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Palace – Part I – When Everything Was Lost EP

Sexta-feira, 21.07.23

Sedeados em Londres, os Palace deram-nos, no ano passado, um dos grandes momentos discográficos de dois mil e vinte e dois, encarnado em Shoals, um espetacular alinhamento de doze canções consumidas na esfera de um indie alt-rock expansivo e encharcado em emotividade, que encontrava fortes reminiscências no catálogo de nomes tão credenciados como os DIIV, Alt-J ou os Local Natives e que acabou por fazer parte, com toda a naturalidade, da nossa lista dos melhores álbuns desse ano.

Palace tell us about confronting mental turmoil on new album 'Shoals'

Agora, em dois mil e vinte e três, e depois de uma aclamada digressão por terras de Sua Majestade, a banda londrina, que tem no centro das suas criações sonoras o inconfundível falsete de Leo Wyndham, o vocalista de um projeto ao qual se juntam Rupert Turner, Will Dorey e Matt Hodges, apresentou já algumas canções novas e, na sequência dessa sequência criativa, acaba de divulgar um novo EP intitulado When Everything Was Lost, quatro canções que catapultam um projeto para territórios sonoros orquestralmente ainda mais ricos e intensos do que Shoals, o já referido registo de estreia.

When Everything Was Lost, a canção que dá nome ao EP, esclarece-nos que os Palace estão mais arrojados e dispostos a arriscar tirar benesses dos novos trilhos, entroncamentos e atalhos que o pop rock alternativo apresenta a quem se predispôe a calcorrear esse universo sonoro de espírito livre de constrangimentos e de infundados receios. Essa é, provavelmente até aos dias de hoje, a composição mais labiríntica e majestosa do catálogo conhecido dos Palace, uma canção que começa algo soturna, mas que rapidamente ganha dimensão, através de um efeito ecoante de uma guitarra planante, que tornando-se rude, acaba por ser o contraponto perfeito ao falsete astuto e corajoso de Wyndham.

Até ao ocaso do EP, a insinuante distorção da guitarra do refrão de How Far We've Come, que confere ao tema, juntamente com as outras cordas acústicas que sustentam a sua melodia, um charme sofisticado e bastante atraente e a mescla de bravura, serenidade e exaltação de All We've Ever Wanted, assim como o feliz exercício de simbiose entre cordas e percussão em Inside My Chest, atestam a excelência de um registo que, no seu todo, encarna um magnífico tratado de indie post-rock charmoso e sofisticado, com todo o arsenal instrumental presente a colocar os nossos sentidos num universo sonoro com um adn muito vincado e que encontra as reminiscências estruturais no melhor rock clássico dos anos oitenta. Um seguro e extraordinário passo em frente dos Palace. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 14:50






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