man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Bill Callahan – The Mackenzies
Nascido em mil novecentos e sessenta e seis, Bill Callahan é um músico norte americano, natural de Silver Spring, no Maryland. A sua carreira musical começou na década de noventa com o bem sucedido projeto Smog e desde então Callahan não sabe o que é descanso. Depois de em dois mil e cinco ter lançado A River Ain’t Too Much To Love, o último disco nos Smog, começou a carreira a solo em 2007 com Woke on a Whaleheart, logo após ter assinado pela editora independente Drag City. Mas o melhor ainda estava para vir; Lançado em 2009, Sometimes I Wish We Were an Eagle resgatava toda a funcionalidade e beleza das composições da antiga banda do músico e figurou nas listas de alguns dos melhores lançamentos desse ano. O segundo disco, Sometimes I Wish We Were An Eagle chegou dois anos depois e, em dois mil e onze, Apocalypse vinha embutido com a palavra paradoxo, devido à beleza e mistério de um álbum feito à base de guitarras eléctricas, mas embutidas em sonoridades folk, a roçarem o country e o jazz, nuances que foram determinantes para o esboço do conteúdo de Shepherd In A Sheepskin Vest, o álbum que o músico norte-americano lançou o ano passado e que já tem sucessor.
Gold Record, o novo disco de Bill Callahan, chega aos escaparates no início do próximo mês de setembro, à boleia da Drag City. Terá dez canções, sendo uma delas uma nova versão de Let’s Move to the Country, um dos momentos altos de Knock Knock (1999), para muitos a obra-prima dos Smog. São vários quatro os singles divulgados de Gold Record; Começámos por apreciar Pigeons, depois foi a vez de Another Song, 35 e Protest Song, temas que foram comprovando, com enorme mestria e refinadíssima acusticidade, a superior capacidade interpretativa de Callahan aos comandos de uma viola.
Agora, no ocaso de julho, chega a vez de nos rendermos a The Mackenzies, mais uma história que Callahan nos conta, como é hábito nas suas letras, que contêm sempre uma impressiva componente narrativa, feita muitas vezes na primeira pessoa. Desta vez escutamos o relato de alguém que tem um vizinho que sempre lhe suscitou enorme curiosidade e vontade de conhecer, faltando a coragem para a aproximação. Tendo um subito problema no carro, vê-se obrigado a contar com a sua ajuda, nascendo assim uma relação de amizade profunda entre duas pessoas que sempre se quiseram conhecer mas nunca conseguiram dar o primeiro passo e que envolve jantares em que abundam as trocas de experiências e memórias sobre o passado de cada um, nomeadamente as relações que ambos têem com os seus filhos. Sonoramente, a canção tem um travo blues bastante covincente, desenvolvendo-se lentamente e com as cordas a absorver, como é hábito, soberbos e charmosos arranjos e entalhes, das mais diversas proveniências. Confere..