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Slowness – Berths

Sexta-feira, 14.06.19

Formados em 2008 em São Francisco, os norte americanos Slowness são uma dupla formada por Julie Lynn e Geoffrey Scott, à qual se juntou recentemente Christy Davis. Deram início às hostilidades com Hopeless but Otherwise, um EP produzido por Monte Vallier (Weekend, The Soft Moon, Wax Idols) e em dois mil e treze surpreenderam com o longa duração For Those Who Wish to See the Glass Half Full, produzido pelo mesmo Vallier e que teve uma edição física em vinil, via Blue Aurora Audio Records. Depois, em junho do ano seguinte, passaram com distinção o teste do sempre difícil segundo disco, à boleia de How to Keep From Falling Off a Mountain, um registo que tem finalmente sucessor, um trabalho intitulado Berths e com seis canções que mantêm o trio na senda de um shoegaze de forte pendor ambiental e particularmente contemplativo.

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Algures entre Stereolab, Spacemen 3 os seus conterrâneos The Soft Moon e Slowdive, os Slowness são uma excelente banda para se perceber como os anos oitenta devem soar quase no final da segunda década do século vinte e um. Em Berths e à boleia da Schoolkids Records, expôem tal constatação através de composições com uma tonalidade cinza intensa e charmosa e um polimento muito próprio, lo fi q.b., um fórmula de composição enganadoramente simples, feita de guitarras carregadas de efeitos planantes, acompanhadas por uma percurssão de baixa intensidade, tudo embrulhado por um travo experimental intenso, logo explicíto no jogo de sobreposição de distorções que sustenta a majestosidade de The Fall, o primeiro tema do alinhamento de Berths. A seguir, no brilho pop da tonalidade de Rose, proporcionado por um timbre metálico bem vincado, somos conforntados com uma faceta menos obscura e mais luminosa dos Slowness, um barco onde o trio também navega com segurança e bom gosto, nessa toada mais climática e, no fundo, mais abrangente. Depois, no travo mais progressivo de Berlin, canção que parece ter sido incubada de uma bem sucedida jam session e respeitada a sua integridade inicial e, principalmente, no nervo de Breathe, dois dos grandes momentos do disco, percebe-se com ainda maior nitidez a filosofia de criação sonora destes Slowness, certamente muito assente em instantes bem sucedidos de improviso, mas também em acomodações felizes de uma vasta miríade de detalhes e nuances instrumentais, rematadas por uma voz colocada em camadas, com um resultado final que parece debitar, no seu todo, uma constante carga de ruídos pensados de forma cuidada, como um imenso curto circuito que passeia por Berths.
Firmado num estilo sonoro que tanto tem um sabor algo amargo e gótico, como uma veia mais etérea e até melancólica, Berths atesta, mais uma vez, a vitalidade de um género que nasceu há quatro décadas, com os Slowness a provarem que ainda é possível encontrar novidade dentro de um som já dissecado de inúmeras formas. Espero que aprecies a sugestão..

Slowness - Berths

01. The Fall
02. Rose
03. Berlin
04. Breathe
05. Sand And Stone
06. Asunder

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publicado por stipe07 às 16:35






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