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The Black Keys – Go

Segunda-feira, 20.05.19

The Black Keys - Go

Cinco anos depois de Turn Blue, a dupla The Black Keys de Dan Auerbach e Patrick Carney estará de regresso em dois mil e dezanove com um novo disco, o nono da carreira do projeto, um registo do qual já se conhecem algumas composições.

Let´s Rock é o título desse próximo álbum de estúdio da dupla de rock americana, irá ver a luz do dia a vinte e oito de junho próximo pela Easy Eye Sound em parceira com a Nonesuch Records e Go é a canção mais recente divulgada do seu alinhamento, uma divertida composição, com groove intenso e pleno de soul, conduzida por uma guitarra mais perto do que nunca do punk rock de garagem.

Depois da intensa digressão de promoção a Turn Blue, Dan e Patrick entraram num período relacional entre ambos bastante complicado que acabou por provocar uma pausa no projeto. Bryan Schlam, o realizador do vídeo de Go, satiriza no filme essa situação entretanto resolvida, abordando o elefante na sala e colocando a dupla a fazer terapia, num retiro espiritual numa comuna, um lugar de paz e de união e com a banda a odiar cada segundo que lá passa. Foi um vídeo certamente desafiador, mas bem conseguido porque oferece-nos uma narrativa cinematográfica e engraçada ao mesmo tempo. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:05

Interpol - Fine Mess EP

Domingo, 19.05.19

Quase um ano após o lançamento de Marauder, os Interpol entraram em grande estilo no verão de dois mil e dezanove com Fine Mess, um EP que a banda acaba de lançar à boleia, obviamente, da Matador Records e que contém cinco canções gravadas por Dave Fridmann nos estúdios nova iorquinos do próprio, os Tarbox Studios, durante a sessões de Maraudero tal disco que os Interpol editaram no verão passado.

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É impossível indissociar o conteúdo de Fine Mess do alinhamento de Marauder,  até porque o EP mantém o trio naquele formato que exalta o espírito sombrio dos anos oitenta e que tem sido replicado por Banks, Kessler e Fogarino com elevado quilate. Seja como for, parece-me não ter havido apenas um exercício de junção de composições que ficaram de fora desse registo, mas antes algo mais aturado e refletido. De facto, Fine Mess tem uma identidade muito própria e será redutor e injusto considerar este EP como uma espécie de apêndice de Marauder. Escuta-se o tema homónimo e somos confrontados com o Banks incisivo de sempre, não só na voz mas também no modo como toca aquela guitarra agreste, agudizada pelo efeito identitário dos Interpol, um timbre metálico que lançou o grupo para as luzes da ribalta no início deste século, quando com o indie rock genuíno de Antics e o post punk revivalista de Turn On The Bright Lights conquistaram meio mundo. É, pois, uma canção que contém uma ímpar virilidade elétrica misturada com uma espécie de absurdo lírico que, sendo uma imagem de marca da escrita e composição dos Interpol, inclui, neste caso, referências à década de oitenta e à inquietude das relações.

As nuances rítmicas de No Big Deal e a energia intuitiva de Real Life acabam por ser duas balizas identitárias deste alinhamento e de marcação da tal ruptura com Marauder, com a toada invulgarmente pop de The Weekend a ser a cereja no topo do bolo de um EP que atesta, uma vez mais, a superior experiência por parte do grupo nova iorquino e tem a mais valia de oferecer ao fã um extra inesperado e, ainda por cima, com elevada bitola qualitativa. Espero que aprecies a sugestão...

Interpol - A Fine Mess

01. Fine Mess
02. No Big Deal
03. Real Life
04. The Weekend
05. Thrones

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publicado por stipe07 às 18:19

Mikal Cronin – Undertow / Breathe

Sexta-feira, 17.05.19

Foi através da iniciativa  de caridade FAMOUS CLASS RECORDS / LAMC 7" SERIES que viu a luz do dia recentemente o novo lançamento discográfico de Mikal Cronin, um músico norte-americano natural de Laguna Beach, Na Califórnia. Trata-se de uma edição em vinil de sete polegadas de dois temas, Undertow e Breathe e que quebram um hiato de quase meia década desta referência ímpar do indie rock do outro lado do atlântico, que já tem no seu historial os registos Mikal Cronin (2011), MCII (2013) e MCIII (2015), além de colaborações importantes com outros músicos, como Ty Segall ou Kim Gordon.

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Canção feita com arranjos sujos e guitarras desenfreadas e que nos faz viajar no tempo à boleia de uma feliz simbiose entre garage rock pós punk, Undertow fala-nos do modo como muitas vezes nos deixamos influenciar demasiado pelos outros e do erro que todos cometemos quando nos deixamos ir na corrente da maioria. Já Breathe, composição mais melancólica e experimental, assente numa acusticidade psicadélica intensa e que deve muito a um sintetizador analógico monofónico MOOG Sub 37, foi incubada numa quente manhã ateniense, após Cronin ter acordado com umas estranhas explosões, no quarto de hotel da capital grega em que se encontrava, durante uma digressão com Ty Segall. É um tema que fala-nos da necessidade que todos sentimos de voltar à superfície e nos reerguermos depois de um período mais sombrio. Confere...

Mikal Cronin - Undertow - Breathe

01. Undertow
02. Breathe

 

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publicado por stipe07 às 16:56

Bear Hands – Fake Tunes

Quinta-feira, 16.05.19

Foi através da Spensive Sounds que viu a luz do dia Fake Tunes, o quarto registo de originais dos Bear Hands, um coletivo norte-americano, oriundo de Brooklyn, Nova Iorque e atualmente formado por Dylan Rau, Val Loper e TJ Orscher. O registo é um mergulho profundo e particularmente imersivo numa multiplicidade de estilos sonoros, misturados e depois torcidos e retorcidos, uma filosofia sonora interpretada com sentido melódico e lúdico e com o firme propósito de fazer o ouvinte divagar por diferentes épocas sonoras, com particular ênfase nos anos oitenta do século passado.

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Coloca-se em modo play Fake Tunes e percebe-se, logo em Blue Lips, o cariz retro de um trabalho influenciado não só pelas habituais camadas sonoras que compôem o rock alternativo das últimas décadas, mas também por alguns tiques caraterísticos do hip hop, do pop punk, do eletropop e do rock clássico, sempre com a herança dos anos oitenta em ponto de mira. E, logo a seguir, toda esta trama estende-se de modo esplendoroso nos efeitos, na distorção e no clima épico de Mr. Radioactive, mas também, numa abordagem mais rugosa e densa, em Friends In High Places, canção que demonstra de modo claro todo  um esforço algo indisciplinado, infantil e claramente emocional, mas bem sucedido, diga-se, de criar composições cativantes e saudosistas, mas que também estejam em linha com as tendências mais contemporâneas da pop. Em Back Seat Driver (Spirit Guide) a simbiose do registo vocal imponente e emotivo com um sintetizador que parece ter sido ressuscitado após trinta anos de hibernação, ao qual se juntam excelentes loops de guitarra e uma distorção rugosa altiva e visceral, o charme retro vintage do clima neo psicadélico de Reptilians, assim como o reverb vocal e os teclados cósmicos que aprimoram a inebriante e corrosiva Ignoring The Truth, são outras composições que acomodam um disco coeso, assente em texturas sonoras intrincadas e inteligentes, diferentes puzzles que dão substância a uma mescla de géneros e estilos, idealizada sem regras ou convenções e de modo particularmente cativante e sedutor.

Os Bear Hands são de difícil catalogação, mas parecem já ter encontrado o rumo certo com este Fake Tunes, uma sátira intensa e até algo paranóica à contemporaneidade em que vivemos e onde névoas permanentes nos assombram quando olhamos para o futuro. Por cá serão novamente merecedores de loas e de exaltação plena se optarem sempre pela miscelânia e heterogeneidade sonora que carateriza este registo. Espero que aprecies a sugestão...

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01. Blue Lips (Feat. Ursula Rose)
02. Mr. Radioactive
03. Friends In High Places
04. Back Seat Driver (Spirit Guide)
05. Reptilians
06. Ignoring The Truth
07. Clean Up California
08. Exes
09. Pill Hill
10. Blame
11. Confessions (Feat. Ursula Rose)

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publicado por stipe07 às 17:47

The Tallest Man On Earth – I Love You. It’s A Fever Dream.

Quarta-feira, 15.05.19

I Love You. It’s A Fever Dream. é o quinto e novo registo de originais do sueco Kristian Matsson, que assina a sua música como The Tallest Man On Earth, um álbum de difícil gestação e muito querido pelo próprio autor que confessou no verão passado que estava a ser complicado conseguir aprimorar o seu conteúdo devido à digressão de Dark Bird Is Home, o álbum que o músico lançou há quatro anos. Aliás, esta digressão acaba por ser o grande mote de dez canções que reforçam o estatuto de excelência de um autor que tem, com toda a justiça, cada vez maior aceitação e reconhecimento público e que possui o dom raro de transformar histórias particulares e melancolias próprias em música acessível a todos.

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De facto, I Love You. It’s A Fever Dream., sendo, de acordo com o autor, um relato de diferentes banalidades, rotinas e curiosidades que estão sempre subjacentes à vida de um músico, geralmente intercalada entre a estrada e o estúdio, procura ter o atributo maior de responder a algumas das questões filosóficas mais prementes da nossa existência, nomeadamente quais os melhores caminhos que devemos percorrer, nos obstáculos que todos temos de contornar ou ultrapassar durante a vida.

Assim, este disco é, essencialmente, um feliz exercício biográfico, onde The Tallest Man On Earth estabelece uma forte vontade de aproximação, como se cantasse diretamente para nós, de forma verdadeiramente confessional, enquanto tem o duplo objetivo de se abrir e desabafar, mas também aconselhar e inspirar. Por exemplo, em Hotel Bar Matsson relata alguns dos constrangimentos da digressão, nomeadamente a solidão, mas também a beleza de um concerto, que reside na arte comunicar com uma audiência de estranhos, utilizando uma forma de manifestação artística sublime, a criação musical. E fá-lo comparando-se a um leopardo que vive uma epopeia que, quer passe por Brooklyn ou por uma savana africana, tem sempre necessidade de escalar a uma árvore ou a um arranha-céus para ver se encontra alguém familiar e da sua espécie. Pouco depois, em I’m A Stranger Now, Matsson regressa à temática da solidão, ampliando porque confessa cruzar-se e conhecer imensas pessoas mas percebe que são poucas aquelas que realmente marcam e que na sua profissão é sempre escasso o tempo e a dispopnibilidade para cultivar a amizade. Já em Waiting For My Ghost explora a estranha sensação de anonimato que a presença constante na estrada provoca, por serem imensos os dias em que se sente rodeado apenas por estranhos e em There's A Girl ele clama por um novo amor que o faça libertar-se de toda esta realidade sombria, rotineira e pouco recompensadora em que vive.

Em suma, I Love You. It’s A Fever Dream. é um daqueles discos que encanta pelo modo como as melancolias afloram, canção após canção, de uma forma muito honesta e ao mesmo tempo comercial. Quer seja através da country ou da folk, nestas dez canções o cantor apodera-se de sentimentos universais, para criar um clima intenso e uma verdadeira espiral sentimental, que atinge com precisão o lado mais sensível de cada um de nós, sem apelo nem agravo. O modo como Matsson cria neste registo metáforas sobre si próprio é feito com um grau de realismo e de criatividade tal que quase nem nos apercebemos da própria instrumentalidade, que conduz o disco. Mas convém referir que nesta tal instrumentalidade, The Tallest Man On Earth é exemplar no modo como usa as cordas, as teclas e diversos efeitos percussivos para ampliar o toque intimista de um álbum inteligente e particularmente belo. Espero que aprecies a sugestão...

The Tallest Man On Earth - I Love You. It's A Fever Dream.

01. Hotel Bar
02. The Running Styles Of New York
03. There’s A Girl
04. My Dear
05. What I’ve Been Kicking Around
06. I’m A Stranger Now
07. Waiting For My Ghost
08. I’ll Be A Sky
09. All I Can Keep Is Now
10. I Love You. It’s A Fever Dream.

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publicado por stipe07 às 15:44

Idlewild - Interview Music

Terça-feira, 14.05.19

Os britânicos Idlewild, formados atualmente por Roddy Woomble, Rod Jones, Colin Newton, Allan Stewart e Gareth Russell, estão de regresso aos registos discográficos com Interview Music, um disco produzido por Dave Eringa, que trabalhou nos álbuns anteriores da banda, 100 Broken Windows e The Remote Part e que viu a luz do dia a cinco de abril, sucedendo ao aclamado registo Everything Ever Written, lançado há já quatro anos.

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Oitavo disco da carreira de uma banda com uma história já longa e feita de períodos aúreos e outros menos resplandescentes, que perigaram o futuro do projeto e fizeram Roddy, o líder, pensar em dar primazia a um projeto a solo, Interview Music abre em grande estilo com o portentoso single Dream Variations, uma canção assente num rock incisivo e agreste, duas imagens de marca dos Idlewild e que plasma, desde logo, a evidência de que mantêm-se intactos os atributos maiores desta mítica banda. Depois do clima mais dançante e que pisca um olho à eletrónica angulosa de There's A Place For Everything, somos confrontados com outro momento alto do disco, o single Same Things Twice, uma canção que atesta o regresso dos Idlewild a territórios mais experimentais e que exalando muita da energia adolescente de bandas como os Superchunk ou os Sonic Youth e experiências dissonantes ao estilo Pavement, nomeadamente na guitarra, acaba por, no seu todo, abarcar heranças diretas do pós punk, onde não faltam também vias sonoras abertas para o pop rock, a new wave e o grunge, tudo acomodado por aquele jeito meio desajeitado e aparentemente pouco sóbrio de cantar, típico de Roddy. Ele mistura bem a sua voz, mesmo que às vezes soe algo agressiva, com as letras e os arranjos das melodias, o que faz com que o próprio som da banda ganhe em harmonia e delicadeza o que pode ser abafado pela distorção, já que o red line das guitarras é atributo essencial do cardápio sonoro dos Idlewild.

Até ao ocaso do registo, o travo punk de Same Things Twice, amaciado pelo clima mais arejado de I Almost Didn’t Notice e o exercício supremo de criatividade em que assenta Mount Analogue, uma composição em que guitarras e sopros conjuram entre si de modo particularmente simbiótico, são outros exemplos concretos da superior capacidade dos Idlewild de nos proporcionar o acesso à memória daquela fita magnética mais bem cuidada e onde guardámos os nossos clássicos preferidos que alimentaram os primórdios do rock alternativo, mas também de envolver a nossa mente com uma elevada toada emotiva e delicada, mesmo que a sonoridade pareça, a espaços, algo sombria e rugosa. Espero que aprecies a sugestão...

Idlewild - Interview Music

01. Dream Variations
02. There’s a Place For Everything
03. Interview Music
04. All These Words
05. You Wear It Secondhand
06. Same Things Twice
07. I Almost Didn’t Notice
08. Miracles
09. Mount Analogue
10. Forever New
11. Bad Logic
12. Familiar To Ignore
13. Lake Martinez

 

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publicado por stipe07 às 16:07

Cayucas – Real Life

Segunda-feira, 13.05.19

Depois de passarem os últimos dois anos a escrever canções, os Cayucas dos gémeos Zach e Ben Yudin, estão de regresso aos discos com Real Life, o terceiro trabalho desta banda sedeada em Santa Mónica, na Califórnia e que sucede ao aclamado registo Dancing At The Blue Lagoon editado no ocaso do verão de dois mil e quinze. Recordo que na altura esse álbum era aguardado com enorme expetativa porque sucedia a Bigfoot (2012), um disco que, logo na estreia da dupla, colocou os dois irmãos nas bocas da crítica mais especializada e grangeou uma legião vasta de fãs que tem tudo para aumentar tendo em conta o conteúdo luminoso e feliz de Real Life.

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Produzido por Dennis Herring (Elvis Costello, Modest Mouse, Camper Van Beethoven), Real Life é um verdadeiro festim pop, meia hora de canções que se esfumam com uma altivez ímpar, enquanto nos proporcionam um retrato feliz de uma Califórnia cheia de sol, praias e pessoas que vivem algo alienadas do mundo real, por mergulharem constantemente nas ondas salgadas de um pacífico que estabelece pontes com uma costa oeste cheia de oportunidades e todo aquele conforto que o capitalismo pode oferecer, com Hollywood a ser, de certo modo, o expoente máximo deste modo de viver tão exuberante e frenético.

Escutamos Jessica WJ ou Girl e imaginamos facilmente Sunset Boulevard e atrizes a desfilar passeio abaixo com vestidos insinuantes e os braços repletos de sacos de papel carregados de trapinhos de alta costura,mas também é fácil sermos levados até ao passado, sentados num manto de nostalgia retro, ao som de Melrose Place ou para uma sunset party, com direito à fogueira da praxe, à boleia do banjo e das palmas de Tears.

A receita para todo este clima envolvente e único? Simples, mas eficaz! Melodias que ganham vida conduzidas por guitarras carregadas de timbres metálicos e que mesclam algumas das caraterísticas fundamentais do indie rock alternativo com aquela pop vibrante e que deve muita da sua essência a sintetizadores plenos de efeitos com elevada cosmicidade. What It Feels Like é, talvez, o malhor exemplo desta opção estilística dos Cayucas, mas que também não descura uma vertente acústica, audivel nas cordas e nos elementos percurssivos de Alligator.

Escutar Real Life é, pois, uma experiência divertida e nostálgica sobre um mundo diferente do nosso, visto pelos olhos de uma dupla que afirma inspirar-se muito nas memórias do seu passado e daqueles que se foram cruzando nas suas vidas, nomeadamente amigos e colegas da escola e do meio onde cresceram. Aliás, a já citada canção Jessica WJ é sobre uma amiga dos dois irmãos que era popular porque tocava baixo na escola secundária que frequentaram e Winter of 98 fala de tardes passadas a jogar bilhar em bares e salas de jogos de Santa Mónica, no final do século passado. Portanto, estando na fase mais madura e profícua de uma carreira que é olhada com intesidade e devoção na costa oeste dos Estados Unidos da América, os Cayucas certamente procuraram neste Real Life criar canções que contassem histórias reais e comuns a qualquer mortal, tramas com que o ouvinte se identificasse espontaneamente e que fluissem naturalmente, transmitindo, ao mesmo tempo, aquela felicidade incontrolável e contagiante que todos nós procuramos. Missão cumprida! Espero que aprecies a sugestão...

Cayucas - Real Life

01. Jessica WJ
02. Real Life
03. Girl
04. Melrose Place
05. Tears
06. Naked Shower Scene
07. Winter Of ’98
08. What It Feels Like
09. Alligator

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publicado por stipe07 às 16:07

Ride – Future Love

Domingo, 12.05.19

Ride - Future Love

Produzido por Erol Alkan e misturado por Alan Moulder e Caesar Edmunds, This Is Not A Safe Place é o nome do novo registo de originais dos britânicos Ride de Andy Bell, que, recordo, depois de um hiato de mais de duas décadas, reuniram-se e lançaram um novo disco há três anos, intitulado Weather Diaries. Esse trabalho vê agora sucessor, depois do EP Tomorrow Shore, editado o ano passado e que continha 4 temas que sobraram das gravações de Weather Diaries.

Verdadeiras lendas do shoegaze contemporâneo, os Ride contrariam um pouco o comportamento habitual de algumas lendas do rock que se reúnem depois de uma longa ausência, editam um disco e acabam por desaparecer novamente na penumbra. De facto, existe aqui uma busca de continuidade, materializada em This Is Not A Safe Place, registo que sairá lá para o verão. Future Love é o primeiro single já retirado desse álbum, uma grandiosa canção assente numa aditiva melodia com leves pitadas de surf pop e garage rock, embrulhadas com um espírito vintage marcadamente oitocentista e que terá o propósito bem claro de captar definitivamente o lado mais radiofónico do ouvinte, sem colocar em causa a habitual ousadia experimental dos Ride. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:37

Night Moves – Strands Align

Sábado, 11.05.19

Night Moves - Strands Align

Será a vinte e oito de junho próximo que chegará aos escaparates e através da insuspeita Domino Records, Can You Really Find Me, o novo registo de originais da dupla norte-americana Night Moves, formada por Micky Alfano e John Pelant, sendo o último o principal responsável pela escrita das canções neste projeto. Can You Really Find Me foi produzido por Jim Eno, membro fundador e baterista dos Spoon, nos estúdios Public Hi-Fi em Austin, no Texas e contou com as participações especiais dos músicos Mark Hanson e Chuck Murlowski.

Sedeados em Minneapolis, estes Night Moves apostam todas as fichas numa espécie de mistura entre um country cósmico e o típico rock psicadélico, um caldeirão improvável mas perfeito para incubar canções texturalmente ricas e que acabam por encarnar deliciosos tratados de epicidade e lisergia, como será certamente possível atestar no conteúdo de Can You Really Find Me.

Para já podemos deliciar-nos com Strands Align, o primeiro avanço já revelado de Can You Really Find Me, uma verdadeira orgia lisérgica que nos catapulta, em simultâneo, para duas direções aparentemente opostas, a indie folk psicadélica e o rock experimental. Confere...

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publicado por stipe07 às 13:29

Starflyer 59 – Young In My Head

Sexta-feira, 10.05.19

Os míticos Starflyer 59 de Jason Martin, ao qual se juntam, atualmente o baixista Steven Dail (Project 86, Inner Means, Crash Rickshaw, Bloodshed), o teclista TW Walsh (TW Walsh, Pedro the Lion, Lo-Tom, The Soft Drugs) e o baterista Charlie, filho de Jason, estão de regresso aos discos com Young In My Head, um compêndio de dez canções que sucedem a Slow, um registo lançado há cerca de três anos. Young In My Head viu a luz do dia através da Tooth & Nail Records, a editora de sempre desta banda oriunda de Riverside, na Califórnia.

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Com já quase três décadas de existência, os Starflyer 59 começaram por apostar em abordagens ao shoegaze, logo no registo homónimo de estreia lançado em mil novecentos e noventa e quatro, uma opção que se manteve nos sucessores Gold Americana. Depois, com The Fashion FocusEverybody Makes Mistakes, e Leave Here a Stranger, os Starflyer 59 entraram num período de transição e começaram a migrar para um som mais limpido e acessivel e próximo dos arquétipos fundamentais do típico indie rock alternativo norte-americano, sendo considerados, na atualidade, como um dos projetos mais profícuos do cenário alternativo do outrolado do atlântico.  Já agora, aos discos que o grupo já lançou, juntam-se nove EPs, quatro edições ao vivo, três compilações e um sem número de edições de singles em vinil, além da participação do grupo em outros projetos paralelos, sendo os mais célebres os Pony Express, Bon Voyage, Dance House Children, The Brothers Martin, White Lighter, Neon Horse e os Lo-Tom.

Young In My Head é, então, o décimo quinto registo de originais do catálogo do grupo, um alinhamento de dez canções que coloca os Starflyer 59 a replicar uma sonoridade com um travo muito nativo e profundamente americano, com as guitarras e os sintetizadores a mostrarem-nos alguns dos maiores méritos daquele rock oitocentista que ainda hoje está bem impresso na memória de muitos. Basta escutar o ritmo frenético do tema homónimo e o modo como a guitarra encaixa e os teclados planam acima da melodia, para recuarmos facilmente até esse período aúreo da história musical contemporânea. Depois, o clima mais blues da guitarra que conduz a subtileza melódica de Cry, a curiosa e inesperada beleza que emana da mais negra e depressiva Remind Me e o rock agreste e poeirento que conduz Crash, atestam a força, o vigor e a vitalidade de um disco bem definido em termos de sonoridade e exemplar na forma como a recria, através de canções que nos oferecem algum do melhor rock que se escuta por aí, às vezes tão rugoso e quente como o asfalto que pisamos todos os dias. Espero que aprecies a sugestão...

Starflyer 59 - Young In My Head

01. Hey, Are You Listening?
02. Young In My Head
03. Not That I Want To
04. Cry
05. Remind Me
06. Smoke
07. Wicked Trick
08. Junk
09. Cain
10. Crash

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publicado por stipe07 às 16:39







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