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Kisses – Rest In Paradise

Quinta-feira, 12.11.15

Editado a nove de outubro último, Rest In Paradise é o novo registo discográfico dos Kisses, o terceiro de uma dupla norte americana oriunda de Los Angeles e que que usa a eletrónica como principal ferramenta na construção das suas canções, numa lógica sonora que tem feito escola desde a alvorada dos oitentas, mas com um elevado toque de modernidade.

Num disco carregado de temas com airplay fácil e com tudo para darem a volta ao mundo, Jesse Kivel e Zinzi Edmundson, agora já casados e pais de um bebé, oferecem-nos, em quarenta e cinco minutos, um alinhamento com uma elevada componente sintética, mas onde também não faltam guitarras e outros detalhes mais orgânicos, sejam  acústicos ou eletrificadas, mas sempre com a exeriência pessoal do casal como centro nevrálgico da temática das canções, agora liricamente mais maduras, em oposição ao romantismo algo pueril que brotava de Funny Heartbeat, o registo anterior e que lançou estes Kisses para as luzes da ribalta.

Rest In Paradise tem vários momentos particularmente deslumbrantes e efusivos e outros mais contemplativos, mas igualmente intensos. Se o extraordinário single Groove devia ser já uma presença obrigatória em qualquer pista de dança, não só pelo ambiente dançante efusivo que cria, mas também pelo travo vintage psicadélico que contém, já as cançãoseguinte, Sun, mantendo a mesma fórmula instrumental mas reduzindo na cadência das batidas, expôe uma atmosfera diferente, mas bastante melódica e orgânica, algo nua e carregada de sentimento.  Já Control leva-nos de novo para debaixo da bola de cristal, mas agora num registo mais insinuante e com uma linguagem sonora mais marcada por detalhes percussivos que conferem ao tema uma intimidade groove e um desejo de abanar as ancas sem sair do sítio, bastante carregados. É uma abordagem um pouco diferente à dança e onde impera um charme e uma sofisticação muito próprios que os samples de instrumentos de sopro ajudam a ampliar.

Nile acaba por ser, na minha opinião, o grande momento de Rest In Paradise, um portentoso e contemporâneo convite à dança sem restrições e de peito aberto até que o cansaço nos faça sucumbir, um tema que impressiona pela grandiosidade e pelo modo como os efeitos exalam um saudável espontaneidade, alinhados por uma batida quente e um andamento melódico único e fortemente inebriante. Essa canção atesta a tremenda fluidez que estes dois músicos partilham entre si, enquanto casal e intérpretes de uma forma de arte universal e capaz de comungar connosco, como é a música. Ouvir estes Kisses acaba por ser uma sensação algo sedutora, com um efeito narcótico que provoca o nosso íntimo e num abraço profundo, nos acompanha pista fora sem destino previamente traçado e com trechos sonoros em que convém ir buscar as plumas para viajar convenientemente até aos anos oitenta.

Em suma, ao som do ambiente leve, épico e envolvente que marca os alicerces de Rest In Paradise, esta é uma cúpula incisiva entre rock e eletrónica, uma relação quente e assertiva, baseada num alinhamento que nos convoca para uma verdadeira orgia entre sub-géneros da pop, que ao longo das dez canções vão aguardando pacientemente a sua vez de entrar em cena, enquanto saboremos mais um copo e apreciamos um final de tarde glamouroso. Espero que aprecies a sugestão...

Kisses - Rest In Paradise

01. Paradise Waiting Room

02. A Groove
03. Sun
04. Control
05. The Nile
06. Fred Roses
07. Sunset Ltd.
08. Jam
09. Eternal
10. Rest In Paradise

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publicado por stipe07 às 19:55

Le Rug - 1779

Quinta-feira, 12.11.15

Natural de Brooklyn, Nova Iorque, o guitarrista e cantor Ray Weiss é um dos destaques da Fleeting Youth Records e um nome importante do cenário indie punk local, já que em integrou projetos tão importantes como os Butter the Children, Red Dwarf ou Medics. A banda Le Rug foi a sua última aposta e dei-a a conhecer há pouco mais de um ano devido a Press Start (The Collection), uma coleção de canções que Weiss apresentou ao mundo por intermédio dessa etiqueta essencial para os amantes do rock e do punk, sedeada em Austin, no Texas.

Quase no ocaso de 2015 este projeto Le Rug está de regresso, e para se despedir, com Game Over, uma espécie de balanço de toda a carreira artística do seu grande mentor, que se orgulha de nos últimos dois anos ter editado dez discos e composto mais de trezentas e cinquenta canções, algumas delas incubadas durante um breve período da sua vida passado em Bangecoque, na Tailândia.

Do alinhamento de setenta e uma canções de Game Over, há várias que merecem audição dedicada e 1779, é, certamente, uma delas, um tema que conta com a participação especial de Tim Rusterholtz e é mais uma clara demonstração da capacidade poética de Weiss, especialmente quando a perca, o sentimento de derrota e frustração são o assunto dominante. Confere...

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publicado por stipe07 às 19:40






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