man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Frank Turner – No Thank You For The Music
Até dois mil e cinco, Frank Turner, músico inglês nascido em Meonstoke, era vocalista da banda de post hardcore Million Dead. Nesse ano abandonou as guitarras para seguir uma carreira a solo numa sonoridade bem mais acústica. A vontade do músico em seguir uma linha menos agressiva e mais sofisticada já era antiga e em dois mil e sete estreou-se nos discos com o bem sucedido Sleep Is For The Week. Nesse disco Turner não abandonou a voz forte e exuberante, nem a atitude típica de um verdadeiro rockstar. No entanto, adaptou a folk de forma singular a estas caraterísticas e por isso recebeu inúmeras críticas positivas e foi mais um a mostrar que a música acústica também poderá ter uma toada punk. Acabou por se tornar numa das figuras mais queridas da pop britânica e em dois mil e onze lançou England Keep My Bones, mais um registo distante do hardcore e que que continha letras tocantes e apaixonadas.
Em dois mil e dezoito e depois de dois registos que serviram para exerocizar alguns demónios pessoais, Tape Deck Heart (2013) e Positive Songs For Negative People (2015), Frank Turner chamou definitivamente a nossa atenção devido a Be More Kind, na altura o seu oitavo disco, um trabalho com treze canções vibrantes e que colocaram novamente o autor na rota de sonoridades rugosas e impulsivas, misturadas com arranjos de forte pendor orgânico e teor acústico.
Agora, no início de dois mil e vinte e quatro e dois anos depois de um disco intitulado FTHC, Frank Turner regressa ao nossa radar à boleia de No Thank You For The Music, uma nova composição, que ainda não traz atrelada o anúncio daquele que poderá ser o décimo trabalho do autor. No Thank You For The Music mantém o autor na senda de sonoridades épicas, vibrantes e impulsivas, um modus operandi sonoro cru e até algo insolente, com aquele travo inconfundível que a melhor britpop contém, feito de guitarras repletas de distorções efusiantes, um registo percurssivo intenso e algo frenético e exemplarmente acompanhado por um baixo encorpado. Sarcasmo e ironia são conceitos muito presentes numa canção que se debruça sobre a necessidade de fuga ao mainstream e aos estereótipos, o modo como a música, como forma de arte, pode contribuir para o culto da diversidade e o orgulho que devem sentir todos aqueles que defendem o direito à diferença. Confere...