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PAUS - Madeira

Domingo, 15.04.18

Hélio Morais, Makoto Yagyu, Fábio Jevelim e Quim Albergaria são a força motriz dos já míticos PAUS, banda que ganhou recentemente o consagrado certame Red Bull Music Culture Clash e que está de regresso aos discos com Madeira, nove canções que devem muito a uma viagem que o quarteto fez no final do verão passado ao arquipélago que dá nome a este registo a convite de Pedro Azevedo e da família ALESTE. O propósito dessa viagem era filmar e fotografar todo o aspecto visual de um disco que tinham começado a preparar em Julho, mas a presença do grupo no arquipélago acabou por ser determinante no polimento e no resultado final do alinhamento.

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Nove canções e vídeos, um videodisco, portanto, compôem Madeira, um álbum que, de acordo com o press release do respetivo lançamento, inspira-se na ideia de uma ilha que flutua e que não tem sítio certo na geografia, uma ilha esquecida por um continente e de tão feliz por estar esquecida que se encontra na interceção das Américas, África e Europa. Tal conceito acabou por lhes parecer um retrato preciso do som que estavam a ouvir. Um mapa com fronteiras apagadas, uma ilha que se deixa levar e gosta de quem quer e está sempre à espera do barco e que acabou por funcionar para os PAUS como uma plataforma criativa e, também por isso, uma outra casa.

À frente de um baixo, de teclados e de uma bateria siamesa, ainda as ferramentas do seu ofício, os PAUS conseguem neste Madeira uma viagem sonora bastante inspirada em que deambulam, com a natural dose de experimentalismo e de improviso que os carateriza, pos vários esptros do rock, desde o psicadélico, ao progressivo, passando também pelo ambiental e pelo mais clássico. E nesse balanço, lá pelo meio, tanto piscam o olho à tropicália, como é o caso da voz e dos arranjos do tema homónimo, como ao próprio jazz, exuberante nos efeitos percurssivos de 970 Espadas, indo também até ao blues experimental em Sebo na Estrada, aquele rock mais impulsivo e cru, audível em L123_PAUS e ao mais vigoroso e frenético, mas que procura ser melodicamente acessível, sem deixar de exalar profundidade lírica, um ideário concetual que a canção A Mutante, para mim a melhor do disco, plasma na perfeição.

Este é, portanto, um compêndio de nove canções ecléticas e que independentemente do balizar temporal em que surgiram, cada uma delas tem vincada a sua própria identidade, estando todas de certo modo livres daquelas amarras que uma produção demasiado cuidada e límpida muitas vezes causa. Como a produção do disco teve um forte cunho dos próprios PAUS, os temas acabam por soar aquele charme genuíno que os registos mais orgânicos quase sempre possuem. Ao vivo as versões dos temas não deverão diferir muito, nomeadamente em termos de arranjos e esse é, claramente, outro grande atributo deste Madeira, um disco para ser escutado e saboreado condignamente, um postal da felicidade que a banda sente na incerteza. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 20:58






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