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Sigur Rós - Route One

Segunda-feira, 30.04.18

No solstício de verão de 2016, o dia com mais horas de sol desse ano (o que na Islândia significa que praticamente nunca fica de noite, devido à sua posição sobre o Círculo Polar Ártico) os Sigur Rós embarcaram num interessante projeto designado Route One para mostrar as paisagens da sua terra Natal. Conduziram durante as vinte e quatro horas desse dia pelos mil trezentos e trinta e dois quilómetros da Route One, a estrada que envolve toda a costa do país, motivo pelo qual é também chamada de Ring Route e gravaram essa viagem, cujos filmes, disponíveis no canal de youtube da banda, são uma verdadeira visita guiada por idílicas paisagens e uma bela maneira de ficar a descobrir a Islândia. A essas imagens acabaram por juntar várias melodias que depois de terem sido editadas e comprimidas, resultaram em pouco mais de quarenta minutos de música, divididos em oito faixas, que acabam de ser publicadas, sem aviso prévio, pela XL Recordings, materializando a banda sonora dessa incrível e curiosa jornada.

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Cada uma das oito composições de Route One, o oitavo disco da carreira do grupo islandês, representa um ponto específico da ilha, na forma de coordenadas. Assim, se 63º32’43.7″N 19º43’46.3″W refere-se a Steinahellier Cave, uma caverna encrustada na rocha, no sul da ilha, junto ao lago Holtsós, já 63º47’36.2″N 18º02’16.9″W é numa pequena ilha logo a seguir ao posto de gasolina de ÓB Kirkjubæjarklaustur, perto de Skaftárhreppur, por onde passa a Route One, um pouco a leste do primeiro ponto, 64º02’44.1″N 16º10’48.5″W são as coordenadas da ponte sobre o encontro do lago Jökulsárlón e o mar e 64º08’43.3″N 21º55’38.8″W o ponto de partida, em Reykjavík, só para referir alguns exemplos.

Sonoramente, Route One é um disco onde tudo se orienta de forma controlada, como se todos os detalhes instrumentais escutados, de forte cariz orgânico, fossem agrupados num bloco único de som que dá voz à exuberância natural de um país forjado à milhões de anos a fogo vulcânico e constantemente banhado por gelo. A Islândia é um dos locais do globo onde os quatro elementos melhor se revelam (água, terra, fogo e ar) e de forma mais extraordinária coabitam. Os Sigur Rós percebem melhor do que ninguém esta maravilhosa constatação que é um dos pilares fundamentais da essência de um país e de um povo e musicaram-na dando a maior liberdade possível ao arsenal instrumental de que se serviram, eminentemente sintético, para recriar as oito coordenadas. O resultado final é um falso minimalismo ambiental que desafia os nossos sentidos segundo após segundo, tal é a opulência sonora de detalhes, ruídos e efeitos que cruzam as melodias, uma receita que não soará particularmente estranha a quem já está devidamente identificado com a discografia dos Sigur Rós e percebe que há aqui o apelo da novidade, mas sem abandonar a essência.

Em suma, à medida que Route One avança e nos dilacera por dentro, testemunhamos euforicamente um intenso impacto lisérgico, num exercício musical que certamente será do agrado de quem não se importa de descobrir uns Sigur Rós mais crus, diretos e psicadélicos, mas que não deixam, mesmo assim, de nos fazer flutuar num universo de composições etéreas e sentimentalmente atrativas. Espero que aprecies a sugestão...

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63º32’43.7″N 19º43’46.3″W
63º47’36.2″N 18º02’16.9″W
64º02’44.1″N 16º10’48.5″W
64º08’43.3″N 21º55’38.8″W
64º46’34.1″N 14º02’55.8″W
65º27’29.1″N 15º31’56.0″W
65º30’17.9″N 18º37’01.3″W
65º38’27.9″N 20º16’56.9″W

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publicado por stipe07 às 21:16

Kristoffer Bolander - What never was will always be

Domingo, 29.04.18

I dream of cities – endless cities where I will die alone...

O cantautor sueco Kristoffer Bolander, abrigado pela Tapete Records, está de regresso aos discos com What never was will always be, um registo com doze audazes canções e que sucede ao excelente I Forgive Nothing de 2015. Bolander tratou sozinnho dos arranjos de todos os temas deste seu novo trabalho e foi Daniel Johansson quem o produziu, num resultado final distinto, em que cada música tem a sua própria identidade, com a mestria instrumental de Daniel e a expressividade da voz de Bolander a assumirem-se como os grandes trunfos de um álbum que é para ser ouvido mas também contemplado com o cuidado e a devoção que merece.

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Um aspecto que é bastante audível neste tratado de folk pop que é What never was will always be é o cuidado que o autor teve com o detalhe. Todos os sons que se escutam, orgânicos ou sintéticos, posicionam-se, claramente, com um propósito bem definido e não é preciso ser um expert para se perceber essa filosofica interpretativa, bastando o charme das canções para nos elucidar, intuitivamente, acerca dessa permissa.

Aquela complacência que se espraia no momento certo à boleia das cordas de Untraceable, a subtil descontinuidade rítmica de Cities, a aura melancólica e mágica da guitarra que conduz Heat, a comovente fragilidade que exala do belíssimo poema que flutua nas cordas de To Come Back, o ambiente desassossegado em que se move The Liar e a espiral progressiva que firma Florian's Dream, são bons exemplos do ambiente contemplativo fortemente consistente do trabalho e depois, na pop dançável de Animals e no intimismo folk de True Romance revelam-se os dois opostos entre os quais Bolander navega para reproduzir um disco perfeito para ser escutado no refúgio dos últimos sobreviventes de uma catástrofe climática global. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 15:58

Shout Out Louds – Ease My Mind

Sexta-feira, 27.04.18

Os suecos Shout Out Louds, uma banda de indie rock de Estocolmo, regressaram aos discos no outono passado com Ease My Mind, o quinto álbum da carreira deste grupo formado por Adam Olenius, Ted Malmros, Bebban Stenborg e Carl von Arbin, abrigado na Merge Records e que, de acordo com o projeto, pretende celebrar a música como um escape por excelência no momento de fazer uma pausa tudo aquilo que corroi este mundo perigoso em que hoje vivemos.

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O registo contém onze efusivas canções que mostram o elevado grau de maturidade de um projeto que aposta numa sonoridade indie eminentemente festiva e que geralmente vira as agulhas para os sintetizadores e as cores próprias do resgate à estética sonora da década de oitenta, como se percebe em In New Europe, o mais recente single retirado do disco. São temas com uma acertada relação entre pianos, sintetizadores e percurssão, conduzidos de forma cuidadosa e onde cada realce sonoro é aproveitado como um complemento sonoro que lentamente recheia o álbum com primazia.

Ease My Mind é, em suma, um disco repleto de canções com elevado airplay, devido às melodias acessíveis e às letras carregadas de encanto das mesmas, assim como uma qualidade instrumental que ultrapassa o comum, oferecendo-nos uns Shout Out Louds moderadamente enérgicos, mas amadurecidos e com uma assinalável vitalidade. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 21:44

Mall Walk - Rose vs Out To Lunch

Quinta-feira, 26.04.18

Criadores do melhor álbum do ano de 2016 para este blogue, os MALL WALK de Daniel Brown, Nicholas Clark e Rob I. Miller, parece que vão, para grande pena desta redação, encerrar hostilidades. Recordo que este trio oriundo de Oakland, na Califórnia e com um cardápio sonoro impregnado com um manancial de efeitos e distorções alicerçadas em trinta anos de um indie rock feito com guitarras bastante inspiradas, estreou-se em outubro de 2014 com S/T, um EP que ainda roda com insistência na redação deste blogue. Seguiu-se, em 2016, Funny Papers, o tal registo que venceu a categoria de melhor disco em 2016 e que impressionou pela amplitude do trabalho de produção e pela procura de uma textura sonora aberta, melódica e expansiva, dentro de um espetro sonoro onde aquela visceralidade algo sombria, típica do punk, costuma ditar cartas. Esta apenas aparente ambivalência ficou bem expressa na monumentalidade de temas como Street Drugs and Cartoons, canção onde o próprio rock de cariz mais progressivo também estava fortemente impresso, mas também em Call Again e Exhauster, três espetaculares tratados de punk rock, aditivos, rugosos e viciantes.

A sensibilidade dos solos e riffs da guitarra que exibiam linhas e timbres muito comuns do chamado garage rock, também não foram descurados nesse Funny Papers e nas canções Sleeping In Shifts e Protection Spells acabaram por ser aquele complemento perfeito que nos obrigou a afirmar, na altura, que os MALL WALK foram corajosos no modo como se predispuseram a todo este saudável experimentalismo.

Ainda não são claros os motivos da separação dos MALL WALK e, como se sabe, nestas circunstâncias nem sempre é fácil apurar os verdadeiros factos. Seja como for, é pena ver tanto talento no seio de um trio ser desperdiçado assim, deixando-nos apenas, em jeito de despedida, duas canções, Rose e Out To Lunch, canções que encerram em grande estilo a viagem lisérgica através do tempo em completo transe e hipnose de uma discografia que da psicadelia, ao garage rock, passando pelo shoegaze e  também pelo chamado punk rock, abraçou várias vertentes e influências sonoras, numa curta mas respeitável carreira. Deixam saudades... muitas! Confere...

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publicado por stipe07 às 17:35

Jack White – Boarding House Reach

Quarta-feira, 25.04.18

Já chegou aos escaparates Boarding House Reach, o terceiro registo de originais de Jack White, sucessor do já longínquo Lazaretto. Músico, compositor e guitarrista natural de Nashville, Jack White oferece-nos treze novas canções onde mergulha a fundo em territórios mais densos e experimentais, através de uma guitarra com a sua habitual assinatura plena de groove, à qual se juntam elementos percussivos caraterísticos do universo hip-hop e outros detalhes como congas ou elementos vocais sintetizados, num resultado final extremamente apelativo e bem conseguido.

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Boarding House Reach chegou às lojas a vinte e três de março via Third Man Records/Columbia e conta nos seus créditos com nomes como o percussionista Louis Cato, o baixista Charlotte Kemp Muhl, Neal Evans, John Scofield, Bobby Allende, Ann e Regina McCrary do trio gospel McCrary Sisters. Nele, do blues, ao rock mais clássico, passando por alguns laivos de metal, um White algo rebelde e de costas voltadas ao mainstream volta a mostrar a sua superior mestria à frente da guitarra, com Connected By Love a mostrar-nos, desde logo, a sua forte ligação à América sulista de onde ele é oriundo,ao mesmo tempo que, querendo ser porta voz e estandarte de uma geração nerd tantas vezes alienada dos princípios e dos valores que edificarama sociedade em que vive, reflete sobre alguns dos maiores dilemas de um país com uma heterogeneidade bastante vincada. 

Pouco importado em apresentar canções polidas ou que pareçam ter sido gravadas com recursos de superior qualidade, fruto de uma aúrea que se foi instalando em seu redor nas últimas duas décadas e que lhe permite criar sem um firme propósito comercial e mesmo assim ser bem suceddio nessa área, White procura, acima de tudo, compôr mostrando de modo genuíno e cru as suas pretensões. O clima minimal do efeito da guitarra e o cariz lo fi da voz em Why Walk A Dog?, os devaneios quer do piano, quer das várias vozes e dos arranjos da experimental Hypermisophoniac, o modo como declama a letra de Ezmerelda Steals The Show, assim como o swing rugoso do riff que conduz Corporation imprimem esta simplicidade algo despreocupada de gravar, com a ironia dessa sensação errónea a ser o facto de estarmos a falar de temas que viram a luz do dia graças aos mais modernos recursos tecnológicos que um músico pode dispôr nos dias de hoje. O objetivo talvez seja também passar a ideia que mais que um compositor e criador, White quer mostrar que é uma espécie de historiador das maiores tendências do rock do último meio século, ao mesmo tempo que tenta ser o mais genuíno possível, com alguns temas aparentemente inacabados e outros a exalar improviso por todos os poros a serem mais achas para essa fogueira da tal espontaneidade artística que acaba por ter, em muitos momentos, um certo odor a uma espécie de pretensiosimo que acaba por soar algo repetitivo. Seja como for, Boarding House Reach é um álbum obrigatorio quer para os fãs do músico que para os apreciadores do rock de cariz mais clássico. Espero que aprecies a sugestão...

Jack White - Corporation

01. Connected By Love
02. Why Walk A Dog?
03. Corporation
04. Abulia And Akrasia
05. Hypermisophoniac
06. Ice Station Zebra
07. Over And Over And Over
08. Everything You’ve Ever Learned
09. Respect Commander
10. Ezmerelda Steals The Show
11. Get In The Mind Shaft
12. What’s Done Is Done
13. Humoresque

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publicado por stipe07 às 16:55

The Coral – Sweet Release

Terça-feira, 24.04.18

The Coral - Sweet Release

Os britânicos The Coral de James Skelly, Ian Skelly, Nick Power, Lee Southall e Paul Duffy vão regressar a dezassete de agosto aos discos com Move Through The Dawn, onze canções gravados nos Parr Street Studios de Liverpool e produzidas pelos próprios The Coral e por Rich Turvey.
Sucessor do aclamado Distance Inbetween de 2016, Move Through The Dawn, o nono álbum da carreira deste mítico grupo, verá a luz do dia via Ignition Records e Sweet Release é o primeiro single divulgado do registo, um extraordinário tratado de indie rock efusivo e vigoroso, já com direito a um curioso vídeo realizado por James Slater. Confere...

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publicado por stipe07 às 21:48

Josh Rouse – Love In The Modern Age

Segunda-feira, 23.04.18

Natural de Nashville, no Nebraska, Josh Rouse, um dos meus intérpretes preferidos a solo, está de regresso com Love In The Modern Age, disco lançado por intermédio da Yep Roc Records e já o décimo segundo da carreira de um dos músicos e compositores mais aclamados das últimas duas décadas. O álbum é mais um passo consistente no percurso de um artista que foi habituando os seus seguidores e críticos a algumas inflexões, passando pela folk mais intimista de início da carreira, a um período mais solarengo, fruto da sua mudança para o sul de Espanha, no início do século, depois de se ter casado com Paz Suay e agora olhando com uma certa gula, que de certo modo já se adivinhava num músico que se foi revelando sempre atento às novas tendências, para aquela pop mais sintética que fez escola nos anos oitenta.

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Love In The Modern Age representa, talvez, o disco de maior ruptura com um trabalho antecessor na carreira de Rouse, neste caso o bem sucedido The Embers Of Time (2015), um álbum que tinha sido gravado entre o seu estúdio em Valência e Nashville e que sustentava-se no esplendor das cordas e nos arranjos típicos da folk sulista norte americana, que davam as mãos para a criação do habitual ambiente emotivo e honesto que carateriza a música e os discos deste cantautor que nunca perdeu o espírito nostálgico e sentimental que carateriza a sua escrita e composição. Ora, se agora, três anos depois, em Love In The Modern Age esta última caraterística mantém-se intacta, a abordagem sonora acaba por ser um pouco diferente, como se percebe logo em Salton Sea, na linha do baixo, na batida, nos arranjos sofisticados, fornecidos por um teclado de forte cariz oitocentista e no efeito vocal. Mesmo qu,e logo depois, em Ordinary People, Ordinary Lives, pareça que Josh vai fazer marcha atrás e regressar ao som que o tipifica, logo nos saxofones, na segunda voz feminina e no ambiente luminoso e polido do tema homónimo percebe-se que há realmente um propósito claro de criar um alinhamento mais sofisticado, uma impressão que se torna ainda mais inquestionável nas teclas da fleetwoodiana Businessman, canção que conta com a participação especial vocal de Wendy Smith dos Prefab Sprout. Pouco depois, em Tropic Moon, Rouse faz certamente referência (sleeping under stars) a um dos seus primeiros discos, Under Cold Blue Stars e num outro verso do mesmo tema, quando refere estar right where he wants to be ninguém duvida dessa sua certeza. O grande momento do disco acaba por estar guardado para Hugs and Kisses, uma lindíssima balada onde torna-se impossível não olhar para o nosso íntimo e não sentirmos inspiração suficiente para enfrentarmos de frente alguns dos nossos maiores dilemas enquanto descobrimos na composição a solução para certas encruzilhadas, uma resposta que estava mesmo ali, dentro do nosso peito, à espera desta canção para se revelar em todo o seu esplendor.

A mudança de direção que Josh Rouse operou nestas nove canções de Love In The Modern Age foi, quanto a mim, bem sucedida, já que se nos oferece um ambiente sonoro distinto no seu catálogo, o mesmo não coloca em causa aqueles que são alguns pilares identitários essenciais de um músico que parece ser capaz de entrar pela nossa porta com uma garrafa numa mão e um naco de presunto na outra e o maior sorriso no meio, como se ele fosse já da casa, já que consegue sempre revelar-se, nas suas canções, como um grande parceiro, confidente e verdadeiro amigo, um daqueles que não complicam e com o qual se pode sempre contar. Josh Rouse é único e tem um estilo inconfundível no modo como dá a primazia às cordas, seja qual for o instrumento de que elas se servem e agora também às teclas, sem descurar o brilho dos restantes protagonistas sonoros e, principalmente, sem se envergonhar de colocar a sua belíssima voz na primeira linha dos principais fatores que ainda tornam a sua música tão tocante e inspiradora. Espero que aprecies a sugestão...

Josh Rouse - Love In The Modern Age

01. Salton Sea
02. Ordinary People, Ordinary Lives
03. Love In The Modern Age
04. Businessman
05. Women And The Wind
06. Tropic Moon
07. I’m Your Man
08. Hugs And Kisses
09. There Was A Time

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publicado por stipe07 às 21:39

Imploding Stars - Demise

Domingo, 22.04.18

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Três anos depois do excelente A Mountain And A Tree, os vimaranenses Imploding Stars de Jorge Cruz, Diogo, Élio, Filipe e Francisco regressam em 2018 aos discos com Riverine, disco com oito temas que, de acordo com o press release do lançamento desta banda das Taipas, aborda o princípio da compreensão dos diferentes estágios de desenvolvimento da vida humana, desde o momento que nascemos até o momento que morremos. Durante a nossa vida, experimentamos diferentes sensações que levam à criação de memórias. No entanto, estamos normalmente limitados aos limites da perceção humana e às decisões sobre o que é bom ou mau nas bifurcações que vamos encontrando. Mas afinal o que é bom ou mau? E se não houver limites nessa perceção humana? E se pudéssemos, de alguma forma, viver para sempre ou reviver.

Sendo assim, no alinhamento de Riverine, os Imploding Stars tentaram recriar os diferentes estágios temporais que fazem parte da existência humana e que, no fundo, definem o trajeto de vida de cada um de nós, sendo possível, tendo em conta a abordagem da banda a esse ideário, cada ouvinte, à medida que se embrenha no álbum, adaptar os temas à sua experiência pessoal e aos seus pensamentos, experiências, sonhos, conquistas e desejos.

Demise é o primeiro single divulgado deste Riverine, um tema que impressiona pela sua beleza utópica, feita de belas orquestrações, que vivem e respiram, lado a lado, com distorções e arranjos que aliceracam uma melodia particularmente hipnótica. Confere... 

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publicado por stipe07 às 21:47

Soulwax - Essential Four

Sexta-feira, 20.04.18

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Depois de uma prolongada ausência de mais de uma década do formato álbum, os belgas Soulwax, dos irmãos David e Stephen Dewaele, vão regressar aos discos este ano, mais concretamente a vinte e dois de junho, com um tomo de doze canções que ganharam vida nos estúdios do grupo DEEWEE, situados em Ghent, a cidade natal do projeto. É um disco conceptual, gravado em apenas duas semanas, chamado Essential One – Essential Twelve, com cada música do álbum a ser baseada na palavra Essential e a ideia para o mesmo surgiu quando os Soulwax apresentaram material original numa hora inteira para a BBC Radio 1 Essential Mix, tendo sido os primeiros artistas a fazê-lo nesse registo.

Essential Four, o quarto tema do alinhamento, é a primeira composição divulgada de Essential One – Essential Twelve, um corte de pouco mais de seis minutos do álbum que conta com a participação especial vocal da também belga Charlotte Adigéry, que lançará o seu segundo EP através da DEEWEE em 2018. Conduzido por uma espetacular linha de baixo, é um extraordinário tratado de eletropop, vigoroso, insinuante, sexy e cheio de funk, que faz adivinhar um set pensado para dançar do início até ao fim. Confere...

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publicado por stipe07 às 18:21

Huggs - Take My Hand

Quinta-feira, 19.04.18

Duarte Queiroz (voz, guitarra) e Jantónio Nunes da Silva (bateria) são o núcleo duro dos Huggs, dois amigos que se conheceram por acaso na faculdade e que começaram a compôr juntos, inspirados pela energia crua e indisciplinada do panorama underground britânico e pelas baladas românticas típicas dos anos cinquenta e sessenta. A eles junta-se, ao vivo, Guilherme Correia que, depois de assistir a um ensaio, não só se encarregou do baixo como ajudou a produzir e a completar as primeiras canções da banda.

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Os Huggs vão estrear-se nos lançamentos no último trimestre deste ano com um EP, gravado por Gonçalo Formiga (dos Cave Story) no seu estúdio nas Caldas da Rainha e produzido pelo próprio em conjunto com a banda. Desse registo já se conhece Take My Hand, canção também já com direito a um video realizado por Manuel Casanova, que trabalhou ao longo da carreira com bandas como os Comeback Kid, Japandroids ou os Hills Have Eyes.

Este tema que apresenta os Huggs ao mundo oferece-nos um rock acessível e bastante melódico, uma filosofica sonora que acaba por entroncar em alguns dos principais detalhes daquele anguloso punk rock nova iorquino que bandas como os The Strokes ou os Yeah Yeah Yeahs ajudaram a cimentar no início deste século, mas onde também não falta uma curiosa pitada garage novecentista, em especial na guitarra, essencial para conceder à composição um charme vintage particularmente luminoso e apelativo. Confere...

Facebook: www.facebook.com/freehuggssuck

Instagram: www.instagram.com/freehuggssuck

Bandcamp: www.freehuggssuck.bandcamp.com

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publicado por stipe07 às 21:26


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