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Pearl Jam – Can’t Deny Me

Sábado, 17.03.18

Pearl Jam - Can't Deny Me

Primeiro original em cinco ano, Can't Deny Me é a mais recente novidade dos Pearl Jam de Eddie Vedder, um single de protesto, já que se assume como um claro manifesto anti-Trump, ao mesmo tempo que serve de tributo aos sobreviventes da tragédia ocorrida no liceu de Parkland, na Flórida, há algumas semanas.

Canção cheia de energia, Can't Deny Me mostra as guitarras e a bateria dos Pearl Jam de regresso aos gloriosos ano noventa, à boleia de alguns dos melhores detalhes do grunge e do rock alternativo desse período. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:58

Booby Trap reeditam Brutal Intervention

Quinta-feira, 15.03.18

Os aveirenses Booby Trap de Pedro Junqueiro, Pedro Azevedo, Carlos Ferreira e o novo baterista Hugo Lemos, preparam-se para reeditar Brutal Intervention, a demo tape que lançaram no início da carreira e que deu o pontapé de saída de um percurso ímpar no panorama do crossover thrash nacional, um género musical que surgiu nos anos oitenta e que se define pela mistura entre o hardcore punk e o trash metal. Recordo que enquanto o trash metal nasceu quando parte da cena metal incorporou influências vindas do hardcore punk, o crossover thrash nasceu pelo caminho inverso, quando as bandas hardcore punk passaram a metalizar a sua música.

Foto de Booby Trap.

Nessa reedição de Brutal Intervention, remasterizada e editada fisicamente em formato vinil com o selo da Firecum Records e que serve para comemorar os vinte e cinco anos de carreira dos Booby Trap, além do alinhamento original constarão quatro temas extras, entre os quais, uma cover de War Inside My Head, um dos momentos altos da discografia dos Suicidal Tendencies.

Confere, via bandcamp, Brutal Intervention, um álbum que impressiona pelas guitarras bem elaboradas, uma bateria impecável no modo como transmite alma e robustez e a voz inconfundível de Pedro Junqueiro a mostrar-se irreprensível no modo com replica os inconfundíveis traços deste género sonoro, sem deixar de se mostrar afinada e particularmente melodiosa.

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publicado por stipe07 às 17:20

Pete Astor - One For The Ghost

Quarta-feira, 14.03.18

Há algumas semanas chegou aos escaparates One For The Ghost, o novo registo de originais do britânico Pete Astor, músico já veterano nestas andanças, tendo ao longo da sua carreria dado a cara por bandas tão proeminentes como os The Loft ou os The Weather Prophets. Aposta recente da Tapete Records,  Pete Astor oferece-nos neste One For The Ghost dez canções que encarnam uma excelente opção para quem aprecia aquela sonoridade pop folk algo cósmica e luminosa e ligeiramente lo fi.

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Em pouco mais de meia hora One For The Ghost enche os nossos ouvidos com a simplicidade óbvia de belíssimas melodias conduzidas por cordas, ora acústicas ora eletrificadas, cujo dedilhar, seja qual for a opção selecionada, é sempre inspirado. Excelente guitarrista, Pete Astor mostra neste registo toda a sua destreza com a viola e a guitarra e a capacidade inata que possui para criar música conseguindo abarcar vários géneros e estilos do universo sonoro indie e alternativo e comprimi-los em algo genuíno e com uma identidade muito própria.

Logo no início do registo percebe-se esse alargado leque já que, se Walker contem aquela soul assente num ritmo muito contemplativo e melodicamente muito sensível, Water Tower aposta num registo mais folk e a distorção da guitarra e o baixo encorpado de Golden Boy proporcionam ao tema o toque perfeito de modernidade que oferece ao autor a tal abrangência, neste caso até territórios mais próximos do rock psicadélico.

Daí em diante, todo este indie appeal genuíno vai-se repetindo em canções tão bem conseguidas como Injury Time, a animada e solarenga Only Child e a mais reservada Tango Uniform, num resultado final subtil e onde da luminosidade das guitarras aos sons percurssivos que suportam alguns arranjos, tudo serve para chegar às várias preferências mais etéreas que o destaque dado às cordas no processo de composição geralmente consegue e assim dar vida a um trabalho que algures entre os Wilco e Lou Reed, contém uma urbanidade e um charme minimalista que cativa e só surpreende os mais distraídos.  Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 20:35

TIPO - Confesso

Terça-feira, 13.03.18

Quando em 2015 Salvador Menezes, consagrado membro fundador dos You Can't Win, Charlie Brown, decidiu tirar uns dias de descanso, nunca imaginaria que iria nesse breve interregno incubar um dos mais curiosos projetos a solo do panorama musical nacional atual. Servindo-se de um casio com mais de três décadas do tio, de uma guitarra com três cordas dos anos noventa da irmã, da bateria do irmão e do seu baixo, computador e voz, criou quatro temas, nascendo assim TIPO.

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Agora, dois anos depois, com um novo emprego, a viver numa outra casa, com três discos dos You Can't Win, Charlie Brown em carteira e já com a paternidade a fazer parte da sua existência, TIPO tem já temas suficientes para se aventurar no formato longa-duração, um registo intitulado Novas Ocupações que irá ver a luz do dia daqui a poucos dias, a dezasseis de março, por intermédio da Pataca Discos. Co-produzido por Afonso Cabral, Luís Nunes e Salvador Menezes e contando também com alguns convidados, nomeadamente Tomás Sousa na bateria, dele já foram retirados vários singles, sendo o mais recente Confesso. Na apresentação à impresa deste tema TIPO ironiza, com um dos temas da ordem do dia, o  plágio, confessando que nomes como Gainsbourg, Cohen, Bowie e McCartney foram quatro referências importantes que Salvador Menezes teve em conta no momento de se inspirar e compôr esta canção. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:36

Moby - Everything Was Beautiful, And Nothing Hurt

Segunda-feira, 12.03.18

Everything Was Beautiful, And Nothing Hurt é o título do novo álbum Moby, um disco lançado no início deste mês à boleia da Mute e que tem como tema central o nosso mundo e o modo como o homem o tem maltratado. Este registo sucede ao muito recomendável These Systems Are Failing lançado  o ano passado e mostra que este músico e produtor nova iorquino, com nove álbuns só nos últimos dez anos, vive uma das fases mais inspiradas e produtivas de uma já longa e respeitável carreira, que tem feito dele um dos expoentes maiores da eletrónica do novo milénio.

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Com um arranque de carreira memorável à boleia de Play, ainda o melhor disco da sua discografia, é sempre com elevada dose de ansiedade que os seguidores de Moby se preparam para escutar um novo alinhamento do artista, sempre à espera de algo que supere ou pelo menos iguale a elevada bitola qualitativa desse disco de estreia, prestes a fazer vinte anos de vida. Everything Was Beautiful, And Nothing Hurt ainda não é o tal álbum que destrona Play do pódio do melhor registo do cardápio de Moby, mas é, talvez, aquele que mais se aproxima do seu grau de excelência.

Disco com uma tremenda sensibilidade e cheio de melodias bastante aditivas, Everything Was Beautiful, And Nothing Hurt transporta consigo um ideário, quer sonoro, quer lírico e poético muito vincado e descrito logo no início desta análise e a verdade é que ao longo das suas doze canções e de alguns dos vídeos já produzidos de promoção aos singles, o autor consegue tocar o ouvinte e deixá-lo a refletir sobre esta contemporaneidade tão conturbada e perigosa que testemunhamos, quer para a nossa espécie quer para o futuro sustentado do planeta em que vivemos.

Assim, e debruçando-me em alguns daqueles que são, na minha opinião, os melhores instantes do registo, se The Tired And The Hurt é um infatigável corpo eletrónico que revela as suas diferentes camadas sonoras enquanto o sagrado e o profano se entrelaçam sem pudor e se Mere Anarchy sustenta-se numa eletrónica de cariz ambiental e progressivo, onde não falta um clima melancólico que dá um aspecto algo sombrio à música, o que combina bem com a escolha do intérprete, um especialista na replicação de ambientes mais negros, já Like A Motherless Child, canção que conta com a participação especial vocal de Raquel Rodriguez, é um verdadeiro assombro orquestral intenso e belo e The Waste Of Suns revela-se uma daquelas canções que constroem um universo quase obscuro em torno de si e que se vão transformando à medida que avançam, surpreendendo em cada nota, timbre ou inflexão ritmíca e melódica.

Daqui em diante ainda há tempo para sentir em The Sorrow Tree um toque de lustro dos anos oitenta, através de um sintetizador que apenas permanece o tempo suficiente para nos preparar para uma batida crua, cheia de loops e efeitos em repetição constante, algo que nos provoca um saudável torpor, que de algum modo apenas é interrompido em The Middle Is Gone, aquela canção que todos os grandes discos têm e que também serve para exaltar a qualidade dos mesmos, principalmente quandonas asas de um piano se desviam um pouco do rumo sonoro geral do trabalho. Nesse tema, os efeitos robóticos carregados de poeira da voz de Moby e aquele som típico da agulha a ranger no vinil, assim como um subtil efeito de guitarra colocam-nos na rota certa de um álbum que do tecno minimal ao space rock, passando pela chillwave e a eletrónica ambiental, impressiona pela atmosfera densa e pastosa mas libertadora e esotérica que transporta. Espero que aprecies a sugestão...

Moby - Everything Was Beautiful, And Nothing Hurt

01. Mere Anarchy
02. The Waste Of Suns
03. Like A Motherless Child
04. The Last Of Goodbyes
05. The Ceremony Of Innocence
05. The Tired And The Hurt
07. Welcome To Hard Times
08. The Sorrow Tree
09. Falling Rain And Light
10. The Middle Is Gone
11. This Wild Darkness
12. A Dark Cloud Is Coming

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publicado por stipe07 às 21:43

Dinosaur Jr. – Hold Unknown

Domingo, 11.03.18

Dinosaur Jr. - Hold Unknown

2016 ficou invariavelmente na história por marcar o regresso dos míticos Dinosaur Jr. de J Mascis, Lou Barlow e Murph aos discos. Recordo que o trio gravou três álbuns nos anos oitenta e surpreenderam-nos a todos quando se reuniram novamente já neste século, há quase década e meia, tendo editado desde então Beyond (2007), Farm (2009), I Bet On Sky (2012) e Give A Glimpse Of What Yer Not nesse ano. Agora, quase dois anos depois desse excelente disco, o trio volta a dar sinais de vida e divulga Hold Unknown, a sua contribuição para a série Adult Swim’s Singles.

O busílis instrumental de Hold Unknown concentra-se, naturalmente, em guitarras bastante eletrificadas e com uma identidade vincada, uma bateria frenética e um baixo sempre omnipresente, mesmo que não esteja na primeira linha da condução melódica e, o mais importante, numa jovialidade e numa luminosidade festivas que se saúdam e que atestam o habitual excelente humor e positivismo destes três músicos. Confere...

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publicado por stipe07 às 16:51

Gengahr – Where Wildness Grows

Sábado, 10.03.18

Depois da promissora estreia com o excelente A Dream Outside, os britânicos Gengahr de Felix, Danny, John e Hugh estão de regresso com mais um delicioso alinhamento de canções impregnadas com aquela indie pop de pendor mais psicadélico, com nomes tão importantes como os MGMT, Tame Impala ou os Unknown Mortal Orchestra a servirem como referências óbvias para um projeto que tem o poder de nos descolar da realidade, oferecendo-nos, de modo sonhador, aventureiro e alucinogénico, um quadro sonoro fluído, homogéneo e aparentemente ingénuo, que nos emerge num mundo fantástico e que tem a curiosidade de facilitar aquela sensação estranha mas que todos já vivenciámos de resgatar algumas daquelas histórias que preencheram a nossa infância.

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Uma pop futurista com o ritmo e cadência certas, conduzida por teclas inebriantes e arranjos sintetizados verdadeiramente genuínos e criativos, capazes de nos enredar numa teia de emoções que nos prende e desarma sem apelo nem agravo é a pedra de toque da filosofia estilística destes Gengahr que também têm como importante trunfo a forma como o falsete da voz de Felix se entrelaçava com as melodias, enquanto metais, bombos, cordas e teclas desfilam orgulhosas e altivas, numa parada de cor, festa e alegria, onde todos os músicos certamente comungam mais o privilégio de estarem juntos, do que propriamente celebrarem o modo como incubam um agregado de sons no formato canção. E esse é, em suma, o travo geral de Where Wildness Grows, um titulo feliz e apropriado para um disco que escreve sobre tudo aquilo que pode povoar o nosso imaginário e que até podendo ser criaturas horripilantes e desprezíveis, retratadas pelos Gengahr quase que poderiam ser o nosso animal de estimação predilecto.

Assim, quer no sintetizador e na batida sintética de Before Sunrise, mas também na guitarra efusiva de Mallory, na folk luminosa das cordas de I'll Be Waiting e nas asas doce feito que baloiça em redor da épica melodia que sustenta Is This How You Love nunca nos abandona aquela perceção de estarmos a escutar uma clara ode ao fantástico particularmente colorida e deslumbrante e até ao ocaso do registo essa sensação raramente esmorece, mesmo quando no tema homónimo somos conforntados com um retrato sonoro mais rugoso e depressivo.

À boleia de guitarras plenas de reverb, falsetes sedutores e uma percussão animada e luminosa, canções frenéticas ou outras mais contemplativas e ainda outras com abordagens certeiras a um clima pop mais comercial, Where Wildness Grows demonstra uma formatação já adulta nestes Gengahr, assertivos no modo como reinventam, reformulam ou simplesmente replicam o que de melhor têm alguns projetos bem sucedidos na área sonora em que se inserem e que fazem da simbiose entre a pop e o experimentalismo, temperado com variadas referências típicas do shoegaze e da psicadelia, o seu cavalo de batalha. Espero que aprecies a sugestão...

Gengahr - Where Wildness Grows

01. Before Sunrise
02. Mallory
03. Is This How You Love
04. I’ll Be Waiting
05. Where Wildness Grows
06. Blind Truth
07. Carrion
08. Burning Air
09. Left In Space
10. Pull Over (Now)
11. Rising Tides
12. Whole Again

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publicado por stipe07 às 15:38

Beach House – Dive

Sexta-feira, 09.03.18

Beach House - Dive

Quase três anos depois da dose dupla que foi Depression Cherry e Thank Your Lucky Stars, o quarto e o quinto discos da dupla Beach House, lançados em 2015, parece que este projeto sedeado em Baltimore, no Maryland, formado pela francesa Victoria Legrand e pelo norte americano Alex Scally tem novo disco em carteira. É um trabalho intitulado 7 e foi misturado por Alan Moulder, tendo sido gravado no estúdio da banda em Baltimore e também nos estúdios Carriage House em Stamford e nos estúdios Palmetto Studio em Los Angeles.

7 verá a luz do dia a onze de maio próximo e do seu alinhamento, que já é conhecido, farão parte Lemon Glow, canção que divulgámos há algumas semanas e Dive, o mais recente single divulgado do registo. Esta canção volta a mostrar aquela toada simples e nebulosa, bastante melódica e etérea, plena de sintetizadores assertivos e ruidosos e guitarras com efeitos recheados de eco, que mantêm intacta a aura melancólica e mágica de um projeto que vive em redor da voz doce de Victoria e da mestria instrumental de Alex e se aproxima cada vez mais de algumas referências óbvias de finais do século passado. Importa ainda referir que a dupla está de regresso a Portugal este ano. Dia 25 de Setembro atuam no Coliseu de Lisboa antes de seguirem até ao Teatro Sá da Bandeira, no Porto, no dia seguinte. Confere...

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publicado por stipe07 às 20:54

Yo La Tengo - There's A Riot Going On

Quarta-feira, 07.03.18

Nem sempre devidamente divulgados e apreciados, os norte americanos Yo La Tengo são um dos projetos mais influentes do indie rock contemporâneo. Nasceram em 1984 pelas mãos do casal Ira Kaplan e Georgia Hubley (voz e bateria) e Dave Schramm (entretanto retirado) e James McNew e conquistaram-me definitivamente há pouco mais de meia década com o excelente Fade, uma rodela lançada à boleia da Matador Records. Esse disco já tem finalmente sucessor, um registo intitulado There's A Riot Going On que nos mostra uns Yo La Tengo numa nova fase da carreira, abrigados por espiral contemplativa e particularmente intimista que mostra o projeto a aproveitar a sua maturidade para a dialogar com as tendências mais atuais do indie rock, nomeadamente quando pisca o olho à eletrónica, principalmente a de cariz mais ambiental.

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Se Fade era um álbum sensível e orgânico, com canções cheias de personalidade, feitas de melodias amigáveis e algo psicadélicas, assentes quase sempre em guitarras distorcidas e interligadas numa sequência que fluia naturalmente, ao décimo quarto álbum, em pouco mais de três décadas de carreira, os Yo La Tengo calcorreiam territórios mais experimentais, apesar de nunca se perder aquele cunho lo fi muito identitário que os distingue. Assim, There's A Riot Going On é um disco menos virado para a radiofonia; Mesmo contendo as habituais canções com uma sonoridade simultaneamente enérgica e memorável, como é o caso do efusivo single Shades Of Blue  ou do clima exótico de Polynesia #1, além da homenagem à melhor tropicalia caliente em Esportes Casual, o seu alinhamento está sobretudo repleto de temas que se abrigam à sombra de territórios sonoros mais delicados e instrumentais, como sucede logo em You Are Here, uma composição com um início introspetivo, mas que depois seduz definitivamente pela mistura de detalhes e arranjos que nos provocam enquanto criam uma melancolia inebriante, épica e grandiosa. A partir daí segue-se um alinhamento assente num formato mais íntimo, amiúde quase silencioso, onde frequentemente se canta baixo e onde existe, a epaços, uma falsa sensação de escassez instrumental. Seja como for, há também instantes de muita beleza, com temas como For You Too ou Ashes, por exemplo, a conterem deliciosos detalhes sonoros, mais percetíveis se a audição for feita com recurso a headphones.

Um dos maiores atributos deste There's A Riot Going On acaba por ser a sensação de conexão entre as suas canções, mesmo havendo alguns segundos de quase absoluto silêncio entre elas. Acaba por ser uma espécie de narrativa, mas sem clímax, com uma dinâmica bem definida e onde é habitual, entre outras nuances, as cordas de uma guitarra se entrelaçarem com efeitos sintetizados borbulhantes e com uma bateria com uma cadência às vezes nada usual. Há uma evidente luminosidade e um apurado sentido épico no resultado final, que nem os momentos mais introspetivos colocam em causa e se a audição for sentida acabamos, sem grande esforço, por nos sentirmos absorvidos pelo cunho simultaneamente cândido e profundo que os Yo La Tengo quiseram dar a um registo que é para ser ouvido e contemplado naqueles instantes de pausa e de sossego que todos nós precisamos amiúde de usufruir. Espero que aprecies a sugestão...

Yo La Tengo - There's A Riot Going On

01. You Are Here
02. Shades Of Blue
03. She May, She Might
04. For You Too
05. Ashes
06. Polynesia #1
07. Dream Dream Away
08. Shortwave
09. Above the Sound
10. Let’s Do It Wrong
11. What Chance Have I Got
12. Esportes Casual
13. Forever
14. Out Of The Pool
15. Here You Are

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publicado por stipe07 às 21:10

The Kills – List Of Demands (Reparations) vs Steppin' Razor

Terça-feira, 06.03.18

The Kills - List Of Demands (Reparations)

Ainda sem sucessor anunciado para o aclamado Ash & Ice de 2016, os britânicos The Kills de Jamie Hince e Alison Mosshart acabam de revelar duas novas canções contidas num single de sete polegadas de edição limitada. Os temas são duas versões, a primeira List of Demands (Reparations), um original de Saul Williams e segunda uma revisitiação do clássico Steppin’ Razor, de Peter Tosh.

A potente primeira versão, assente no fuzz de umas cordas eletrificadas e na emotividade e pujança vocal de Alison, inspira-se no sentido de urgência que a dupla sente em relação a alguns problemas do mundo atual, uma canção que não foi fácil de abordar, conforme confessa Mosshart, apesar da satisfação da dupla relativamente ao resultado final: It was one of those songs you’re almost scared to cover, because it carries so much respect. It wasn’t a straight up love song or a drug song. It was defined, serious, and perfect already. With certain songs, you feel like an intruder trying to sing them, but this one felt like my own. Já a segunda é uma curiosa e inesperada revisitação a uma tema do universo reggae, com um resultado final verdadeiramente enleante e que mantém intocável o charme inconfundível de uma dupla única e sem paralelo no universo alternativo atual. Confere os dois temas e o video de List Of Demands (Reparations) dirigido por Ben Strebel...

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publicado por stipe07 às 19:38







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