man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Marika Hackman – Hanging
Big Sigh é o título do novo registo de originais que a britânica Marika Hackman tem na forja para colocar nos escaparates em dois mil e vinte e quatro, um trabalho que sucede ao extraordinário álbum Any Human Friend que a artista natural de Hampshire e a residir atualmente em Londres, lançou em dois mil e dezanove e que, na altura, foi o terceiro longa duração da sua carreira.
No Caffeine foi, como certamente os mais atentos se recordam, o primeiro single revelado do alinhamento de Big Sigh, um disco que terá a chancela da Chrysalis Records e que foi produzido pela própria Marika Hackman, com a ajuda de Sam Petts-Davies e Charlie Andrew. Era um tema que abordava a temática da ansiedade, uma sensação que muitas vezes se materializa em ataques de pânico e que sonoramente assentava numa delicada melodia incubada por um piano, que depois evoluia para territórios mais buliçosos e inebriantes, sustentados por vários arranjos de sopros, guitarras eletrificadas com mestria, sintetizações insinuantes e uma bateria e um baixo corpulentos, num resultado final repleto de charme e com um intenso travo classicista.
Agora já é possível escutar um outro momento alto de Big Sigh. O novo single de Marika Hackman chama-se Hanging. É uma canção que reflete sobre o fim de uma relação e a dificuldade que muitas pessoas sentem de seguir em frente, caso a rutura tenha sido algo traumática. Hanging oferece-nos o mesmo catálogo instrumental rico, charmoso e variado de No Caffeine. No entanto, e ao contrário do que sucede com o primeiro single que foi destaque por cá a semana passada, Hanging inicia de modo algo melancólico, mas rapidamente atinge um perfil sonoro exuberante e bastante cinematográfico, num resultado final que obriga o ouvinte a sentir-se tocado pela sua intensidade, não o deixando indiferente. Confere Hanging e o artwork e a tracklist de Big Sigh...
The Ground
No Caffeine
Big Sigh
Blood
Hanging
The Lonely House
Vitamins
Slime
Please Don’t Be So Kind
The Yellow Mile
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Ed Harcourt – Strange Beauty
O músico Ed Harcourt já tem pronto o seu décimo e novo registo de originais, um disco intitulado El Magnifico, que irá ver a luz do dia a vinte e nove de março do próximo ano com a chancela do seu próprio selo, Deathless Recordings e que irá suceder ao extraordinário compêndio de instrumentais Monochrome To Colour, de dois mil e vinte.
El Magnifico, um alinhamento de doze canções produzidas pelo próprio Ed Harcourt, gravadas nos seus estúdios estúdios Wolf Cabin e retocadas com a ajuda do produtor Dave Izumi Lynch, nos estúdios Echo Zoo Studio, em Eastbourne, será, certamente, mais um trabalho bastante cinematográfico e evocativo, tendo em conta Strange Beauty, o mais recente single divulgado da obra.
Strange Beauty é um tema em que entalhes eletrónicos das mais diversas proveniências, um piano repleto de variações rítmicas e cordas insinuantes abraçam-se e contrapôem-se, afagando uma típica canção de amor, visceral, intensa e charmosa, instrumentalmente riquíssima e muito emotiva, vibrante e impressiva. Confere Strange Beauty, composição já com direito a um vídeo filmado em Almeria, no sul da Espanha, por Steve Gullick e o artwork e a tracklist de El Magnifico...
1. 1987
2. Into The Loving Arms Of Your Enemy
3. Broken Keys
4. Strange Beauty
5. The Violence Of The Rose
6. Ghost Ship
7. Deathless
8. Anvils & Hammers
9. My Heart Can’t Keep Up With My Mind
10. At The Dead Of The World
11. Seraphina
12. El Magnifico
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Horsebeach – In The Shadow Of Her
Uma das boas surpresas sonoras de dois mil e dezanove para a nossa redação foi The Unforgiving Current, um alinhamento de dez canções assinado pelos britânicos Horsebeach, um projeto natural de Manchester e formado por Ryan Kennedy (voz) Matt Booth (bateria), Tom Featherstone (guitarra) e Tom Critchley (baixo). Os Horsebeach estrearam-se nos discos há quase uma década com um homónimo, ao qual sucedeu, em dois mil e quinze, Beauty & Sadness, um álbum que, na altura, reforçou a aposta da banda em sonoridades eminentemente etéreas e melancólicas, dentro de um catálogo indie virtuoso, com uma atmosfera particularmente íntima e envolvente, um modus operandi que se vem aprimorando com cada vez maior mestria.
Quase no ocaso de dois mil e vinte e três, os Horsebeach estão de regresso aos nosso radar porque têm na forja um novo álbum intitulado Things to Keep Alive, um alinhamento de dez canções que irá ver a luz do dia a vinte e quatro de março do próximo ano e já disponível para reserva no bandcamp do grupo exemplarmente liderado por Ryan Kennedy.
In The Shadow Of Her é o primeiro single divulgado do alinhamento de Things To Keep Alive. É uma composição que assenta num balanço inspirado entre uma rugosidade bastante vincada e uma espécie de pueril majestosidade lo fi, sensações criadas por uma guitarra com um fuzz particularmente vibrante, acompanhada por um registo vocal ecoante e uma bateria multifacetada e bastante omnipresente.
In The Shadow Of Her é o segundo tema do alinhamento de um disco que, de acordo com o próprio Ryan, tem um forte conteúdo autobiográfico porque, à semelhança dos quatro registos anteriores do grupo, reflete sobre a sua própria existência, debruçando-se, neste caso concreto, sobre a luta que o músico travou, nos últimos anos, com alguns problemas relacionados com a sua saúde mental. Confere In The Shadow Of Her e o artwork e a tracklist de Things To Keep Alive...
A Friend By The Lake
In The Shadow Of Her
A Fault In All Of Us
Things to Keep Alive
Let Me Stay In Tonight
Until You
Cinnamon Challenge
Pure Shores
Colourless
Tradition
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The Strumbellas – My Home Is You
Os canadianos The Strumbellas acabam de revelar o single My Home Is You, mais um dos grandes momentos de Part Time Believer, o novo disco do projeto natural de Lindsay, no Ontário, formado por Simon Ward, David Ritter, Jon Hembrey, Isabel Ritchie, Darryl James, Jeremy Drury e Jimmy Chauveau, um alinhamento de doze canções que irá ver a luz do dia a nove de fevereiro de dois mil e vinte e quatro.
Cordas vibrantes e efusivas, um registo vocal emotivamente intenso, um refrão imponente, diversas variações rítmicas e um perfil melódico tremendamente radiofónico são os pilares em que assentam My Home Is You, uma canção sobre o sentimento de pertença que é natural usufruirem todos aqueles que têm uma ligação especial com alguém.
My Home Is You é a oitava composição que um álbum que terá a chancela da Glassnote Records e que, de acrodo com esta e outras amostras já conhecidas, terá, com toda a certeza, a cartilha fundamental da melhor folk debaixo do braço, já que está a ser incubado por um projeto que tem dado cartas desde dois mil e oito, sempre de mente aberta para se ir adaptando às novas tendências e puxando para a linha da frente, sem receio, recursos sonoros de cariz orquestral, exprimindo, desse modo, disco, após disco, um renovado olhar no modo como reflete as tendências atuais da country, da folk e do emo rock. Confere...
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Marika Hackman – No Caffeine
Big Sigh é o título do novo registo de originais que a britânica Marika Hackman tem na forja para colocar nos escaparates em dois mil e vinte e quatro, um trabalho que sucede ao extraordinário álbum Any Human Friend que a artista natural de Hampshire e a residir atualmente em Londres, lançou em dois mil e dezanove e que, na altura, foi o terceiro longa duração da sua carreira.
No Caffeine é o primeiro single revelado do alinhamento de Big Sigh, um disco que terá a chancela da Chrysalis Records. É um tema que aborda a temática da ansiedade, uma sensação que muitas vezes se materializa em ataques de pânico. Sonoramente, No Caffeine assenta numa delicada melodia incubada por um piano, que depois evolui para territórios mais buliçosos e inebriantes, sustentados por vários arranjos de sopros, guitarras eletrificadas com mestria, sintetizações insinuantes e uma bateria e um baixo corpulentos, num resultado final repleto de charme e com um intenso travo classicista. Uma grande canção, já com direito a um curioso vídeo assinado pela própria Marika Hackman e por Natàlia Pagès Geli. Confere...
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Sun June – Bad Dream Jaguar
Bad Dream Jaguar é o fantástico título do novo trabalho do projeto norte-americano Sun June, um quinteto sedeado em Austin, no Texas e formado por Laura Colwell, Michael Bain, Justin Harris, Sarah Schultz e Stephen Salisbury. Bad Dream Jaguar é o terceiro disco dos Sun June, que se estrearam em dois mil e dezoito com o registo Years, um alinhamento que teve sucessor três anos depois, com o álbum Somewhere.
Bad Dream Jaguar viu a luz do dia no final deste mês de outubro com a chancela da Run For Cover e tem fantásticas canções num alinhamento que vale bem a pena destrinçar. Uma delas é, por exemplo, Get Enough, uma canção que versa, de acordo com a vocalista Laura Colwell, sobre o sonho impossível que ela guarda dentro de si, de que os The Beatles se irão reunir um dia, foi, no final de agosto, como todos certamente se recordam, o primeiro single retirado do seu alinhamento. Refiro-me muito em particular a esta composição, como forma de suscitar no leitor a curiosidade relativamente a um disco que impressiona pelo modo como toca, enquanto navega nas águas escorreitas de uma indie pop, com um delicioso travo a folk, em que cordas, sintetizadores e diferentes nuances percussivas se afagam, com enorme mestria, sedução, romance, lisergia e mistério.
Easy Violence e John Prine, respetivamente a sexta e sétima canções do trabalho, são outras duas canções contundentes e fortemente imersivas, assim como Mixed Bag, uma canção com elevado travo folk, assente em cordas luminosas, um baixo discreto, mas omnipresente e diversos entalhes proporcionados por teclas e bateria, com o registo vocal bastante sedutor de Laura Colwell a ser o detalhe decisivo para conferir ao tema e a todo o disco, uma imagem de marca que é já caraterística indelével do adn Sun June, mestres na criação de canções sempre íntimas, melancolicamente reluzentes e particularmente gráficas. Espero que aprecies a sugestão...
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There Will Be Fireworks – Summer Moon
A Escócia está, claramente, na ordem do dia com bandas e projetos como King Creosote, Tiny Skulla, The Magnetic North, Frightened Rabbit, The Twilight Sad ou We Were Promised Jetpacks, a carimbarem relevância na contemporaneidade indie que nos vai invandindo, feita de boa música, mas também de algum excesso de fácil radiofonia e de exagerada popularidade. Os There Will Be Fireworks são mais um nome a juntar à listagem, uma banda escocesa, mas atualmente sedeada em Londres, que acaba de deixar em verdadeiro sentido a nossa redação devido a Summer Moon, o novo disco do projeto, que coloca fim a um hiato de uma década, já que sucede ao álbum The Dark, Dark Bright, que o grupo lançou em dois mil e treze.
Summer Moon é um extraordinário alinhamento de treze canções que tem a chancela da The Imaginary Kind, uma equena etiqueta escocesa detida por elementos dos There Will Be Fireworks, que se movem confortavelmente a calcorrear caminhos, mais ou menos sinuosos, que os levam do indie rock, ao rock progressivo, à folk e ao emo rock, uma curiosa amálgama que, no caso de Summer Moon, é também uma marca sonora que vinca, neste disco, a transição entre a juventude e a vida adulta dos membros do grupo, uma passagem que ocorreu durante o período que separa este álbum do antecessor. Summer Moon contém, portanto, esta marca de maturidade, com canções filosoficamente mais intrnicadas e profundas, mas sem colocarem em causa a habitual delicadeza e elevado sentimentalismo que os There Will Be Fireworks colocam, mesmo quando o manto sonoro é rugoso, imponente e ruidoso.
Como se percebe logo em Smoke Machines (Summer Moon), Summer Moon é um disco de guitarras, mas também um exemplo consistente de como as mesmas, eletrificadas, podem delinear interseções, junções e sobreposições com os sintetizadores. É um jogo entre o orgânico e o sintético feito com mestria e com enorme apuro melódico. Holding In The Dark, por exemplo, cativa logo ao primeiro instante, pelo modo como um trecho cósmico sintético acompanha, exemplarmente, uma repetitiva linha de guitarra hipnótica, durante quase seis minutos enleantes e vibrantes. Mesmo quando em Bedroom Door existe um apelo mais intenso por parte da acusticidade, não é colocada em causa uma riqueza e uma diversidade instrumental, uma permissa que ganha ainda maior ênfase, logo a seguir, em Love Comes Around, canção em que a bateria assume a linha da frente, enquanto aquela lágrima fácil no canto do nosso olho resolve deslizar face abaixo e sem qualquer hesitação.
Até ao final de Summer Moon, grandiosidade e consistência são termos que assaltam instintivamente a mente do ouvinte, enquanto se delicia, na impulsividade eletrizante de Our Lady Of Sorrows, ou no baixo embalador e na soul do timbre metálico da guitarra que se vai insinuando em Dream Song, até a canção explodir, quase no sentido literal do termo, com um naipe de canções abrigadas por alguns dos melhores pilares estilísticos e conceptuais que sustentam a nata do rock alternativo atual, um modus operandi que também não descura piscares de olhos descarados a ambientes eminentemente progressivos, mas sempre de um modo polido e orquestralmente rico. É uma trama que acaba por ajudar a puxar o ouvinte para um lado eminentemente reflexivo e sonhador, num disco que é um marco de preserverança e de exaltação, criado por uns There Will Be Fireworks que sempre conseguiram inflamar a sua música com uma quase incontrolada paixão. Espero que aprecies a sugestão...
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Kurt Vile – Back To Moon Beach EP
Meia década depois do excelente registo Bottle It In, e ano e meio após (watch my moves), o oitavo disco da carreira, Kurt Vile volta a dar as mãos à Matador Records e coloca nos escaparates Back To Moon Beach, o novo EP deste músico que descende da melhor escola indie rock norte americana e que adora piscar o olho à melhor folk nativa do outro lado do atlântico, quer através da forma como canta, quer nos trilhos sónicos da guitarra elétrica que abraça há duas décadas, sempre com elevado requinte.
Não deixa de ser um pouco estranho catalogar um compêndio de nove canções com uma duração de quase uma hora como um EP, mas é desse modo que se identifica Back To The Moon Beach, composições que são b-sides incubadas durante as sessões de gravação dos discos que Kurt Vile lançou na última meia década.
Back To The Moon EP é um sublime alinhamento que coloca Kurt Vile no rasto da herança de alguns dos cantautores de eleição do seu país e que são verdadeiras referências incontornáveis, como Johnny Cash ou Neil Young, só para citar alguns dos autores mais conhecidos. E Vile fá-lo servindo-se da folk, o seu universo sonoro de eleição, aqui mesclado com alguns dos melhores tiques identitários da country e do jazz, como o próprio plasma e assume, logo a abrir o EP, em Another Good Year For The Roses e Touched Somethin (Caught A Virus), por esta ordem. Se na primeira canção o piano assume as rédeas, na segunda compsição é o violão quem cerra os punhos, exemplarmente acompanhado pela bateria. Mas, em ambos os casos, a filosofia é semelhante, porque a base instrumental das canções vai-se deixando enlear por uma quase impercetível vastidão de arranjos, detalhes e nuances das mais diversas proveniências, que vão adornando, com um charme intenso, duas canções assentes numa simbiose quase hipnótica entre melancolia e exprimentalismo.
É neste modus operandi fascinante que se fundem os alicerces de Back To The Moon. O próprio tema homónimo é um impressivo flash sonoro de cosmicidade poeirenta e intimista, que abraça e suscita no ouvinte conceitos como espontaneidade e inocência. Depois, se Like A Wounded Bird Trying To fly plasma um perfil mais roqueiro e evocativo, sem deixar de lado o indispensável intimismo e se Tom Petty’s Gone (But Tell Him I Asked For Him) pisca o olho, com notável acerto, a uma espécie de sensualidade orgânica apimentada com pequenos delírios acústicos e elétricos, Blues Come For Some volta a chamar o piano para a linha da frente, sem rodeios e receios, numa canção que é um verdadeiro festim de sentimentalismo.
Back To The Moon Beach é, em suma, um calcorrear eminentemente lisérgico que olha para a folk de espírito livre e aberto, uma opção criativa que deu origem a composições sublimes no modo como aprimoram o melhor adn identitário de Vile, feito de melodias conduzidas quase sempre por cordas elétricas e acústicas inspiradas e também, neste caso, de um piano buliçoso, espraiadas em quase sessenta minutos de enorme beleza, emoção, arrojo e, acima de tudo, contemplação. Espero que aprecies a sugestão...
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Black Pumas – Chronicles Of A Diamond
A dupla Black Pumas, formada por Eric Burton e Adrian Quesada, estreou-se nos lançamentos discográficos com um registo homónimo lançado em dois mil e dezanove, um álbum que venceu sete Grammys e recebeu imensos elogios por parte da crítica especializada. Agora, quatro anos depois dessa auspiciosa estreia, a dupla volta a impressionar à boleia de Chronicles of a Diamond, um registo de dez composições produzidas pelo próprio Adrian Quesada e que burilam, ainda mais, uma mescla de estilos, nomeadamente o rock, a soul, o blues, o jazz e o funk psicadélico, um modus operandi que faz já parte do adn Black Pumas.
Honestidade, charme, entrega e uma enorme soul, são alguns dos conceitos chave de um registo que coloca o rock num pedestal com intenso brilho. E o melhor rock é, sem qualquer espécie de dúvida, aquele que agrega descaradamente diferentes nuances, bebe de várias fontes, não teme piscar o olho ao aqui e ao acolá, fazendo tudo isso sem perder a essência marcante de uma forma de criar música que tem, sem qualquer sombra de dúvida e desde os anos cinquenta do século passado, na classe operária negra do lado de lá do atlântico uma das suas grandes forças motrizes. Os Black Pumas são detentores sapientes dessa herança identitária, uma filosofia interpretativa que conhecem melhor que ninguém, porque lhes está no sangue esta faceta simultaneamente híbrida e agregadora, aliada a uma pouco usual empatia entre a dupla, que só se explica pela forte amizade que une Burton e Quesada.
Assim, em Chronicles Of A Diamond embarcamos numa fuastosa viagem roqueira até um universo sonoro feito de majestosidade instrumental, assente quase sempre em cordas eletrificadas com o têmpero certo. É um rock que não se inibe, em momento algum de dar espreitadelas incisivas ao melhor funk jazz contemporâneo, com o amor e as relações passionais ou familiares a estarem na linha da frente do ideário lírico de um rgisto fortemente entalhado e embrulhado numa constante tonalidade psicadélica.
Canções como Angel, composição simultaneamente initmista e intrincada, feita de quase cinco minutos simultaneamente singelos, hipnóticos e plenos de emoção, Mrs. Postman, um divertido e insinuante tema, que impressiona pelo modo como um piano pleno de soul, exemplarmente tocado por JaRon Marshall, convidado especial da dupla, o sustenta, para depois ir recebendo diversos elementos percussivos repletos de groove e More Than A Love Song, a luminosa canção que abre o alinhamento de Chronicles of a Diamond e que assenta numa bateria que marca um ritmo repleto de groove, que recebe depois, de braços abertos, arranjos de cordas agéis e guitarras exuberantes, que versam sobre a simplicidade da vida e o modo como as dificuldades podem ser ultrapassadas se nos unirmos a quem nos quer bem e à comunidade onde vivemos, do mesmo modo que fazem os pássaros quando voam sincronizados todos juntos, são apenas três exemplos, neste álbum, que nos mostram que os Black Pumas não tiveram medo de arriscar e assumir durante a sua concepção, sem apelo nem agravo, a impressiva criatividade e maturidade que já os identifica enquanto projeto musical,
Exímios a contar eventos aparentemente ordinários, mas que ganham, através do seu registo interpretativo exemplar, uma amplitude sentimental ímpar, os Black Pumas criaram, ao segundo disco, uma obra prima discográfica entusiasmante, que leva o ouvinte a rir e a chorar, a refletir e a levitar, ao som de quase quarenta e três minutos feitos com um rock dançante, sensual e tremendamente cativante. Espero que aprecies a sugestão...
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J Mascis – Can’t Believe We’re Here
Pouco mais de meia década depois de Elastic Days, J Mascis, o líder dos míticos Dinosaur Jr, acaba de anunciar mais uma nova adição ao seu catálogo a solo. É um disco intitulado What Do We Do Now, um alinhamento de dez csnções que irá ver a luz do dia em dois de fevereiro de dois mil e vinte e quatro, com a chancela da Sub Pop Records.
Can’t Believe We’re Here, a canção que abre o alinhamento de What Do We Do Now, é a primeira composição retirada do disco em formato single. É uma composição com uma deliciosa base acústica repleta de cor e luminosidade, que vai sendo adornada por guitarras eletrificadas, num resultado final com uma componente nostálgica ímpar, porque nos leva, num abrir e fechar de olhos, até à herança do melhor indie rock alternativo dos anos noventa do século passado. Can´t Believe We're Here contém todas as marcas identitárias de um perfil interpretativo que foi sempre imagem de marca de um autor que nunca deixou de colocar na linha da frente uma indispensável radiofonia, sem deixar de tocar no âmago de quem o escuta com superior atenção e devoção. É uma coerência que não é sinónimo de redundância e que, nas asas deste novo single, faz adivinhar que What Do We Do Now será um disco animado, radioso e com todos os ingredientes para se tornar num verdadeiro clássico de rock puro e duro, pulsante e de superior quilate, do ano civil que se aproxima a passos largos.
Confere Can´t Believe We're Here, o vídeo do tema que conta com a participação de nomes como Fred Armisen, Bully e David Cross e o artwork e a tracklist de What Do We Do Now, um registo que foi gravado nos estúdios Bisquiteen Studio, em Western Massachusetts e que, além de Mascis, conta com as contribuições instrumentais de Ken Mauri, teclista do B-52's e do músico canadiano, natural de Ontário, Matthew Doc Dunn...
Can’t Believe We’re Here
What Do We Do Now
Right Behind You
You Don’t Understand Me
I Can’t Find You
Old Friends
It’s True
Set Me Down
Hangin Out
End Is Gettin Shaky