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Damien Jurado – The Monster Who Hated Pennsylvania

Segunda-feira, 17.05.21

Já chegou aos escaparates The Monster Who Hated Pennsylvania, o novo trabalho do norte-americano Damien Jurado. Este novo álbum do músico agora a viver em Los angeles, tem a chancela da Maraqopa Records e voltar a justificar porque é que Damien Jurado é um dos nomes fundamentais da folk norte americana e um dos artistas que melhor tem sabido preservar algumas das caraterísticas mais genuínas de um cancioneiro que dá enorme protagonismo ao timbre acentuado e rugoso das cordas para dissertar crónicas sobre uma América profunda e muitas vezes oculta, não só para os estrangeiros, mas também para muitos nativos que desde sempre se habituaram à rotina e aos hábitos de algumas das metrópoles mais frenéticas e avançadas do mundo, construídas num país onde ainda é possível encontrar enormes pegadas de ancestralidade e que inspiram calorosamente este músico.

In Conversation with Damien Jurado - Ears to Feed

De facto, The Monster Who Hated Pennsylvania é um registo ímpar no modo como Damien Jurado, auxiliado pelo multi-instrumentista Josh Gordon, nos faz ter aquela estranha mas reconfortante sensação que, enquanto ouvimos o disco, estamos a conversar com o autor e junto a si. É um trabalho eminentemente acústico, mas não é por isso que deixa de ser um registo melodica e instrumentalmente rico, com canções como Helena, um portento de sentimentalismo irrepreensível,  Tom, tema que, algures entre a penumbra e a luz, está carregado com um timbre rugoso simultaneamente revelador de inquietude e de serenidade, ou o clima jazzístico de Dawn Pretend, a comprovarem a mestria de um arquétipo sonoro compositório pleno de uma sofisticação muito própria e sem paralelo no panorama indie folk contemporâneo.

The Monster Who Hated Pennsylvania é um daqueles trabalhos em que todas as suas notas, melodias, versos, acordes, palavras, ideias e arranjos posicionam-se com o firme propósito de apresentar um cantor simultaneamente simples e genuíno, mas também sofisticado, uma narrativa sonora vibrante onde vozes e instrumentos compôem um painel muito impressivo, principalmente no modo como nele este músico coneta a sua mente com a nossa, expondo triunfalmente e sem pudor os seus dilemas e desejos mais profundos e tornando-nos, assim, confidentes de alguns dos arquétipos essenciais da sua intimidade maior. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 15:53

Coldplay - Higher Power

Domingo, 16.05.21

Os britânicos Coldplay estão de regresso com um novo single intitulado Higher Power. Esta nova canção da banda de Chris Martin, tem como grande curiosidade ter sido objeto de um vídeo em que atuam vários dançarinos alienígenas e que foi visualizado pela primeira vez pelo astronauta Thomas Pesquet, da Agência Espacial Europeia, que está atualmente a bordo da Estação Espacial Internacional. A essa visualização antecedeu uma conversa da banda com o astronauta, em que questões como a fragilidade do planeta Terra e as semelhanças entre a vida em digressão e numa estação espacial foram temas centrais.

Coldplay Releasing New Song “Higher Power” Next Week | Pitchfork

Quanto à canção, produzida por Max Martin, um especialista em criar sucessos radiofónicos e que estoirem nas playlists de canções mais ouvidas e vendidas, segue a linha interpretativa que orientou os Coldplay em anos mais recentes e que subsiste no cruzamento entre a eletrónica e o rock repleto de sintetizações, o modus operandi que, na minha opinião, não potencia todos os atributos estilísticos e interpretativos de um grupo que talvez tenha colocado o sucesso comercial como objetivo primordial do projeto, em detrimento de uma exploração mais genuína dos atributos interpretativos do trio. Confere...

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publicado por stipe07 às 20:54

Kevin Morby – Dumcane

Sexta-feira, 14.05.21

Ainda não tem meio ano de vida Sundowner, o sexto disco da carreira de Kevin Morby, um músico natural de Lubbock, no Texas e que estava muito marcado pelo regresso do músico a Kansas City, depois de uma temporada a viver em Los Angeles, a sua relação com a também cantora e compositora Katie Crutchfield, do projeto Waxahatchee e a realidade pandémica atual, um triângulo filosófico que também teve o propósito de colocar a América mais profunda no centro das atenções, de acordo com o próprio Morby.

Kevin Morby Shares 'Singing Saw' Outtake 'Dumcane'

Agora, em plena primavera de dois mil e vinte e um e numa altura em que celebra meia década de vida, Singing Saw, o terceiro disco da carreira de Morby, o músico presenteia-nos com uma versão aprimorada de Dumcane, uma canção gravada durante as sessões de Singing Saw, mas que não fez parte do alinhamento desse registo. É um belíssimo tema, que aprimora, de certa forma, o modus operandi bem balizado do catálogo de Kevin Morby, que se define por opções líricas em que dominam ambientes nublados, intimistas e reflexivos e um registo sonoro emimentemente delicado e fortemente orgânico, sem artifícios desnecessários, ou uma artilharia instrumental demasiado intrincada. E é este, claramente, o travo geral de Dumcane, uma canção minimalista, que procura a interação imediata, mas também profunda, com o ouvinte e que tem nas cordas a arma de arremesso preferencial. Confere...

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publicado por stipe07 às 09:38

Switchfoot – I Need You (To Be Wrong)

Quinta-feira, 13.05.21

Já com um grammy na algibeira, os Switchfoot de Jon Foreman, uma das mais bandas de rock mais aclamadas nos Estados Unidos da América, estão de regresso com novidades, depois do excelente registo Native Tongue, lançado em dois mil e dezanove.

Switchfoot leader reflects on music & crisis of faith - The San Diego  Union-Tribune

Produzido por Tony Berg (Phoebe Bridgers, Andrew Bird), I Need You (To Be Wrong) é o mais recente single divulgado pelos Switchfoot, uma emotiva e empolgante canção, que começou, de acordo com Foreman, a ser composta há já mais de uma década e que se debruça sobre as nossas dúvidas existenciais, a importância das certezas e o mérito que sempre merece quem reconhece os erros que comete. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:17

Malaboos - Nascente

Quarta-feira, 12.05.21

Projeto com cinco anos de existência, os Malaboos são formados por Diogo Silva (Guitarra e Voz), Ivo Correia (Bateria, Voz e Sintetizador) e Rui Jorge (Baixo), umtrio que é fruto de um entendimento musical e uma ligação pessoal muito vincada. Já têm no cardápio dois EPs, Plântula e Matuta, trabalhos que permitiram ao grupo partilhar cartaz e palcos variados com artistas de renome e ganhar uma já apreciável reputação no universo indie nacional.

Malaboos - CORTE (Estreia Exclusiva) - Wav

É, pois, o momento certo de avançar para o passo seguinte, o disco de estreia. Chama-se Nada Cénico, irá ver a luz do dia no final do presente mês de maio e explora a simbiose entre a dureza, crueza e robustez do Rock Avant-Garde com a delicadeza e experimentalismo do Art-Rock, sendo um registo que, de acordo com o press release de divulgação, contém uma fusão de belos riffs, com pesados e marcados beats de bateria. Nele, as constastes oscilações de dinâmicas e mudanças abruptas de tempo estabelecem o limbo entre a calma e o caos, sentimentos os quais causam um agradável massacre psicológico. Quando não há nada, encontra-se sempre mais do que se estaria à espera. Entre paisagens desprovidas de sentimento mas providas de textura, encontra-se o nosso refúgio. A filosofia destrutiva e pessimista da interpretação é assim camuflada com entoações e melodias cantantes tornando assim este álbum. Assim, Nada Cénico enaltece e exagera todos sentimentos humanos, desde os mais banais até aos mais invulgares, tornando-se assim um lugar seguro para a libertação de emoções e da viagem conjunta pela solidão constante presente em nós. Este álbum é uma tela em branco, fica ao encargo do espectador delinear o seu próprio percurso durante esta viagem atribulada, entre paisagens verdejantes, ao encanto do mar até ao fundo de um escuro poço. Tudo é possível, tudo é válido, tudo e nada coexiste no mesmo universo auditivo, criando assim a possibilidade de uma mancha abstrata no nosso mundo utópico

Nascente é o primeiro single retirado do alinhamento de Nada Cénico, uma composição quente e na qual os delays da guitarra atuam como as crescentes marés na areia. Nela, as notas fluem como o desenrolar das ondas, o baixo afirma um andamento dançante e vibrante e a bateria estabelece a marcha da música até à explosão caótica final. Confere...

YouTube https://www.youtube.com/c/MALABOOS/featured
Spotify https://open.spotify.com/artist/0Jb1nrRjiY3JwRk2esf2ew?si=_gy7ACzHSsSvFKFh3vfXWA
Bandcamp Music | Malaboos (bandcamp.com)
Instagram https://www.instagram.com/malaboosmalaboos/
Facebook 
https://www.facebook.com/Malaboos.oficial/

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publicado por stipe07 às 16:01

Modest Mouse – We Are Between

Terça-feira, 11.05.21

Oriundos de Issaquah, nos arredores de Washington, mas estabelecidos em Portland, no Oregon e já com mais de duas décadas de carreira, os Modest Mouse do guitarrista Isaac Brock, do baterista Jeremiah Green e do baixista Eric Judy, uma banda fundamental do indie rock alternativo contemporâneo, acabam de anunciar finalmente sucessor para o já saudoso álbum Strangers To Ourselves, de dois mil e quinze. Será um trabalho intituladoThe Golden Casket, terá doze canções e irá ver a luz do dia a vinte e cinco de junho próximo com a chancela da Epic.

Modest Mouse's new album 'The Golden Casket' out June 5

Produzido por Dave Sardy e Jacknife Lee, The Golden Casket tem em We Are Between, o segundo tema do seu alinhamento, o primeiro single divulgado, uma vibrante composição, luminosa e meldicamente inspirada, assente em guitarras faustosas e um registo percurssivo com um elevado espírito anguloso, uma opção estilística que salvaguarda alguns dos melhores detalhes da herança sonora do grupo. Confere We Are Between e a tracklist de The Golden Casket...

01 Fuck Your Acid Trip
02 We Are Between
03 We’re Lucky
04 Walking And Running
05 Wooden Soldiers
06 Transmitting Receiving
07 The Sun Hasn’t Left
08 Lace Your Shoes
09 Never Fuck A Spider On The Fly
10 Leave A Light On
11 Japanese Trees
12 Back To The Middle

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publicado por stipe07 às 15:58

Wavves – Help Is On The Way

Segunda-feira, 10.05.21

Conforme divulgámos há cerca de mês e meio, pouco mais de três anos após o lançamento de You're Welcome, um disco com a chancela da Ghost Ramp, os californianos Wavves de Nathan Williams assinaram pela Fat Possum Records e estão de regresso com aquele que será o sétimo álbum deste grupo com praticamente década e meia de estrada e que, atingindo este marco temporal importante para bandas contemporâneas, angaria já uma certa maturidade em torno de si. O alinhamento em questão intitula-se Hideaway e chegará aos escaparates a dezasseis de julho próximo.

Wavves lança “Help Is On The Way” e anuncia novo álbum “Hideaway”

Nessa altura, e como primeiro avanço dessse novo registo dos Wavves, demos conta do single Sinking Feeling, uma canção que aobrdava a temática da depressão e que contava com a produção de Dave Sitek, baterista e figura talismã responsável pelo sucesso dos TV On The Radio, mas também produtor de nomes como os Yeah Yeah Yeahs ou os Foals. Agora chega a vez de ouvirmos Help Is On The Way, o avanço mais recente divulgado de Hideaway, uma composição também produzida por Dave Sitek e que atinge no âmago o habitual surf punk contundente que define o adn dos Wavves. Confere Help Is On The Way e a tracklist de Hideaway...

01 “Thru Hell”
02 “Hideaway”
03 “Help Is On The Way”
04 “Sinking Feeling”
05 “Honeycomb”
06 “The Blame”
07 “Marine Life”
08 “Planting a Garden”
09 “Caviar”

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publicado por stipe07 às 17:58

The Family Rain – Memorabilia

Sábado, 08.05.21

Os The Family Rain são uma banda de blues rock, com um percurso de uma década, que inclui um breve hiato de cerca de três anos pelo meio. Formado pelos pelos irmãos William, Ollie e Timothy Walter, este projeto tem no seu cardápio três EPs, diversos singles e um disco de estreia intitulado Under The Volcano, lançado ainda antes da separação em 2016.

On the radar: The Family Rain | MusicRadar

Há cerca de dois anos a banda anunciou nova reunião nas redes sociais e, entretanto, parece vir a caminho também um novo disco deste projeto oriundo de Bath, no sudoeste de Inglaterra. Memorabilia, um portento de indie trash rock lo fi de forte travo grunge, assente em guitarras abrasivas e um registo percurssivo estonteante, é o novo single do trio, um verdadeiro tratado de impetuosidade garageira, pleno de nostalgia, com o melhor do rock dos anos noventa em claro e anguloso ponto de mira. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:29

Teenage Fanclub - Endless Arcade

Sexta-feira, 07.05.21

Trinta anos depois do registo de estreia e quatro depois do excelente disco Here, os icónicos veteranos escoceses Teenage Fanclub, formados atualmente por Norman Blake, Raymond McGinley, Francis Macdonald, Dave McGowan e Euros Childs, estão de volta ao ativo e mais efusivos e luminosos do que nunca, com Endless Arcade,  doze novas canções de um projeto simbolo do indie rock alternativo e que ainda tem um lugar reservado, de pleno direito, no pedestal deste universo sonoro.

Teenage Fanclub: Endless Arcade | Album Review

Gravado em Hamburgo e produzido pela própria banda, Endless Arcade é um portento de indie pop, um disco em que é difícil escolher uma má canção, tal é a coerência qualitativa de um alinhamento homogéneo e cuja bitola do nível de excelência deve ser medida por cima. Outro pormenor interessante de Endless Arcade é ser um fato mesmo à medida deste tempos em que vivemos, em que, já numa espécie de ressaca de um duro e longo período pandémico, tudo aquilo que precisamos para a banda sonora atual das nossas vidas é de canções simples mas com substância e, além de melodicamente acessíveis, plenas de luz, cor e contemporaneidade. Ora, Endless Arcade é mesmo um daqueles alinhamentos que provoca sorriso fácil e espontâneo, com canções como Home, uma composição que navega no seio de guitarras efusivas e com aquela dose equilibrada de eletrificação que permite alguns instantes de experimentalismo, ou, de modo distinto, na cadência angulosa do clássico rock que sustenta o tema homónimo e no travo surf punk de Warm Embrace e mais psicadélico de Everything Is Falling Apart, a manter-se sempre o formato e a identidade que foi preconizada para Endless Arcade e que obedece a essa cartilha de criação de canções assobiáveis, mas com substância.

Resumindo, Endless Arcade é um bom disco de indie pop rock da mais pura estirpe escocesa, ouve-se em qualquer altura do ano, mas nesta tem certamente um sabor único, está recheado de belíssimas canções e potenciais singles e prova que, quando os intérpretes têm qualidade, escrever e compôr boa música não é uma ciência particularmente inacessível. Aliás, para os Teenage Fanclub nunca foi. Espero que aprecies a sugestão...

Teenage Fanclub - Endless Arcade

01. Home
02. Endless Arcade
03. Warm Embrace
04. Everything Is Falling Apart
05. The Sun Won’t Shine On Me
06. Come With Me
07. In Our Dreams
08. I’m More Inclined
09. Back In The Day
10. The Future
11. Living With You
12. Silent Song

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publicado por stipe07 às 16:17

Molly Burch – Control

Quinta-feira, 06.05.21

Depois de no início do ano ter dado sinais de vida com um single intitulado Emotion, assinado a meias com os Wild Nothing , abrigado pela Captured Tracks e que teve direito a edição em formato de sete polegadas, juntamente com a canção Needy, uma cover de um original de Ariana Grande como b-side, a norte-americana Molly Burch acaba de anunciar o quarto disco da sua carreira. O registo irá chamar-se Romantic Images, sucede ao excelente disco First Flower de dois mil e dezanove e foi produzido por Alaina Moore e Pat Riley, donos da dupla Tennis, tendo sido masterizado por Heba Kadry (Bjork, Beach House).

Molly Burch Announces New Album 'Romantic Images', Shares New Song 'Control'  - Our Culture

Control , o primeiro single divulgado de Romantic Images, coloca esta cantora e compositora natural de Austin, no Texas, no terreno que se sente mais confortável, já que nos proporciona, através de um buliçoso piano, uma inspirada batida e diversos efeitos sintetizados plenos de groove, um portento melódico de charme e sedução, desenhado à sombra de ambientes algo nebulosos e jazzísticos e que não descuram uma leve pitada de R&B, mas que têm como base os cânones fundamentais da melhor indie pop atual. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:35







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