man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Caveman – Smash
Cinco anos depois de Otero War, os nova iorquinos Caveman estão de regresso aos lançamentos com Smash, um registo com a chancela da Fortune Tellers e produzido por Nico Chiotellis nos estúdios Rivington 66. Liderados por Matthew Iwanusa, os Caveman voltam a não desiludir ao terceiro álbum, à sombra do típico rock norte americano e muito influenciados pelo desparecimento de um primo do líder, cujo apelido dá nome ao disco.
Smash impressiona pelas guitarras mas também, e à imagem do antecessor pelo modo como a vertente sintética encaixa nas distorções e no pendor orgânico de grande parte das canções, um pouco à imagem do que sucedeu em Otero War. A sintetização lenta que conduz Hammer e o modo como se cruza com o compasso da bateria, é um bom exemplo deste modus operandi dos Caveman, com Don't Call Me, utilizando a mesma receita, a proporcionar uma faceta mais ampla e ecoante, para criar uma densa parede de som, com uma tonalidade que é já imagem de marca do projeto. E Smash acaba por servir na perfeição para isso mesmo, para carimbar uma sonoridade de forte cariz identitário e para nos esclarecer qual é, definitivamente, o rumo que o grupo pretende trilhar. O próprio piano que se escuta no início do registo, em Like Me, servindo de contraponto, esclarece que a herança e a nostalgia nunca deixarão o catálogo dos Caveman, mas que o olhar anguloso é mesmo em direção a caminhos eminentemente eletrónicos, como se percebe quando os sintetizadores e as próprias guitarras tomam conta do tema. A própria cândura de You Got A Feeling, a serenidade de Awake e a densidade de River acabam por conferir ainda mais homogeneidade a um alinhamento que acaba por expressar aquele dilema que muitas bandas sentem de estarem presas a um determinado som e que, em vez de complicar, resolvem render-se a essa evidência e tentar aprimorar ao máximo a cartilha em que, consciente ou inconscientemente, se sentem mais confortáveis. Espero que aprecies a sugestão...