KVB - Overload
Os londrinos The KVB construiram na última meia década um firme reputação que permite afirmar, com toda a segurança, que são, atualmente, uma das melhores bandas a apostar na herança do krautrock e do garage rock, aliados com o pós punk britânico dos anos oitenta. Formados pela dupla Nicholas Wood e Kat Day, os The KVB deram nas vistas em dois mil e dezoito com o registo Only Now Forever, criaram semelhante impacto no ano seguinte com o EP Submersion, em dois mil e vinte e um confirmaram expetativas com o disco Unity e no verão do ano passado enriqueceram ainda mais o seu catálogo à custa de Artefacts (Reimaginings From The Original Psychedelic Era), um álbum que chegou aos escaparates a doze de maio com a chancela da Cleopatra Records, uma etiqueta independente sedeada em Los Angeles. Agora, quase um ano após esse registo, a dupla prepara-se para regressar aos formato longa duração com Tremors, um alinhamento de dez canções que irá ver a luz do dia a cinco de abril, com a chancela da Invada Records.
Gravado entre Bristol e Manchester com a ajuda do produtor James Trevascus, Tremors deverá, de acordo com o próprio projeto, aprofundar os conceitos de distopia e apocalipse, que estiveram sempre presentes no ideário lírico dos The KVB, mas de um modo mais pessimista e profundo, abordando também os conceitos de perda, resistência, lamento e aceitação de mudanças inevitáveis.
Labyrinths foi o primeiro single revelado do alinhamento de Tremors. Era um verdadeiro tratado de indie punk rock progressivo, enérgico e abrasivo, com um travo geral denso, agressivo e sujo. Agora, com Overload, o segundo single retirado do alinhamento de Tremors, somos invadidos por uma sonoridade que mantém intacto o adn The KVB, mas que procura sustento na herança do melhor punk rock oitocentista, enquanto versa sobre alguns dos dilemas que o processo criativo provoca na mente dos artistas e na dependência em que vivem continuamente pela busca de novas abordagens sonoras e pelo medo de falhar.
E por falar em sonoras, Overload é, nesse aspeto, um inebriante tratado de punk rock progressivo, que exala uma energia ímpar, ampliada por um perfil melódico com um subtil travo a melancolia, uma canção forte, imponente e impulsiva, sustentada por guitarras acústicas, sintetizadores pulsantes e uma bateria impetuosa, num resultado final que espreita perigosamente uma sonoridade muito próxima da pura lisergia. Confere...