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Temples – Exotico

Terça-feira, 18.04.23

Pouco mais de três anos após Hot Motion, os britânicos Temples estão de regresso aos discos com Exotico, o quarto trabalho da carreira deste quarteto de rock psicadélico, natural de Kessering e que, como certamente se recordam, estreou-se no formato longa duração em dois mil e catorze com o excelente Sun Structures, registo ao qual sucedeu, três anos depois, VolcanoExotico, um álbum com um alinhamento de dezasseis canções, produzido por Sean Ono Lennon e misturado por Dave Fridmann, chegou aos escaparates no início deste mês de abril, com a chancela da ATO Recordings.

Temples

Exotico é, de facto, um título feliz para este novo registo dos Temples de James Bagshaw, Adam Smith, Tom Walmsley e Rens Ottink, porque ao longo das dezasseis canções do seu alinhamento, o quarteto coloca em prática, de um modo esplendoroso, diga-se, todos os seus imensos atributos instrumentais e melódicos, através de uma faceta estilística que tanto pode privilegiar uma vertente contemplativa, como no caso de Afterlife, como uma enorme exuberância sintética, plena de intensidade, bem expressa em temas como Gamma Rays, ou a acelerada Inner Space. Pelo meio, canções do calibre de Cicada, um valoroso tratado de indie rock nostálgico, ou Crystal Hall, uma divertida composição em que se destaca o arrojo das guitarras que alimentam um groove algo sinistro, demonstram que os Temples olham para a herança da melhor pop contemporânea como a peça chave conceptual das suas criações, algo que o sintetizador oitocentista que conduz Giallo também comprova, mas que também são exímios e movimentar-se num espetro mais rock, sempre, seja qual for o modelo que privilegiam, sem deixarem de homenagear aquele som que, há quatro ou cinco décadas atrás, conduziu alguns dos melhores intérpretes do universo experimental e progressivo e que marcou euforicamente a história do rock clássico. 

Disco efusiante, sonoramente majestoso e vibrante, orelhudo e salutarmente ruidoso, Exotico é, portanto, uma espécie de disco de viagem, já que explora de modo profundo os melhores atributos da música indie do último meio século. Fá-lo de modo simultaneamente artístico, mas também esotérico e com uma abordagem eclética, enquanto pinta um curioso retrato deste mundo em que vivemos, com uma paleta de cores apenas ao alcance da imaginação transcendetal de uma banda única no panorama indie atual. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 17:31






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