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Newmoon – Fading Phase

Quarta-feira, 08.11.23

Da Bélgica continuam a chegar boas surpresas sonoras à nossa redação, sendo a mais recente os Newmoon, um projeto natural de Antuérpia, liderado por Bert Cannaerts e que tem previsto o lançamento do seu terceiro registo de originais para março do próximo ano, com a chancela da PIAS Recordings. É um trabalho intitulado Temporary Light e será o primeiro do grupo já com a presença de Conor Dawson, o novo baterista dos Newmoon, tendo sido produzido por Thomas Valkiers e masterizado por Simon Scott dos Slowdive.

Newmoon (Nikita Krestovskiy)

Composição sonhadora, hipnótica, etérea e melodicamente assombrosa, Fading Phase é a primeira amostra divulgada do alinhamento de Temporary Light. É uma canção assente em guitarras fluorescentes, encharcadas em efeitos com um acentuado reverb e que plasma a ímpar capacidade que este projeto belga tem em replicar um indie rock simultaneamente épico, mas também ambiental e intimista, com um forte travo shoegaze. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:53

MGMT – Mother Nature

Terça-feira, 07.11.23

Mais de meia década depois de Little Dark Age, a dupla norte-americana MGMT formada por Andrew VanWyngarden e Ben Goldwasser, volta a anunciar, finalmente, um novo disco. O novo registo de originais, o quinto da carreira do projeto natural de Middletown, no Connecticut, intitula-se Loss Of Life e irá ver a luz do dia a vinte e três de fevereiro de dois mil e vinte e quatro, com a chancela da Mom+Pop.

MGMT announce album with the single “Mother Nature”

Mother Nature é o primeiro single divulgado do alinhamento que irá compôr Loss Of Life, um disco produzido por Patrick Wimberly e os próprios MGMT e misturado por Dave Fridmann e que conta com a colaboração especial de Christine and the Queens, numa canção chamada Dancing in Babylon. Luminoso e otimista, com um toque de epicidade delicioso, Mother Nature é um tema que marca uma curiosa guinada dos MGMT até territórios mais acústicos, sem deixarem de lado aquela faceta ecoante psicadélica que sempre os caraterizou. O perfil eminentemente folk da viola que conduz a melodia e o modo exímio como é acompanhada pelo piano, confere a Mother Nature um delicioso cariz orgânico que contrasta claramente com as propostas anteriores da dupla. Confere Mother Nature, o vídeo do tema assinado por Jordan Fish e o artwork e a tracklist de Loss Of Life...

Loss Of Life (Part 2)
Mother Nature
Dancing In Babylon (Feat. Christine And The Queens)
People In The Streets
Bubblegum Dog
Nothing To Declare
Nothing Changes
Phradie’s Song
I Wish I Was Joking

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publicado por stipe07 às 16:58

Tiny Skulls – Songs From Some Depressing Movie

Segunda-feira, 06.11.23

A Escócia está, claramente, na ordem do dia com bandas e projetos como King Creosote, The Magnetic North, Frightened Rabbit, The Twilight Sad, We Were Promised Jetpacks ou There Will Be Fireworks, a carimbarem relevância na contemporaneidade indie que nos vai invandindo, feita de boa música, mas também de algum excesso de fácil radiofonia e de exagerada popularidade. Os Tiny Skulls são mais um nome a juntar à listagem, uma banda escocesa, mas atualmente sedeada em Londres, formada por Stuart Dobbie, Gibran Farrah, Dave Thomson, Marshall Craigmyle e Rachel Craigmyle, que acaba de deixar em verdadeiro sentido a nossa redação devido a Songs From Some Depressing Movie, o disco de estreia do projeto, um extraordinário alinhamento de treze canções que tem a chancela da The Imaginary Kind, uma equena etiqueta escocesa detida por elementos dos There Will Be Fireworks que, curiosamente, ou talvez não, têm também um disco novo espetacular e igualmente em alta rotação por cá.

Inquietantes, tocantes e retemperadoras, as treze composições de Songs From Some Depressing Movies, que foram, na sua maioria, gravadas entre dois mil e onze e dois mil e catorze e estiveram praticamente uma década à espera do momento certo para ganharem protagonismo, estão abrigadas por alguns dos melhores pilares estilísticos e conceptuais que sustentam a nata do rock alternativo atual, um modus operandi que tem também na folk uma pedra basilar e que não descura piscares de olhos descarados a ambientes eminentemente clássicos, polidos e orquestralmente ricos e que pretendem puxar o ouvinte para um lado eminentemente reflexivo e sonhador.

Songs From Some Depressing Movie brinca com o nosso eu mais nostálgico, pelo modo como nos transporta para universos tão díspares como a herança de uns Low ou de uns Talk Talk. As suas canções estão interligadas entre si, numa sequêcia de pouco mais de cinquenta minutos praticamente ininterrupta e, por isso, a contemplação deste disco vale pelo todo e a audição individual de uma única canção, descontextualiza-o, acabando, essa opção redutora, por fazer com que esta obra perca muito do seu brilho, porque este é, claramente, um daqueles registos que se definem como uma peça única que merece idêntica devoção, numa escuta feita de fio a pavio.

Logo a abrir o álbum, Brilliant Things, uma comovente e maravilhosa cascata de cordas singelas, teclas impulsivas, vozes num harmonioso uníssono e um baixo insinuante, induzem-nos numa trama que nos provoca um efeito algo agridoce e indiossincrático, que depois, em Bright, nos faz sorrir, naquela que é, talvez, a composição mais vigorosa do disco, com guitarras frenéticas, um bateria contundente e um teclado hipnótico a darem vida a uma filosofia lírica arrebatadora, ampliada por esse andamento melódico único e fortemente inebriante.

Com um início tão prometedor, Songs From Some Depressing Movie nunca vacila, principalmente, e como o título indica, no modo como induz no ouvinte uma capacidade quase espontânea de criar no seu âmago narrativas visuais relacionadas com aquilo que escuta. Acaba por ser, por exemplo e como o titulo indica, ironicamente diga-se, uma espécie de banda sonora adequada para um enredo dramático, protagonizado por alguém que quer viver longe de tudo o que já conheceu e partir em busca de uma nova realidade existencial, até porque as canções falam muito sobre a transição da juventude para a vida aulta e a complexidade sentimental que essa fase das nossas vidas geralmente carrega consigo.

A imponência do piano que sustenta No One Ever Knows, o desfile rugoso de sintetizações que orquestram a musculada tonalidade sombria de Autumn '08 e, em oposição, a simplicidade desarmante de Go, o clímax rock verdadeiramente exposivo de Ghosts e o imediatismo incisivo da viola que acama Your Shy Heart, agarram-nos definitivamente pelos colarinhos e colocam-nos, mesmo que não se queira, a arrumar todas as prateleiras que andam algo esquecidas no recanto mais secreto da nossa mente e que guardam os nossos sonhos, desejos e fantasias mais inesperadas. De facto, estes Tiny Skulls são exímios a calcorrear diferentes estilos sem perderem o rumo e sem deixarem de ser superlativamente comunicativos, deixando-nos, tema após tema, presos naquela ténue fronteira entre o mundo dos sonhos e a vida real, naquela sensação que todos conhecemos e em que muitas vezes só o fenómeno físico da gravidade é que acaba por nos acordar para o óbvio.

Songs From Some Depressing Movie combina vulnerabilidade pessoal com capacidade de identificação quase universal, alojando diversos estilos musicais com coerência. No seu todo, este álbum encarna uma doce paleta de cores, muitas vezes a preto e branco, um oásis aconchegante de dor, loucura e perdição, um tormento de beleza e inspiração. É uma expressão sublime de contradições e a materialização assustadoramente real do modo como a sagacidade de algumas mentes inspiradas consegue feitos únicos e inolvidáveis, demonstrando que é possível a convivência saudável entre ordem e caos, amor e ódio, paz e guerra, presença e ausência. Este não é um disco para ser descrito no que diz respeito a géneros, influências, arsenais instrumentais, filosofias estilísticas ou intenções. Songs From Some Depressing Movie é para ser sentido como obra suprema que é e os Tiny Skulls são uma banda para ser apreciada, acima de tudo, por esse prisma espetacular. Um dos discos do ano. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 16:46

Grandaddy – Watercooler

Domingo, 05.11.23

Seis anos depois do registo Last Place, os californianos Grandaddy, de Jason Lytle, preparam-se para regressar aos discos com Blu Wav, um alinhamento de treze canções que chegará aos escaparates a dezasseis de fevereiro do próximo ano, com a chancela da Dangerbird Records.

Grandaddy: “Watercooler” (VÍDEO) - Música Instantânea

Watercooler, uma canção que, de acordo com o próprio Jason Lytle, versa sobre o fim de um dos seus relacionamentos com alguém que trabalhava num escritório, é o primeiro single revelado do alinhamento de Blu Wav. É uma composição em que soul e lisergia se confundem, num resultado final em que o pedal da guitarra e um piano clemente dão as mãos para criar um portento de indie rock pujante, experimental, pleno de rugosidade, ímpeto e vibração.

Watercooler comprova que os Grandaddy mantêm-se em grande forma e na linha da frente na abordagem a um universo sonoro que encontra raízes no rock progressivo setentista do século passado, um género sonoro com caraterísticas muito próprias, mas que possibilita inúmeras abordagens e explorações. Confere Watercooler e o artwork e a tracklist de Blu Wav...

01 Blu Wav
02 Cabin in My Mind
03 Long as I’m Not the One
04 You’re Going to Be Fine and I’m Going to Hell
05 Watercooler
06 Let’s Put This Pinto on the Moon
07 On a Train or Bus
08 Jukebox App
09 Yeehaw Ai in the Year 2025
10 Ducky, Boris and Dart
11 East Yosemite
12 Nothin’ to Lose
13 Blu Wav Buh Bye

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publicado por stipe07 às 15:37

Hazel English – Heartbreaker

Sábado, 04.11.23

Artista debaixo dos holofotes da crítica mais atenta desde que lançou há já meia década o EP Give In / Never Going Home, Hazel English estreou-se nos discos em dois mil e vinte com Wake Up!, um buliçoso alinhamento de dez composições que nos ofereceram uma bagagem nostálgica tremendamente impressiva, já que, ao escutarmos o registo, parecia que embarcávamos numa máquina do tempo rumo à melhor pop que se fazia há mais ou menos meio século e que ainda hoje influencia fortemente alguns dos melhores nomes da indie contemporânea.

Na passada primavera, já em dois mil e vinte e três, cerca de três anos depois de Wake Up! e já depois de no final de dois mil e vinte e um nos ter brindado com um inédito intitulado Nine Stories, que foi grande destaque de um EP chamado Summer Nights, lançado no verão do ano seguinte, a cantora australiana a residir atualmente em Oakland, nos Estados Unidos, voltou à carga com uma belíssima cover de Slide, um icónico tema dos anos noventa assinado pelos míticos Goo Goo Dolls de Johnny Rzeznik, Robby Takac, George Tutuska e Mike Malinin.

Agora no outono, Hazel Engish delicia-nos com uma novidade intitulada Heartbreaker, que ainda não traz atrelado o anúncio de um novo disco da artista. Para gravar Heartbreaker, Hazel English contou com a ajuda inestimavel de Jackson Phillips aka Day Wave, seu colaborador de longa data, para criar uma composição luminosa e melodicamente sagaz, com o timbre metálico constante das cordas, algumas interseções sintéticas, diversas variações rítmicas e um registo vocal ecoante, a sustentarem pouco mais de dois minutos de puro deleite pop. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:20

Future Islands – The Tower

Sexta-feira, 03.11.23

Os norte-americanos Future Islands não lançam nenhum álbum desde o excelente registo As Long As You Are, de dois mil e vinte mas, desde então, não têm vivido um hiato criativo, nem têm estado em pousio. Além de terem lançado os singles Peach, em dois mil e vinte e um e King Of Sweden, o ano passado, recentemente andaram em digressão com os Weezer e Samuel T. Herring, o vocalista e líder da banda, participou ativamente em canções assinadas por billy woods, os Algiers e R.A.P. Ferreira.

No entanto, esta pausa nos discos parece ter os dias contados, porque os Future Islands acabam de anunciar que a vinte e seis de janeiro de dois mil e vinte e quatro, irá chegar aos escaparates um novo trabalho do projeto intitulado People Who Aren’t There Anymore, um alinhamento de doze canções que terá a chancela da 4AD.

O já referido tema King Of Sweden, abrirá o alinhamento de People Who Aren’t There Anymore e The Tower, o mais recente single divulgado do álbum, será o segundo. The Tower é uma canção brilhante, assente numa mescla feliz entre o orgânico e o sintético, o habitual modus operandi dos Future Islands, que têm sempre a herança da melhor pop oitocentista em declarado ponto de mira. A canção começa de modo algo contemplativo, mas à medida que a voz de Herring ganha amplitude, a bateria acelera vertiginosamente e instala-se nos nossos ouvidos uma espécie de carrocel melódico hipnótico e enleante, em que a percurssão e o sintetizador têm o papel principal na condução melódica. Confere o vídeo de The Tower, assinado por Jonathan van Tulleken e a tracklist de People Who Aren’t There Anymore...

King Of Sweden
The Tower
Deep In The Night
Say Goodbye
Give Me The Ghost Back
Corner Of My Eye
The Thief
Iris
The Fight
Peach
The Sickness
The Garden Wheel

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publicado por stipe07 às 16:33

Kurt Vile – This Time Of Night (Chastity Belt cover)

Quinta-feira, 02.11.23

A Suicide Squeeze Records tem no seu catálogo os Chastity Belt, uma banda de rock americana natural de Walla Walla, nos arredores de Washington, em dois mil e dez e composta por Julia Shapiro, Lydia Lund, Annie Truscott e Gretchen Grimm. A referida etiqueta está, por estes dias, a celebrar esta ligação estreita com o grupo, tendo, para isso, convidado alguns artistas que têm convivido e andado em digressão com o quarteto, para reinterpretarem alguns dos temas mais importantes do seu catálogo.

Kurt Vile Releases New Cover of Chastity Belt's “This Time of Night”:  Listen | Pitchfork

Kurt Vile, que recentemente andou em digressão com as Chastity Belt, aceitou o desafio e lançou-se numa nova roupagem do tema This time Of Night, que faz parte do disco I Used to Spend So Much Time Alone, que foi, em dois mil e dezassete, o terceiro da banda de Walla Walla. O resultado final da reinterpretação por Kurt Vile de um dos temas mais sonantes do catálogo das Chastity Belt, é um exuberante e animado exercício que, oscilando entre a indie folk e o rock alternativo e preservando a espontaneidade do original, oferece-lhe uma curiosa tonalidade garageira e noventista, assente num timbre metálico de uma guitarra efusiva e num registo percurssivo que vai jogando com o refrão com ímpar mestria. Confere a cover e o original...

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publicado por stipe07 às 16:07

The New Pornographers – Firework In The Falling Snow (Acoustic Version)

Quarta-feira, 01.11.23

Os canadianos The New Pornographers de Neko Case, Kathryn Calder, John Collins, Todd Fancey, Joe Seiders e o saxofonista Zach Djanikian, editaram já na primavera deste ano o disco Continue As A Guest, que tem fortes probabilidades de figurar numa posição de relevo na listagem dos melhores álbuns de dois mil e vinte e três para a nossa redação e que sucedeu ao excelente In The Morse Code Of Brake Lights, de dois mil e dezanove. Continue As A Guest foi o nono registo da carreira do coletivo natural de Vancouver e, como certamente estão recordados, contém um faustoso alinhamento de dez canções que aprimoram, de um modo nunca antes visto, o habitual indie pop rock inspirado do grupo, com o alto patrocínio da Merge Records.

The New Pornographers Share "Firework In The Falling Snow (Acoustic Version)  Feat. Aimee Man - Ghettoblaster Magazine

Um dos melhores momentos sonoros de Continue AS A Guest é a ode oitocentista que configura a lindíssima canção Firework In The Falling Snow , a nona composição do alinhamento do registo. Os The New Pornographers acabam de revelar uma versão acústica do tema, que conta com a participação especial de Aimee Mann e que foi gravada por Michael Penn, o marido da cantora e compositora norte-americana, natural de Richmond, na Virginia.

Esta colaboração teve o primeiro episódio, na reta final do ano passado, quando num concerto de natal da banda Ted Leo And The Pharmacists e que contou com a participação especial dos The New Pornograpers, a banda de Neko Case tocou pela primeira vez em público a canção Firework In The Falling Snow e com a participação especial vocal de Aimee Mann. O resultado da parceria foi tão positivo que ficou logo aí decidido que seria gravada, posteriormente, uma versão de estúdio acústica do tema, com a presença da cantora. 

Nesta versão acústica, que impressiona pelo timbre metálico luminoso da viola acústica e pelo slide insinuante de uma guitarra tocada pela própria Aimee, amplia-se o cariz impressivo de uma canção que fala de impossíveis e de como eles podem ficar no passado desde que queiramos muito mudar de vida, num resultado final fluido, contagiante, luminoso e até algo surpreendente, tendo em conta a fluidez do jogo vocal que se estabelece entre os diferentes intervenientes. Confere...

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publicado por stipe07 às 15:56


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