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Editors - Violence

Segunda-feira, 09.04.18

Finalmente In Dream, o aclamado álbum que os Editors de Tom Smith editaram em 2015, já tem sucessor. O sexto álbum de estúdio desta banda britânica oriunda de Birmingham viu a luz do dia a nove de março à boleia da Play It Again Sam e chama-se Violence. Nele é possível escutar nove canções forjadas por uma banda que se mantém apostada em se assumir definitivamente como um grupo de massas e deixar de vez o universo mainstream para fazer parte da primeira liga do campeonato mundial do indie rock.

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Os Editors são donos de uma discografia conduzida pela típica intensidade emocional da escrita de Tom Smith e pelo carisma do seu tímbre vocal grave único, ao qual se juntam as habituais guitarras angulares, sintetizadores progressivos e um baixo imponente. Estas são, no fundo, as principais matrizes identitárias deste grupo que nunca tendo conseguido ser consensual no universo sonoro alternativo, apesar de The Back Room, o disco de estreia, ser, quanto a mim, um marco no género pós punk, acabou por manter uma assinalável coerência ao longo de quase duas décadas, um trajeto que parece agora querer piscar o olho a latitudes sonoras mais consentâneas com as tendências atuais do espetro sonoro em que os Editors se movimentam.

Assim, com a eletrónica em cada vez maior plano de destaque no seio dos Editors, Violence não renega a habitual atmosfera algo sombria impressiva que confere um charme inconfundível a este projeto, mas há aqui um refinamento dessa demanda, com a procura de territórios mais dançantes e, por isso, também mais festivos e otimistas. Em temas como a radiofónica Cold, na atmosfera intrigante de Nothingness ou no travo vintage oitocentista da homónima Violence, os sintetizadores debitam efeitos e melodias rugosas e texturalmente profundas e algo negras, mas há depois no ritmo e em algumas nuances do reverb das guitarras detalhes que dão aos temas um balanço e uma expressão mais colorida e sorridente do que o habitual. Para cimentar ainda mais esta filosofia subjacente ao registo, a imponência orquestral do edifício melódico que envolve o single Magazine, canção com um refrão avassalador, a toada pop e o charme luminoso de Darkness At The Door e o piano cintilante de No Sound But The Wind, são outras canções que, tomando como ponto de partida o já referido referencial sonoro que tipifica os Editors, acrescentam e ampliam o adn que sustenta o historial da banda.

Pleno de dramatismo e particularmente incisivo no modo como aborda alguns dos grandes dilemas da atualidade, Violence acaba por ser um título simultaneamente feliz e enganador para um alinhamento de canções que podem, na sua esmagadora maioria, servir para justificar esta ideia contraditória e oposta, já que, não deixando de navegar nas habituais águas lúgubres em que os Editors se sentem como peixes, este é um álbum que também exala uma faceta algo sonhadora e romântica, o que naturalmente se aplaude. Espero que aprecies a sugestão...

Editors - Violence

01. Cold
02. Hallelujah (So Low)
03. Violence
04. Darkness At The Door
05. Nothingness
06. Magazine
07. No Sound But The Wind
08. Counting Spooks
09. Belong

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publicado por stipe07 às 21:00






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