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The 1975 – I like It When You Sleep, For You Are So Beautiful Yet So Unaware Of It

Terça-feira, 15.03.16

Depois do sucesso de The 1975, o disco homónimo de estreia dos The 1975 de Matt Healy, um trabalho editado em 2013, já está nos escaparates I Like It When You Sleep For You Are So Beautiful Yet So Unaware of It, dezassete canções que viram a luz de fevereiro à boleia da Polydor Records.

O mar, um estranho som de estúdio, um eco que aumenta e termina repentinamente, um teclado vulcanizado, um coro distorcido e metais quase impercetíveis, escancaram-nos as portas, no tema homónimo, para um disco colorido e multifacetado de uns The 1975 que, como se percebe logo na deslumbrante e divertida Love Me, parecem apostados em deixar para trás o ambiente mais sintético e sombrio do disco homónimo de estreia, privilegiando canções feitas em redor de refrões aditivos e melodias de fácil assimilação, com a vertente comercial a ser um fator importante do processo de composição e assim conseguir chegar já às massas depois de um processo de maturação que lhes foi particularmente favorável, tendo em conta o sucesso de The 1975.

A alteração dos tons cinza da capa do primeiro trabalho para um rosa vincado, sendo um detalhe estético, também realça com intensidade esta inflexão sonora dos The 1975 que, neste sempre difícil segundo disco, abastecem-se de algumas das referências pop dos anos oitenta com forte tendência radiofónica e colocam explicitamente as pistas de dança na mira. Além da riqueza de géneros e estilos bem patente no instrumental Lostmyhead e na sofisticação do agregado sonoro que define Somebody Else, o saboroso piscar de olhos ao melhor R&B norte americano na eletrónica futurista de Loving Someone e nos sopros e na batida da insinuante If I Believe You, o groove indisfarçável que alimenta a percussão de UGH!, uma canção que aborda a dependência da cocaína de Healy e que não deixa a nossa anca despercebida e a exuberância eletropop das cordas, além da cadência da bateria de She's American, são outros exemplos que firmam com notável exatidão este novo farol dos The 1975, em canções que abordam temáticas relacionadas com o sexo, dinheiro e as questões fundamentais da adolescência, ideias transversais a todo o alinhamento de I like It When You Sleep, For You Are So Beautiful Yet So Unaware Of It e que reforçam a superior capacidade inventiva e uma imagem de ecletismo e personalidade que estes The 1975 claramente já possuem. Aliás, a componente lírica é mesmo um dos grandes destaques deste disco, principalmente pelo modo como, além dos tópicos acima referidos, a banda procura elucidar todos aqueles que aspiram a um mundo de fama e glamour, mas que nem sempre corresponde às melhores expetativas criadas, com a religão a ser também um foco de atenção de Healy, nomeadamente em If I Believe You Nana e a complexidade do pensamento humano a merecer igualmente abordagem, tão bem expressa nas teclas, na voz emotiva e nos efeitos enleantes de The Ballad of Me and My Brain.

Sólido, vibrante, eclético e efusivo, I like It When You Sleep, For You Are So Beautiful Yet So Unaware Of It é um disco que nos reaviva as memórias relativamente a uma época em que era proporcional o abuso da cópula entre os sintetizadores e o spray para o cabelo, mas também nos serve para fornecer pistas muito concretas sobre as tendências mais atuais de um rock alternativo cada vez mais disposto a alargar fronteiras e a misturar, sem receio, estilos, géneros e tiques, de modo a criar uma sonoridade pop cada vez mais futurista e que prime pela diferença. Espero que aprecies a sugestão...

The 1975 - UGH!

01. The 1975
02. Love Me
03. UGH!
04. A Change Of Heart
05. She’s American
06. If I Believe You
07. Please Be Naked
08. Lostmyhead
09. The Ballad Of Me And My Brain
10. Somebody Else
11. Loving Someone
12. I like It When You Sleep, For You Are So Beautiful Yet So Unaware Of It
13. The Sound
14. This Must Be My Dream
15. Paris
16. Nana
17. She Lays Down

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publicado por stipe07 às 20:36

Surma - Maasai

Terça-feira, 15.03.16

Leiria é o habitat natural de Débora Umbelino, uma cantora e multi-instrumentista de vinte e um anos e que assina a sua música, bastante mais exótica do que o território de origem, como Surma. Esta artista é um dos últimos nomes do já invejável catálogo da Omnichord Records e deverá estrear-se nos discos ainda antes do ocaso de 2016.

Já com um número assinalável de memoráveis concertos em carteira na Península Ibérica, a frequência de um curso de pós-produção audiovisual e a preseça no Hot Clube de Portugal, através da voz e do contrabaixo, Surma acaba de divulgar Maasai, uma canção com uma faceta eminentemente eletrónica e onde teclas, samplers e uma voz absolutamente maravilhosa, nos oferecem uma paisagem sonora bastante contemplativa e tremendamente reflexiva.

Maasai conta com a produção de Emanuel Botelho (ex-Sensible Soccers) e foi misturado e masterizado por Paulo Mouta Pereira (produtor dos Les Crazy Coconuts e músico de David Fonseca). O vídeo, concebido e filmado por Eduardo Brito (que já havia realizado Shoes For Man With No Feet dos First Breath After Coma) conduz-nos, de acordo com o press release do lançamento, numa viagem de procura e desencontro na cidade fantasma de Doel. Confere...

 

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publicado por stipe07 às 18:17






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