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Alen Tagus - Paris, Sines

Terça-feira, 04.06.19

É entre Sines e Paris que se divide o projeto Alen Tagus, da autoria do músico português Charlie Mancini, pianista e compositor para cinema e da artista francesa Pamela Hute, melodista e roqueira de coração. Esta dupla que assume preferir movimentar-se nas águas revoltas da indie pop introspectiva com fortes raízes na década de setenta do século passado, compôe de modo a proporcionar ao ouvinte uma viagem onírica com um elevado grau de impressionismo e de realismo, ou seja, com uma forte aposta em letras e melodias que proporcionem a quem os escuta uma experiência sensorial não só auditiva mas também visual.

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Paris, Sines é o nome do EP de estreia do projeto, um registo de seis canções misturado no estúdio de Mancini em Pamela, masterizado por Jean-Nicholas Casalis nos RTM Studios em Paris, com capa da autoria de Ricardo Pereira, fotógrafo artístico residente em São Miguel, Açores e que tem a chancela da My Dear Recordings, etiqueta da própria Pamela Hute. Esta etiqueta fo fundada em dois mil e dezasseis e conta já no seu catálogo com artistas e bandas francesas que se movimentam dentro do indie pop rock, além do compositor inglês Robin Foster, também exímio neste universo sonoro.

The Void, o tema que abre Paris, Sines, começa com um provocante sintetizador que quando está prestes a explodir prefere abrir os braços e aconchegar nas suas teclas um baixo impulsivo, uma bateria deliciosamente compassada e uma atrevida guitarra, que se vai insinuando apenas quando muito bem lhe apetece, variáveis intrumentais que definem um estilo sonoro que não tem receio de mesclar alguns dos mais indisfarçáveis tiques do dito rock experimental e progressivo e que também é exemplarmente retratado na misteriosa aspereza de Only Lovers Left Alive. Depois, o solarengo travo pop de Love Syndrome, mais uma composição que mantém as pontas seguras graças a uma relação feliz entre cordas e teclas, o paladar provocante e algo enevoado, que depois explode, sem dó nem piedade, de Time Passing By, um clima soporífero que se mantém em Black Hole e no ocaso do EP, o passeio meditativo inspirado pela estética lo-fi dos Velvet Undergound de Holiday, uma canção que assenta num batimento simples e repetitivo, ao qual se juntam depois guitarras com camadas de delays e outros efeitos sonoros distintos que nos transportam para um promenade poético numa zona rural e balnear, constituem o esqueleto, o corpo e a pele que fazem espevitar primeiro e contorcer, depois, todos os nossos poros, enquanto esperamos que o silêncio e a razão nos libertem do estado letárgico que este EP invariavelmente nos provoca. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 16:56






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