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Here We Go Magic – Be Small

Quinta-feira, 05.11.15

Vêm de Nova Iorque, são uma das grandes apostas da Secretly Canadian e tocam um indie rock experimental bastante apelativo e rico em detalhes e texturas capazes de nos surpreender em cada audição. Chamam-se Here We Go Magic e estão de regresso aos discos com Be Small, onze canções que viram a luz do dia a quinze de outubro e que caracterizam-se pela subtileza com que este grupo incorpora uma musicalidade prática, concisa e ao mesmo tempo muito mais abrangente, num disco marcado pela proximidade entre as canções, fazendo com que o uso de letras cativantes e de uma instrumentação focada em estruturas técnicas simples, amplie os horizontes e os limites que foram sendo traçados numa carreira com quase uma década e marcada por discos como A Different Ship ou Pigeons, já verdadeiros clássicos da pop experimental.

Se os Here We Go Magic fizeram sempre questão e não se preocupar demasiado em manter o controle quando pisavam um terreno mais experimental e banhado pela psicadelia pop mais ampla e elaborada, principalmente no antecessor A Different Ship, produzido por Nigel Godrich, habitual colaborador dos Radiohead, agora, em Be Small, apresentam um som mais íntimo e resguardado, mas também mais firme e definido e onde cada instrumento parece assumir uma função de controle, nunca se sobrepondo demsiado aos restantes, evitando a todo momento que o disco desande, apesar das cordas e das teclas mostrarem uma constante omnipresença, como é apanágio de um som que se pretende luminoso, atrativo e imponente, sem descurar aquela fragilidade e sensorialidade que no tema homónimo, por exemplo, encanrna um registo ecoante e esvoaçante que coloca em sentido todos os alicerces da nossa dimensão pessoal mais frágil e ternurenta.

A nova direção, delicada e ao mesmo tempo mais esculpida e etérea, que a banda assume em Be Small, arranca o máximo de cada componente do projeto. Se as guitarras ganham ênfase em efeitos e distorções hipnóticas, como sucede em Candy Apple ou Stella e se bases suaves sintetizadas, acompanhadas de batidas, cruzam-se com cordas e outros elementos típicos da folk em Girls In The Early Morning ou Ordinary Feeling, já Tokyo London US Korea torna sonoramente bem audível um piscar de olhos insinuante a um krautrock que, cruzando com um certo minmalismo eletrónico, prova o minucioso e matemático planeamento instrumental de um disco que contém um acabamento límpido e minimalista, seguindo em ritmo ascendente, mas sempre controlado, até à última canção.

Quanto às letras, parecem ser aquele aspeto do alinhamento, que gozou de uma maior liberdade e indulgência interpretativa. Divididos entre redutos intimistas e recortes tradicionais esculpidos de forma cíclica, os versos parecem dançar de acordo com a música. É como se para cada acorde, uma estrofe específica fosse montada e reaproveitada posteriormente. Tanto a melancólica e já citada Girls In The Morning, como News assumem isso, evitando que o álbum atinja uma proposta excessivamente calculada e linear.

Com nuances variadas e harmonias magistrais, em Be Small tudo se orienta com o propósito de criar um único bloco de som, fazendo do disco um corpo único e indivisível e com vida própria, com os temas a serem os seus orgãos e membros e a poderem personificar no seu todo, se quisermos, uma sonoridade própria e transparente, através de um disco assertivo, onde os Here We Go Magic utilizaram todas as ferramentas e fórmulas necessárias para que a criação de algo verdadeiramente único e imponente e que obriga a crítica a ficar mais uma vez particularmente atenta a esta nova definição sonora que deambula algures pela big apple. Espero que aprecies a sugestão.

Here We Go Magic - Be Small

01. Intro
02. Stella
03. Be Small
04. Falling
05. Candy Apple
06. Girls In The Early Morning
07. Tokyo London US Korea
08. Wishing Well
09. Ordinary Feeling
10. News
11. Dancing World

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publicado por stipe07 às 21:28

DIIV - Bent (Roi’s Song)

Quinta-feira, 05.11.15

Os DIIV (lê-se Dive) são um grupo do nova iorquino Zachary Cole Smith, músico dos Beach Fossils e que tem como companheiros de banda neste projeto Andrew Bailey (guitarra), Devin Ruben Perez (baixo) e Colby Hewitt (bateria). O disco de estreia chamou-se Oshin e viu a luz do dia há pouco mais de três anos através da Captured Tracks, mas já tem sucessor.

Is The Is Are, o novo trabalho dos DIIV, foi escrito na íntegra por Zachary, gravado em Brooklyn e chegará lá para fevereiro de 2016 à boleia da mesma etiqueta. Depois de ter sido divulgado Dopamine, o primeiro single retirado do registo, agora chegou a vez de podermos ouvir Bent (Roi’s Song), mais uma trip deambulante proporcionada pelas guitarras e a voz melódica do autor e onde o rock alternativo de cariz mais lo fi se confronta amigavelmente com uma pop particularmente luminosa e com um travo a maresia muito peculiar, mais comum em projetos do outro lado da costa americana. Confere...

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publicado por stipe07 às 20:55






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