man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Gardens & Villa – Music For Dogs
Depois de Dunes, disco lançado no início de 2014, os Gardens & Villa, um quarteto norte americano de Santa Bárbara, na Califórnia, formado por Chris Lynch, Adam Rasmussen, Shane McKillop e Dustin Ineman, estão de regresso aos lançamentos discográficos com Music For Dogs, um álbum que foi produzido por Jacob Portrait, contou com as participações especiais de Dusty Ineman (bateria) e Shane McKillop (baixo) e viu a luz do dia há poucos dias através da insuspeita Secretly Canadian.
Oriundos de uma Santa Barbara que funciona um pouco como uma espécie de subúrbio rico da Los Angeles cosmopolita, os Gardens & Villa destacaram-se logo em 2011 quando lançaram o disco de estreia, um homónimo que foi muito bem aceite pela crítica. Agora já na grande metrópole, Music for Dogs, um trabalho gravado em Frogtown, perto de Los Angeles, num local que a banda batizou de Space Command, é um novo passo em frente na carreira de um grupo que confessa sentir-se influenciado pela anos setenta do século passado, com Bowie e Eno a serem balizas decisivas no momento de decidir a etética sonora que orienta o cardápio sonoro.
Lynch e Rasmussen são o núcleo duro dos Gardens & Villa e têm uma intenção artística que vai muito além da música, já que consideram-na como uma manifestação de vida essencial para se perceber as variadas nuances que constroem os alicerces do nosso quotidiano, que ultrapassa tantas vezes a intrincada relaçºao entre isntrumentos pautas e notas musciais. Na verdade, algures entre o andrógeno e o poético, Chris Lynch usa a sua voz para dar cor a sequências melódicas, neste caso em onze temas onde as guitarras de Rasmussen são o fio condutor de praticamente todas as músicas, havendo também outros instrumentos que remodelam musicalmente a banda, num indie pop avant garde onde música, cultura e prazer se debruçam acerca dos avanços teconlógicos dos dias de hoje, colhendo a energia criativa que as mesmas nos oferecem.
O reverb da guitarra, a percussão frenética e o piano descontrolado de Maximize Results, uma canção que parece flutuar entre a estrutura de composição típica dos Foals e a pop madura dos Phoenix e os sintetizadores, metais, vozes em coro e a bateria intensa e crua da surf pop sessentista de Fixations, são detalhes e particularidades musicais que ampliam consideravelmente os horizontes dos Gardens & Villa e nos mostram, logo no início, que estamos na presença de um álbum pop bem sucedido, um tratado com um propósito comercial, algo também patente no blues do single Everybody.
Até ao ocaso do trabalho, o experimentalismo sintético, sentimental e confessional de Alone In The City, a alegoria eletropop de Express, que pisca o olho ao discosound dos anos oitenta e Jubilee, são apenas mais três exemplos que comprovam que Music For Dogs é um disco melódico e acessível a vários públicos, que busca uma abrangência, mas que não resvala para um universo de banalidades sonoras que, em verdade se diga, alimentam há anos a indústria fonográfica. Este é um trabalho onde os Gardens & Villa fazem crescer em cada nota, verso ou vocalização, todos os ingredientes que definem as referências principais da pop e destacam-se porque a tudo isto acrescentam aspetos da música negra, brincam com a eletrónica de forma inédita e conduzem-nos para a audição de um disco doce e, na mesma medida, pop. Melódicos e intencionalmente nen sempre acessíveis, transformam cada uma das canções deste trabalho em criações duradouras, ricas em texturas e versos acolhedores que ultrapassam os limites do género. A pop mantém-se na moda e não há vergonha nenhuma em constatá-lo. Espero que aprecies a sugestão...
01. Intro
02. Maximize Results
03. Fixations
04. Everybody
05. Paradise
06. Alone In The City
07. General Research
08. Express
09. Happy Times
10. Jubilee
11. I Already Do
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Leo Abrahams - Halo Effect
O músico, produtor e guitarrista Leo Abrahams é uma das novas coqueluches da independente londrina Lo Recordings e reconhecido pela sua participação em discos de Brian Eno, Pulp, Florence + The Machine e Roxy Music, entre outros, além de ter produzido artistas tão reconhecidos como os Wild Beasts, Brett Anderson (Suede) e Karl Hyde (Underworld).
Já no outono Abrahams irá editar o seu quinto registo de originais e o instrumental Halo Effect é o primeiro avanço desse trabalho cujo título ainda não foi divulgado. De um músico que já se movimentou por espetros sonoros tão vastos e díspares como a folk, o rock progressivo, a música clássica contemporânea ou a eletrónica, é de esperar quase tudo desse disco. Seja como for, não há como acender as luzes de néon e sentirmo-nos teletransportados para uma movimentada ruda de Tóquio à boleia de um tema impregnado de batidas e efeitos sintetizados que disparam em diferentes direções, de mãos dadas com alguns acordes de guitarra deslumbrantes e luminosos. Confere...