man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
DTHPDL - The Future
Cmeçou por ser um projeto a solo de Alastair J Chivers, mas é hoje um dos coletivos mais interessantes do cenário alternativo escocês. Falo dos DTHPDL (Deathpodal), um coletivo formado pelo músico mencionado, ao qual se juntaram DMacz, HumdrumJetset e Ross Taylor e que acaba de se estrear nos lançamentos dicográficos, em formato digital e cassete, com um EP intitulado The Future e que contém cinco canções com a chancela de qualidade da insuspeita Song By Toad Records.
The Future, o tema homónimo e que abre o alinhamento deste EP, coloca-nos bem no centro de um noise rock que não deixa de nos fazer recordar experimentações típicas do melhor rock alternativo lo fi dos anos oitenta, um edifício sonoro ruidoso e que não dispensa uma forte presença dos sintetizadores e teclados, que agregados a guitarras plenas de distorção e a uma batida vigorosa, acaba, neste caso, por conferir uma explícita dose de um pop punk dance que mescla orgânico e sintético com propósitos bem definidos.
Na verdade, para estes DTHPDL, mesmo que a receita procure um som encorpado e amplo, como se percebe, logo de seguida, em Captain Average, é igualmente propositada a criação de uma proposta de som também voltada para um resultado atmosférico, definição que se amplia com evidência em Good vs Eevil, canção onde o dedilhar e a distorção da guitarra oferece aquele toque experimental que nos faz crer, logo ao terceiro tema, que este é um alinhamento de significativo pendor hipnótico, intenso e efervescente e onde uma rugosidade intensa e algo caótica, acaba por reforçar tal impressão com racionalidade objetiva, em vez de a colocar em causa.
The Future é feliz no modo como exprime um agregado sonoro com um intenso teor ambiental denso e complexo, que vai revelando, ao longo das cinco canções, uma variedade de texturas e transformações que encarnam uma espécie de psicadelia suja, que além da pafernália de sons sintetizados que contém, é banhada, ora por guitarras suaves, ora por loopings de distorção, numa união com uma certa tonalidade minimalista, que costura todas as canções do EP, evitando excessos e onde tudo é moldado de maneira controlada e sem exageros desnecessários. Espero que aprecies a sugestão...