man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Crystal Fighters – Carolina
O coletivo de músicos ingleses e espanhóis Crystal Fighters, que se divide entre Londres e Navarra, é atualmente formado por Sebastian Pringle, Gilbert Vierich e Graham Dickson. É um trio ao qual se juntam em digressão Eleanor Fletcher, Louise Bagan e Daniel Bingham e que se estreou há quase década e meia com o excelente registo Star Of Love. Em dois mil e dezanove chamaram a nossa atenção por causa do álbum Gaya & Friends, que sucedeu a Everything Is My Family, de dois mil e dezasseis e ao EP Hypnotic Sun, lançado também nesse ano e que continha as composições Another Level, que faz parte da banda sonora do Fifa 19, Going Harder (feat. Bomba Estereo) e All My Love.

Agora, em dois mil e vinte e três, este curioso coletivo Crystal Fighters volta à nossa antena: Começaram por fazê-lo no início de julho à boleia de Manifest, o primeiro tema que divulgaram desde Gaya & Friends. Agora regressam à carga com Carolina, mais uma animada canção, ideal para esta época do ano. Carolina é um delicioso e anguloso tratado de world music, que mistura pop contemporânea, com nuances tribalistas de origem tradicional. É uma canção bastante dançante e extrovertida, que impressiona pela amplitude percurssiva extremamente angulosa, que vai sendo trespassada por diversas cordas e teclados, num resultado final divertido, sorridente e muito agradável de ouvir e que aguça a curiosidade relativamente ao restante conteúdo de um disco que a banda já prometeu ainda para este ano e que será o quinto do projeto. Confere...
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Wilco – Evicted
Os norte americanos Wilco de Jeff Tweedy são um dos projetos mais profícuos do universo indie e alternativo atual. Não cedem à passagem do tempo, não acusam a erosão que tal inevitabilidade forçosamente provoca, mantêm-se firmes no seu adn e conseguem, disco após disco, apresentar uma nova nuance interpretativa, ou uma nova novela filosófica que surpreenda os fãs e os mantenha permanentemente ligados e fidelizados. Cousin, o novo álbum dos Wilco, não fugirá certamente a essa permissa, depois de no ano passado, no registo duplo Cruel Country, a aposta ter sido num travo eminentemente folk, uma espécie de regresso às origens e aos primórdios da carreira da banda de Chicago, no Illinois.

Cousins irá ver a luz do dia a vinte e um de setembro próximo, pela própria etiqueta da banda, a dBpm, foi produzido pela galesa Cate Le Bon, que já mexeu em álbuns de nomes como os Deerhunter, Kurt Vile, Tim Presley e John Grant e terá um alinhamento de dez canções. Esse trabalho será, sem qualquer dúvida, uma manifestação impressiva de que Jeff Tweedy e os seus fiéis companheiros ainda têm muito para dar e, claro, para vender. Evicted, o primeiro single retirado do alinhamento de Cousins, comprova-o no modo como cordas acústicas e elétricas criam uma sonoridade animada e luminosa, mas também algo encantatória e bucólica. É um divertido jogo de cordas e sintetizações, quase cinematográfico, apesar de sonoro, que aproxima os Wilco de uma psicadelia blues de superior filigrana, que se escuta com aquela intensidade que fisicamente não deixa a anca indiferente. Confere Evicted e o artwork e a tracklist de Cousin...

Infinite Surprise
Ten Dead
Levee
Evicted
Sunlight Ends
A Bowl And A Pudding
Cousin
Pittsburgh
Soldier Child
Meant To Be
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Elephant – The Morning ft. Meskerem Mees
Com três anos de existência, os Elephant são um coletivo dos Países Baixos, sedeado em Roterdão. Estrearam-se em dois mil e vinte e um com um EP homónimo que teve uma forte repercurssão no país natal e que valeu a chancela da etiqueta local Excelsior Recordings, que acabou por abrigar, no ano seguinte, o disco de estreia do projeto, um trabalho intitulado Big Thing, que foi destaque no verão de dois mil e vinte e dois na nossa redação.

Agora, apenas um ano depois de Big Thing, os Elephant estão de regresso aos álbuns com Shooting For The Moon, um alinhamento de dez canções que irá chegar aos escaparates a quinze de setembro. The Morning, composição que conta com a participação especial da cantora Meskerem Mees, é o single mais recente divulgado de Shooting For The Moon. É um tema luminoso, rico e apelativo, que assenta predominantemente num timbre metálico de uma viola acústica insinuante e de forte pendor experimental e num registo percussivo simultaneamente hipnótico e contemplativo, mas também repleto de variações rítmicas, duas nuances que já eram imagem de marca de Big Thing e que acabam por misturar a melhor herança do aclamado rock noventista tipicamente norte-americano. Nomes como os Wilco serão, certamente, uma referência óbvia e importante para este coletivo neerlandês. Confere The Morning e o artwork e o alinhamento de Shooting For The Moon...

Post-punk
The Morning
Enemy
Baby Jean
Dog in the Park
Bullets
The Magnet
April
Better Man
Moonlight
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GUM - Would It Pain You To See?
GUM é um projeto a solo liderado pelo australiano Jay Watson, músico com ligações estreitas aos POND e aos Tame Impala, que fez faísca no nosso radar há algumas semanas atrás devido à canção Race To The Air, a primeira que o músico divulgou depois do disco Out In The World, que o músico lançou em dois mil e vinte. Agora,, no início de agosto de dois mil e vinte e três, GUM volta à carga à boleia de Would It Pain You To See?, canção que confirma um disco novo do projeto, um trabalho intitulado Saturnia, que irá ver a luz do dia a quinze de setembro, com a chancela da Spinning Top.

Saturnia também incluirá no seu alinhamento o tema Race To The Air e Would It Pain You To See?, escrita durante o confinamento que resultou da pandemia covid e que conta com a participação especial de Jesse Kotansky nas cordas, à semelhança da primeira composição, tem uma toada crescente e progressiva, colocando todas as fichas num baixo vigoroso e num registo vocal de forte cariz lisérgico, duas imagens de marca daquele que é o habitual registo psicadélico dos projetos conterrâneos acima referidos. Sem dúvida que a Austrália é um manancial deste espetro sonoro do indie rock e GUM é mais um nome a ter em conta. Confere Would It Pain You To See? e o artwork e a tracklist de Saturnia...

Race To The Air
Muscle Memory
Argentina
Would It Pain You To See
Fear Of Joy
Music Is Bigger Than Hair
Real Life
Saturnism
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Los Campesinos! – I Love You (But You’re Boring)
Paul Heaton e Dave Rotheray eram a dupla que liderava, nos anos oitenta e noventa, o projeto britânico The Beautiful South, que tem doze álbuns no seu catálogo e que se estreou em mil novecentos e oitenta e nove com um extraordinário disco chamado Welcome to The Beautiful South, um alinhamento de onze canções que encerrava com uma tocante canção intitulada I Love You (But You’re Boring) e que acaba de ser revista pelos galeses Los Campesinos!.

A versão que a banda natural de Cardiff, atualmente formada por Gareth Paisey, Neil Turner e Tom Bromley acaba de publicar, consegue, de modo incrivelmente impressivo, manter intocável o espírito simultaneamente melancólico e tocante desse original assinado pelos The Beautiful South e induzir a um tema com quase três décadas e meia, um jogo colorido de referências que, da folk à eletrónica, impressiona pelo modo como cordas e teclas interagem entre si, com superior mestria. Vale bem a pena ouvir o original e comparar com a cover assinada pelos Los Campesinos!, que não lançam nenhum trabalho em formato longa duração desde o registo Whole Damn Body, de dois mil e vinte e um. Confere...
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The Kills – New York vs LA Hex
Ansiosa por um disco novo da dupla, a redação deste blogue regressa aos britânicos The Kills de Jamie Hince e Alison Mosshart por causa de um single de sete polegadas que acabam de lançar com as canções New York e LA Hex, que quebram um hiato de cinco anos da dupla, no que concerne ao lançamento de originais, pois não nos podemos esqueer que em novembro de dois mil e vinte, no mesmo ano em que editaram o disco de lados b e raridades, Little Bastards, os The Kills colocaram nos escaparates uma espantosa versão do clássico Cosmic Dancer dos T-Rex, para celebrar a indução da banda de Marc Bolan no The Rock & Roll Hall of Fame.

Estas duas novas composições dos The Kills, ambas já com direito a vídeos assinadas por Andrew Theodore Balasia, ainda não antecipam um novo disco do projeto, que suceda a List of Demands (Reparations), um trabalho lançado em dois mil e dezoito. No entanto, já servem para quebrar um pouco o desencanto que os fiéis seguidores da dula sentiam nos últimos anos relativamente ao futuro dos The Kills. Assim, se New York afina a sua sonoridade pelo habitual adn do grupo, eminentemente orgânico e minimalista e com acentuado espírito garageiro e sensual, LA Hex aponta coordenadas para tonalidades mais intimistas e até algo eletrónicas. Duas canções díspares mas que nos mostram uns The Kills em grande forma e que mantêm intocável o charme inconfundível de uma dupla única e sem paralelo no universo alternativo atual. Confere...
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Bombay Bicycle Club – Diving (feat. Holly Humberstone)
Três anos depois de Everything Else Has Gone Wrong, os Bombay Bicycle Club de Jack Steadman, Jamye MacCol, Suren de Saram e Ed Nash, estão de regresso aos discos com My Big Day, o sexto registo de originais do quarteto, um alinhamento de onze canções com data prevista de lançamento para vinte de outubro e que conta com as participações especiais de nomes como Damon Albarn, Jay Som, Nilüfer Yania, Holly Humberstone, entre outros.
Depois de no final do passado mês de junho termos dançado ao som de My Big Day, o tema homónimo e primeiro single retirado deste novo álbum do projeto de Crouch End, nos arredores da capital britânica, agora chega a vez de contemplarmos uma canção intitulada Diving, a décima composição do alinhamento do álbum, que encarna uma colaboração especial dos Bombay Bicycle Club com a cantora Holly Humberstone. Diving é um sinuoso tratado de indie pop contemporânea, repleto de diversos efeitos e nuances que assentam na habitual filosofia sonora dos Bombay Bicycle Club, que tanto pode ser predominante festiva, como, sem perder esse cariz, simultaneamente reflexiva. O tema que, de acordo com o próprio vocalista Jack Steadman, que também produz o disco, versa sobre as memórias únicas e inesquecíveis do verão de um adolescente, dá primazia ao baixo e às guitarras, enquanto se deixa enredar por diversos efeitos metálicos, encarnando, desse modo, sagazes interseções entre rock e eletrónica. Confere...