man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Dehd - Stars
A banda norte-americana Dehd prepara-se para regressar aos discos com um alinhamento de canções intitulado Blue Skies, um álbum que terá a chancela da insuspeita Fat Possum e que sucede ao aclamado registo Flower of Devotion, de dois mil e vinte, que tinha temas tão ímpares como Loner, Desire ou Flying.
O single de apresentação deste novo trabalho do trio de Chicago formado por Emily Kempf, Jason Balla e Eric McGrady chama-se Stars e oferece-nos quase três minutos de um delicioso indie surf rock, em que guitarras insinuantes e uma percussão vibrante criam uma criativa e luminosa combinação de referências, que rapidamente nos fazem recordar o melhor catálogo de outros nomes dotados da mesma identidade, como os Wavves ou os Beach Fossils. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Lisa Lex - Sirens
Nascida em Seattle, mas a viver em Lisboa desde a adolescência, Lisa Lex escreveu a sua primeira música aos onze anos para lidar com o seu primeiro desgosto. Esse foi o momento em que percebeu o incrível poder das palavras e o seu amor por contar histórias, que se vai materializar num EP masterizado por Rafael Smolen e produzido pela própria autora.
Sonoramente, Lisa Lex aposta numa feliz fusão de pop experimental, trip hop e sons cinematográficos e da natureza com influências de melodias do Médio Oriente. Além disso, ela usa a sua voz sensual para compartilhar com o mundo os seus pensamentos e sentimentos mais íntimos usando a música como uma ferramenta para processar a dor e, mais importante, abraçá-la. Fá-lo através de letras honestas, carregadas de notas melancólicas de harpa, que nos ajudam a superar pensamentos sombrios e tempos difíceis.
O registo de estreia acima referido tem como primeiro vislumbre sonoro o single Sirens, uma contemplativa e submersiva canção, alicerçada por cordas e com um minimalismo orgânico impiedoso, mas tremendamente acolhedor e reflexivo, que pretende materializar uma exploração daquelas lutas internas que todos enfrentamos de tempos em tempos. Confere...
Facebook: https://www.facebook.com/LisaLexx
Instagram: https://www.instagram.com/lisalexlisa/
TikTok: https://www.tiktok.com/@lisalexlisa
Autoria e outros dados (tags, etc)
Elephant – Hometown
Com dois anos de existência, os Elephant são um coletivo dos Países Baixos, sedeado em Roterdão. Estrearam-se o ano passado com um EP homónimo que teve uma forte repercurssão no país natal e que valeu a chancela da etiqueta local Excelsior Recordings, que irá abrigar o disco de estreia do projeto, um trabalho intitulado Big Thing, que irá ver a luz do dia ainda em dois mil e vinte e dois.
Produzido por Pablo van de Poel, Big Thing tem em Hometown o mais recente single de apresentação do seu alinhamento, uma composição solarenga e intimista que reflete sobre a necessidade que todos temos de abandonar um dia o ninho e encontrar o nosso próprio caminho. Na canção, sonoramente o timbre metálico de uma guitarra plena de reverb e de forte pendor experimental e um registo percussivo vincadamente contemplativo, misturam a melhor herança do aclamado rock setentista com uma indecritível pitada de lisergia. Confere....
Autoria e outros dados (tags, etc)
Fontaines D.C. – Skinty Fia
Skinty Fia é o curioso título do novo disco dos irlandeses Fontaines D.C., que parecem verdadeiramente apostados em não colocar rédeas na sua veia criativa, estando a conseguir lançar um disco por ano, em média, e sem beliscarem a sua bitola qualitativa, desde que em dois mil e dezanove iniciaram uma fabulosa saga discográfica com Dogrel, que teve sequência no ano seguinte à boleia de A Hero’s Death, um dos grandes discos desse ano para a nossa redação.
Skinty Fia, um palavrão irlandês atualmente com uma conotação mais diliuída e que faz referência a uma espécie de veado desse país já extinto, irá ver a luz do dia daqui a algumas semanas, mais concretamente a vinte e dois de abril e volta a contar com Dan Carey na produção.
Jackie Down The Line foi o primeiro single revelado de um alinhamento que terá dez temas, uma canção que nos impressionou pela versatilidade e variedade das cordas, sendo conduzida por uma espetacular linha de baixo, que acama uma melodia algo hipnótica e sombria e diversos arranjos percurssivos enleantes. Algum tempo depois foi possível escutarmos I Love You, uma canção com um título enganador, já que o seu conteúdo lírico é eminentemente político, pretendendo personificar ironicamente o ponto de vista de um bem sucedido irlandês que, de modo algo corrosivo, em forma de elogio fúnebre, se congratula com o país onde vive e o orgulho que sente no seu sucesso, mesmo que deite para trás das costas questões tão prementes como a atual política climática de quem o governa e a sua herança histórica.
Agora, na reta final do mês d março, é possível conferirmos o tema homónimo do disco, uma canção que versa sobre a adição ao álcool e às drogas e que impressiona, sonoramente, pela rudeza das guitarras e pelo vigor percussivo que a conduz, álem de um registo vocal interpretativo algo sinistro. O vídeo, assinado pelo realizador Hugh Mulhern, contém uma estética que obedece claramente à filosofia da composição. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Widowspeak – The Jacket
Quase dois anos depois de Plum, um dos melhores discos de dois mil e vinte para a nossa redação, os Widowspeak estão de regresso aos lançamentos discográficos. O novo registo da dupla formada pela cantora e escritora Molly Hamilton e o guitarrista Robert Earl Thomas, dois músicos com raízes em Tacoma e Chicago, mas estabelecidos na cidade que nunca dorme há já algum tempo, chama-se The Jacket, tem dez canções e viu a luz do dia com a chancela da insuspeita Captured Tracks.
Mestres na arte da personificação de um som inconfundível em que eletrónica, pop, folk e rock se confundem com um inebriante charme, muitas vezes até ostensivo, os Widowspeak contam-nos, neste The Jacket, uma curiosa história. O alinhamento do disco pretende contar-nos a odisseia de uma banda fictícia que sai da sua zona de conforto, que assentava em pequenos concertos baseados em covers, para passar a apostar na escrita e composição de originais. Para trazer até nós essa trama com clareza, os Widowspeak optaram pela busca de climas mais soturnos e intimistas, depois da ode luminosa que foi Plum, que também tinha um propósito filosófico, nesse caso fazer uma sátira contundente ao materialismo e ao capitalismo, mas também ao amor na era digital.
E essa alegoria materializa-se, nas dez canções do álbum, num registo interpretativo que explora, quase sempre com a ajuda das cordas do baixo e da guitarra, a mescla de alguns cânones fundamentais do melhor rock setentista, mas não só, com a graciosidade única da folk-pop atual, servindo a eletrónica para apimentar e adornar as canções e potenciar a sua identidade declaradamente vintage, num resultado final que tem aquele clima eminentemente blues e jazzístico em declarado ponto de mira.
O meditativo piano que adorna Everything Is Simple, o andamento rítmico fumarento de Slow Dance, a rugosidade metálica da guitarra que deambula por cima da bateria em The Drive e o espírito noventista e garageiro de Salt, apresentam-nos, por um lado, o elevado cardápio de influências que atiça a dupla e, por outro, a homogeneidade com que conseguem agregar esse catálogo e produzir uma identidade única, não só relativamente ao ambiente sonoro de The Jacket, um disco que sai airosamente do risco que contém e que se define numa nova proposta instrumental e lírica para a banda, mas também, e de um modo mais amplo, no que concerne ao próprio catálogo da dupla, que ganha uma maior versatilidade com este alinhamento, sem descurar a sua essência.
No início da carreira, há já mais de uma década, os Widowspeak começaram por se alimentar à sombra daquela pop de finais dos anos oitenta muito sustentada por elementos sintetizados, mas não restam dúvidas que foi nas construções musicais lançadas há cerca de três décadas que melhor navegaram, principalmente a partir de All Yours (2015), nomeadamente a dream pop e a psicadelia sessentistas. Em Plum acrescentaram ao seu catálogo elementos sonoros muito direcionados para um jogo de cintura eficaz entre sintetizadores e guitarras e agora, um pouco mais hipnóticos, mas plenos na exploração das suas virtudes meditativas e psicadélicas, mesmo que mais minimalistas que o habitual, centraram-se numa guitarra encharcada de blues e nas diferentes nuances que a mesma pode criar, no momento de definir o arquétipo sonoro das canções, para nos oferecer um registo intenso, belo e maduro. Espero que aprecies a sugestão...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Band Of Horses - Things Are Great
Cerca de meia década após o excelente registo Why Are You Ok, os norte-americanos Band Of Horses estão finamente de regresso com um novo álbum. Esse novo alinhamento de dez canções da banda liderada por Ben Bridwell chama-se Things Are Great e viu a luz do dia à boleia da BMG.
Foi o próprio Bridwell quem produziu todos os temas de Things Are Great, contando, para isso, com a preciosa ajuda dos amigos e habituais colaboradores Dave Fridmann, Jason Lytle e Dave Sardy, assim como do engenheiro de som Wolfgang “Wolfie” Zimmerman. E, como seria de esperar, o novo compêndio da banda natural de Seattle é um delicioso tratado sonoro, materializado num alinhamento de dez canções efusivo e grandioso, que mescla folk e indie rock com notável mestria e superior bom gosto, encarnando uma áurea de autenticidade ímpar, relativamente aquele que é o adn habitual do projeto, cada vez mais refinado e criativamente rico o ecossistema social de onde provém.
De facto, a audição deste registo é um verdadeiro deleite para os apreciadores daquele peculiar e inimitável rock clássico e tipicamente norte-americano. Things Are Great proporciona-nos pouco mais de quarenta minutos empolgantes e ricos em diversidade, criatividade e cor, assente num receituário interpretativo que valoriza particularmente a luminosidade melódica, a riqueza dos arranjos e a opção pelas cordas, acústicas e eletrificadas, como pilares máximos da arquitetura de canções que versam sobre as agruras típicas de uma América que procura cada vez mais perceber qual é o seu verdadeiramente posicionamento no mundo atual, enquanto lambe as suas próprias feridas interiores, mas que também olham para as relações pessoais e para o amor, com especial gula e profundidade.
Em suma, Things Are Great é um disco intenso e pintado por uma paleta de cores de variada e agradável contemplação. Nele está plasmada, por parte dos Band Of Horses, uma das bandas fundamentais da história daquela América mais pura contemporânea, uma maior abertura e luminosidade em termos de arranjos, não sendo, na verdade, um disco tão hermético como outros lançamentos anteriores do projeto, mas abrangendo um cardápio muito alargado de influências. Acaba por até ser um álbum que faz uma espécie de súmula de tudo aquilo que os Band Of Horses apresentaram até agora e, como seria de esperar, uma agregação que não deixa de ter em algumas canções, poeticamente profundas e ricas, uma faceta algo misteriosa e cheia de referências literárias que merecem aturado trabalho de análise e contemplação. Espero que aprecies a sugestão...
Autoria e outros dados (tags, etc)
The Smile – Skrting On The Surface
Continua a ganhar cada vez mais forma e impacto o projeto The Smile que reúne Thom Yorke e Jonny Greenwood, o chamado núcelo duro dos Radiohead e Tom Skinner, baterista do Sons of Kemet. Os The Smile têm já algumas apresentações ao vivo no curriculum e está por dias a estreia no formato disco, que será certamente um acervo discográfico incontornável do ano de dois mil e vinte e dois, tendo em conta You Will Never Work In Television Again, The Smoke e Skrting On The Surface, os três inéditos que o trio já divulgou do registo que terá a chancela da XL Recordings.
Skrting On The Surface é, de todos os temas já divulgados do disco de estreia dos The Smile, sem dúvida aquele que transparece com maior minúcia o adn sonoro único e incontornável dos Radiohead, não fosse uma canção cujo esboço foi criado no já longínquo ano de dois mil e sete durante as sessões de gravação de In Rainbows. As cordas com o particular efeito metálico que todos conhecemos e que deambulam pela canção, a performance sedutora do baixo, o registo jazzístico da bateria, os arranjos de sopros que adornam o tema e o típico falsete de Yorke, intacto e pujante, mesmo após tantos anos, são tónicos inebriantes para qualquer fã incondicional do aclamado projeto de Oxford, mas também para todos aqueles que estão sedentos pela chegada deste disco.
Skrting On The Surface também já tem direito a um extraordinário vídeo filmado a preto e branco em 16mm, um filme assinado por Mark Jenkin que nos mostra Thom Yorke a encarnar um dedicado mineiro nas profundezas das minas de Rosevale Tin Mine, em Cornwall, Inglaterra. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Milky Chance – Synchronize
A dupla germânica Milky Chance, formada por Clemens Rehbein e Philipp Dausch Milky, acaba de surpreende a nossa redação com o animado single Synchronize, uma canção que ainda não traz acoplado o anúncio de um novo disco do projeto, mas algo bem possível até porque muito recentemente também divulgaram uma outra novidade intitulada Colorado.
Synchronize é uma efusiante canção, com um perfil interpretativo exótico, luminoso, otimista e vincadamente pop, uma composição dominada pelos sintetizadores e que, à semelhança do que sucedeu com Colorado, resultou de uma estreita colaboração dos Milky Chance com uma outra dupla de compositores e produtores chamada DECCO. É, de acordo com Philipp Dausch, uma música sobre comunicação e conexão, já com direito a um vídeo assinado por Marie Schuller e que transporta o espectador para um culto do juízo final, enquanto fenómenos astrológicos bizarros iluminam o céu. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Arcade Fire – The Lightning I, II
Meia década depois do registo Everything Now, os canadianos Arcade Fire estão finalmente de regresso aos discos com We, o sexto álbum da banda liderada por Win Butler. Produzido por Nigel Godrich, Win Butler e Régine, We irá ver a luz do dia a seis de maio com a chancela da Columbia Records.
Com o anúncio oficial da data de lançamento de We, um álbum que foi gravado em vários locais, incluindo Nova Orleans, El Paso e na Ilha Mount Desert, foram revelados detalhes bastante interessantes do seu conteúdo. Assim, We é um trabalho que reflete sobre o perigo das forças que constantemente tentam nos afastar das pessoas que amamos e foi inspirado pela urgente necessidade de superá-las. A jornada catártica de We segue um arco definido que vai da escuridão à luz ao longo de sete canções, divididas em dois lados distintos: o lado I, que canaliza o medo e a solidão do isolamento e o lado We, que expressa a alegria e o poder da reconexão.
Obedecendo a essa filosofia estilística, o primeiro single retirado do registo é um tema com dois capítulos intitulado The Lightning I, II, canção espartilhada em duas que também já tem direito a um fabuloso vídeo assinado por Emily Kai Bock. É uma composição cujo conteúdo sonoro a nossa redação apreciou particularmente porque, ao contrário do que sucedeu nos registos mais recentes da banda, nomeadamente Reflektor (2013) e Everything Now (2017), que apostaram numa base instrumental de forte cariz sintético, esta canção aproxima os Arcade Fire de uma maior pureza e imediatismo, entroncando nos pialres que sustentaram o rock impetuoso dos primórdios da carreira do projeto. The Lightning I, II contém, inicialmente, aquele encanto algo misterioso e místico que marcou Funeral, conseguindo ainda obedecer à vontade nos pôr a dançar. Espero que aprecies a sugestão...
Autoria e outros dados (tags, etc)
ORANGEPURPLEBEACH - Exposure
Nos primeiros dias de dois mil e vinte, o mítico intérprete e compositor indie John Vanderslice resolveu fechar o seu reputado estúdio de São Francisco Tiny Telephone, onde produziu discos de nomes tão importante como os Death Cab for Cutie, Spoon, Deerhoof, The Magnetic Fields, e mudar-se para Los Angeles. Em pleno confinamento começou a explorar sons de fontes eminentemente analógicas e a tentar abordagens à escrita e à composição sonora radicalmente diferentes de tudo aquilo que tinha feito até então.
Assim, fortemente inspirado pelos ares da eletrónica e até do próprio hip-hop, Vanderslice resolveu dar vida a um novo projeto a solo intitulado ORANGEPURPLEBEACH e começou a criar o esboço de um naipe de canções que serão materalizadas no disco d E A T h ~ b U g, que irá ver a luz do dia a oito de abril.
De facto, em termos rítmicos, estruturais e texturais, os temas que farão parte do alinhamento de d E A T h ~ b U g divergem do seu catálogo anterior, algo que já ficou bem patente há algumas semanas quando foi divulgado o tema Pylon Shadow e ainda mais agora na canção Exposure, uma divertida e luminosa composição eminentemente sintética, repleta de sintetizações flashantes, mas que também conta com proeminentes arranjos de cordas, Confere...