man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Robert Forster - Inferno
Lembram-se dos míticos The-Go Betweens? Pois é... Robert Forster, um dos fundadores deste projeto australiano, andou bastante ocupado nos últimos anos a orientar a histórica edição da Domino Records de Anthology Volume 1 1978-1984 , uma revisitação de alguns dos melhores momentos da sua antiga banda The Go-Betweens e escreveu o livro de memórias Grant & I, que foi eleito pela Mojo e pela Uncut como Livro do Ano. Mas Forster tem também um muito recomendável projeto a solo, que começou há pouco mais de uma década e que acaba de ver um novo capítulo.
O novo disco de Robert Forster chama-se Inferno, é o primeiro registo do artista desde Songs To Play (2015) e contém nove temas gravados em Berlim no último verão, com a ajuda de Victor Van Vugt (Beth OrtonTrailer Park, PJ Harvey Stories From The City, Stories From The Sea), que produziu de modo brilhante o registo e com quem Forster tem trabalhado nesta sua trajetória a solo. Nos créditos de Inferno, lançado através da Tapete Records, é também possível encontrar os multi-instrumentalistas Scott Bromley e Karin Bãumler, que também tocaram em Songs To Play (2015), além do baterista Earl Havin (Tidersticks, Mary J. Blige) e do teclista Michael Muhlhaus (Blumfeld, Kante), que tocam pela primeira vez em canções de Robert Forster.
Inferno é um solarengo festim pop, onde não falta uma vasta interseção de detalhes sonoros oriundos de diferentes latitudes e espetros sonoros, idealizados por um músico com uma vasta experiência e com uma irrepreensível formação musical. Assim, desde a empolgante alegoria pop que é Inferno (Brisbane In Summer), passando pelo groove refrescante de Life Has Turned A Page e pela pitada underground setentista de Remain e terminando, de modo brilhante, dramático e inteligente na épica One Birds In The Sky, este é um registo esteticamente apurado e onde o vintage e o contemporâneo se cruzam de modo muitas vezes impercetível, apenas uma de várias nuances que oferecem à toada geral do alinhamento não só um intenso charme como uma sensação de familiariedade inconfundíveis. Espero que aprecies a sugestão...
01. Crazy Jane On The Day Of Judgement
02. No Fame
03. Inferno (Brisbane In Summer)
04. The Morning
05. Life Has Turned A Page
06. Remain
07. I’ll Look After You
08. I’m Gonna Tell It
09. One Bird In The Sky