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Cigarettes After Sex – Bubblegum vs Stop Waiting

Segunda-feira, 31.07.23

Ainda não há sucessor anunciado para Cry, o disco que os norte-americanos Cigarettes After Sex lançaram em dois mil e dezanove, mas o quarteto tem andado fazer salivar os seguidores mais acérrimos, mas também a crítica especializada, tendo iniciado essa evidência com Pistol, em novembro do ano passado e agora com duas novas composições, Bubblegum e Stop Waiting.

Cigarettes After Sex está de regreso con “Bubblegum” y “Stop waiting” -  ultrabrit

Estes dois novos temas divulgados pelo projeto oriundo de El Paso, no Texas e liderado por Greg Gonzalez, ao qual se juntam Jacob Tomsky, Phillip Tubbs e Randy Miller, encaixam perfeitamente no adn típico e inigualável dos Cigarettes After Sex, especialistas em replicar uma pop de elevado cariz ambiental e intimista. Bubblegum e Stop Waiting são duas canções tremendamente melancólicas e auto-reflexivas, conduzidas por uma guitarra feita de cordas de forte pendor metálico e vibrante, um sintetizador enevoado, diversos arranjos soturnos e um registo vocal declamativo, quase sussurrante, mas bastante impressivo, que se debruça, nos dois temas, sobre a sensualidade e o receio que todos nós temos tantas vezes de revelar os nossos desejos e as nossas fantasias. Confere...

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publicado por stipe07 às 11:36

Molly Burch – Physical

Sexta-feira, 28.07.23

Dois anos depois do excelente registo Romantic Images, lançado no verão de dois mil e vinte e um e que an altura sucedeu ao excelente First Flower de dois mil e dezanove, a cantora e compositora Molly Burch está de regresso ao formato longa duração com Daydreamer, o seu quinto trabalho, um registo de dez canções, que será lançado a vinte e nove de setembro, com a chancela da Captured Tracks.

Molly Burch announces new album 'Daydreamer' | DIY Magazine

Esta artista natural de Austin, no Texas, sente-se mais confortável naquele terreno sonoro que se carateriza por ambientes algo nebulosos e jazzísticos e que não descuram uma leve pitada de R&B, tendo sempre como base os cânones fundamentais da melhor indie pop atual. Esta filosofia estilística está muito bem patente em Physical, a segunda canção do alinhamento de Daydreamer e a primeira a ser retirada do registo em formato single. Já com direito a um vídeo assinado por Paige Strabala, Physical move-se em areias movediças sensuais e algo sombrias, que piscam o olho à melhor pop oitocentista, tendo sido, de acordo com Burch, a primeira canção que ela e o produtor Jack Tatum, líder dos Wild Nothing, gravaram para o registo e a que acabou pr definir a restante tonalidade sonora do seu alinhamento. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:29

Nitin Sawhney - Ancestral (feat. Hak Baker)

Quinta-feira, 27.07.23

Com cinquenta e nove anos de idade e uma extraodinária carreira artística, o músico, compositor e produtor britânico Nitin Sawhney é um dos nomes fundamentais da eletrónica e da música de dança deste novo século. Para isso contirbui também o seu forte ativismo cultural, sendo membro da direção da PRS Foundation, fundador da Ivor Novello Academy, patrono de inúmeros festivais de música e de cinema e embaixador do Royal Albert Hall. Além deste extraordinário curriculo, também já trabalhou, quer como músico, quer como produtor, com nomes tão proeminentes como  Brian Eno, Jacob Golden, Anoushka Shankar, Jeff Beck, Shakira, Will Young, Joss Stone, Taio Cruz, Ellie Goulding, Ojos de Brujo, Hélène Grimaud, Natacha Atlas, Jools Holland, Jorja Smith, John Hurt e Pink Floyd, entre outros.

Nitin Sawhney | Música in Lisboa

Nitin Sawhney tem pronto um novo registo de originais intitulado Identity. O álbum irá ver a luz do dia a treze de outubro, conta com as participações especiais de uma vasta legião de músicos e artistas que Sawhney admira e será o décimo terceiro da sua carreira, que teve início em mil novecentos e noventa e quatro com o disco Spirit Dance. Do alinhamento de Identity, que terá dezassete temas, acaba de ser retirado em formato single a canção Ancestral, que conta com a participação especial de Hak Baker. Ancestral é um vigoroso e assertivo tratado sonoro, assente num baixo vigoroso e uma batida indesmentivelmente hipnótica, uma espécie de lamento soul intenso, íntimo e sensual, que disserta sobre o modo como todos tentam sempre fugir à verdade, em especial aqueles que nos governam. Confere Ancestral e o artwork e a tracklist de Identity...

FACELESS ENEMIES (FEAT. YVA)

WHAT’S IT ALL ABOUT (FEAT. JAZZI SIRIUS)

DEFINITION OF HAPPY (FEAT. I AM ROZE)

DARLING BOY (FEAT. GUY GARVEY)

ILLEGAL (FEAT. GARY LINEKER & VOICES FROM ASHA PROJECTS)

BECAUSE YOU’RE A WOMAN (FEAT. SHAPLA SALIQUE)

BECAUSE YOU’RE A WOMAN (FEAT. SHAPLA SALIQUE)

THIS IS OUR HOME (FEAT. AYANNA WITTER-JOHNSON)

INTERNAL (FEAT. ARUBA RED)

ANCESTRAL (FEAT. HAK BAKER)

ROOM WITH A VIEW (FEAT. LADY BLACKBIRD)

MIRROR (FEAT. JAZZI SIRIUS)

NOCTURNAL (FEAT. ANKITA JOSHI)

WE’RE NOT ALONE (FEAT. JOSS STONE)

HOO I AM (FEAT. SPEK)

BE WHO YOU ARE (FEAT. NATACHA ATLAS)

INSAAN (HUMAN) (FEAT. ANKITA JOSHI)

FLUID (FEAT. NATTY)

 

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publicado por stipe07 às 14:19

SUSTO – Mermaid Vampire

Quarta-feira, 26.07.23

Os norte-americanos SUSTO não davam sinais desde o excelente registo Time In The Sun, editado em dois mil evinte e um e que combinava rock, country, folk e psicadelia com elevada mestria. Agora, em dois mil e vinte e três, a banda natural de Charleston, na Carolina do Sul e liderada por Justin Osborne, está de regresso aos discos com My Entire Life, um catálogo de doze canções que irá ver a luz do dia já a vinte e oito de julho, com a chancela da New West Records.

Premiere: SUSTO Shares New Single “Mermaid Vampire” | Under the Radar  Magazine

Mermaid Vampire é o mais recente single divulgado do alinhamento de My Entire Life, um registo muito marcado por eventos pessoais de Osborne, com particular destaque para o seu divórcio, algumas problemas de adição na família e as consequências que a pandemia trouxe para o quotidiano dos SUSTO. Nomes como os The Black Keys ou os Queens of the Stone Age saltam de imediato para o nosso imaginário durante a audição de Mermaide Vampire, uma canção intensa e com um travo blues indisfarçável, fornecido por guitarras de forte pendor psicadélico e uma bateria vigorosa. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:17

Slowdive – Skin In The Game

Terça-feira, 25.07.23

Será a um de setembro e com a chancela da Dead Oceans que irá chegar aos escaparates Everything Is Alive, o quinto e novo álbum dos britânicos Slowdive, verdadeiros mestres e pioneiros do shoegaze e uma referência ímpar do indie rock alternativo, desde que quase no final do século passado, lançaram o excelente registo Pygmalion.

Everything Is Alive sucede ao belíssimo álbum homónimo que o projeto atualmente formado por Nick Chaplin, Rachel Goswell, Neil Halstead e Christian Savill, lançou em dos mil e dezassete e do seu alinhamento de oito canções acaba de ser retirado, em formato single, a sexta composição, uma canção intitulada Skin In The Game. Este tema, um belo tratado de dream pop, é um orgasmo soporífero de eletrónica, simultaneamente enevoada e minimalista, mas onde também não faltam camadas de cordas acústicas e elétricas e onde a voz sempre eficiente na transmissão de melancolia de Neil Halstead encaixa na perfeição. Esta simbiose quase impercetível entre o orgânico e o sintético parece ser o novo modus operandi principal deste projeto natural de Reading, no condado de Berkshire que confessou recentemente sentir-se cada vez mais atraído por abordagens sonoras que dêem primazia aos sintetizadores, na definição do arquétipo instrumental das suas composições. Confere...

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publicado por stipe07 às 15:58

The Antlers – Tide

Segunda-feira, 24.07.23

Os The Antlers, um projeto fundamental do indie rock experimental norte-americano dos últimos vinte anos, formado por Peter Silberman e por Michael Lerner, têm estado particularmente ativos em dois mil e vinte e três. Assim, depois de na reta inicial do ano nos terem brindado com uma nova roupagem de Ahimsa, sete minutos preenchidos com uma lindíssima folk tipicamente americana, batizados com o nome de um ancião índio e cujo original era um dos momentos maiores da carreira a solo de Peter, em março voltaram à carga com um novo uma lindíssima balada intitulada I Was Not There. Depois, em plena primavera, divulgaram uma canção intitulada Rains, um espantoso tema sobre renovação, otimismo e abertura à mudança.

The Antlers Share Tranquil New Song "Tide" - mxdwn Music

Agora, em pleno verão, os The Antlers que, pelos vistos, preferem agora exprimir-se muscialmente através do formato single, em vez do tradicional catálogo de canções em forma de álbum, estão de regresso com mais uma canção. Chama-se Tide, é um tema sobre o modo como o tempo passa implacavelmente, sem pausas ou esperas, por cada um de nós e oferece-nos, sonoramente, uma delicada cascata de sintetizações e reverberizações, sobrepostas em camadas quase indecifráveis, num resultado final que, como é hábito nos The Antlers, está repleto de intimidade e delicadeza. Confere...

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publicado por stipe07 às 15:03

Wreckless Eric - Badhat Town

Domingo, 23.07.23

Wreckless Eric, o alter ego sonoro de Eric Goulden, não precisa de grandes apresentações. Foi ele que, no já longínquo ano de mil novecentos e setenta e sete, escreveu e gravou o clássico Whole Wide World que se tornou um hit desse ano. Desde então, tem sido um sucesso enorme para inúmeros outros artistas, incluindo The Monkees, Cage The Elephant e Billie Joe Armstrong dos Green Day. Agora, quatro décadas e meia depois desse mítico tema, Wreckless Eric tem pronto um novo disco. Chama-se Leisureland e irá ver a luz do dia a vinte e cinco de Agosto, com a chancela da Tapete Records.

Wreckless Eric lança single “Bad Hat Town” do novo disco “Leisureland” –  Glam Magazine

Para Eric Goulden os holofotes da fama sempre foram algo estranho. Músico, artista, escritor, engenheiro de gravação e produtor, nunca apreciou particularmente o mundo da música e a mecânica da fama e por isso decidiu sair da luz dos holofotes e desaparecer. Lançou vinte e poucos álbuns em quarenta e poucos anos sob vários nomes: The Len Bright Combo, Le Beat Group Electrique, The Donovan Of Trash, The Hitsville House Band, mas foi com a sua esposa e o projeto Wreckless Eric & Amy Rigby que percebeu finalmente que estava preso ao nome Wreckless Eric.

Os três álbuns mais recentes de Eric, amERICAConstruction Time & Demolition e Transience, são amplamente elogiados como os seus melhores trabalhos. São descritos ironicamente pela crítica especializada como pop chiclete, lixo de garagem e psicadelismo, jornadas líricas e sonoras, explosões pop, viagens épicas e instantâneos Polaroid.

Rezam as crónicas que Leisureland, marca um retorno de  Eric ao seu mundo mais desorganizado de gravação; guitarras e teclados analógicos temperamentalmente imprevisíveis, beat-boxes e loops em conjunto com um baterista de verdade, Sam Shepherd, que conheceu num café local em Catskill, Nova Iorque. Eric ficou encantado ao descobrir que Sam morava perto de si e poderia facilmente aparecer para colocar a bateria nas faixas recém-gravadas e foi assim que tomou definitivamente forma um alinhamento de quinze canções, do qual acaba de ser retirado o single Badhat Town.

Badhat Town é a terceira canção retirada do alinhamento de Leisureland e, de facto, mostra todas as credenciais de um artista que sabe como ninguém como manter intacta uma certa aúrea nostálgica nas suas canções, sem descurar uma indispensável contemporaneidade. A luminosidade da guitarra e o modo como se insinua com uma bateria seca e repleta de variações e timbres, é um belo exemplo desse jogo bem sucedido. Confere...

 

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publicado por stipe07 às 15:32

Bela Noia - Paranóia

Sábado, 22.07.23

Após mostrar a sua habilidade lírica e a sua capacidade de contar histórias em projetos anteriores, o artista multidisciplinar Pedro Vieira aventurou-se por um outro caminho intitulado Bela Noia, um projeto que o leva a refletir, procurando uma solução para uma realidade que o inquieta. Tentando reinventar-se neste novo grupo, Pedro acaba por explorar nos Bela Noia uma nova linguagem, criando assim uma série de canções que deram origem a um disco intitulado Os Miúdos Estão Bem, um registo de seis temas que tem o propósito de amotinar os alicerces da música pop e inquietar quem as ouve, pelo constante salto ao rock e folk, sem largar a mão do noise e do prog rock.

Jornal do Centro

Como se percebeu, a Bela Noia surge quase que por vontade própria, como uma necessidade de espelhar o lado não explicativo e menos racional do processo criativo de Pedro Vieira. Acaba por crescer e amadurecer com colaboração do músico e produtor viseense Gonçalo Alegre, que acompanhou todo o processo criativo desde o início, criando os arranjos para as canções e produzindo este Os Miúdos Estão Bem. A banda fica completa com Miguel Rodrigues, que assume as baterias e percussões do projeto e Leonardo Outeiro, que interpreta os temas na guitarra, baixo ou teclado.  Nos coros podemos ouvir a belíssima voz de Teresa Melo Campos das Sopa de Pedra. A mistura e masterização ficou ao encargo de Nuxo Espinheira.

O mais recente single retirado alinhamento de Os Miúdos Estão Bem é Paranóia, a segunda canção do seu alinhamento, um tema com fortes influências de música rock, folk e tradicional e que reflete sobre este mal, o porquê de sermos como somos. Talvez seja por não termos razão, talvez seja só medo… A paranóia chega e leva-nos para sítios onde não queremos estar… E no amor encontramos a nossa cura. Confere...

https://www.instagram.com/bela.noia/

https://www.youtube.com/@abelanoia

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publicado por stipe07 às 15:16

Palace – Part I – When Everything Was Lost EP

Sexta-feira, 21.07.23

Sedeados em Londres, os Palace deram-nos, no ano passado, um dos grandes momentos discográficos de dois mil e vinte e dois, encarnado em Shoals, um espetacular alinhamento de doze canções consumidas na esfera de um indie alt-rock expansivo e encharcado em emotividade, que encontrava fortes reminiscências no catálogo de nomes tão credenciados como os DIIV, Alt-J ou os Local Natives e que acabou por fazer parte, com toda a naturalidade, da nossa lista dos melhores álbuns desse ano.

Palace tell us about confronting mental turmoil on new album 'Shoals'

Agora, em dois mil e vinte e três, e depois de uma aclamada digressão por terras de Sua Majestade, a banda londrina, que tem no centro das suas criações sonoras o inconfundível falsete de Leo Wyndham, o vocalista de um projeto ao qual se juntam Rupert Turner, Will Dorey e Matt Hodges, apresentou já algumas canções novas e, na sequência dessa sequência criativa, acaba de divulgar um novo EP intitulado When Everything Was Lost, quatro canções que catapultam um projeto para territórios sonoros orquestralmente ainda mais ricos e intensos do que Shoals, o já referido registo de estreia.

When Everything Was Lost, a canção que dá nome ao EP, esclarece-nos que os Palace estão mais arrojados e dispostos a arriscar tirar benesses dos novos trilhos, entroncamentos e atalhos que o pop rock alternativo apresenta a quem se predispôe a calcorrear esse universo sonoro de espírito livre de constrangimentos e de infundados receios. Essa é, provavelmente até aos dias de hoje, a composição mais labiríntica e majestosa do catálogo conhecido dos Palace, uma canção que começa algo soturna, mas que rapidamente ganha dimensão, através de um efeito ecoante de uma guitarra planante, que tornando-se rude, acaba por ser o contraponto perfeito ao falsete astuto e corajoso de Wyndham.

Até ao ocaso do EP, a insinuante distorção da guitarra do refrão de How Far We've Come, que confere ao tema, juntamente com as outras cordas acústicas que sustentam a sua melodia, um charme sofisticado e bastante atraente e a mescla de bravura, serenidade e exaltação de All We've Ever Wanted, assim como o feliz exercício de simbiose entre cordas e percussão em Inside My Chest, atestam a excelência de um registo que, no seu todo, encarna um magnífico tratado de indie post-rock charmoso e sofisticado, com todo o arsenal instrumental presente a colocar os nossos sentidos num universo sonoro com um adn muito vincado e que encontra as reminiscências estruturais no melhor rock clássico dos anos oitenta. Um seguro e extraordinário passo em frente dos Palace. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 14:50

Cave Story - Wide Wall, Tree Tall

Quinta-feira, 20.07.23

Depois de West (2016), Punk Academics (2018) e dos EPs Spider Tracks (2015) e The Town (2021), os Cave Story estão de regresso aos discos com Wide Wall, Tree Tall, um virtuoso alinhamento de onze canções assinado por uma das bandas fundamentais do cenário indie e alternativo nacional atual e que surge como um tratado de afirmação da identidade estética e geográfica deste grupo natural das Caldas da Rainha, assim como uma celebração dos modos de fazer, da paixão e da curiosidade deste quarteto.

Cave Story dão a conhecer o novo disco “Wide Wall, Tree Tall” – Glam  Magazine

Wide Wall, Tree Tall bem poderia ser a caracterização da envergadura da parede sonora que unifica os ramos post punk e art rock que sustentam a música dos Cave Story. E, no fundo, é mesmo isso porque, ao longo dos seus pouco mais de trinta minutos, o disco tanto deambula pelo garage, selvaticamente cerrado em Aching for A Rebel, como pelo rock clássico, este bulicosamente impressivo em Dead And Fermeting e até mesmo quando este afaga climas algo psicadélicos, nomeadamente na enleante This Is Academy. Depois há também laivos de forte cariz noventista, em canções como I Called You Already ou, num prisma mais elétrico, em Ice Sandwich e até por ambientes progressivos, bem patentes em Sing Something For Us Now e, principalmente, Critical Mass, um imponente esgar elétrico, onde orgânico e sintético se entrecruzam com superior deleite.

Seja como e onde for que os Cave Story calcorreiem sonoramente, Wide Wall, Tree Tall terá de ser sempre descrito como um álbum com uma filosofia interpretativa que esteve, na sua génese criativa, claramente confortável a explorar os recantos mais obscuros de uma relação que se deseja que não seja sempre pacífica entre a mágica tríade instrumental que compôe o arsenal de grande parte dos projetos inseridos nesta miríade sonora, o baixo, a guitarra e a bateria, sempre dentro dos abrangentes limites definidos por um post punk pop experimental de elevado calibre.

Resumindo, ao longo do alinhamento de Wide Wall, Tree Tall, são muitos os playgrounds sonoros explorados por Gonçalo Formiga, José Sousa, Bia Diniz e Ricardo Mendes, que reafirmam assim o seu amplo expectro de referências. Baladas introspectivas, sintetizadores quentes e peganhentos, batidas mais ou menos assertivas que não deixam de nos puxar, em momentos, para o mosh pit, guitarras que nos levam em viagens instrumentais constantes. , são caraterísticas indeléveis de um disco assinado por um projeto cada vez mais vanguardista devido ao modo como consegue assimilar todas as heranças que aprecia e criar um mapa sonoro que nos conquista e seduz, e que acaba por ser tremendamente atual, exatamente por experimentar também tantas referências antigas. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 14:45


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