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Albert Hammond Jr. – Fast Times

Quinta-feira, 28.02.19

Albert Hammond Jr. - Fast Times

Cerca de oito meses após o excelente Francis Trouble, álbum que foi cuidadosamente dissecado por esta redação e de uma participação especial no blockbuster da Netflix Stranger ThingsAlbert Hammond Jr., músico norte americano e uma das faces mais visíveis dos The Strokes, acaba de divulgar um novo tema intitulado Fast Times e de confirmar estar a trabalhar em estúdio com Natalie Umbruglia, não tendo sido revelados mais detalhes sobre essa inusitada colaboração, nomeadamente o conteúdo e os objetivos da mesma.

Composição banhada por um indie rock luminoso e radiante, assente naquele efeito metálico que é a imagem de marca dos The Strokes e por um trabalho percurssivo exemplar, Fast Times é mais uma homenagem exemplar ao cenário punk nova iorquino dos últimos vinte anos e prova o direito que Hammond tem de alimentar esta semelhança estilística entre o seu trabalho a solo e o grupo que ajudou a erigir, desde que continue a fazê-lo com a elevada bitola qualitativa que demonstra nesta sua nova composição. Confere...

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publicado por stipe07 às 12:46

TOY – Happy In The Hollow

Quarta-feira, 27.02.19

Desde dois mil e dez os TOY têm vindo a ganhar uma reputação de banda íntegra, virtuosa e tremendamente criativa, com Tom Dougall, Maxim Barron, Dominic O'Dair, Charlie Salvidge e Max Oscarnold (desde dois mil e quinze) a oferecerem a uma base já sólida de seguidores um leque alargado de sonoridades que incluem o punk, o psicadelismo, o krautrock ou o post rock, sempre aliadas a um aturado trabalho de exploração experimental de técnicas de gravação feitas em estúdio. Happy in The Holow, registo produzido pela própria banda, é o último grande passo da carreira dos TOY, um trabalho que marca uma nova visão sonora ainda mais distintiva e original, agora à boleia da etiqueta Tough Love, a nova editora do projeto.

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Para quem conhece a discografia dos TOY a fundo, como é o caso desta redação que ainda hoje venera o homónimo de estreia e considera-o um registo essencial da década, Happy In The Hollow é o disco da banda mais incisivo na demonstração de um alargado de sonoridades, referidas acima, sempre aliadas a um trabalho de exploração experimental de técnicas de gravação feitas em estúdio, cada vez mais aprimoradas. O andamento incisivo de Sequence One, acompanhado por uma constante vibração na guitarra e o sample fantasmagórico que paira sobre o swing do baixo do lento krautrock lisérgico de Mistake A Stranger, abrem todo esse leque de uma ponta à outra, logo no início do alinhamento e comprovam esta espécie de refresh do som típico dos TOY, que se torna, clarmamente, mais sofisticado, límpido, radiofónico e abrangente.

Dado esse mote, a partir daí assiste-se, portanto, a uma bem sucedida simbiose entre alguns elementos fundamentais da pop mais harmoniosa com o fuzz lisérgico que costuma caraterizar o ambiente sónico deste quinteto, que em Energy é colocado a nú através de um contagiante frenesim elétrico, conduzido por um feroz riff de guitarra proporcionado por Dominic e um superior desempenho na bateria, a cargo de Charlie, num tema em que Max Dougall escreve sobre alguns rituais noturnos e que nos sete minutos de Willo nos levam numa inebriante viagem psicadélica ambiental, assente na astúcia acústica de Maxim e no orgão inspirado e elegante de Max. Pelo meio, o post rock psicadélico e soturno de Last Warmth Of The Day e o travo eletro particularmente dançante e indisfarçadamente lascivo de Jolt Awake, dão-nos aquela sensação de profundidade e imersão num universo muito próprio e inédito, que os devotos do quinteto sabem melhor que ninguém como caraterizar e que frequentemente exala aquela encantadora fragilidade que emociona qualquer mortal, ainda mais quando é acompanhada por instrumentais épicos e marcantes, uma das principais caraterísticas arquitectónicas da maior parte das composições de Happy In The Hollow.

Disco que não nos deixa aterrar de imediato e que após a audição tem instantes que ficam a ressoar no âmago de quem o escutou com critério e devoção, Happy In The Hollow eleva-nos ainda mais alto e ao encontro do típico universo flutuante e inebriante em que assentam os TOY. Ouvi-lo levanta o queixo e empina o nariz, e prova, mais uma vez e com outro brilho, que os TOY tricotam as agulhas certas num rumo discográfico enleante, que tem trilhado percursos sonoros interessantes, mas sempre pintados por uma psicadelia que escorre, principalmente, nas guitarras, cimentando o cliché que diz que gostar de TOY continua a ser, mais do que nunca, também uma questão de bom gosto. Espero que aprecies a sugestão...

TOY - Happy In The Hollow

01. Sequence One
02. Mistake A Stranger
03. Energy
04. Last Warmth Of The Day
05. The Willo
06. Jolt Awake
07. Mechanism
08. Strangulation Day
09. You Make Me Forget Myself
10. Charlie’s House
11. Move Through The Dark

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publicado por stipe07 às 15:16

Luke Sital-Singh – Lover

Terça-feira, 26.02.19

Luke Sital-Singh - Lover

Depois da edição de Time Is A Riddle, o seu último álbum, Luke Sital-Singh fez as malas, pegou no passaporte e embarcou numa viagem solitária por vários destinos do mundo, durante a qual escutou uma banda-sonora muito pessoal, composta por temas e artistas da sua eleição. Ficaram lançados os dados para a criação de novas canções, mostradas ao público o ano transato com a edição de Just A Song Before I Go e Weight Of Love, dois eps fieis ao espírito intimista e profundamente reflexivo do músico e ao misticismo a à inocência que a sua filosofia sonora, na sua génese, transborda, inclusive nas suas letras sempre profundas, intimistas e bastante reflexivas.

Agora, em dois mil e dezanove, parece ser tempo do britânico Luke, agora radicado na costa oeste do outro lado do Atlântico, juntar um novo disco ao seu catálogo, um alinhamento intitulado A Golden State, que aterrará nos escaparates no início de abril próximo e que focar-se-á nessa viagem transatlântica que o autor e compositor efetuou e que mudou dramaticamente a sua vida.

Canção sobre o lado negro do amor que todos os casais vivenciam e o melhor caminho para uma reconciliação quando as coisas ficam menos harmoniosas e mais tensas, Lover é um dos temas já revelados de A Golden State, uma canção que transporta no charme das teclas do piano e na sua suavidade melancólica aquele intenso travo à herança mais pura da soul americana, uma composição profundamente emotiva e sofisticada e com o habitual cunho pessoal muito identitário de Luke Sital-Singh, que sobre Lover referiu recentemente: It’s a song about marital fights, relationship woes, and the ebb and flow of that, essentially, (...). One of the most frequent spats I have with my wife (illustrator Hannah Cousins) is about driving. She drives, I don’t. The new album is sort of about moving to America, and before we decided on the move we went on a road trip down the Californian coast (documented in Cousins' new book Coast). It was a beautiful journey, but there was quite a lot of bickering. So ‘Lover’ is about a difficult drive, and just trying to keep it together, basically. Confere Lover...

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publicado por stipe07 às 12:41

Copeland - Blushing

Domingo, 24.02.19

Os norte-americanos Copeland de Aaron Marsh (voz, guitarra, baixo, piano), Bryan Laurenson (guitarra) e Stephen Laurenson (guitarra) já andam por cá, algo despercebidos, é certo, mas tremendamente criativos, desde o início do novo milénio. Têm cinco discos em carteira, sendo o último IXORA, um registo editado em novembro de dois mil e catorze e que já tem finalmente sucessor, um trabalho intitulado Blushing, que viu a luz do dia há poucos dias, à boleia da tooth & nail records.

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Gravado nos dois últimos dois anos no The Vanguard Room, o estúdio de Aaron Marsh, em Lakeland, Florida, terra natal da banda e misturado em Nova Iorque por  Michael Brauer, Blushing assenta, liricamente, na habitual escrita algo intrincada e levemente lúgubre, que carateriza o cardápio lírico dos Copeland, envolvida por um arquétipo sonoro que, piscando também o olho à eletrónica, consegue ser, com superior subtileza, sereno e majestoso.

Logo que foi revelado Pope, o primeiro single de Blushing, percebeu-se que este seria mais um álbum emotivo e capaz de mexer com o âmago de quem se predispusesse a destrinçar o seu conteúdo, que vai sempre muito além, no caso dos Copeland, da simples vertente musical. E de facto, a atmosfera cativante do registo, que facilmente nos faz levitar e dançar e sonhar em simultâneo, sendo transversal a todo o alinhamento, faz de Blushing uma espécie de disco conceptual, idealizado para funcionar como um potente soporífero e onde o clássico, o ambiental e o contemporâneo se misturam para dar vida a um receituário único no panorama alternativo atual.

O sintetizador e a batida hipnótica que o sustentam em Lay Here e que depois são envolvidos por detalhes borbulhantes, o piano digital e a bateria inituitiva que conduzem a radioheadiana As Above, So Alone, o indistinto charme de Night Figures, a guitarra abrasiva de Colorless ou a nave espacial que se despenha entre os efeitos inebriantes e a distorção vocal de On Your Worst Day, são telas sonoras de elevado cariz impressionista, dentro daquilo que pode ser descrito como uma eletrónica feita de um ímpar bucolismo que nos força a enfrentar o nosso lado mais melancólico, etéreo e introspetivo, enquanto os Copeland parecem querer colocar a nú algumas das feridas e chagas que, desde tempos intemporais, perseguem a humanidade e definem a propensão natural que o homem tem, enquanto espécie, de cair insistentemente no erro e de colocar em causa o mundo que o rodeia. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 21:32

Teenage Fanclub – Everything Is Falling Apart

Sábado, 23.02.19

Teenage Fanclub - Everything Is Falling Apart

Quase dois anos e meio depois de excelente Here, os escoceses Teenage Fanclub estão de regresso com Everything Is Falling Apart, uma nova canção que pretende marcar o início de uma digressão norte-americana. Serão vinte concertos no outro lado do atlântico que não contarão, pela primeira vez na história da banda, com Gerard Love, vocalista e membro fundador do grupo, que o abandonou no verão passado.

Tema que mistura nostalgia e contemporaneidade, com afeto e melancolia, através de uma guitarra com aquela dose equilibrada de eletrificação que permite o experimentalismo, sem colocar em causa o cariz fortemente radiofónico que sempre caracterizou os Teenage Fanclub, Everything Is Falling Apart foi gravado há alguns meses na Alemanha, na cidade de Hamburgo, nos estúdios Clouds Hill. Esta canção deverá, espera-se, fazer parte de um novo registo dos Teenage Fanclub, agora formados pelos fundadores Raymond McGinley (voz e guitarra) e Norman Blake (guitarra), acompanhados por Francis Macdonald (bateria) , David McGowan (baixo), e Euros Childs (teclados). Confere...

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publicado por stipe07 às 12:34

Tomara - Favourite Ghost (vídeo)

Sexta-feira, 22.02.19

Chegou aos escaparates há já algum tempo Favourite Ghost, o disco de estreia do projeto Tomara da autoria de Filipe Monteiro, um músico que começou por estudar Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes e que trabalhou em vídeos e na parte visual de concertos de nomes como os já extintos Da Weasel, mas também com Paulo Furtado, David Fonseca, Rita Redshoes, António Zambujo e Márcia. São oito canções plenas daquela nostalgia que provoca encantamento e torpor, temas que enquanto suavemente entram pelos nossos ouvidos, inapelavelmente nos arrebatam e conquistam e em definitivo.

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O tema homónimo deste álbum, uma canção onde o minimalismo suave delicioso das cordas e a cândura do registo vocal transbordam uma majestosa e luminosa melancolia, acaba de ter direito a um vídeo dirigido pelo próprio Filipe e que marca o início de uma nova digressão que levará este seu disco de estreia a diversas salas do país. Às datas já agendadas, que incluem São Miguel (Açores), Leiria, Torres Vedras e Oeiras, junta-se agora o convite da Casa da Música para integrar Tomara na sua programação. Este concerto, que acontecerá a dezoito de Abril, marca não só a estreia da banda na cidade do Porto em formato completo, como será também a primeira vez que o espectáculo integrará uma importante e cuidada componente cinematográfica realizada pelo próprio Filipe C. Monteiro.

"Esta é uma tour para tentar levar o meu primeiro disco a mais gente. Temos concertos confirmados em várias salas do país. Eu destaco o Porto porque é uma cidade que me diz muito e onde já toquei inúmeras vezes com outros projectos, mas nunca com a formação completa de Tomara. O convite da direcção artística da Casa da Música para integrar Tomara na sua programação enche-me de orgulho, por ser uma das salas que mais dignifica a música e os músicos em todos os géneros, que é transversal em termos de estilo musical e isso é, já por si, um apoio enorme à Arte e à Cultura".

Ainda antes de subir ao palco da Casa da Música, durante o mês de Março, Filipe C. Monteiro juntar-se-á a Tiago Bettencourt e a Surma numa residência artística nas Caldas da Rainha, no âmbito do Festival Impulso, onde criarão juntos temas inéditos que serão apresentados ao público em finais de Maio no decorrer desse evento. Confere o videoclip de Favourite Ghost.

 

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publicado por stipe07 às 17:24

Cass McCombs – Tip Of The Sphere

Quinta-feira, 21.02.19

Natural de Los Angeles, na Califórnia, Cass Mccombs é um dos mais notáveis intérpretes do folk rock norte americano e está de regresso aos discos com Tip Of The Sphere, o novo tomo discográfico da sua já extensa e notável carreira. Refiro-me a um alinhamento de onze canções, que viram a luz a oito de fevereiro último e sucedem ao excelente Mangy Love (2016), sendo o segundo álbum do músico abrigado pela ANTI- Records.

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No antecessor Mangy Love foi-nos novamente oferecido o ambiente algo ambivalente a que McCombs nos tem habituado na sua já extensa discografia, feito de sonho e amargura, dois campos lexicais que parecem não se cruzar em nenhum instante nas nossas vidas, mas que na escrita deste músico californiano se entrelaçam insistentemente. Neste Tip Of The Sphere, McCombs manteve essa permissa estilística e continua focado em aproximar-se de modo acessível dos seus ouvintes, algo bem plasmado na visceralidade das guitarras, no furor do baixo e na voz sussurrante de Sleeping Volcanoes e no imenso oceano nostálgico que se espraia perante nós em Estrella e, de um modo mais animado, na psicadélica The Great Pixley Train Robbery, canções abrigadas por alguns dos elementos essenciais daquela folk tipicamente americana que nos transporta para o tradicional jogo de sons e versos que caracterizam este género musical tão específico. E McCombs, ao invés de ser purista oferece de braços abertos esta sua visão contemporânea da folk ao indie rock e à própria eletrónica, não só como se percebe nos temas citados, mas também em Absentee, composição carregada de amargura, mas também de uma interessante dose de bom humor e ironia, à boleia de uma sonoridade simplista, guiada ao piano, porém inebriante, que pula entre suaves exaltações e um oceano de melancolia ilimitada. Depois, temas como a intimista Real Life, que segue esta linha autoral bem definida com rigidez, mostrando-nos um romântico inveterado, especialista em musicar lamentos e amores que não deram certo e o andamento rugoso e contemplativo da fumarenta Sidewalk Bop After Suicide, deixam-nos convencidos da excelência de um disco que mantém, em todo o alinhamento, uma fluidez agradável e inegavelmente marcante.

Tip Of The Sphere é, em suma, uma formidável sequência de composições onde tudo aquilo que atrai e influencia Cass McCombs é densamente compactado, com enorme mestria e um evidente bom gosto, num artista que longe de se abrigar apenas à sombra de canções melódicas convencionais, procura, disco após disco, reforçar o seu historial sonoro com um brilho raro que entronca, basicamente, na simplicidade com que se aventura na sua própria imaginação e numa indisfarcável devoção aos autores clássicos da América que o viu nascer e onde cabem, numa ténue fronteira, todos os sonhos, mas também diferentes angústias. Espero que aprecies a sugestão...

Cass McCombs - Tip Of The Sphere

01. I Followed The River South To What
02. The Great Pixley Train Robbery
03. Estrella
04. Absentee
05. Real Life
06. Sleeping Volcanoes
07. Sidewalk Bop After Suicide
08. Prayer For Another Day
09. American Canyon Sutra
10. Tying Up Loose Ends
11. Rounder

 

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publicado por stipe07 às 21:36

Crystal Fighters – Wild Ones

Quarta-feira, 20.02.19

Crystal Fighters - Wild Ones

O coletivo de músicos ingleses e espanhóis Crystal Fighters, que se divide entre Londres e Navarra e é atualmente formado por Sebastian Pringle, Gilbert Vierich e Graham Dickson, trio ao qual se juntam em digressão Eleanor Fletcher, Louise Bagan e Daniel Bingham, estreou-se há quase uma década com o excelente registo Star Of Love e vai regressar este ano aos discos. Essa nova adição ao catálogo dos Crystal Fighters chama-se Gaya & Friends, verá a luz do dia a um de março através da Warner Bros. e sucede a Everything Is My Family  (2016) e ao EP Hypnotic Sun, lançado no passado mês de novembro e que continha as composições Another Level, que faz parte da banda sonora do Fifa 19, Going Harder (feat. Bomba Estereo) e All My Love.

Do alinhamento de Gaya & Friends já foi retirado o single Wild Ones, uma canção que dentro de um registo muito peculiar que cruza pop com eletrónica, contém uma vincada contemporaneidade. Quer a percurssão, quer as cordas e os teclados exalam uma enorme energia, bastante dançável e muito agradável de ouvir, com um resultado final que aguça a curiosidade relativamente ao restante conteúdo de Gaya & Friends. Confere...

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publicado por stipe07 às 13:45

Wye Oak – Evergreen

Terça-feira, 19.02.19

Wye Oak - Evergreen

Foi na primavera do ano passado e à boleia da Merge Records que viu a luz do dia The Louder I Call, The Faster It Runs, o sexto registo de originais da dupla de Baltimore Wye Oak formada por Jenn Wasner e Andy Stack. Mestres da folk e do indie rock, mas com um cardápio sonoramente cada vez mais eclético, suportado por uma sólida carreira de pouco mais de uma década cujos maiores trunfos são a belíssima voz de Jenn e o magnífico trabalho instrumental de Andy, os Wye Oak solidificaram nesse registo uma opção clara por sonoridades mais contemporâneas e direcionadas, essencialmente, para cruzamentos entre a pop e a eletrónica.

Agora, quase um ano depois desse registo, a dupla acaba de divulgar um novo tema intitulado Evergreen, à boleia da iniciativa Adult Swin Singles, uma composição que contém as novas caraterísticas marcantes da dupla, uma salutar confusão sonora muito experimental e apelativa que originou uma atmosfera sonora simultaneamente íntima e vibrante, por um lado e eminentemente sintética, por outro, mas sem descurar uma faceta emocional, que é perservada não só pela voz de Jenn, mas também pelos diversos arranjos que vão flutuando pela melodia. Confere...

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publicado por stipe07 às 12:39

White Lies - Five

Segunda-feira, 18.02.19

Pouco mais de dois anos após Friends, os ingleses White Lies de Charles Cave, Harry McVeigh e Jack Lawrence-Brown, que entretanto passaram a fazer parte da Pias Recordings, estão de regresso aos lançamentos discográficos com Five, o quinto registo da banda, como o nome indica, e que serve também para marcar os dez anos de carreira do grupo. Five foi gravado em Inglaterra e nos Estados Unidos da América, mais concretamente em Los Angeles, onde os White Lies estiveram em estúdio com Ed Buller, produtor de To Lose My Life e Big TV, os dois antecessores deste Five. Também participaram nas sessões de gravação o engenheiro de som James Brown (que já trabalhou com Arctic Monkeys e Foo Fighters) e o renomado produtor Flood, que também tocou sintetizadores e teclados em algumas canções. Quanto à mistura de Five, ficou a cargo do carismático e reputado Alan Moulder, que já tinha trabalhado com os White Lies nos dois primeiros capítulos da discografia do grupo.

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Maduro, conciso e arrojado, Five contém nove canções e o disco continua a firmar o grupo num lugar de destaque no universo sonoro ocupado pelo revivalismo do post punk e do indie rock. O alinhamento aposta claramente num elevado equilibrio entre os sintetizadores e teclados com timbres variados e o pulsar das guitarras, sempre em busca de uma toada que não olhe apenas para o óbvio comercial mais radiofónico, mas também para uma acolhedora face mais sombria e nostálgica. De facto, a pop épica e eminentemente oitocentista de Tokyo, canção que consegue um notável equilíbrio entre os sintetizadores e a típica orgânica das guitarras, o violão que sustenta Finish Line e a fluidez quase hipnótica dos sete minutos de Time To Give, acabam por servir perfeitamente para um exercício de súmula do cardápio sonoro que os White Lies ofereceram aos fãs até hoje, o que faz de Five um registo de revisão de uma receita que tem assentado em melodias simples mas aditivas, enriquecidas com vozes vigorosas e cantadas com o habitual registo grave mas luminoso, que dá vida a letras geralmente melancólicas e que muitas vezes se socorrem da mesma métrica nas diferentes músicas, muitas escritas por Charles, o baixista.

Em Five os White Lies imprimem o seu cunho identitário com superior maturidade enquanto dão ao mundo mais um tomo de canções amplamente influenciadas por uma sonoridade já transversal a várias décadas, enquanto personificam uma busca pelo equilíbrio sonoro entre o nostálgico e inovador, sempre com o grau de refinamento e de dramatismo e teatralidade que faz já parte do adn do trio.  Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 16:49


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