man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
We Were Promised Jetpacks – The More I Sleep The Less I Dream
Foi no passado dia catorze de setembro que viu a luz do dia The More I Sleep The Less I Dream, o novo registo de originais dos We Were Promised Jetpacks, quarto disco desta banda de indie rock escocesa, natural de Edimburgo e já com década e meia de carreira. O projeto é composto atualmente por Adam Thompson, Michael Palmer, Sean Smith e Darren Lackie e tem apostado, registo após registo, num som que plana entre a experimentação e o psicadelismo e que se mostra cada vez mais maduro e consistente.
Este projeto começou a sua carreira em 2003 num concurso de bandas de escola e o primeiro disco, These Four Walls, deveu muito do sucesso às músicas que colocou em várias séries de televisão e filmes. Tal facto não alçou os We Were Promised Jetpacks à fama no imediato, mas deixou-os debaixo do olho clinico de muita gente que, como eu, se interessa pela sonoridade tipica do grupo. Foi no segundo disco, In The Pit Of The Stomach, que este coletivo escocês obteve a consagração definitiva junto da crítica e do grande público, uma visibilidade que se cimentou há cerca de quatro anos com Unravelling, o antecessor deste The More I Sleep The Less I Dream, um disco liderado pelas guitarras e onde se escuta canções fáceis e ao mesmo tempo complexas, com variações, ruídos e efeitos variados.
Um dos factores que vai fazendo elevar a bitola qualitativa dos registos dos We Were Promised Jetpacks é o cada vez mais aturado trabalho de produção, desta vez a cargo de Jonathan Low. Percebe-se, ao longo das dez canções do alinhamento, que nenhum detalhe foi deixado ao acaso e houve sempre a intenção de dar algum sentido épico e grandioso às canções, arriscando-se o máximo até à fronteira entre o indie mais comercial e o teste de outras sonoridades.
Sendo assim, The More I Sleep The Less I Dream é um registo que pega nas experiências pessoais mais recentes do grupo e nas típicas agruras e peripécias de uma banda que passa bastante tempo em digressão, para incubar um som que, não renegando a instintiva simplicidade que sempre pautou a filosofia interpretativa dos We Were Promised Jetpacks, acaba por representar uma nova fase mais eclética, abrangente e sofisticada no formato sonoro do grupo. Basta escutar a toada negra e intrincada do single Hanging In, as guitarras luminosas de Thompson e Michael em In Light, o sumptuoso exercício percurssivo que alicerçou Impossible e o groove do baixo de Sean, exemplar em Someone Else’s Problem, para perceber uma busca pela construção de hinos de estádio à boa maneira do rock britânico, num disco cheio de energia e dominado por um descarado sentimento de urgência, aquele que poderá mostrar a luz a este grupo caso tenha a pretensão de ascender definitivamente à premier league rockeira no arquipélago de Sua Majestade. Espero que aprecies a sugestão...
01. Impossible
02. In Light
03. Someone Else’s Problem
04. Make It Easier
05. Hanging In
06. Improbable
07. When I Know More
08. Not Wanted
09. Repeating Patterns
10. The More I Sleep, The Less I Dream