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Gengahr – Where Wildness Grows

Sábado, 10.03.18

Depois da promissora estreia com o excelente A Dream Outside, os britânicos Gengahr de Felix, Danny, John e Hugh estão de regresso com mais um delicioso alinhamento de canções impregnadas com aquela indie pop de pendor mais psicadélico, com nomes tão importantes como os MGMT, Tame Impala ou os Unknown Mortal Orchestra a servirem como referências óbvias para um projeto que tem o poder de nos descolar da realidade, oferecendo-nos, de modo sonhador, aventureiro e alucinogénico, um quadro sonoro fluído, homogéneo e aparentemente ingénuo, que nos emerge num mundo fantástico e que tem a curiosidade de facilitar aquela sensação estranha mas que todos já vivenciámos de resgatar algumas daquelas histórias que preencheram a nossa infância.

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Uma pop futurista com o ritmo e cadência certas, conduzida por teclas inebriantes e arranjos sintetizados verdadeiramente genuínos e criativos, capazes de nos enredar numa teia de emoções que nos prende e desarma sem apelo nem agravo é a pedra de toque da filosofia estilística destes Gengahr que também têm como importante trunfo a forma como o falsete da voz de Felix se entrelaçava com as melodias, enquanto metais, bombos, cordas e teclas desfilam orgulhosas e altivas, numa parada de cor, festa e alegria, onde todos os músicos certamente comungam mais o privilégio de estarem juntos, do que propriamente celebrarem o modo como incubam um agregado de sons no formato canção. E esse é, em suma, o travo geral de Where Wildness Grows, um titulo feliz e apropriado para um disco que escreve sobre tudo aquilo que pode povoar o nosso imaginário e que até podendo ser criaturas horripilantes e desprezíveis, retratadas pelos Gengahr quase que poderiam ser o nosso animal de estimação predilecto.

Assim, quer no sintetizador e na batida sintética de Before Sunrise, mas também na guitarra efusiva de Mallory, na folk luminosa das cordas de I'll Be Waiting e nas asas doce feito que baloiça em redor da épica melodia que sustenta Is This How You Love nunca nos abandona aquela perceção de estarmos a escutar uma clara ode ao fantástico particularmente colorida e deslumbrante e até ao ocaso do registo essa sensação raramente esmorece, mesmo quando no tema homónimo somos conforntados com um retrato sonoro mais rugoso e depressivo.

À boleia de guitarras plenas de reverb, falsetes sedutores e uma percussão animada e luminosa, canções frenéticas ou outras mais contemplativas e ainda outras com abordagens certeiras a um clima pop mais comercial, Where Wildness Grows demonstra uma formatação já adulta nestes Gengahr, assertivos no modo como reinventam, reformulam ou simplesmente replicam o que de melhor têm alguns projetos bem sucedidos na área sonora em que se inserem e que fazem da simbiose entre a pop e o experimentalismo, temperado com variadas referências típicas do shoegaze e da psicadelia, o seu cavalo de batalha. Espero que aprecies a sugestão...

Gengahr - Where Wildness Grows

01. Before Sunrise
02. Mallory
03. Is This How You Love
04. I’ll Be Waiting
05. Where Wildness Grows
06. Blind Truth
07. Carrion
08. Burning Air
09. Left In Space
10. Pull Over (Now)
11. Rising Tides
12. Whole Again

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publicado por stipe07 às 15:38






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