man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
The Libertines - Anthems for Doomed Youth
Onze anos depois do último registo de originais, os britânicos The Libertines, de Peter Doherty, Gary Powell, John Hassall e Carl Barât, têm finalmente um novo trabalho nos escaparates. Anthems for Doomed Youth, o terceiro registo de originais do grupo, chegou às lojas a quatro de setembro, por intermédio da Harvest e foi produzido por Jake Gosling.
Com o título inspirado num poema do século XIX com o mesmo nome da autoria de Rudyard Kipling, assim como Gunga Din, o primeiro single divulgado e que já teve direito a um vídeo realizado por Roger Sargent e que mostra o quarteto a deambular pelas ruas do Red Light District, na Tailândia, Anthems For Doomed Youth é um novo impulso para uma banda que atravessou o novo milénio em plena euforia, num percurso particularmente ascendente, mas também repentino que, como não podia deixar de ser, implodiu por dentro devido a dois egos conflituosos, o de Doherty e o de Barât e os problemas com a droga e a justiça que o primeiro enfrentou. Mesmo assim, os dois primeiros trabalhos dos The Libertines foram justamente considerados importantes e conjunturais no modo como colocaram de novo a Inglaterra que a olhar novamente para o punk rock mais cru e de garagem, que começou a criar escola em finais dos anos setenta do sécu,lo passado, depois da pop e da eletrónica e o trip-hop terem dominado as tabelas de vendas na última década do século XX. Hinos como Can't Stand Me Now ou Up the Bracket marcaram uma geração e deixaram, desde então, sedentos todso aqueles que ao lnogo de mais de uma década suspiraram pelo regresso deste projeto que se não for por mais, merece todo o nosso apreço e consideração pelo modo como se dedicaram ao punk com uma intgridade e uma originalidade incomuns.
Se não fosse para continuaram a ser relevantes, aposto que os The Libertines não ousariam um regresso após um hiato tão prolongado. E, na verdade, se havia essa permissa no espírito do quarteto quando entrou em estúdio, na Tailândia, para gravar esta nova fornada de canções, então podem dar-se por felizes com o resultado final. Não se duvide que Anthems For Doomed Youth é do melhor e mais consistente indie punk rock que se pode escutar atualmente, plasmado logo na rugosidade revoltosa de Barbarians, tema que recorda os mais esquecidos da eloquência festiva que transbordava da já citada Can't Stand Me Now, mas também nos riffs e nas distorções convincentes e inebriantes que temas como Glasgow Coma Scale Blues ou a angulosa e agressiva Fury Of Chonbury nos oferecem. Depois, se Heart Of The Matter faz uma súmula eficaz e fluída do período mais aúreo do punk, aquela ligeireza algo adolescente, descomprometida e até pueril que desliza da divertida Gunga Din, da emotiva e acústica Iceman e da boémia Fame and Fortune, reafirmam a alma de um estilo muito vincado que se aconchega em paisagens musicais familiares porque reaplicam aquela fórmula que no período aúreo dos The Libertines nos fez lançar um olhar lancinante sobre as suas propostas e ainda as revestem com uma roupagem mais contemporânea, perceptível em alguns arranjos de cordas particularmente bem sucedidos. Aliás, as variações melódicas e os devaneios que se conferem na guitarra que conduz a folk do tema homónimo deste trabalho, são um excelente exemplo da ponte quase invisivel que o grupo estabelece entre a sua herança e este presente, como se o tempo não tivesse passado por eles, mas também como se eles não tivessem ficado presos lá atrás.
Anthems For Doomed Youth é um regresso vigoroso e feliz dos The Libertines às luzes da ribalta, não para fazerem figura de corpo presente e mostrarem que ainda existem, mas com o intuíito claro de quererem ser de novo referência e bitola. É um recomeço que se saúda, iluminado por canções que se escutam com um renovado prazer mas que também merecem ser dissecadas com algum detalhe, pelas novas nuances sonoras que contêm e pelo modo assertivo como foram criadas dentro do espetro sonoro em que a banda se insere. Espero que aprecies a sugestão...
01. Barbarians
02. Gunga Din
03. Fame And Fortune
04. Anthem For Doomed Youth
05. You’re My Waterloo
06. Belly Of The Beast
07. Iceman
08. Heart Of The Matter
09. Fury Of Chonburi
10. The Milkman’s Horse
11. Glasgow Coma Scale Blues
12. Dead For Love
13. Love On The Dole
14. Bucket Shop
15. Lust Of The Libertines
16. 7 Deadly Sins
17. Over It Again
Autoria e outros dados (tags, etc)
DIIV - Dopamine
Os DIIV (lê-se Dive) são um grupo do nova iorquino Zachary Cole Smith, músico dos Beach Fossils e que tem como companheiros de banda neste projeto Andrew Bailey (guitarra), Devin Ruben Perez(baixo) e Colby Hewitt (bateria). O disco de estreia chamou-se Oshin e viu a luz do dia há pouco mais de três anos através da Captured Tracks, mas já tem sucessor.
Is The Is Are, o novo trabalho dos DIIV, foi escrito na íntegra por Zachary, gravado em Brooklyn e chegará lá para fevereiro de 2016 à boleia da mesma etiqueta. Dopamine, o primeiro single divulgado do registo, é uma trip deambulante proporcionada pelas guitarras e a voz melódica do autor e onde o rock alternativo de cariz mais lo fi se confronta amigavelmente com uma pop particularmente luminosa e com um travo a maresia muito peculiar, mais comum em projetos do outro lado da costa americana. Confere...