man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Palace – Rabid Dog
Sedeados em Londres, os Palace deram-nos, no ano passado, um dos grandes momentos discográficos de dois mil e vinte e dois, encarnado em Shoals, um espetacular alinhamento de doze canções consumidas na esfera de um indie alt-rock expansivo e encharcado em emotividade, que encontrava fortes reminiscências no catálogo de nomes tão credenciados como os DIIV, Alt-J ou os Local Natives e que acabou por fazer parte, com toda a naturalidade, da nossa lista dos melhores álbuns desse ano.
Já em dois mil e vinte e três, no início do verão e depois de uma aclamada digressão por terras de Sua Majestade, a banda londrina, que tem no centro das suas criações sonoras o inconfundível falsete de Leo Wyndham, o vocalista de um projeto ao qual se juntam Rupert Turner, Will Dorey e Matt Hodges, divulgou um EP intitulado Part I - When Everything Was Lost, quatro canções que catapultaram os Palace para territórios sonoros orquestralmente ainda mais ricos e intensos do que Shoals, o já referido registo de estreia.
Agora, no início do outono, a banda britânica volta à carga com o anúncio de mais um novo EP intitulado Part II – Nightmares & Ice Cream, ao mesmo tempo que divulga o conteúdo de Rabid Dog, a composição que vai abrir esse novo tomo de canções dos Palace. Rabid Dog é um tema conduzido por uma bateria embaladora, exemplarmente acompanhada por uma guitarra repleta de soul, uma parelha que sustenta um piano que se vai insinuando, num resultado final pleno que mescla intimidade e serenidade, com um charme tremendamente sofisticado. uma excelente porta de entrada para um EP que, de acordo com o próprio Wyndham, retrata alguns eventos que foram significativos para a banda no último ano, ao mesmo tempo que serve para exorcizar alguns anseios e receios que o sucesso inesperado que foi Shoals criou no seio dos Palace. Part II – Nightmares & Ice Cream foi produzido por Adam Jaffrey (Oh Wonder, Loyle Carner, Lucy Rose) nos estúdios Unwound Studios e vai ver a luz do dia a cinco de dezembro. Confere...
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Two Door Cinema Club – Sure Enough
Pouco mais de um ano depois de Keep On Smiling, um alinhamento de doze canções que teve a chancela da francesa Kitsuné Music, os norte-irlandeses Two Door Cinema Club estão de regresso às novidades com um novo single intitulado Sure Enough, que ainda não traz atrelado o anúncio de um novo registo do trio atualmente formado por Sam Halliday, Alex Trimble e Kevin Baird.
Conforto, segurança e proteção são fáceis de encontrar. Tudo o que deves fazer é aceitar a mentira. São estas as primeiras palavras que se escutam em Sure Enough, uma composição enérgica, vibrante e epxlosiva, imagens de marca de uma banda sempre sonoramente incandescente e que alimentando-se, na sua essência, de uma fusão ímpar entre o indie rock mais efusivo e efervescente, com aquela pop experimental new wave, feita com o travo retro proporcionado pelo sintetizador, coloca amiúde nos nossos ouvidos instantes sonoros de superior quilate. Confere...
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Sun June – Mixed Bag
Bad Dream Jaguar é o fantástico título do novo trabalho do projeto norte-americano Sun June, um quinteto sedeado em Austin, no Texas e formado por Laura Colwell, Michael Bain, Justin Harris, Sarah Schultz e Stephen Salisbury. Bad Dream Jaguar será o terceiro disco dos Sun June, que se estrearam em dois mil e dezoito com o registo Years, um alinhamento que teve sucessor três anos depois, com o álbum Somewhere.
Bad Dream Jaguar irá ver a luz do dia no final deste mês de outubro com a chancela da Run For Cover e Get Enough, uma canção que versa, de acordo com a vocalista Laura Colwell, sobre o sonho impossível que ela guarda dentro de si, de que os The Beatles se irão reunir um dia, foi, no final de agosto, como todos certamente se recordam, o primeiro single retirado do seu alinhamento.
Depois, em pleno mês de setembro, cerca de três semanas depois dessa novidade, houve nova extração de composições do alinhamento de Bad Dream Jaguar em formato single e em dose dupla, os temas Easy Violence e John Prine, respetivamente a sexta e sétima canções do trabalho, duas canções contundentes e fortemente imersivas. Agora, no início de outubro, Mixed Bag, a terceira composição do disco, é o novo tema que os Sun June revelam em formato single. Mixed Bag é uma canção com elevado travo folk, assente em cordas luminosas, um baixo discreto, mas omnipresente e diversos entalhes proporcionados por teclas e bateria, com o registo vocal bastante sedutor de Laura Colwell a ser o detalhe decisivo para conferir ao tema uma imagem de marca dos Sun June, a criação de canções sempre íntimas, melancolicamente reluzentes e particularmente gráficas. Confere...
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Black Pumas - Mrs. Postman
A dupla Black Pumas, formada por Eric Burton e Adrian Quesada, estreou-se nos lançamentos discográficos com um registo homónimo lançado em dois mil e dezanove, um álbum que venceu sete Grammys e recebeu imensos elogios por parte da crítica especializada. Agora, quatro anos depois dessa auspiciosa estreia, a dupla prepara-se para voltar a impressionar à boleia de Chronicles of a Diamond, um registo que chegará aos escaparates no final deste mês de outubro. São dez composições produzidas pelo próprio Adrian Quesada e que irão, certamente, burilar ainda mais uma mescla de estilos, nomeadamente o rock, a soul, o blues, o jazz e o funk psicadélico, um modus operandi que faz já parte do adn Black Pumas.
More Than A Love Song, a canção que abre o alinhamento de Chronicles of a Diamond, foi a primeira amostra revelada do disco, um tema que esteve em alta rotação na nossa redação há cerca de um mês, como certamente os leitores e os ouvintes mais atentos se recordam. Agora chega a vez de escutarmos Mrs. Postman, uma divertida e insinuante composição, que impressiona pelo modo como um piano pleno de soul, exemplarmente tocado por JaRon Marshall, convidado especial da dupla, a sustenta, para depois ir recebendo diversos elementos percussivos repletos de groove, com o registo vocal sensual de Eric Burton a ser, uma vez mais, a cereja no topo do bolo de uma canção que tem também já direito a um animado vídeo assinado por Amos David McKay. Confere...
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King Creosote – Blue Marbled Elm Trees
Kenny Anderson é o cantor e compositor escocês que dá vida ao fantástico projeto King Creosote que já não dava sinais de vida desde o excelente registo Astronaut Meets Appleman, de dois mil e dezasseis. Sete anos depois desse notável alinhamento de dez canções, King Creosote está de regresso aos discos com um registo intitulado I DES, que irá ver a luz do dia a três de novembro com a chancela de Domino Recordings.
Blue Marbled Elm Trees é o mais recente single retirado do alinhamento de I DES, a segunda composição de um total de nove. Blue Marbled Trees é um tema grandioso, épico e vibrante, um tratado de indie folk que vai crescendo em arrojo e emotividade ao longo dos seus pouco mais de cinco minutos e que impressiona pelo modo como a voz sempre clemente de Anderson plana por uma bateria arritmada, mas vigorosa, um teclado hipnótico e diversas cordas e sopros, mais ou menos insinuantes, num resultado final em que angústia e libertação são sensações que se fundem, quase sem se dar por isso, e que resulta num clímax onde não falta um invulgar travo psicadélico. Confere...
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Moby – Should Sleep (feat. JP Bimeni)
O músico e produtor nova iorquino Moby tem nove álbuns na última década, vivendo uma das fases mais inspiradas e produtivas de uma já longa e respeitável carreira, que tem feito dele um dos expoentes maiores da eletrónica do novo milénio. E, depois do extraordinário novo passo que Moby deu neste percurso inigualável, há cerca de dois anos, com uma compilação de versões de alguns dos seus maiores sucessos, concretamente treze, com novos arranjos e uma filosofia eminentemente acústica, com a ajuda da Budapest Art Orchestra, um disco chamado Reprise, que viu a luz do dia à boleia da Deutsche Grammophon e que contou com as participações especiais de Gregory Porter, Jim James (My Morning Jacket), Mindy Jones, Víkingur Ólafsson, Kris Kristofferson e Skylar Grey, entre outros, ele está de volta com um novo tema intitulado Should Sleep, que conta com a ajuda inestimável de JP Bimeni.
Should Sleep é uma ode nostálgica, eficaz, bonita e plena de intenção, à melhor música de dança que agitou a costa leste dos Estados Unidos da América há cerca de quatro décadas. Ao longo de mais de quatro minutos intensos, a mescla feliz entre cordas, sopros, piano e diversos entalhes percussivos, sintéticos e orgânicos, num registo interpretativo pleno de soul, de funk e de groove, fica plasmada essa ambição de replicar, na canção, uma filosofia sonora que foi marcante e que, na época, fez furor nas pistas de dança e no universo underground de grandes metrópoles, em especial Nova Iorque.
O tema também já tem direito a um excelente vídeo, assinado a meias pelo próprio Moby e por Mike Formanski, onde é possível ver o músico a tocar os vários instrumentos que se escutam em Should Sleep, enquanto JP Bimeni canta e dança. Confere...
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The Vaccines – Heartbreak Kid
Os britânicos The Vaccines de Justin Young, Freddie Cowan, Pete Robertson e Árni Árnason, já têm sucessor para o registo Back In Love City, que lançaram em dois mil e vinte e um, um alinhamento de treze canções que consolidou uma estética sonora que, numa esfera indie rock, nunca deixou de olhar quer para alguns detalhes do punk, como para certos tiques e arranjos que sobrevivem à sombra da eletrónica, inaugurada em dois mil e onze com o aclamado álbum What Did You Expect from The Vaccines?.
Pick-Up Full of Pink Carnations, expressão retirada da canção de mil novecentos e setenta e um American Pie de Don McLean e que simboliza o fim da inocência e do sonho americano, é o título do sexto registo de originais dos The Vaccines, um compêndio de dez canções que irá chegar aos escaparates a doze de janeiro do próximo ano, com a chancela da Thirty Tigers. O álbum foi produzido por Andrew Wells e, de acordo com Heartbreak Kid, o segundo tema do alinhamento do disco e o primeiro retirado em formato single, o disco irá aprimorar ainda mais a essência sonora dos The Vaccines, enquanto se debruça sobre a mudança de Justin Young para Los Angeles e a diferença entre as expetativas que criou relativamente a essa mudança e a realidade que encontrou.
Heartbreak Kid é uma canção frenética e com um ritmo bastante acelarado, apostando numa toada simultaneamente vibrante e nostálgica, assente num punk rock contundente e encorpado, com a distorção abrasiva da guitarra e uma multiplicidade de efeitos em seu redor a serem as grandes imagens de marca de um tema incisivo e que se debruça sobre o fim de um relacionamento. Confere Heartbreak Kid e o artwork e a tracklist de Pick-Up Full of Pink Carnations...
Sometimes, I Swear
Heartbreak Kid
Lunar Eclipse
Discount De Kooning (Last One Standing)
Primitive Man
Sunkissed
Another Nightmare
Love To Walk Away
The Dreamer
Anonymous in Los Feliz
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The Drums – The Flowers
Desde que Jonny Pierce tomou nas suas mãos as rédeas do projeto the Drums, tornando-o, praticamente, num projeto a solo, já editou dois registos; Abysmal Thoughts, em dois mil e dezassete e Brutalism, quase três anos depois. Após este último álbum, que foi dissecado por esta redação e que assentou numa sonoridade que deu ênfase naquela pop sintetizada que dialoga promiscuamente com o rock oitocentista, Pierce entrou numa espécie de hiato, apesar de ter lançado alguns temas avulsos em dois mil e vinte, uma pausa que chegou ao fim recentemente com a divulgação das canções Plastic Envelope, Protect Him Always, I Want It All, Obvious, Better e Isolette, que, como seria expetável, antecipam um novo disco da banda, chamado Jonny, que irá ver a luz do dia no próximo outono.
Esta saga de divulgação de novas composições levada a cabo por Jason Pierce tem mais um capítulo intitulado The Flowers, o décimo terceiro tema do alinhamento de Jonny. Este novo single retirado do novo registo dos The Drums versa sobre o modo como os sentimentos que nutrimos por outra pessoa podem ter diferentes graus de intensidade, de acordo com o momento e as circunstâncias e a alegria que esse tipo de conexão com alguém pode provocar em cada um de nós. Sonoramente é uma canção um pouco mais intimista do que as restantes, mas mantém-se naquele registo que tipifica o adn The Drums, com o efeito metálico da guitarra e uma bateria arritmada a encarnarem uma curiosa simbiose entre o indie surf rock e a eletrónica chillwave, com uma tonalidade dançante irresistível. Confere..