man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Leo Middea - Sorrindo Pra Saudade
Foi nos subúrbios do Rio de Janeiro, onde cresceu, que Leo Middea descobriu o gosto pela música, impulsionado pelo amor. Com catorze anos decidiu aprender a tocar violão para impressionar alguém por quem se apaixonou e daí até se estrear nos discos, em dois mil catorze, foi um ápice. Dois foi o primeiro tomo da sua carreira, um registo que o levou a tocar em vinte e três concertos na vizinha Argentina, ano seguinte. A Dança do Mundo, o sempre difícil segundo álbum, chegou no ano seguinte. O registo contou com as participações especiais de Laura Lavieri, Bruna Moraes, Nina Oliveira e Jota.Pê, foi produzido por Peter Mesquita e deu origem a mais uma digressão de Leo Middea, desta vez no seu país natal, com passagens pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre, e não só. A Dança do Mundo conquistou, em poucos meses, um lugar em diversas seleções de melhores discos do ano e obteve críticas positivas pela imprensa brasileira e portuguesa. Há três anos atrás, o cantor e compositor mudou-se para Lisboa e essa mudança trouxe mais de setenta concertos em Portugal, mas também atuações ao vivo na vizinha Espanha e em França.
Agora, quase no ocaso de dois mil e vinte, Leo Middea tem já nos escaparates o seu terceiro registo de originais, um álbum intitulado Vicentina, produzido por Paulo Novaes, com arranjos de Polivalente e com a participação especial do cantor Janeiro. Foi um disco financiado a custo, mas de modo bastante gratificante, suponho, já que o valor obtido para financiar a gravação do mesmo foi angariado após Leo andar pelas ruas pedindo um euro por pessoa. Também angariou fundos com a série Shows na Varanda, durante setembro último, uma original sequência de concertos pensados de modo a contornar as restrições impostas pela situação pandémica atual.
Sorrindo Pra Saudade é o mais recente single retirado de Vicentina, uma canção com aura saudosa, nuances melancólicas e uma atmosfera quente, que consegue transportar-nos através de acordes suaves para a relação que é possível cada um de nós estabelecer com a vida, uma filosofia de escrita poética que no Brasil foi já seguida por nomes tão proeminentes como Caetano Veloso ou Chico Buarque. Sonoramente, a canção obedece aos cânones fundamentais da melhor música popular brasileira, mas sem deixar, ao nível de determinados arranjos e nuances, de conter um toque europeu e, de certo modo, algo cosmopolita e contemporâneo. Sobre a canção, Leo Middea explica que fala sobre o processo de mudança para Portugal, por mais que haja a saudade de um amor, ela representa também pra mim a força interna do caminho que estamos dispostos a seguir. O Tarot do refrão: “Perdoa amor, mas segui o meu tarot, na verdade eu só me amei demais, mais do que você me amou, é real. A minha vinda para Portugal teve muito haver também com a questão espiritual e, realmente joguei este tarot para ver se era o caminho certo a se seguir. Confere...