man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Luke Sital-Singh – A Golden State
Depois da edição de Time Is A Riddle, o seu último álbum, Luke Sital-Singh fez as malas, pegou no passaporte e embarcou numa viagem solitária por vários destinos do mundo, durante a qual escutou uma banda-sonora muito pessoal, composta por temas e artistas da sua eleição. Ficaram lançados os dados para a criação de novas canções, mostradas ao público o ano transato com a edição de Just A Song Before I Go e Weight Of Love, dois eps fieis ao espírito intimista e profundamente reflexivo do músico e ao misticismo a à inocência que a sua filosofia sonora, na sua génese, transborda, inclusive nas suas letras sempre profundas, intimistas e bastante reflexivas.
Agora, na primavera de dois mil e dezanove, é tempo do britânico Luke, agora radicado na costa oeste do outro lado do Atlântico, juntar um novo disco ao seu catálogo, um alinhamento intitulado A Golden State, que aterrou nos escaparates no início de abril e que foca-se nessa viagem transatlântica que o autor e compositor efetuou e que mudou dramaticamente a sua vida.
Canção sobre o lado negro do amor que todos os casais vivenciam e o melhor caminho para uma reconciliação quando as coisas ficam menos harmoniosas e mais tensas, Lover tem o privilégio de abrir as cortinas de A Golden State. É uma canção que transporta no charme das teclas do piano e na sua suavidade melancólica aquele intenso travo à herança mais pura da soul americana, uma composição profundamente emotiva e sofisticada e com o habitual cunho pessoal muito identitário de Luke Sital-Singh e que acaba por conter muitas das principais diretrizes estilísticas de um alinhamento pleno de charme e de sofisticação, como é apanágio deste músico tremendamente sensível e impressivo a transmitir sentimentos e emoções comuns a qualquer mortal, principalmente aquelas mais marcantes e intensas.
Assim, na pegada folk de Raise Well e ainda mais pura em The Last Day, uma canção sobre despedidas e pesares pela partida de algo ou alguém e sobre o dia seguinte, que nunca deixa de vir, mas também na suavidade melancólica de Los Angeles e de I Do, na cândura acentuada pela inocência lírica de Silhouette, no piano insinuante e no inconfundível falsete de Almost Gone e no minimalismo acústico de forte travo classicista que exala de Souvenir, somos convidados a contemplar um álbum que além de ser uma espécie de diário de bordo de uma viagem única e inesquecível, é também uma ode do autor a alguns dos seus heróis, muitos deles verdadeiros pilares da história musical contemporânea, como Bob Dylan ou Elliot Smith, sempre com um cunho pessoal muito identitário. Espero que aprecies a sugestão...
01. Lover
02. Raise Well
03. Los Angeles
04. The Last Day
05. I Do
06. Silhouette
07. Almost Gone
08. Souvenir
09. Love Is Hard Enough Without The Winter
10. Hearts Attach