man on the moon

Agosto é um mês particularmente profícuo para os The Killers de Brandon Flowers. Em agosto de dois mil e vinte editaram Imploding The Mirage, um registo produzido, à altura, por Jonathan Rado e Shawn Everett e que contou com participações especiais de nomes tão proeminentes como Weyes Blood, K.D. Lang, Adam Granduciel, Blake Mills, Lucius e Lindsey Buckingham, tendo marcado o ocaso de um período particularmente turbulento do grupo de Las Vegas, que teve de lidar com a saída do guitarrista Dave Keuning. Em agosto do ano passado a banda norte-americana lançou um exercício curioso de acusticidade intitulado Pressure Machine e agora, em dois mil e vinte e dois e no mesmo mês, divulgam um novo single intitulado Boy, que, no entanto, não traz ainda atrelado o anúncio de um novo álbum do projeto.

Boy marca o regresso dos The Killers aquele registo vibrante, majestoso e amplo que faz parte do seu adn, ou seja, aquele clássico rock de arena, vigoroso, imponente e efusivo, em que este coletivo se sente mais confortável. A canção, springsteeniana, majestosa e teatral, assente numa guitarra efusiante, um registo percurssivo vincado e efeitos sintetizados plenos de charme, foi produzida pelo próprio grupo, com a ajuda de Stuart Price e Shawn Everett e coloca um olhar nostálgico no ouvinte, mostrando, por parte dos The Killers, um sinal vigoroso de vida e provando que claramente capazes de ainda criarem canções orelhudas de modo criativo, cuidado e eclético. Confere...