man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Pete Astor - One For The Ghost
Há algumas semanas chegou aos escaparates One For The Ghost, o novo registo de originais do britânico Pete Astor, músico já veterano nestas andanças, tendo ao longo da sua carreria dado a cara por bandas tão proeminentes como os The Loft ou os The Weather Prophets. Aposta recente da Tapete Records, Pete Astor oferece-nos neste One For The Ghost dez canções que encarnam uma excelente opção para quem aprecia aquela sonoridade pop folk algo cósmica e luminosa e ligeiramente lo fi.
Em pouco mais de meia hora One For The Ghost enche os nossos ouvidos com a simplicidade óbvia de belíssimas melodias conduzidas por cordas, ora acústicas ora eletrificadas, cujo dedilhar, seja qual for a opção selecionada, é sempre inspirado. Excelente guitarrista, Pete Astor mostra neste registo toda a sua destreza com a viola e a guitarra e a capacidade inata que possui para criar música conseguindo abarcar vários géneros e estilos do universo sonoro indie e alternativo e comprimi-los em algo genuíno e com uma identidade muito própria.
Logo no início do registo percebe-se esse alargado leque já que, se Walker contem aquela soul assente num ritmo muito contemplativo e melodicamente muito sensível, Water Tower aposta num registo mais folk e a distorção da guitarra e o baixo encorpado de Golden Boy proporcionam ao tema o toque perfeito de modernidade que oferece ao autor a tal abrangência, neste caso até territórios mais próximos do rock psicadélico.
Daí em diante, todo este indie appeal genuíno vai-se repetindo em canções tão bem conseguidas como Injury Time, a animada e solarenga Only Child e a mais reservada Tango Uniform, num resultado final subtil e onde da luminosidade das guitarras aos sons percurssivos que suportam alguns arranjos, tudo serve para chegar às várias preferências mais etéreas que o destaque dado às cordas no processo de composição geralmente consegue e assim dar vida a um trabalho que algures entre os Wilco e Lou Reed, contém uma urbanidade e um charme minimalista que cativa e só surpreende os mais distraídos. Espero que aprecies a sugestão...