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Flak - Cidade Fantástica

Quinta-feira, 08.11.18

Com uma carreira de mais de três décadas durante a qual incubou e encabeçou bandas tão importantes do universo indie nacional como os Radio Macau ou os Micro Audio Waves, Flak tem também um projeto a solo que começou há exatamente vinte anos com um homónimo que tem finalmente sucessor. Cidade Fantástica é o seu novo registo de originais em nome próprio, um alinhamento de dez canções que viu a luz do dia no final de outubro e que foi gravado no mítico Estúdio do Olival, local onde o músico gravou e produziu vários discos, não só das suas bandas, mas também de Jorge Palma, Entre Aspas e GNR, entre muitos outros.

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Nas dez canções de Cidade Fantástica, Flak oferece-nos uma pop com uma singularidade bastante vincada, adornada por uma cosmicidade sonora que conjugada com um abstracismo lírico incomum, estabelece um paralelismo entre uma espécie de obsessão do autor por tudo aquilo que é elétrico, nomeadamente o modo como uma guitarra sempre perto de um salutar experimentalismo pode ser conjugada com sintetizações variadas e o quanto essa simbiose feliz tem de glorioso e de frenético.

O caldeirão instrumental, amiúde progressivo, mas também etéreo, e sempre de leque alargado que tinge Morcego é, desde logo, uma porta de entrada radiante para a filosofia interpretativa que satisfaz Flak. Depois, na luminosidade das cordas de Planeta Azul, no delicioso tratado de indie pop, assente numa bateria grave e compassada, uma guitarra em contínuo e inquieto frenesim e teclas com efeitos cósmicos que define Manto Branco e na soul contemplativa de Ao Sol da Manhã, tema que sobrevive num terreno experimental e até psicadélico e onde a fronteira entre a sua heterogeneidade instrumental e melódica e um apenas aparente minimalismo estilístico é muitas vezes indecifrável, fica carimbada, de modo ainda mais impressivo, a sensação de que, ao escutarmos Cidade Fantástica, estamos invariavelmente a embarcar numa viagem rumo a terreno incerto, cheios de esperanças de ascensão e minados por uma pueril obsessão pelo presente e pelo futuro, que nos é aqui apresentada através de um lado muito pessoal, circunstancial, mas também universal e mitológico, porque a urbanidade que inspira Flak é, no fundo, aquela que vivenciamos todos nesta contemporaneidade que nos consume a nós e ao planeta azul que nos serve de morada. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 18:24






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