man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Teleman – String Theory
Os britânicos Teleman do vocalista Tommy Sanders, do baixista Peter Cattermoul e do baterista Hiro Amamiya, estão de regresso ao formato longa duração com Good Time/Hard Time, o quatro álbum da carreira do grupo natural de Reading. O disco viu a luz do dia a sete de abril, com a chancela da Moshi Moshi e foi o primeiro trabalho dos Teleman em formato trio, depois da saida de Johnny Sanders, em dois mil e vinte, o irmão do líder do grupo, Tommy Sanders, para se dedicar de modo mais intenso à sua carreira como realizador e designer.
Good Time/Hard Time provou que o agora trio procurou burilar o adn Teleman, concedendo-lhe uma tonalidade mais direta e incisiva rumo às pistas de dança, uma nuance que sempre foi preponderante neste projeto, mas nunca de modo tão evidente. Liricamente, a aposta em abordagens eminentemente metafísicas e que se relacionem com o modo como se analisa e se sobrevive numa sociedade cada vez mais dependente da tecnologia, assim como as normais angústias relativamente ao futuro, mantiveram-se também como grandes apostas, de modo a fazer as canções chegarem sempre a um leque alargado de ouvintes e de os convidar, enquanto dançam, a terem uma visão o mais otimista e positiva possível da realidade.
Agora, quase meio ano depois do lançamento do disco, é anunciada uma edição de luxo do registo, que inclui um inédito intitulado String Theory. Esta novidade dos Teleman é mais um exemplo claro de um modus operandi sonoramente cada vez mais sintético e que poeticamente tem o tal travo psicanalítico e futurista. O groove intenso da melodia impressiona pelo modo como acomoada guitarras que replicam alguns pormenores do melhor adn daftpunkiano, enquanto detalhes sintéticos planam, ao longo da composição, com ímpar bom gosto, enriquecendo ainda mais uma melodia intensa e reluzente, rematada pelo peculiar registo vocal de Tommy. Confere...
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Future Islands – Deep In The Night
Os norte-americanos Future Islands não lançam nenhum álbum desde o excelente registo As Long As You Are, de dois mil e vinte mas, desde então, não têm vivido um hiato criativo, nem têm estado em pousio. Além de terem lançado os singles Peach, em dois mil e vinte e um e King Of Sweden, o ano passado, recentemente andaram em digressão com os Weezer e Samuel T. Herring, o vocalista e líder da banda, participou ativamente em canções assinadas por billy woods, os Algiers e R.A.P. Ferreira.
Agora, quase no ocaso do verão de dois mil e vinte e três, o quarteto oriundo de Baltimore e que inclui Gerrit Welmers, William Cashion e Michael Lowry no seu alinhamento, além de Herring, está de regresso com uma nova canção chamada Deep In The Night. São três minutos e meio algo sombrios, contemplativos e enigmáticos, caraterísticas habituais de algumas das propostas sonoras mais intimistas dos Future Islands, sempre com a herança da melhor pop oitocentista em declarado ponto de mira, nuance bem patente nas diversas camadas sintéticas planantes que, juntamente com uma guitarra com um efeito metálico curioso, sustentam uma canção nostálgica e contagiante e que também conta com o habitual registo lírico algo críptico de Harring. Confere Deep In The Night e o vídeo assinado por Albert Birney...
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Death Cab For Cutie – An Arrow In The Wall
Quase um ano depois do espetacular disco Asphalt Meadows, que figurou na sétima posição da lista dos melhores álbuns de dois mil e vinte e dois para a nossa redação, os norte-americanos Death Cab For Cutie de Ben Gibbard acabam de divulgar uma nova composição, um portentoso exercício de dance rock intitulado An Arrow In The Wall, uma daquelas típicas canções que parecem não nos oferecer, no imediato, algo com que o nosso ouvido se regozije instantaneamente, mas que desde que lhe seja dedicada merecida audição, acaba por ser como aqueles namorados que nos conquistam irremediavelmente com o tempo, porque as melhores relações não são, diga-se em abono da verdade, aquelas que se conectam, com mais ou menos fervor, à primeira vista.
De facto, em An Arrow In The Wall, esta banda de Bellingham, nos arredores de Washington e que além de Ben Bibbard é atualmente formada por Nick Harmer, Jason McGerr, Dave Depper e Zac Rae, mostra um posicionamento sonoro algo inédito, já que pisca o olho com enorme gula às pistas de dança. É uma canção de forte cariz sentimental, que começa com uma batida sintética encharcada num groove com um toque punk inconfundível, que depois de dar a mão ao baixo com paixão, vai recebendo uma melodia enleante conferida por um teclado cósmico e diversos efeitos assinados por uma guitarra com o habitual efeito algo cavernoso que é já uma imagem de marca inconfundível dos Death Cab For Cutie. O lançamento deste tema em formato single inclui uma espetacular remistura assinada pelos escoceses CHVRCHES de Lauren Mayberry, Iain Cook e Martin Doherty. Confere...
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Blur – Sticks And Stones
Como os mais atentos certamente sabem, já está nos escaparates há várias semanas o disco mais inspirado que os Blur de Graham Coxon, Damon Albarn, Alex James e Dave Rowntree, nos oferecem desde o extraordinário registo 13 que encerrou o último milenio. O álbum intitula-se The Ballad Of Darren, contém dez canções e sucede ao registo The Magic Whip de dois mil e quinze, materializando o tão badalado regresso à ribalta de uma banda fundamental da música ocidental das últimas três décadas, liderada pelo melancólico e sempre genial, brilhante, inventivo e criativo Damon Albarn, personagem central da cultura pop britânica contemporânea.
Disco inspirado em Darren Smoggy Evans, guarda costas dos Blur há vários anos e ajudante pessoal de Damon Albarn e com uma capa também bastante original, feita a partir de uma fotografia captada em dois mil e quatro por Martin Parr e que ilustra a piscina de uma localidade chamada Gourock, na Escócia, The Ballad Of Darren funciona como uma espécie de tributo a essa personalidade sempre dedicada e leal, ao mesmo tempo que nos recorda que está bem longe do fim a carreira de um grupo ímpar e que está, de pleno direito, no lugar mais alto do pedestal da indústria musical britânica contemporânea.
Foram já vários os singles retirados do alinhamento de The Ballad Of Darren, uma saga que começou na primavera com a divulgação da canção The Narcissist. O lançamento do álbum não interrompe este ciclo de extração de canções do seu catálogo em formato single, já que agora temos a divulgação dos chamados temas extra, que costumam fazer parte das edições de luxo. O mais recente é Sticks and Stones, uma canção cantada por Graham Coxon, à semelhança do que sucedeu em mil novecentos e noventa e nove com a mítica composição Coffee & TV, um dos momentos fundamentais do catálogo dos Blur. Sticks and Stones é uma composição com um toada psicadélica bastante curiosa; Nela, sopros, teclas e diversos efeitos deambulam livremente por uma melodia conduzida por um baixo e por uma guitarra plenos de groove e de firmeza, num resultado final enleante e que nos coloca na senda daquele rock que mistura epicidade e sentimentalismo com indisfarçável harmonia. Confere...
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The Drums – Isolette
Desde que Jonny Pierce tomou nas suas mãos as rédeas do projeto the Drums, tornando-o, praticamente, num projeto a solo, já editou dois registos; Abysmal Thoughts, em dois mil e dezassete e Brutalism, quase três anos depois. Após este último álbum, que foi dissecado por esta redação e que assentou numa sonoridade que deu ênfase naquela pop sintetizada que dialoga promiscuamente com o rock oitocentista, Pierce entrou numa espécie de hiato, apesar de ter lançado alguns temas avulsos em dois mil e vinte, uma pausa que chegou ao fim recentemente com a divulgação das canções Plastic Envelope, Protect Him Always, I Want It All, Obvious e Better que, como seria expetável, antecipam um novo disco da banda, chamado Jonny, que irá ver a luz do dia no próximo outono.
Esta saga de divulgação de novas composições levada a cabo por Jason Pierce tem mais um capítulo intitulado Isolette, o tema que abre o alinhamento de Jonny e que em francês significa incubadora. Esta tradução é importante para se conhecer a inspiração de Isolette; A canção versa, de acordo com Pierce, sobre o seu nascimento, um evento algo traumático porque, segundo o músico, o médico que assistia a sua mãe rompeu a bolsa sem o consentimento da mesma, provocando um parto doloroso e um nascimento prematuro. Por causa disso, Pierce afirma sentir muitas vezes que nunca saiu realmente da incubadora (Isolette). Sonoramente, Isolette é uma composição que aposta no habitual registo acelerado e contundente do adn The Drums, com o efeito metálico da guitarra e uma bateria arritmada a encarnarem uma curiosa simbiose entre o indie surf rock e a eletrónica chillwave, cm uma tonalidade dançante irresistível. Confere...
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Sun June – Get Enough
Bad Dream Jaguar é o fantástico título do novo trabalho do projeto norte-americano Sun June, um quinteto sedeado em Austin e formado por Laura Colwell, Michael Bain, Justin Harris, Sarah Schultz e Stephen Salisbury. Bad Dream Jaguar será o terceiro disco da banda texana, que se estreou em dois mil e dezoito com o registo Years e que teve sucessor três anos depois, com o álbum Somewhere e irá ver a luz do dia no final de outubro com a chancela da Run For Cover.
Canção que versa, de acordo com a vocalista Laura Colwell, sobre o sonho impossível que ela guarda dentro de si, de que os The Beatles se irão reunir um dia, Get Enough é um tratado de indie folk rock contundente e fortemente imersivo. É uma canção com uma tonalidade crescente, que inicia com um dedilhar de uma guitarra que é rapidamente abraçada por um baixo enleante e por uma bateria imponente, que vai afagar, ao longo do tema, a inserção de diversas nuances e detalhes debitadas por uma segunda guitarra, até ao momento em que as cordas se eletrificam definitivamente, num resultado final imponente, abrasivo, falsamente caótico e particularmente gráfico. Confere Get Enough e o artwork e a tracklist de Bad Dream Jaguar...
Eager
16 Riders
Mixed Bag
Moon Ahead
Ambitions
Easy Violence
John Prine
Sage
Washington Square
Get Enough
Texas
Lightning
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The National - Space Invader vs Alphabet City
Pouco mais de três meses depois do lançamento do excelente disco First Two Pages Of Frankenstein, um alinhamento de onze canções que quebrou um longo hiato da banda nova-iorquina, os The National estão de regresso às novidades com um par de canções intituladas Space Invader e Alphabet City.
Acompanhadas por vídeos com fotografias de Brent Walter-Ballantyn e desenhos e animações assinadas por Pauline de Lassus e Mina Tindle, habitual colaboradora da banda, Space Invader e Alphabet City atingem em cheio o adn sonoro mais recente de um projeto que já se consolidou como um dos nomes maiores do indie rock contemporâneo. Por isso, cada novidade do projeto liderado por Matt Berninger causa, como é normal, justificado alvoroço e enormes expetativas relativamente ao seu conteúdo. Este par de temas não defrauda os seguidores mais acérrimos; são duas composições algo distintas, mas com o seu grau de grandiosidade, assentes em melodias que se acamam em batidas sintetizadas que se vai espraiando à boleia de várias nuances instrumentais, firmadas nas guitarras e nas teclas do piano e em diversos dos atuais entalhes entre eletrónica e rock alternativo, uma opção estilistica que incute às duas canções uma comedida, mas charmosa, luminosidade e cor e que induz no ouvinte alguma aúrea de sentimentalismo, sensibilidade e até de uma certa pureza e requinte. Confere...
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Wild Nothing – Headlights On (feat. Hatchie)
Depois de Gemini (2010), Nocturnal (2012), Life Of Pause (2016) e Indigo (2018), Jack Tantum, um músico, artista e compositor norte americano, oriundo da Virgínia, que assina a sua música como Wild Nothing, está de regresso aos discos com Hold, o seu quinto registo de originais, um alinhamento de onze canções, que irá ver a luz do dia no final de outubro com a chancela da Captured Tracks.
Headlights On, o tema que abre o alinhamento de Hold, que conta com a participação especial vocal de Hatchie e o último single retirado do registo, comprova que este novo disco de Jack Tantum, com a assinatura Wild Nothing, será mais um exuberante catálogo de composições com fortes reminiscências projetadas pela melhor pop oitocentista. Nesta canção, guitarras com distorções plenas de soul, sintetizações repletas de diversos detalhes e nuances de elevado travo retro, um piano insinuante, diversos adornos feitos com sopros contundentes e um baixo sempre omnipresente, criam um tratado sonoro alegre e cheio de luz. Confere Headlights On e o artwork e o alinhamento de Hold...
Headlights On
Basement El Dorado
The Bodybuilder
Suburban Solutions
Presidio
Dial Tone
Histrion
Prima
Alex
Little Chaos
Putting Down The Moon (Before You)
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Elephant – Baby Jean
Com três anos de existência, os Elephant são um coletivo dos Países Baixos, sedeado em Roterdão. Estrearam-se em dois mil e vinte e um com um EP homónimo que teve uma forte repercurssão no país natal e que valeu a chancela da etiqueta local Excelsior Recordings, que acabou por abrigar, no ano seguinte, o disco de estreia do projeto, um trabalho intitulado Big Thing, que foi destaque no verão de dois mil e vinte e dois na nossa redação.
Agora, apenas um ano depois de Big Thing, os Elephant estão de regresso aos álbuns com Shooting For The Moon, um alinhamento de dez canções que irá chegar aos escaparates a quinze de setembro. The Morning, composição que conta com a participação especial da cantora Meskerem Mees, foi o primeiro single que a nossa redação divulgou do alinhamento de Shooting For The Moon, um tema luminoso, rico e apelativo, que, como certamente se recordam, assentava predominantemente num timbre metálico de uma viola acústica insinuante e de forte pendor experimental. Agora chega a vez de conferirmos a balada Baby Jean. Nela, a viola é também a grande protagonista, mas o resultado final é eminentemente reflexivo e intimista, com diversos efeitos planantes a enredarem-se com um dedilhar astuto e tecnicamente intocável, oferecerendo, desse modo, à melodia um travo charmoso irresistível, nuances que são também imagem de marca deste projeto neerlandês. Confere...
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Molly Burch - Unconditional
Dois anos depois do excelente registo Romantic Images, lançado no verão de dois mil e vinte e um e que na altura sucedeu ao excelente First Flower de dois mil e dezanove, a cantora e compositora Molly Burch está de regresso ao formato longa duração com Daydreamer, o seu quinto trabalho, um registo de dez canções, que será lançado a vinte e nove de setembro, com a chancela da Captured Tracks.
Esta artista natural de Austin, no Texas, sente-se mais confortável naquele terreno sonoro que se carateriza por ambientes algo nebulosos e jazzísticos e que não descuram uma leve pitada de R&B, tendo sempre como base os cânones fundamentais da melhor indie pop atual, que tem tido quase sempre, nas diversas propostas conhecidas mais relevantes, um cariz retro indisfarçável. Esta filosofia estilística estava muito bem patente em Physical, a segunda canção do alinhamento de Daydreamer e a primeira a ser retirada do registo em formato single, que tivemos o privilégio de contemplar, em primeira mão, há cerca de três semanas. Agora, depois desse tema que se movia em areias movediças sensuais e algo sombrias, que piscavam o olho à melhor pop oitocentista, já é possível escutar Unconditional, o segundo single retirado de Daydreamer. É uma canção efusiva, que impressiona pelo modo como o refrão é construído em redor de um ritmo repleto de groove, marcado por palmas, um buliçoso piano, várias sintetizações cósmicas e uma guitarra, num resultado final que, como seria de esperar e já foi referido acima realtivamente a Physical, tem a melhor herança da pop de há quatro décadas atrás em declarado ponto de mira. Confere...