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Vundabar – Either Light

Domingo, 15.03.20

Oriundos de Boston, no Massachusetts, os Vundabar são uma dupla formada por Brandon Hagen e Drew McDonald e um caso sério no panorama alternativo da costa leste dos Estados Unidos da América. Algo desconhecidos do lado de cá do atlântico, têm, no entanto, já excelentes álbuns em carteira. A saga discográfica iniciou-se em dois mil e treze com o  registo Antics. Dois anos depois viu a luz do dia Gawk e, no dealbar de dois mil e dezoitoSmell Smoke, um trabalho que já tem sucessor pronto, um disco chamado Either Light, que acaba de chegar aos escaparates, através da Gawk Records e bastante inspirado pela personagem Tony Soprano, da série Os Sopranos, interpretada pelo malogrado ator James Gandolfini.

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De facto, estes Vundabar têm chamado a atenção da crítica e já foram alvo de algumas nomeações e artigos relevantes, mas a verdade é que nunca conseguiram fugir do universo mais underground e alternativo. No entanto, têm agora um trunfo de elevada valia paa chegarem à primeira divisão do indie rock, este trabalho intitulado Either Light, onze composições buriladas a guitarra, baixo e bateria,  com um travo festivo em que sobressai a luminosidade do timbre metálico das cordas e o já mítico ecoante efeito vocal dos Vundabar, ingredientes que conferem a este cardápio de canções uma indesmentível toada pop.

Logo a abrir, o baixo de Out Of It e o modo como se alia a variações rítmicas, um refrão intenso e um efeito de guitarra metálico condutor das base melódica, são detalhes cósmicos inebriantes que merecem, por si só, a audição deste álbum, numa composição que pisca o olho com languidez ao melhor cardápio da pop atual. Depois, o hipnotico frenesim de Burned Off, a delicadeza da oitocentista Codeine, o charme único de Petty Crime, uma curiosa ode strokiana e os arranjos envolventes e sofisticados da sensibilidade melódica muito aprazível de Easyer, composição que intercala uma excelente interpretação vocal de Hagen com um trabalho instrumental habilidoso da restante banda, nomeadamente a bateria e a guitarra, são instantes que impressionam pelo ambiente sonoro com um teor lo fi algo futurista, devido à distorção e à orgânica do ruído em que assentam, quer estas quer as outras canções do registo, onde não faltam alguns arranjos claramente jazzísticos e o tal falsete vocal num registo em falsete, com um certo reverb que acentua o charme rugoso da mesma.

Dicso repleto de canções pop bem estruturadas, devidamente adocicadas com arranjos bem conseguidos e que não dispensam a vertente orgânica conferida pelas cordas e pela percussão, Either Light envolve-se, no seu todo, por uma pulsão rítmica ímpar, sendo um álbum consistente, carregado de referências assertivas, que também impressiona pela cadência frenética em que assenta e que oscila entre o épico e o hipnótico, o lo-fi e o hi-fi, sendo, de certeza, um dos grandes lançamentos deste primeiro trimestre de dois mil e vinte. Espero que aprecies a sugestão...

Vundabar - Either Light

01. Out Of It
02. Burned Off
03. Codeine
04. Petty Crime
05. Easier
06. Never Call
07. Montage Music
08. Jester
09. Paid For
10. Other Flowers
11. Wax Face

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publicado por stipe07 às 20:38






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