man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Ulrika Spacek – No Design
Criadores do melhor disco do ano de dois mil e dezassete para a redação deste blogue, os britânicos Ulrika Spacek de Rhys Edwards, Rhys Williams, Joseph Stone, Syd Kemp e Callum Brown, estão de regresso em dois mil e vinte e três com um disco intitulado Compact Trauma, trabalho que sucede ao EP Suggestive Listening, que foi gravado, produzido e misturado, em dois mil e dezoito, numa galeria de arte chamada KEN e à qual os Ulrika Spacek chamam de sua casa, a bolha onde se refugiam para compôr, idealizar vídeos e expressar-se através de outras formas de arte além da música.
Compact Trauma terá um alinhamento de dez canções e foi incubado no mesmo local e com um modus operandi semelhante a Suggestive Listening. No entanto, o registo também foi sendo burilado num estúdio mais profissional, localizado em Hackney, uma experiência bastante intensa para a banda, que sempre esteve habituada ao seu casulo KEN e que se viu envolta em tensões várias no seu seio devido a esta saída da habitual zona de conforto. Aliás, essa mudança de estratégia, que foi algo traumática, acabou por inspirar o conteúdo de Compact Trauma.
Portanto, esta experiência nova dos Ulrika Spacek acabou por ser o cimento que agrega e compacta o conteúdo de Compact Trauma, um disco que, pelas amostras já divulgadas, irá voltar a colocar o projeto, aprimorado com uma faceta mais pop, na órbitra da sua já habitual sonoridade punk, feita com fortes reminiscências naquela faceta sessentista ácida e psicotrópica, burilada, nos Ulrika Spacek, com um timbre metálico de guitarra rugoso, acompanhado, quase sempre, por uma bateria em contínua contradição.
Um dos temas já conhecido do alinhamento de Compact Trauma é No Design, a composição que encerra o alinhamento do álbum. É um tema com uma curiosa tonalidade melancólica e até algo complacente. A filosofia estilística da canção transpira uma espécie de shoegaze progressivo, que se baliza num registo percussivo com um travo jazzístico muito charmoso, adocicado por diversas sintertizações planantes e um teclado insinuante, num resultado final elegante e que remata na perfeição um alinhamento que será certamente grande destaque do catálogo discográfico de dois mil e vinte e três, em muitas listas da especialidade. Confere...