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The Drink - Capital

Quinta-feira, 11.02.16

Os britânicos The Drink de Dearbhla Minogue, Daniel Fordham e David Stewart regressaram aos discos apenas onze meses após o espetacular disco homónimo de estreia, com Capital, o título do novo trabalho desta banda Londrina, gravado numa antiga quinta de produção suína, entretanto convertida em estúdio, nos arredores de Sheffield. De recordar que esse trabalho de estreia resultou de uma compilação dos três primeiros Eps do grupo e permitiu aos The Drink andar em digressão, com passagens pelos festivais Green Man e End Of The Road, abrir concretos para Toro Y Moi e participar no mítico programa da BBC 6, apresentado por Marc Riley.

Admiradores confessos de sonoridades esplendorosas e que os façam tocar a guitarra sempre completamente ligados à corrente, os The Drink abrem este disco com a roqueira e dançante Like A River e percebe-se logo que há, simultaneamente, com a ajuda de uma bateria a recordar detalhes do garage rock, uma tentativa de estabelecer pontes entre o indie rock, com alguns detalhes mais sensíveis da pop, bem estruturados e devidamente adocicados com arranjos bem conseguidos. O groove sedutor de You Won't Come Back At All e a luminosidade algo minimal e claramente ambiental da divertida Potter's Grave, acentuada por um falsete irrepreensível, oferecem-nos duas canções doces, mas com alguma distorção e instantes bem noisy, que ajudam a reforçar uma fusão particularmente consistente e carregada de referências assertivas.

À medida que o disco avança e somos confrontados com a densidade melodiosa de The Coming Rain e a subtileza invulgar que emana das cordas do baixo de Month Of May, enquanto se cruza com o efeito da guitarra e as teclas do orgão, vamos percebendo que este Capital é um exemplo particularmente feliz do que é um alinhamento que oferece um equilíbrio interessante entre a busca de uma toada lo fi expressiva e sintética e um som que não dispensa a vertente orgânica conferida pelas cordas e pela percussão. E a cereja no topo do bolo foi estes The Drink terem tido a capacidade de encontrar este ponto açucarado envolto numa pulsão rítmica, que casa eficazmente com uma voz apaixonada, uma Dearbhla Minogue que canta letras fortemente reflexivas sobre algumas questões importantes da sociedade ocidental contemporânea.

Chegamos ao ocaso de Capital e deparamo-nos com No Memory, talvez o momento mais alto deste belíssimo trabalho. Canção que fala do passado e de como ele tantas vezes nos consome e desfoca, No Memory oscila entre uma certa subtileza experimental percussiva e uma clara busca de algo mais comercial ao nível dos efeitos, o que faz do tema uma escolha nada inocente para chamariz do álbum. Há uma forte vertente experimental nas guitarras e uma certa soul na secção rítmica e no baixo sedutor, excelentes tónicos que potenciam o modo como Dearbhla sopra na nossa mente e a envolve com uma elevada toada emotiva e delicada, que faz o nosso espírito facilmente levitar, algo que provoca um cocktail delicioso de boas sensações. Capital viu a luz do dia a treze de novembro à boleia da Melodic Records. Espero que aprecies a sugestão...

Capital cover art

1. Like A River
2. You Wont Come Back At All
3. Potter's Grave
4. Roller
5. Hair Trigger
6. I Can't Sleep
7. The Coming Rain
8. I'll Never Make You Cry
9. Month Of May
10. No Memory

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publicado por stipe07 às 21:31

Old Yellow Jack - Glimmer

Quinta-feira, 11.02.16

Oriundos do meio universitário lisboeta, os Old Yellow Jack são Guilherme Almeida (voz, guitarra), Henrique Fonseca (guitarra, teclado), Miguel Costa (baixo) e Filipe Collaço (bateria), uma banda que nasceu em 2011, fundamentalmente por iniciativa do Filipe. Conheceu o Guilherme e após alguns meses a tocarem juntos juntou-se a eles o Miguel, e por fim, o Henrique. Começaram por se inscrever e participar em concursos de bandas e, desse modo, deram a conhecer a sua insana cartilha sonora, assente num indie rock psicadélico, direto e algo cru, mas também amplo e abrangente, uma sonoridade exemplarmente plasmada em, Magnus, o EP de estreia, um compêndio de cinco canções, produzido por Bruno Pedro Simões (Sean Riley & The Slowriders) nos Black Sheep Studios em Sintra e que viu a luz do dia em janeiro do ano passado.

Se Magnus era uma amostra de rock energético e viajante, assente em guitarras tão agressivas quanto angelicais, deixando logo uma boa amostra daquilo que poderíamos esperar do futuro desta jovem banda de Lisboa, o longa duração de estreia dos Old Yellow Jack, que verá a luz do dia a vinte e nove de abril próximo, irá marcar uma certa inflexão sonora, como se percebe em Glimmer, o primeiro single divulgado desse trabalho. Canção assente em guitarras levemente distorcidas e harmoniosas, banhadas pelo sol dos subúrbios e misturadas com arranjos luminosos e com um certo toque psicadélico, Glimmer é conduzida por uma melodia que transmite uma forte sensação sentimental, algo que espalha um charme intenso numa peça sonora onde é fácil sentir aquela nostalgia onde o nosso quotidiano facilmente se revê.

Espera-se pois um álbum que, não tendo ainda título, irá olhar com particular atenção para o rock alternativo dos anos oitenta e, servindo-se de uma vincada vertente orgânica, terá um cariz claramente urbano, proposto por uns Old Yellow Jack ainda mais reflexivos e fluídos. O disco será lançado de forma independente, à semelhança de Magnus, é novamente gravado nos Blacksheep Studios em Sintra, mas desta vez conta com a produção de Guilherme Gonçalves. Confere...

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publicado por stipe07 às 18:29






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