man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Iron And Wine – That’s How You Know
Nascido a vinte e cinco de julho de mil novecentos e setenta e quatro na localidade de Chapin, na Carolina do Sul, Sam Bean é um dos nomes essenciais da melhor folk norte-americana contemporânea, assinando as suas criações sonoras com o nome artístico Iron & Wine.
O músico e compositor estreou-se nos discos há vinte anos com o registo The Creek Drank the Cradle, que, na altura, tinha a chancela da insuspeita Sub Pop, tendo já um acervo de dez álbuns em carteira, além de algumas compilações e lançamentos especiais. E é nesta última prateleira que se deve colocar LORI, um EP com quatro covers de temas essenciais da carreira da também norte-americana Lori McKenna, outro nome importante da folk do outro lado do atlântico e que Bean quer homenagear com requinte neste registo.
Um dos temas já divulgados de LORI é That’s How You Know, um original que fazia parte do disco Lorraine que McKenna lançou em dois mil e onze e que é um dos alinhamentos essenciais da artista natural de Stoughton, no Massachusetts. Esta versão assinada por Iron & Wine conta com as contribuições de Sima Cunningham e Macie Stewart, membro da dupla Finom, dois nomes que também participam nas restantes composições deste EP que Iron & Wine resolveu criar durante o período pandémico recente e que foi gravado nos estúdios Sam Phillips, em Memphis, com a ajuda do produtor Matt Ross-Spang.
Sonoramente, esta cover de That's How You Know aprimora o perfil contemplativo e particularmente intimista do original, impressionando pelo belíssimo jogo de vozes entre os diversos intervenientes do tema, exemplarmente acompanhados por um piano melodica e melancolicamente irrepreensível. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Pink Turns Blue – Not Gonna Take It
Os alemães Pink Turns Blue têm no seu núcleo duro a dupla formada por Thomas Elbern (vox, guitars) e Mic Jogwer (vox, bass, and keyboards), que se inspirou num clássico dos Hüsker Dü para dar nome a um projeto que viu a luz do dia em mil novecentos e oitenta e cinco em Berlim. Hoje são um trio porque, entretanto, a ambos juntou-se o baixista Luca Sammuri. Fazem, portanto, parte da primeira geração de bandas que, na Alemanha, cimentaram o rock gótico, que tem, de há quatro décadas para cá, nesse país da Europa um vedadeiro viveiro de bandas do género.
Tendo já um apreciável catálogo em carteira, que vale bem a pena destrinçar com minúcia, que começou em mil novecentos e oitenta e sete com o disco If Two Worlds Kiss e que teve como mais recente capítulo o registo Tainted, o décimo da carreira do trio, lançado o ano passado, os Pink Turns Blue preparam-se para regressar aos lançamentos com um EP intitulado Tainted Tour 2022 EP e que, como o próprio nome indica, pretende, em quatro canções, celebrar o regresso dos Pink Turns Blue à estrada, para promover Tainted, depois do período pandémico que fez com que o grupo adiasse uma digressão mundial que teria passagem privilegiada pela América do Norte.
Not Gonna Take It, composição que insere o ouvinte com elevado grau de clareza no adn sonoro típico dos Pink Turn Blues, é o primeiro single revelado deste EP, um tema que reflete sobre o estado atual do mundo em que vivemos, nomeadamente a ditadura do capitalismo e a conjuntura politica atual. É uma majestosa canção, feita com aquele rock que impressiona pela rebeldia com forte travo nostálgico e que contém uma sensação de espiral progressiva de sensações, que tantas vezes ferem porque atingem onde mais dói. Fá-lo assentando num punk rock de forte cariz progressivo, com uma originalidade muito própria e um acentuado cariz identitário, por procurar, em simultâneo, uma textura sonora aberta, melódica e expansiva, mas sem descurar o indispensável pendor lo fi e uma forte veia experimentalista, abertamente nebulosa e cinzenta. Essa atmosfera é percetivel no perfil detalhista das distorções da guitarra, no vigor do baixo, nos sintetizadores vibrantes e, principalmente, num registo percurssivo compacto, que funciona com a amplitude necessária para dar à canção uma sensação plena de epicidade e fulgor. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Cool Sounds – 6 Or 7 More
O coletivo australiano Cool Sounds fez furor em dois mil e dezasseis quando se apresentou ao mundo com um extraordinário registo de estreia intitulado Dance Moves, uma notável coleção de canções pop que tinham no catálogo de bandas como os Talking Heads ou os Roxy Music declaradas influências. Dois anos depois os Cool Sounds viraram agulhas para territórios que calcorream o típico indie rock de cariz eminentemente lo-fi, com o registo Cactus Country, sempre com Dainies Lacey ao leme, o único membro da formação original que ainda permanece no agora sexteto Cool Sounds e a grande força motriz da banda.
Em dois mil e vinte e um as guitarras mantiveram-se na linha da frente estilística do grupo com o disco Bystander, que já tem sucessor, um trabalho intitulado Like That, que irá chegar aos escaparates a sete de outubro com a chancela da Chapter Music.
6 Or 7 More é o mais recente single divulgado de Like That, uma composição que Lacey confessa inspirar-se numa mescla entre os catálogos dos The Clash e de Jessie Ware e que, de facto, no funk anguloso da guitarra que conduz o tema, no baixo vibrante que marca o seu ritmo e nos arranjos sintetizados que o adornam, consegue, na nossa opinião tal desiderato, através de uma espécie de dance punk bastante charmoso e contundente. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
The National (feat. Bon Iver) – Weird Goodbyes
Desde que no passado mês de maio os The National regressaram aos concertos, para uma digressão mundial que passou também por Portugal, tornou-se óbvio que a banda liderada por Matt Berninger tem um novo álbum na forja, o nono da carreira, não só porque têm tocado alguns inéditos nesses espetáculos, como Grease In Your Hair ou Space Invaders, mas também porque tem havido um enorme e acentuado refresh nas redes sociais da banda de Brooklyn, Nova Iorque.
O sinal mais evidente deste importante prenúncio discográfico é a publicação recente do single Weird Goodbyes, canção assinada a meias pelos The National e por Bon Iver. Com arranjos a cargo da Orquestra Contemporânea de Londres, orquestrada por Bryce Dessner, peça chave do adn sonoro dos The National, Weird Goodbyes é uma canção que nos dá pistas sobre o melhor modo de olhar em frente sem remorsos do passado. Sonoramente o tema parece provar que os The National encontram-se num processo de mutação, algo que reflete ousadia e inquietude, à boleia de uma composição que encontra o seu sustento numa batida sintetizada plena de charme, guitarras insinuantes, teclados incisivos e um registo vocal amiúde modificado, mas pleno de alma e de um sentimento e que nos enche de paixão e luz, principalmente no modo como Berninger e Iver se entrelaçam com notável equilíbrio. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Panda Bear And Sonic Boom – Reset
Os Panda Bear e o projeto Sonic Boom têm já uma longa história de parcerias, mais ou menos profícuas. Recordo que Peter Kember misturou e masterizou o registo Tomboy, disco a solo de Noah Lennox, a grande trave mestra dos Panda Bear e fez também parte dos créditos de produção de disco de dois mil e quinze, Panda Bear Meets The Grim Reaper, que à época fez furor na nossa redação. Entretanto, por essa altura, Kember mudou-se para Lisboa, onde Lennox, natural de Baltimore, no Maryland, já vive há ainda mais tempo e os dois artistas têm cimentado ainda mais uma relação que materializou-se recentemente num disco intitulado Reset, que viu a luz do dia com a chancela da Domino Recordings.
Repleto de interseções sónicas vibrantes, cordas exuberantes, traços identitários que tanto apontam para os primórdiosdo surf rock já mais de meio século como para as tendências mais recentes da melhor eletrónica ambiental, sem esquecer alguns tiques típicos do melhor R&B e detalhes percussivos que apontam ao jazz contemporâneo, é vasta a amálgama de estilos, tendências, cores e estilos que sustentam Reset, um álbum alegre, otimista, leve e desanuviado, que irá encher as medias de quem ainda procure uma banda sonora perfeita para tardes de verão descomplicadas e festivas.
Reset é, de facto, um nome feliz para um álbum que pode muito bem ser utilizado por quem queira explicar a um principiante menos familiarizado com estas andanças do indie e da pop, como este espetro sonoro que abraça tantas latitudes foi evoluindo desde as praias do Havai, à torridez de São Francisco, passando pelos recantos de Brooklyn, os estúdios enevoados de Berlim ou até as paredes manchadas de Abbey Road. E que melhor cidade do que Lisboa para fazer tal súmula assinada por uma dupla plena de química e cuja proveniência de universos sonoros tão díspares acaba por encaixar e casar na perfeição?
De facto, logo no registo extravagante, principalmente ao nível das cordas, de Gettin’ To The Point percebe-se a notoriedade do disco e a certeza de que, venha o que vier a seguir, este é um álbum especial e repleto de surpresas. E elas tanto poderão estar na guitarra agreste e sempre firme no jogo de cintura que mantém com diversas sintetizações inebriantes e diversos elementos percussivos das mais diversas proveniências em Go On, composição que contém um sample do clássico de mil novecentos e sessenta e sete chamado Give It To Me, dos míticos The Troggs, uma banda inglesa que era formada por Reg Presley, Chris Britton, Pete Staples e Ronnie Bond, mas também no clima claustrofóbico de Everyday, na riqueza orgânica de Whirlpool, no charme contemplativo da eletrónica minimal em que assenta a singela In My Body e que depois se torna intensamente retro em Everything’s Been Leading To This e, principalmente, na ímpar epicidade de Edge Of The Edge, uma canção que em pouco menos de cinco minutos mostra que é possível, em apenas uma única composição, condensar o essencial de toda a história da melhor música alternativa contemporânea.
Reset impressiona pelo inconformismo experimental e pelo modo buliçoso como mostra que, quer Lennox, quer Kember, se mantêm particularmente inventivos mesmo num espetro sonoro onde é fácil cair na redundância e num certo marasmo, ou então, pior do que isso, resvalar para uma exacerbada radiofonia e para um vício comercial que acabe por tolher, absorver e, no final, asfixiar projetos. Espero que aprecies a sugestão...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Guided By Voices - Tremblers and Goggles by Rank
Os Guided By Voices de Robert Pollard não param de editar discos, principalmente desde que prometeram, há alguns anos atrás, que iriam oferecer aos ouvintes três álbuns por ano. Assim, têm já nos escaparates mais um registo de originais intitulado Tremblers and Goggles by Rank, um tomo de dez canções que é, imagine-se, o décimo quarto trabalho que esta banda icónica, natural do Ohio, lança desde mil novecentos e noventa e seis.
Robert Pollard e os Guided by Voices são, sem dúvida nenhuma, uma máquina extremamente bem oleada e que, dentro de um espetro sonoro que se pode caraterizar por uma espécie de súmula entre o garage rock e o art punk, continuam a provar ser dignos de relevância e merecedores de odes significativas, enquanto analisam e criticam, com uma angulosa assertividade poética, diga-se, esta contemporaneidade que é, para Pollard, um manancial crítico infindável.
Como seria de esperar, porque um dos grandes atributos dos Guided By Voices, são uma, quanto a mim, salutar previsibilidade e uma sempre ímpar coerência, é o rock no seu estado mais genuíno que sustenta o arquétipo sonoro de Tremblers and Goggles by Rank, como se percebe logo em Lizard on the Red Brick Wall, um portento de ruído e vigor, só ao alcance de verdadeiros mestres da arte de criar canções que conseguem manter à tona uma forte sensibilidade melódica, mesmo que estejam encharcadas em riffs de guitarra irascíveis e linhas de baixo quase descontroladas. É um rock que ganha luminosidade e um cunho nostálgico noventista colegial intenso em Alex Bell e que, em Unproductive Funk, atinge territórios ditos mais progressivos e até psicadélicos, mas sem nunca abafar a filosofia fundamental, quer do disco, quer do adn de quem o criou.
Tremblers and Goggles by Rank tem, como se percebe, um início auspicioso e ímpar, que eleva, desde o primeiro minuto, o registo para patamares qualitativos de excelência, que depois se mantêm firmes, à boleia do piscar de olhos aquele rock mais boémio e descontraído que é feito em Roosevelt Marching Band e que não se descontrola nunca, mesmo nas interseções rítmicas que abastecem o frenesim de Goggles by Rank. Outro tema curioso do disco é Cartoon Fashion (Bongo Lake), tema que sabe a uma descarada e feliz homenagem ao melhor catálogo de uma certa banda liderada por Eddie Vedder que fez furor na última década do século passado, canção que, juntamente com a falsa acusticidade de Boomerang, comprova que passado e futuro e etiquetas temporais são realidades desprezadas por Pollard na hora de compôr, sendo este, talvez, o elogio maior que se pode fazer a um disco que não merece, em nenhuma circunstância ser datado, a não ser quando fizer parte do catálogo dos grandes momentos discográficos de dois mil e vinte e dois. Espero que aprecies a sugestão...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Futurebirds And Carl Broemel – Sinz And Frenz
Figuras de destaque do rock psicadélico norte-americano, os Futurebirds deram as mãos aos guitarrista e produtor Carl Broemer, figura de relevo dos My Morning Jacket, para, juntos, incubarem um EP com sete canções intitulado Bloomin' Too, um tomo que irá ver a luz do dia a nove de setembro com a chancela da No Coincidence Records.
Há cerca de um mês a nossa redação debruçou-se sobre o conteúdo sonoro de Buffet Days, o primeiro single revelado do EP Bloomin' Too, uma canção melodicamente belíssima e onde majestosidade e cor eram evidências concretas. Agora chega a vez de escutarmos Sinz And Frenz, tema composto por Daniel Womack, o líder dos Futurebirds, durante o período pandémico e que era para fazer parte de um disco a solo que o músico estava a incubar quando o surto teve início. Sinz And Frenz é uma típica canção rock sobre a amizade e a honestidade e impressiona pelo seu perfil nostálgico noventista, proporcionado por um arsenal instrumental que habitualmente sustenta o rock alternativo mais genuíno e por um modus operandi melódico lisergicamente bastante apelativo. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Broken Bells – Saturdays
Oito anos depois do último registo de originais, um alinhamento de onze canções initulado After The Disco, os Broken Bells de Danger Mouse e James Mercer, vocalista dos The Shins, estão de regresso aos lançamentos discográficos em dois mil e vinte e dois, concretamente a sete de outubro próximo, com Into The Blue, o terceiro disco do projeto, um trabalho que terá a chancela da AWAL e que será, certamente, um regresso à ribalta desta dupla que se conheceu há dezoito anos nos bastidores do festival de Roskilde, na Dinamarca.
Depois de há algumas semanas termos revelado We’re Not In Orbit Yet…, o primeiro single divulgado de Into The Blue, agora chega a vez de nos deliciarmos com Saturdays, uma magnífica e imponente composição, que mistura um fabuloso baixo, melodicamente astuto, com alguns detalhes sintéticos efusiantes, guitarras repletas de distorções retro e harmoniosamente sempre subtis, num resultado final que, entre o rock alternativo mais clássico, nomeadamente, imagine-se, a melhor brit pop noventista, plasma um ADN muito próprio e identitário de uma dupla que se mantém bastante ativa nos seus projetos próprios (Danger Mouse prepara-se para lançar o disco de estreia do seu projeto paralelo Black Thought e James Mercer está a comemorar o vigésimo aniversário de Oh, Inverted World, o disco de estreia dos The Shins, com uma digressão), mas que neste novo álbum, tendo em conta as amostras já divulgadas, irá certamente manter os Broken Bells na rota de um caminho coeso, assertivo e refinado, numa parceria que sabe como mostrar o real potencial dos seus dois pólos. Confere Saturdays e a tracklist de Into The Blue...
Into The Blue
We’re Not In Orbit Yet…
Invisible Exit
Love On The Run
One Night
Saturdays
Forgotten Boy
The Chase
Fade Away
Autoria e outros dados (tags, etc)
Death Cab For Cutie – Foxglove Through The Clearcut
Quatro anos depois do registo Thank You For Today, os norte-americanos Death Cab For Cutie já têm finalmente um sucessor para esse excelente disco que atestou, à época e mais uma vez, que o grupo liderado por Ben Gibbard é mestre a escrever sobre sentimentos e emoções, sustentado essa permissa em canções que olham sempre para a pop e o rock alternativo contemporâneos com sagacidade e, como é óbvio, com letras que testam constantemente a nossa capacidade de resistência à lágrima fácil.
A nossa redação tem estado particularmente atenta aos detalhes que vão sendo revelados de Asphalt Meadows, o título daquele que será o décimo disco da banda e que deverá ver a luz do dia em setembro próximo, com a chancela da Atlantic Records, contando com a presença de John Congleton nos créditos relativos à produção. Assim, depois de termos revelado em maio último o single Roman Candles e, poucas semanas depois, a composição Here To Forever, agora dhega a vez de conferirmos mais um extraordinário tema de Asphalt Meadows, intitulado Foxglove Through The Clearcut.
A entrada dos Death Cab For Cutie em estúdio com o produtor John Congleton fazia adivinhar que a banda de Bellingham, nos arredores de Washington, iria apostar numa sonoridade mais agressiva e inquietante e, de facto, todas as canções já reveladas do novo trabalho do grupo confirmam essa expetativa e Foxglove Through The Clearcut reforçam-na com particular astúcia. Trata-se de uma poderosa balada que, melodica e instrumentalmente, cruza intimidade com epicismo, destacando-se nela o modo como o registo vocal discursivo de Ben Gibbard, antecipa, à medida que ganha rugosidade e sentimento, explosões sónicas vigorosas e que emocionam o ouvinte mais incauto com uma facilidade incrível. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Elysian Fields – We’ll Get There Yet
Os norte-americanos Elysian Fields de Jennifer Charles e Oren Bloedow compôem música desde mil novecentos e noventa e cinco e tem já no seu extenso e notável catálogo oito extraordinários discos, tendo sido o mais recente o registo Transience Of Life, editado em dois mil e vinte. E agora, em pleno verão de dois mil e vinte e dois, acabam de encantar a nossa redação com uma nova canção intitulada We'll Get There Yet.
Esta nova composição da dupla sedeada em Brooklin, Nova Iorque, ainda não traz atrelado o anúncio de um novo disco dos Elysian Fields. Seja como for, o tema merece dedicada audição e profunda análise, já que se trata de um lindíssimo tratado de pop solarenga, tocante e intimista. Na canção, cuja abordagem estilistica obedece a um formato eminentemente clássico, mas sem deixar de calcorrear territórios ambientais, o timbre metálico das cordas e algumas sintetizações flutuantes conjugadas com a voz intensa e enigmática de Jennifer, conjuram uma espécie de noir rock, pleno de mistério, charme e sensualismo. Confere...