man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Foreign Poetry - Freeform
Os Foreign Poetry são Danny Geffin e Moritz Kerschbaumer. Danny é inglês, Moritz é austríaco e ambos tocam vários instrumentos e escrevem canções. Conheceram-se em Londres, durante o verão de dois mil e onze, quando tocavam em projetos diferentes e se cruzaram na mesma noite no The Ritzy, em Brixton. Moritz tocava com Luís Nunes, mais conhecido por (Walter) Benjamin e Danny era uma das duas metades dos Geffin Brothers. Alguns anos depois Moritz enviou a Danny duas ideias para canções nas quais andava a trabalhar e este retribuiu dias depois devolvendo-as cheias de ideias novas. Este encontro tornou-se num hábito, as ideias de ambos começaram a andar para trás e para a frente e ao fim de um ano neste modus operandi, estava praticamente estruturado um alinhamento de canções intitulado Grace and Error on the Edge of Now, que viu a luz do dia há poucos dias, à boleia da Pataca Discos e que será alvo de revisão crítica atenta neste bogue muito em breve.
Seja como for, posso já adiantar que este Grace and Error on the Edge of Now foi polido nos estúdios da Pataca Discos, em Lisboa, onde o disco ganhou novas e belas texturas, com a ajuda dos Anna Louisa Etherington (violino), Alice Febles Padron (coros), Luís (W. Benjamin) Nunes (bateria, percussão e coros) e Tony Love (bateria), sendo uma estreia em grande de um projeto que serviu-se de variadas texturas e arranjos, melodias vocais com raízes folclóricas e uma crua vulnerabilidade, para incubar uma espécie de álbum conceptual, que aborda ideias tão mundanas como o universo pessoal, a adolescência e a juventude, o impacto da teconologia na condição humana e as complexidades da vida e das relações humanas, fazendo tudo isso de um modo relevante, provocador e rico. Nele, Moritz e Danny criaram paisagens sonoras e orquestrações complexas, mas também apostaram em grooves mais descontraídos e numa narrativa lírica eminentemente simples, com nomes como Arthur Russell, The National, Lambchop e Future Islands, a serem referências óbvias de um compêndio de rock psicadélico, mas sem rock nem psicadelia no seu estado mais puro, já que a folk é também um ingrediente essencial de toda a trama sonora do registo.
Depois de em pleno verão termos ficado a conhecer Chain Of Events, um dos temas já divulgados deste álbum de estreia dos Foreign Poetry que, faltava referir, foi misturado por Luís Nunes e o próprio Moritz Kerschbaumer e masterizado por Tiago de Sousa, agora, em pleno período de lançamento do registo, chegou a vez de também ganhar direito a superior relevância a canção Freeform, uma belíssima composição envolta numa eletrónica repleta de subtilezas detalhísticas, imbuídas de um charme incomum e etéreo e com uma forte vibe nostálgica e contemplativa, conceitos que amplificam ainda mais a certeza de estarmos na presença de um disco que merece dedicada e fervorosa audição. Confere...