man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Sweet Baboo – The Wreckage
Já chegou aos escaparates The Wreckage, o sétimo disco de Stephen Black, um músico e compositor natural de Cardiff, no País de Gales, que assina a sua música como Sweet Baboo e que tem já uma profícua carreira de quinze anos, que tem sido acompanhada com particular interesse por cá. The Wreckage tem um alinhamento de nove canções e chegou às lojas no passado dia vinte e sete de janeiro, com a chancela da etiqueta Amazing Tapes From Canton.
The Wreckage foi gravado nos estúdios StudiOwz, em Clarbeston, Pembrokeshire, região do País de Gales, com nomes como Paul Jones, Georgia Ruth, Davey Newington e Huw Evans, aka H. Hawkline, a constarem nos créditos de um registo misturado por Jimmy Robertson, produtor que já deixou a sua impressão digital em discos dos Arctic Monkeys, Anna Calvi e Late of the Pier, entre outros.
Ao longo de um excelente alinhamento de nove canções, a voz singular e de narrativa sensível, do cantor e compositor ocasionalmente surreal, Sweet Baboo, também conhecido como o polímata musical multi-instrumentista Stephen Black, retorna ao corte, impulso e cacofonia do mundo da música, embalando-nos ao som da sua companheira de sempre, uma guitarra descomplicada, enquanto derrama histórias ternas no nosso ouvido. De facto, enquanto dedilha fios de nylon na mesma e canta sobre raparigas que olham pelas janelas quadriculadas dos cafés, pescadores envelhecidos que lançam linhas sob o céu azul-acinzentado e cães amados e indomáveis que esticam as suas longas patas ao sol, este enigmático Sweet Baboo, um músico com visão e grande decorador do que é aparentemente apenas mundano, oferece-nos, canção após canção, uma verdadeira ode à tragédia, à comédia e à magnificência, neste mundo que nunca deixa de girar, sejam quais forem as circunstâncias com que as nossas vidas se deparem.
Cheio de grandiosas composições, assente em cordas vibrantes, sopros enleantes e um registo percussivo encharcado num groove irresistível, um modus operandi que sustenta um disco com agulhas viradas para um perfil sonoro de forte pendor jazzístico, The Wreckage volta a mostrar um Sweet Baboo irrepreensivel no modo multicolorido como conjuga diversas influências, que vão da folk à synth pop, sempre num registo algo infantil e até despreocupado, enquanto salda uma dívida de meia década consigo mesmo, que tinha como propósito arquitetar o disco mais intrincado e grandioso da carreira. De facto, ninguém pode contestar que The Wreckage é uma obra de idiossincrasia silenciosa e repleto de observações surreais e oblíquas, despretensiosamente envoltas na névoa de uma voz viscosa, por um artista exímio a domar uma instrumentação exuberante e sobrenatural.Espero que aprecies a sugestão...