man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Time For T - Simple Songs for Complicated Times EP
Gravado, de acordo com a própria banda, durante o mais recente período de confinamento resultante da situação pandémica global e com início numa caravana que assentou arraiais nos arredores de Lagos, Simple Songs For Complicated Times é o novo EP dos Time For T, um projeto nacional mas com raízes em Inglaterra, mais concretamente em Brighton. Na sua génese está Tiago Saga, um jovem com genes britânicos, libaneses e espanhóis e que cresceu no Algarve. Enquanto estudava composição contemporânea na Universidade de Sussex, Inglaterra, Tiago Saga foi criando a sua própria sonoridade assente na world music e na folk rock anglo-saxónica com outros músicos que foi conhecendo e com quem foi partilhando as mesmas inspirações, nomeadamente Joshua Taylor, Felipe Bastos e Juan Toran, os seus parceiros nestes Time For T.
Simple Songs for Complicated Times foi pensado, inicialmente, para ser uma coleção de canções feitas apenas com voz e guitarra, mas Saga acabou por pedir aos outros membros da banda e a alguns amigos que se encontravam em quarentena, para adicionarem as suas partes, porque cada um tinha a possibilidade de gravar em casa. O resultado é um tomo de canções feitas em português, inglês e espanhol e que nos cativam quase instantaneamente, não só porque, sonoramente, é um registo radiante, repleto de luminosas cordas,
Aquela viola que ciranda por Fire On The Mountain, uma composição cuja crueza e imediatismo acústicos nos obrigam a fazer um sorriso fácil de orelha a orelha, a doce intimidade convidativa e sincera que plasma Brighton (Clumsy), o divertido aconchego de Manteiga, um tema que fala da experiência pessoal de Tiago por voltar a viver em Portugal e, paralelamente, daquela situação onde todos nós já nos encontramos, quando estamos sem tempo ou energia para fazer tudo aquilo que queremos e o minimalismo reconfortante, asim como o violino eloquente de Qualquer Coisa, um tributo à vida boémia, em toda a sua glória e comédia trágica, contendo uma lista de observações da vida em Portugal, mais concretamente em Lisboa, na altura dos Santos. são momentos maiores de um alinhamento que, no geral, balança num timbre luminoso de diversas cordas que se entrelaçam harmoniosamente com um jogo vocal repleto de interseções, uma salutar acusticidade, que nos oferece, de modo particuarmente impressivo e como a própria banda com clareza define bem melhor do que nós, um cardápio sonoro eclético que se abre em leveza aos hemisférios e meridianos, trazendo as praias, as florestas e os desertos à humanidade. Uma viagem imperdível à incandescência da música livre. É mesmo isto. Espero que aprecies a sugestão...