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Guided By Voices - Tremblers and Goggles by Rank

Quinta-feira, 25.08.22

Os Guided By Voices de Robert Pollard não param de editar discos, principalmente desde que prometeram, há alguns anos atrás, que iriam oferecer aos ouvintes três álbuns por ano. Assim, têm já nos escaparates mais um registo de originais intitulado Tremblers and Goggles by Rank, um tomo de dez canções que é, imagine-se, o décimo quarto trabalho que esta banda icónica, natural do Ohio, lança desde mil novecentos e noventa e seis.

Guided By Voices: Tremblers and Goggles By Rank review – a fine addition to  an illustrious indie legacy | Guided By Voices | The Guardian

Robert Pollard e os Guided by Voices são, sem dúvida nenhuma, uma máquina extremamente bem oleada e que, dentro de um espetro sonoro que se pode caraterizar por uma espécie de súmula entre o garage rock e o art punk, continuam a provar ser dignos de relevância e merecedores de odes significativas, enquanto analisam e criticam, com uma angulosa assertividade poética, diga-se, esta contemporaneidade que é, para Pollard, um manancial crítico infindável.

Como seria de esperar, porque um dos grandes atributos dos Guided By Voices, são uma, quanto a mim, salutar previsibilidade e uma sempre ímpar coerência, é o rock no seu estado mais genuíno que sustenta o arquétipo sonoro de Tremblers and Goggles by Rank, como se percebe logo em Lizard on the Red Brick Wall, um portento de ruído e vigor, só ao alcance de verdadeiros mestres da arte de criar canções que conseguem manter à tona uma forte sensibilidade melódica, mesmo que estejam encharcadas em riffs de guitarra irascíveis e linhas de baixo quase descontroladas. É um rock que ganha luminosidade e um cunho nostálgico noventista colegial intenso em Alex Bell e que, em Unproductive Funk, atinge territórios ditos mais progressivos e até psicadélicos, mas sem nunca abafar a filosofia fundamental, quer do disco, quer do adn de quem o criou.

Tremblers and Goggles by Rank tem, como se percebe, um início auspicioso e ímpar, que eleva, desde o primeiro minuto, o registo para patamares qualitativos de excelência, que depois se mantêm firmes, à boleia do piscar de olhos aquele rock mais boémio e descontraído que é feito em Roosevelt Marching Band e que não se descontrola nunca, mesmo nas interseções rítmicas que abastecem o frenesim de Goggles by Rank. Outro tema curioso do disco é Cartoon Fashion (Bongo Lake), tema que sabe a uma descarada e feliz homenagem ao melhor catálogo de uma certa banda liderada por Eddie Vedder que fez furor na última década do século passado, canção que, juntamente com a falsa acusticidade de Boomerang, comprova que passado e futuro e etiquetas temporais são realidades desprezadas por Pollard na hora de compôr, sendo este, talvez, o elogio maior que se pode fazer a um disco que não merece, em nenhuma circunstância ser datado, a não ser quando fizer parte do catálogo dos grandes momentos discográficos de dois mil e vinte e dois. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 15:45






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