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Cass McCombs - Mangy Love

Quinta-feira, 01.09.16

Natural de Los Angeles, na Califórnia, Cass Mccombs é um dos mais notáveis intérpretes do folk rock norte americano e está de regresso aos discos com Mangy Love, o oitavo tomo discográfico da sua já extensa e notável carreira. Refiro-me a um alinhamento de doze canções, que viram a luz a vinte e seis de agosto e sucedem ao excelente Big Wheel And Others, sendo o primeiro álbum do músico depois de ter assinado pela ANTI- Records.

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Mangy Love traz-nos de volta o ambiente algo ambivalente a que McCombs nos tem habituado na sua já extensa discografia, feito de sonho e amargura, dois campos lexicais que parecem não se cruzar em nenhum instante nas nossas vidas, mas que na escrita deste músico californiano se entrelaçam insistentemente, nomeadamente, e com notável ênfase, no piano e nas cordas complacentes de Low Flyin’ Bird. Mas já Opposite House, o primeiro avanço divulgado de Mangy Love, tinha deixado logo quer essa certeza de continuidade, quer o inedetismo invulgar das criações sonoras de McCombs, numa canção que conta com a participação especial de Angel Olsen nas vozes de fundo e que reforça a habitual sonoridade do músico, assente em banjos e violões carregados de amargura, mas também uma interessante dose de bom humor e ironia, uma sonoridade simplista, porém inebriante, que pula entre suaves exaltações ao rock alternativo e sorumbáticas doses de uma folk ruidosa, num oceano de melancolia ilimitada.

Apreciar Mangy Love é, incondicionalmente, ser transportado para um tradicional jogo de sons e versos que caracterizam alguma da melhor folk contemporânea, que ao invés de ser purista oferece-se de braços abertos ao indie rock e à própria eletrónica, o que, no caso de McCombs, atinge instantes de brilhantismo nas composições mais extensas, algo bem plasmado na visceralidade das guitarras e na voz sussurrante de Cry e no imenso oceano nostálgico que se espraia perante nós em I'm A Shoe. Depois, temas como Medusa's Outhouse, que segue esta linha autoral bem definida com rigidez, mostrando-nos um romântico inveterado, especialista em musicar lamentos e amores que não deram certo e o andamento rugoso e caribenho da fumarenta Run Sister Run, deixam-nos convencidos da excelência de um disco que mantém, em todo o alinhamento, uma fluidez agradável e inegavelmente marcante.

Mangy Love é, em suma, uma formidável sequência de composições bastante radiofónicas, onde tudo aquilo que atrai e influencia Cass McCombs, e que descrevi acima, é densamente compactado, com enorme mestria e um evidente bom gosto, num artista que longe de se abrigar apenas à sombra de canções melódicas convencionais, procura, disco após disco, reforçar o seu historial sonoro com um brilho raro que entronca, basicamente, na simplicidade com que se aventura na sua própria imaginação e numa indisfarcável devoção aos autores clássicos da América que o viu nascer e onde cabem, numa ténue fronteira, todos os sonhos, mas também diferentes angústias. Espero que aprecies a sugestão...

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01. Bum Bum Bum
02. Rancid Girl
03. Laughter Is The Best Medicine
04. Opposite House
05. Medusa’s Outhouse
06. Low Flyin’ Bird
07. Cry
08. Run Sister Run
09. In A Chinese Alley
10. It
11. Switch
12. I’m A Shoe

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publicado por stipe07 às 22:09






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