man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Cassettes On Tape – Summer Ghost
Os Cassettes On Tape são uma banda post punk de Chicago formada por Joe Kozak (guitarras e voz), Greg Kozak (baixo e voz), Shyam Telikicherla (guitarras e voz) e Chris Jepson (bateria), que deram o pontapé de saída há cerca de uma década com os eps Cathedrals (2012) e Murmurations (2014). Estrearam-se nos lançamentos discográficos em formato longa duração em dois mil e dezassete com Anywhere, dez canções produzidas e misturadas por Jamie Carter no Atlas Studio e na Pie Holden Suite, em Chicago e masterizadas por Carl Saff.
Cinco anos após essa auspiciosa estreia, os Cassettes On Tape regressaram em dois mil e vinte e dois ao processo criativo, começando por divulgar, no início do verão passado, duas novas canções que, já na altura, lançaram rumores de poder estar para breve um novo disco do grupo. Os temas chamavam-se Pinks And Greys e Summer In Three e ambos assentavam numa receita assertiva que, olhando com gula para a simbiose de legados deixados por nomes como Ian Curtis ou Robert Plant e não descurando a habitual cadência proporcionada pela tríade baixo, guitarra e bateria e uma outra tendência mais virada para a psicadelia, primavam por um sofisticado bom gosto melódico, com forte impressão oitocentista.
Depois, já em pleno outono, os Cassettes On Tape voltaram às luzes da ribalta com um naipe de novas canções. Começaram por divulgar um novo tema intitulado Hopeful Sludge, dias depois voltaram à carga com High Water, e agora, já em dois mil e vinte e três, chega à nossa redação Summer Ghost, mais uma fabulosa canção, assente num oásis de rock experimental feito de pura psicadelia, conduzido por cascatas de guitarras eletrificadas com distorções inebriantes, um modus operandi que mostra o modo vigoroso como este quarteto dá uma elevada primazia aos detalhes e, mesmo no meio do ruído e de uma salutar sujidade lo-fi, não descura uma tonalidade nostálgica e com um considerável cariz etéreo. Confere...
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Sweet Baboo – The Wreckage
Já chegou aos escaparates The Wreckage, o sétimo disco de Stephen Black, um músico e compositor natural de Cardiff, no País de Gales, que assina a sua música como Sweet Baboo e que tem já uma profícua carreira de quinze anos, que tem sido acompanhada com particular interesse por cá. The Wreckage tem um alinhamento de nove canções e chegou às lojas no passado dia vinte e sete de janeiro, com a chancela da etiqueta Amazing Tapes From Canton.
The Wreckage foi gravado nos estúdios StudiOwz, em Clarbeston, Pembrokeshire, região do País de Gales, com nomes como Paul Jones, Georgia Ruth, Davey Newington e Huw Evans, aka H. Hawkline, a constarem nos créditos de um registo misturado por Jimmy Robertson, produtor que já deixou a sua impressão digital em discos dos Arctic Monkeys, Anna Calvi e Late of the Pier, entre outros.
Ao longo de um excelente alinhamento de nove canções, a voz singular e de narrativa sensível, do cantor e compositor ocasionalmente surreal, Sweet Baboo, também conhecido como o polímata musical multi-instrumentista Stephen Black, retorna ao corte, impulso e cacofonia do mundo da música, embalando-nos ao som da sua companheira de sempre, uma guitarra descomplicada, enquanto derrama histórias ternas no nosso ouvido. De facto, enquanto dedilha fios de nylon na mesma e canta sobre raparigas que olham pelas janelas quadriculadas dos cafés, pescadores envelhecidos que lançam linhas sob o céu azul-acinzentado e cães amados e indomáveis que esticam as suas longas patas ao sol, este enigmático Sweet Baboo, um músico com visão e grande decorador do que é aparentemente apenas mundano, oferece-nos, canção após canção, uma verdadeira ode à tragédia, à comédia e à magnificência, neste mundo que nunca deixa de girar, sejam quais forem as circunstâncias com que as nossas vidas se deparem.
Cheio de grandiosas composições, assente em cordas vibrantes, sopros enleantes e um registo percussivo encharcado num groove irresistível, um modus operandi que sustenta um disco com agulhas viradas para um perfil sonoro de forte pendor jazzístico, The Wreckage volta a mostrar um Sweet Baboo irrepreensivel no modo multicolorido como conjuga diversas influências, que vão da folk à synth pop, sempre num registo algo infantil e até despreocupado, enquanto salda uma dívida de meia década consigo mesmo, que tinha como propósito arquitetar o disco mais intrincado e grandioso da carreira. De facto, ninguém pode contestar que The Wreckage é uma obra de idiossincrasia silenciosa e repleto de observações surreais e oblíquas, despretensiosamente envoltas na névoa de uma voz viscosa, por um artista exímio a domar uma instrumentação exuberante e sobrenatural.Espero que aprecies a sugestão...
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dEUS – 1989
Oriundos de Antuérpia, os dEUS de Tom Barman fazem parte da minha existência há quase três décadas e são fortes os laços que nos unem e o nível de afinidade que persiste entre grupo e fã convicto e dedicado, como acho que sou relativamente a este coletivo belga. E. de facto, dez anos depois de Following Sea, o último registo de originais dos dEUS, já é mais do que altura de saldar contas, reavivar memórias e paixões e de voltar a incendiar o peito ao som de novas canções assinadas por um coletivo que, devido à consistência e linearidade sonora, merece todos os elogios que possam ser dispensados.
Dois mil e vinte e três será o ano desse acerto ao som de How To Replace It, o novo álbum do grupo belga, um disco com lançamento previsto para dezassete de fevereiro próximo e que teve em Must Have Been New, tema que divulgámos por cá em novembro, o primeiro avanço divulgado de um alinhamento que terá doze canções. Must Have Been New plasmava, com lacrimejante saudosismo, algum do melhor adn da banda liderada por Tom Barman. O mesmo sucede, mas de um modo mais intimista e reflexivo, com 1989, o segundo single retirado do alinhamento de How To Replace It. 1989, a quarta canção do alinhamento do disco, é um belíssimo tratado de rock clássico e que parece pretender homenagear a melhor indie pop dessa época que o título sugere, os anos oitenta, já que está submersa em cascatas de sintetizações, aliadas a uma baixo encorpoado e guitarras repletas de efeitos planantes, num resultado final grandioso, minuciosamente calculado e robusto, potenciando ao máximo aquela subtileza cândida e fortemente sentimental que foi sempre imagem de marca dos dEUS e para a qual sempre contribuiu também, em elevada medida, a voz inconfundível de Barman, que, tal como sucede com a componente instrumental das canções, sabe sempre como se intrometer nos nossos ouvidos. Uma grande canção que faz adivinhar um disco que não defraudará os seguidores mais fiéis dos dEUS. Confere...
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Dan Croll - Slip Away
Daniel Francis Croll é um cantor e compositor britânico que assina a sua música como Dan Croll e que se estreou nos discos em dois mil e catorze com o resigto Sweet Disarray, que tinha a chancela da Deram Records/Decca Records (UK) e da Capitol Records (US), subsidiárias do império Universal Music Group. Após essa auspiciosa estreia seguiram-se os registos Emerging Adulthood, em dois mil e dezassete e Grand Plan, três anos depois, tendo pelo meio, em dois mil e dezoito, ido viver para o outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos da América.
Agora, em dois mil e vinte e três, Dan Croll prepara-se para regressar aos discos com Fools, um trabalho que irá ver a luz do dia a dezanove de maio abirgado pela etiqueta Communion Records.
Slip Away é o primeiro single divulgado de Fools. É uma charmosa canção, assente numa bateria sintética plena de groove, um piano insinuante, vários efeitos cósmicos e diversas camadas de cordas vibrantes, num resultado final pleno de cor e contemporaneidade, apimentado por um delicioso travo jazzístico. Confere...
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Sweet Baboo – The Worry
Está a chegar aos escaparates The Wreckage, o sétimo disco de Stephen Black, um músico e compositor natural de Cardiff, no País de Gales, que assina a sua música como Sweet Baboo e que tem já uma profícua carreira de quinze anos, que tem sido acompanhada com particular interesse por cá. The Wreckage terá um alinhamento de nove canções e irá ver a luz do dia amanhã, dia vinte e sete de janeiro, com a chancela da etiqueta Amazing Tapes From Canton.
The Worry é o single mais recente divulgado de The Wreckage. É uma grandiosa composição, inspirada naquela saudosa época em que as televisões funcionavam a preto e branco, assente em cordas vibrantes, sopros enleantes e um registo percussivo encharcado num groove irresistível, um modus operandi que faz adivinhar um disco com agulhas viradas para um perfil sonoro de forte pendor jazzístico e que irá certamente voltar a mostrar um Sweet Baboo irrepreensivel no modo multicolorido como conjuga diversas influências, que vão da folk à synth pop, sempre num registo algo infantil e até despreocupado. Confere...
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Andrew Belle vs Sleeping At Last - Let Down (Radiohead cover)
Uma das grandes surpresas sonoras destes últimos dias é, sem dúvida, a espetacular versão que chegou até nós do clássico Let Down dos Radiohead, assinado a meias por Andrew Belle e o trio Sleeping At Last, natural de Wheaton, no Illinois e formado pelo cantor-compositor e multi-instrumentista Ryan O'Neal, o seu irmão, o baterista Chad O'Neal e o baixista Dan Perdue.
Como todos certamente sabem, Let Down é um dos grandes destaques de Ok Computer, o registo que a banda liderada por Thom York lançou em mil novecentos e noventa e sete e que consta nos lugares cimeiros de inúmeras listas dos melhores álbuns da história do rock alternastivo contemporâneo, graças a uma dimensão sonora particularmente épica e orquestral, guiada por um cardápio instrumental vasto e onde o orgânico e o sintético se cruzam constantemente, não faltando, no arsenal que os Radiohead instigaram nessa época, pianos carregados de cândura e cordas acústicas, mas também outras bastante abrasivas. A canção em causa contém, na sua forma original, um clima borbulhante e positivamente visceral, que dá ânimo para que finalmente aquele gesto que todos sonhamos um dia conseguir fazer, mas que a timidez ou a insegurança não permitem que se concretize, possa finalmente materializar-se. Já esta versão aprimora o cariz sentimental do tema, dando-lhe um cunho ainda mais etéreo e climático, proporcionado pela intensidade apaixonante do registo vocal de Belle, mas também por uma vasta paleta instrumental que dando primazia às cordas acústicas, não deixa também de recorrer a alguns detalhes e arranjos de índole mais sintética, em especial os percurssivos, nuances que nos levam numa viagem bastante impressiva por um mundo muito peculiar e intimista. Confere...
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The National – Tropic Morning News
First Two Pages Of Frankenstein é o curioso título do novo disco dos norte-americanos The National, um registo que quebra um longo hiato da banda nova-iorquina, que se tornou ainda mais angustiante para os fãs do projeto quando Matt Berninger confessou, numa entrevista recente, que durante a pandemia viveu numa espécie de bloqueio criativo e que esse facto e a existência de alguns projetos paralelos nas vidas dos vários músicos do grupo, poderia estar a pôr em causa o futuro dos The National.
First Two Pages Of Frankenstein terá onze canções no seu alinhamento, vai chegar aos escaparates a vinte e oito de Abril, com a chancela da 4AD e conta nos seus créditos com as participações especiais de nomes tão proeminentes como Taylor Swift, Sufjan Stevens e Phoebe Bridgers.
Tropic Morning News, a quinta composição do alinhamento de First Two Pages Of Frankenstein, é o primeiro single revelado do disco. É um tema grandioso, que se acama numa inédita batida sintetizada e que se vai espraiando durante mais de cinco minutos, à boleia de várias nuances instrumentais, firmadas nas guitarras e nas teclas do piano e em diversos dos atuais entalhes entre eletrónica e rock alternativo, uma opção estilistica que incute na canção luminosidade e cor, aspetos algo inéditos nos The National, que já foram muito mais sombra e rugosidade. Confere Tropic Morning News e a tracklist de First Two Pages Of Frankenstein...
01 Once Upon A Poolside (Feat. Sufjan Stevens)
02 Eucalyptus
03 New Order T-Shirt
04 This Isn’t Helping (Feat. Phoebe Bridgers)
05 Tropic Morning News
06 Alien
07 The Alcott (Feat. Taylor Swift)
08 Grease In Your Hair
09 Ice Machines
10 Your Mind Is Not Your Friend (Feat. Phoebe Bridgers)
11 Send For Me
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Teleman – Good Time/Hard Time
Os britânicos Teleman do vocalista Tommy Sanders, do baixista Peter Cattermoul e do baterista Hiro Amamiya, estão de regresso ao formato longa duração com Good Time/Hard Time, o quatro álbum da carreira do grupo natural de Reading. O álbum irá ver a luz do dia a sete de abril de dois mil e vinte e três com a chancela da Moshi Moshi e será o primeiro disco dos Teleman em formato trio, depois da saida de Johnny Sanders, em dois mil e vinte, o irmão do líder do grupo, Tommy Sanders, para se dedicar de modo mais intenso à sua carreira como realizador e designer.
A nossa redação tem estado particularmente atenta à divulgação dos diversos singles de Good Time/Hard Time que têm sido retirados do alinhamento do registo. Assim, depois de há algumas semanas atrás termos tido a oportunidade de conferir Short Life, o primeiro single retirado de Good Time/Hard Time, composição, que, curiosamente, tem já direito a um vídeo que foi realizado por Johnny Sanders e depois de escutarmos também Easy Now I’ve Got You, a quarta canção do alinhamento do disco, um tema que explora a solidão que muitos sentem num mundo feito de multidões, mas que atualmente é tão vertiginoso, competitivo e egoísta que acaba por, no meio de tantos excessos, haver quem esteja perigosamente só, agora chega a vez de conferirmos o tema homónimo do álbum. Good Time/Hard Time é uma canção encantadora e subtilmente nostálgica, capaz de nos fazer levitar sem razão aparente, assentando no habitual receituário dos Teleman, sempre sagazes a cruzar sintetizações com elevada sobriedade, com guitarras melodicamente indistintas e o peculiar registo vocal de Tommy. Confere...
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Temples - Gamma Rays
Pouco mais de três anos após Hot Motion, os britânicos Temples estão de regresso aos discos com Exotico, o quarto trabalho da carreira deste quarteto de rock psicadélico, natural de Kessering e que, como certamente se recordam, estreou-se no formato longa duração em dois mil e catorze com o excelente Sun Structures, registo ao qual sucedeu, três anos depois, Volcano. Exotico, um álbum com um alinhamento de dezasseis canções, produzido por Sean Ono Lennon e misturado por Dave Fridmann, irá chegar aos escaparates no início de abril, com a chancela da ATO Recordings.
Gamma Rays, a segunda composição do alinhamento de Exotico, é o primeiro single retirado do disco. É uma efusiante e luminosa canção, que versa sobre a dicotomia beleza e perigo intrínseca aos raios gama, um fenómeno natural pleno de especificidades. O tema está encharcado num vasto arsenal de detalhes sintéticos e mostra-se majestoso no modo como os conjugam com espirais de guitarras efusiantes, dois detalhes que reavivam mais uma vez e com notável esforço, aquele som que, há quatro ou cinco décadas atrás, conduziu alguns dos melhores intérpretes do universo experimental e progressivo da história do rock clássico. Confere Gamma Rays e o artwork e o alinhamento de Exotico...
1. Liquid Air
2. Gamma Rays
3. Exotico
4. Sultry Air
5. Cicada
6. Oval Stones
7. Slow Days
8. Crystal Hall
9. Head In The Clouds
10. Giallo
11. Inner Space
12. Meet You Maker
13. Time Is A Light
14. Fading Actor
15. Afterlife
16. Movements Of Time
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Yo La Tengo – Aselestine
Depois de os Yo La Tengo terem andado em dois mil e vinte a divulgar uma música por dia durante uma semana, uma sequência que culminou com a edição de um EP instrumental intitulado We Have Amnesia Sometimes e de, no ocaso do mês de agosto desse ano, terem editado um outro EP intitulado Sleepless Night, um alinhamento de sete canções com um original e covers de Bob Dylan, The Flying Machine, The Delmore Brothers, Ronnie Lane e os The Byrds, agora, em pleno outono de dois mil e vinte e dois, a banda que nasceu em mil novecentos e oitenta e quatro pelas mãos do casal Ira Kaplan e Georgia Hubley (voz e bateria) e James McNew e que me conquistou definitivamente há quase uma década com o excelente Fade, volta às luzes da ribalta com o anúncio de um novo álbum intitulado This Stupid World, com lançamento previsto para o dia dez de Fevereiro, com a chancela da Matador Records.
This Stupid World, o décimo sexto disco da carreira dos Yo La Tengo, foi integralmente gravado e produzido pela banda natural de Hoboken, em Nova Jersey e Fallout foi, como repararam em novembro os leitores mais assíduos deste blogue, o primeiro single divulgado do seu alinhamento de nove canções.
Agora chega a vez de conferirmos o tema Aselestine. É uma composição que tem em Georgia Hubley a grande protagonista vocal e que entronca na habitual bitola sonora do projeto, que ultimamente se tem abrigado numa espiral contemplativa e particularmente intimista, sem deixar de dialogar com as tendências mais atuais do indie rock. Tem um clima sonoro que, não deixando de entroncar naquele adn algo imediato e cru que formata a sensibilidade típica da banda, contém um toque de modernidade, sendo uma canção melodicamente amigável e imperdível. Confere...